— Narrador—

“Morra e me esqueça Lancaster”

“Morra e me esqueça Lancaster”

“Morra e me esqueça Lancaster”

Essas palavras permaneciam na cabeça da Jovem jade que ainda encarava a porta que dava acesso ao extenso corredor que sua amiga entrara, ela permaneceu parada ali como quem não acreditava no que estava passando, alguns minutos depois dois homens fardados (policiais) chegaram para retirá-la e pareceram tirar a mesma do transe que estava.

—Não precisa – disse a jovem olhando para os policiais que a encarava carrancudos tirando a mão da mesma, em um ato de impulso a jovem tentou invadir a sala da Tori mais foi impedida pelos homens que a carregaram a forçapara longe dali.

Era difícil para Tori ter que ouvir os gritos e protestos da amiga, ela tinha vontade de perdoá-la, mas a tristeza e a raiva pela traição enlouquecia lentamente a Jovem, que a impedia de ouvir a própria amiga

— Oque tá acontecendo aqui? – disse Carlos encarando aquilo totalmente confuso Jade se mantinha em silencio e cabisbaixa e não quis encará-lo pois ela saberia que teria que contar a verdade para o mesmo – Jade? – disse novamente só que desta vez segurando a mão dela que respirou fundo antes de encará-lo.

—Ela quer que eu morra – disse agarrando Carlos com toda a sua força e mesmo confuso com a situação ele sabia que aquele não era o momento ideal para enchê-la de perguntas que ele sabia que poderia tirá-la do sério.

Da forma mais atenciosa que pode Carlos a levou para casa, sem ser invasivo, sendo apenas romântico e paciente, coisa que ele sabia que deveria ser para a eternidade, mesmo que ele não fosse passar a eternidade ao lado da mesma, de vez em quando Carlos desviava sua atenção da estrada para sua noiva, pois ele sabia que tinha algo fora dos eixos, assim que chegaram na casa da Jade, a mesma tentou dizer para Carlos que não precisava ele entrar, mas ele insistiu pois sabia que algo não estava certo ali.

Claro que ela sabia que teria que contar a verdade para Carlos, o real motivo por ter evitado-o por tanto tempo, mas ela tinha medo, medo de que ele surtasse e fosse tentar bater nela ou pior tentar matá-la, mas a verdade precisava ser dita a qualquer custo, mesmo que aquilo pudesse custar sua vida.

— Carlos – ela o chamou encarando o mesmo que estava mexeu no seu celular, mas voltou sua atenção para ela assim que a mesma o chamou, ela respirou fundo para tomar coragem o suficiente para dizer toda a verdade para ele, que ainda a encarava sem desviar o olhar um segundo sequer.

— Fala Jade – disse segurando a mão dela que sentiu um enorme conforto com o toque dele, ela sabia que poderia perder o Carlos que tanto amou e que a pediu o casamento se ela contasse para ele, mas ela sabia que se ele soubesse disto por outros a situação poderá ser pior.

— Você é uma pessoa incrível, você sabe disso né? – ela perguntava rezando para que ele permanece calma como aparentava estar, de fato ele estava calmo, mas estava curioso para saber que mistério grande era esse que ela estava fazendo, quando ela abriu a boca para disposta a dizer a verdade para ele, sua campainha tocou e ela se levantou para atendê-la e lá estava Kendall encostado na soleira da porta encarrando os grandes e lindos olhos azuis esverdeados dela.

— Quem é amor? – gritou o Latino ainda sentado na sala, inúmeras coisas se passavam pela cabeça dele naquele momento, mas nada era oque ele esperava.

Então ela teve a brilhante ideia de contar toda a verdade com Kendall ao seu lado, por medo do que poderia acontecer e como Kendall sempre iria protegê-la, assim ela fez, levou Kendall para dentro de sua casa e pediu para o mesmo se sentar no sofá, Carlos não estava bravo pela presença de Kendall como ele pensava que ele estava, ele se mantinha calmo ainda aguardando o comunicado que sua noiva faria, ela respirou fundo mais uma vez e encarou Carlos decidida a contar toda a verdade, mas algo dentro dela fez seu medo crescer então ela se recusou a contar a verdade para Carlos e inventou uma mentira qualquer, que ele não acreditou é claro.

Naquela mesmo dia ele foi andando até o consultório da Tori atrás de respostas pelo oque o mesmo havia visto no inicio da tarde, por muita sorte ou ironia do destino ele não conseguiu encontrá-la em seu consultório, mas acabou encontrando James que estava embriagado em um bar qualquer da cidade, James havia entrado em depressão após a recusa de Jade e se enfiou completamente na bebida, coisa que nunca havia feito antes, mesmo sabendo que James o queria longe o Latino sabia que não poderia deixar seu amigo de longa data ali, então entrou no bar para convencer James a ir para casa.

Carlos se surpreendeu ao ver o estado do amigo, ele estava com o cabelo bagunçado e ensebado ele cheirava a bebida de uma maneira que você conseguiria achá-lo a quilômetros de distancia, seus olhos estavam totalmente vermelhos e ele ainda chorava, era deplorável o estado de James, Carlos teve certeza naquele exato momento que seu precisava dele!

— A quanto tempo ele está aqui? – o latino perguntou para um dos garçons que estava enxugando um copo.

— Umas duas semanas, ele apareceu aqui com um papo estranho e confuso, não demos muita atenção para ele, até o dia que ele tentou se matar e o Dono do bar trouxe ele para cá, tentou ligar para alguns contatos do celular dele, mas ninguém atendeu então ele não sai daqui desde então – disse o simpático garçom para Carlos que se perguntava a todo momento porque aquilo estava acontecendo com seu amigo que sempre fora tão vaidoso.

— Conhece ele? – perguntou outro garçom e ele assentiu com a cabeça caminhando até James que soluçava, talvez de tanto que chorou durante esses longos dias.

— Vamos para casa amigo – disse o latino se sentando ao lado do seu amigo que estava com a sua atenção toda voltada para o copo de uísque que o mesmo tomava.

— Não quero e nem vou sair daqui – disse de forma enrolada e com a voz embargada sem tirar os olhos de seu copo.

James não fez nem questão de saber quem era que estava ali, ele só queria a Jade e ninguém mais e ele sabia que não a teve por causa de seu erro infantil, por isso ele se maltratava tanto, ele sabia que havia perdido a mulher da sua vida, por sua culpa de mais ninguém apenas sua.

— Vamos James, você precisa se cuidar e parar de beber um pouco ou vai acabar tendo sérios problemas – disse o latino tentando convencer seu amigo a sair dali, mas aquilo parecia em vão.

— Eu só vou sair daqui quando a Jade vier aqui e dizer que me ama – disse entre soluços.

— Mais ela te ama James, pare de besteira vamos para a casa.

— Ela não me ama, ela não quis que eu a beijasse, ela se recusou a ficar comigo, ela mandou eu sumir da vida dela, ela não quis largar o Carlos para ficar comigo, ela não me ama – disse e enfiou bateu sua cabeça contra o balcão de mármore.

Carlos havia ficado completamente sem reação, ele teve certeza naquele exato momento que era aquilo que Jade quis dizer para ele, mas não conseguiu e ele se perguntava o porque ela não havia revelado a verdade, será que ela estava apaixonada por James?