Contratada para Amar escrita por Fabiih


Capítulo 12
Capítulo XI - I'm go!


Notas iniciais do capítulo

Gente, que demora foi essa do Nyah! ? Achei que iria morrer kkkkkk
Bom, aqui está mais um capítulo e espero que gostem.



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Capítulo XI – I’m go!

Marco Smith

Assim que pronunciei aquelas palavras me arrependi, toda a raiva que transparecia em sua face dera lugar a um misto de emoções, surpresa, indignação e mágoa. Mas, Lana não era de dar o braço a torcer, então logo se tornou indiferente e respondeu:

— Pois saiba que se não fosse por mim, você não estaria aqui e ainda estaria morando com o seu pai. Então acho que o mínimo que poderia fazer era agradecer a mim.

Todo o arrependimento evaporou-se naquele momento.

— Não tenho que agradecer nada para você, caso não se lembre de que eu estou lhe pagando, ou esqueceu que é contratada? – joguei na cara.

— Não, eu não me esqueci. E outra coisa, se você pode trazer suas vagabundas para cá, eu tenho total direito de trazer quem eu quiser aqui. Está no meu contrato, não é? – ela cuspiu a palavra e deu as costas para mim.

Como ela ousa me tratar daquele modo em minha própria casa? Segui-a até a sala e segurei-a pelo braço, dizendo:

— Eu não terminei de falar com você, Alana.

— Mas eu terminei! E me larga. – disse fuzilando minha mão que a segurava.

— Eu ainda tenho algumas coisas que tenho que dizer a você. – insisti – Quem teria que agradecer é você, ou já se esqueceu daquele dia em que te salvei na boate daquele cafajeste?

— Você tem certeza que não vai me soltar? – indagou.

— Não vou!

Naquele momento ela deu um golpe de artes marciais, girou o meu pulso de tal modo que me derrubou no chão e então com o joelho segurando minha cara no chão e com as mãos ainda segurando o meu braço que eu usara para segurar seu braço, ela disse:

— Em primeiro lugar, eu não pedi para você me salvar. Segundo lugar, você está se comportando do mesmo modo que ele naquela noite. E em terceiro e último lugar, eu sei me defender sozinha. – esfregando isto na minha cara ela soltou-me e subiu as escadas.

Sentei-me no chão recuperando-me do ataque. Nunca, ninguém havia me deixado imóvel daquele jeito, ainda mais sendo uma mulher. Geralmente era eu quem as deixava paralisada e não ao contrário.

Arrastei-me até a parede e encostei-me nela, coloquei a cabeça entre as mãos, um gesto de cansaço e um sentimento que nunca senti antes.

Eu e ela já tivemos vários desentendimentos, e isso era totalmente comum entre nós, tanto que nem ligávamos mais para isso. Mas, aquela discussão havia passado dos limites, eu nunca nem a havia chamado de Alana e nunca a vi daquele modo, tão fora de si e tão furiosa comigo.

Lana Walker

Tranquei-me no meu quarto e fiquei andando de um lado para o outro, pois estava muito agitada ainda por causa da briga. Quem ele pensa que é pra me tratar daquele jeito? Ele acha que só porque eu tenho uma merda de contrato com ele eu tenho que fazer tudo o que ele quer? Há! Mas, ele realmente não me conhece!

Eu precisava fazer alguma coisa ou iria enlouquecer naquela casa. Ele sempre jogava em minha cara que me pagava para que eu morasse lá com ele e fingisse ser sua namorada. Mas, eu estava de saco cheio disso. Ele realmente achava que eu ia morrer se não fosse pelo dinheiro dele?

Vou provar a ele que eu posso muito bem me virar sozinha e que eu não preciso dele.

Sem pensar duas vezes peguei minha mala em cima do guarda-roupa e comecei a colocar todas as minhas coisas ali dentro de qualquer jeito. Eu queria sair de lá o mais rápido possível, e assim que tudo estava ali eu a fechei e desci as escadas.

Ele estava encostado na parede, sentado no chão com a cabeça entre as mãos e assim que escutou meus passos levantou a cabeça e me viu com as malas, levantou-se em um pulo.

— Aonde você vai?

— Não sei, mas aqui eu não fico mais.

— O que é isso Lana, não faz isso você nem tem para onde ir...

— Eu não tinha para onde ir quando saí de Londres, mas isso não me impediu de sair de lá, impediu? – retruquei. – E eu posso muito bem me virar sozinha.

— Não foi isso que eu quis dizer.

— Não importa! – ralhei pegando minha bolsa que estava em cima da mesinha.

— Então vá embora logo, se é isso que quer. – disse-me indiferente – Não preciso mais de você, mesmo.

Olhei incrédula para ele.

— Não sou um brinquedinho que você descarta quando não precisa mais, e saiba que eu vou embora porque eu quero e não porque você não precisa mais de mim. – avisei – E espero que tenha uma vida longa e terrível. – cuspi com os olhos margeados, e saí pela porta antes que começasse a chorar.

Apertei o botão de descer do elevador, que logo abriu as portas. Entrei nele e então comecei a chorar sem parar.

Por que eu estava chorando daquele modo? Não sabia explicar, mas havia algo de mim que doía de um jeito excruciante, algo que eu nunca havia sentido em toda a minha vida e uma voz que me dizia para eu voltar para ele, mas eu não ia ouvir essa voz, não depois de tudo o que havia acabado de acontecer.

Sai do prédio ainda chorando e sem rumo, mas comecei a andar por onde minhas pernas me levavam. Já era noite e eu estava com frio, mas isso não me impediu de continuar caminhando sem parar nenhuma vez. De repente deparei-me no barzinho onde Vitória trabalhava e entrei para tomar alguma bebida quente.

— Olá Lana! – Fred, o barman saudou-me feliz em me ver – Ei! O que houve?

— Eu... Nada. – disse secando minhas lágrimas e botando um sorriso falso e fraco no rosto.

— Eu vou chamar a Vitória, espera um pouco. – disse e saiu correndo atrás dela que logo apareceu correndo.

— O que houve com você, Lana? – indagou – Por que está chorando?

— Não sei. – ri sem humor – Realmente não sei.

— E essas malas? – perguntou olhando-as do meu lado – Vai me dizer que Marco teve a capacidade de te colocar para fora? Aquele viado...

— Não. Eu que saí de lá. – interrompi – Não dava mais, Vi, não dava. Brigávamos muito e ele sempre ficava me jogando as coisas na cara, e eu não aguentava mais.

— Eu acho que posso te entender. – lamentou – Mas, onde vai ficar? Onde vai passar a noite?

— Vou procurar algum hotel, eu só passei aqui para tomar alguma bebida quente, porque estou com muito frio. – disse.

— Fred, trás um chocolate quente com bastante chantili. – gritou para ele – Você vem para a minha casa.

— Não, não posso fazer isso. – comecei dizer, mas ela me interrompeu.

— Pode sim, e vai ficar lá.

— Mas eu não tenho dinheiro para lhe pagar e nem...

— Não seja por isso, estamos mesmo precisando de garçonete aqui. – sorriu satisfeita consigo mesma.

— Tudo bem. – sorri agradecida – Muito obrigada, Vi. Nem sei como lhe agradecer.


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Notas finais do capítulo

E agora? O que será que vai acontecer com a Lana? E o Marco?
No próximo capítulo vocês saberão!



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