A Garota dos Meus Sonhos escrita por Meire Connolly


Capítulo 2
A tal da Raio de Luz


Notas iniciais do capítulo

Dois capítulos para adiantar as coisas!



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No outro dia, fui encontrar meu chefe (batam palmas, porque ele é um idiota que se acha o maioral, se bem que, ele manda nas bagaça tudo de vícios e tudo mais), o grandioso e majestoso Leonel Sontag. Ou, como eu tenho que dizer, Senhor Sontag. Blé!

Senhor Sontag vivia em um apartamento num prédio normal. Parecia ser um homem de trinta e dois anos, viúvo, normal. Na verdade, sua vida parecia ser normal. Mas, é como eu falei, parecia. Sontag era um verdadeiro agente secreto. Vamos dizer que agente secreto para o mal. Ninguém desconfiava de quem realmente era Leonel Sontag, e, naquele prédio, dois homens já chegaram a serem presos por culpa de Sontag. É, o cara é bom.

Então, quando eu avistei o prédio do outro lado da rua, eu tinha a quase certeza de que não veria Rapunzel naquela noite. O que seria uma pena, já que eu havia encontrado a garota dos meus sonhos, sem ao menos sonhar.

Traguei mais uma vez o cigarro e o taquei no chão, pisando em cima do mesmo. Ajeitei meu moletom azul e suspirei, indo em direção á aquele prédio. Passei pelo porteiro, e tive uma ideia.

– Se, eu morrer hoje, avise a policia que o culpado é do quarto 54.

O porteiro me olhou com cara de quem dizia: vai se curar, vai. Ignorei-o. Pelo menos, Leonel seria preso. Eu acho, né. Não se pode confiar em qualquer um, e pela cara daquele porteiro, se eu morresse naquele dia, ele nem ficaria sabendo.

Apertei o botão 5 e o elevador se colocou a andar. Se fosse um dia qualquer, eu até que poderia subir pela escada, mas não era. Eu ainda tinha que passar em uma loja para poder comprar uma roupa adequada para o encontro com a loira. Tinha que deixar uma segunda impressão boa, já que a primeira foi um fracasso.

O elevador parou, e eu sai dali parecendo um cara confiante. O quinto andar daquele prédio (que, no caso, era o último andar) pertencia aos ricos. E, quando eu digo que pertencia aos ricos, era porque o andar era rico. Pra começo de conversa, ele não tinha um teto de cimento por cima, e sim, um teto de vidro. Era todinho revestido com vidro, e não tinha uma janela que se abria, ou algo do gênero.

E, os móveis que tinham ali eram todos extremamente chiques e refinados. Bom, tinha somente um sofá, duas poltronas, uma mesa de centro e só. Para nenhum desses móveis, Sontag tinha contribuído para a compra. E, ele estava pouco se fudendo.

Fui até a porta onde tinha um 54 pendurado, e nada de enfeite natalino, como todas as outras portas tinham. Toquei o interfone duas vezes, até Sontag vir abrir a porta. Encarei-o e quase soltei uma gargalhada.

Leonel vestia uma calça xadrez e extremamente larga. Tinha também uma blusa cheia de bolinhas vermelhas larga, e por cima de tudo, um roupão azul escuro aberto. O homem grunhiu para mim, que fiquei em sinal de alerta e entrei.

– Ótimo, cadê a grana? – perguntou enquanto esticava a mão.

– Bem, é sobre isso que eu vim falar com você. Digamos que, eu fiquei sem saída, sem rumo, e Trecck conseguiu pegar a grana.

– Cara de neve, tu é um idiota! – grunhiu enquanto chutava uma caixa de pizza vazia. Bem, Leonel podia morar no quinto andar daquele prédio normal, onde o quinto andar pertencia aos ricos, e o teto era de vidro. Leonel poderia ser o dono da maior rede de contrabando e roubo da América, mas, isso não mudaria sua casa.

Até a minha casa era melhor! E, olha que casa de menino não é tão boa... Sem preconceitos com os outros meninos e tudo mais. Mas, minha casa era zoneada. E, a casa de Leonel era muito bagunçada, fedida e tudo de ruim que pode se imaginar.

Tinha comida em tudo o que é lugar, juntamente com maconha e restos de cigarros. Tinha cinzas jogadas no tapete da sala, e alguns cigarros novos em cima da mesa de centro. Uma aglomeração de cinco caixas de pizza estava no canto da sala, e em cima da mesa grande, tinham mais três caixas.

Isso tudo, sem contar do cheiro da casa. Um cheiro de cigarro, com droga e comida. Realmente, não sei como alguém consegue suportar esse cheiro. Sontag saiu da sala, com uma cara nada legal, e foi ai que eu achei que deveria vazar. Eu já tinha dado o meu recado, certo? Então, poderia vazar. E, foi o que eu teria feito, se a porta não estivesse trancada.

Sabe quando você vê um filme, e o protagonista é sequestrado e ele não tem escapatória a não ser esperar por um super herói, ou então alguém para salvá-lo? Pois é, eu estava nessa situação. Estava no quinto andar de um prédio, com o líder de uma quadrilha, ou melhor, da maior quadrilha da América, e para piorar tudo, tudo mesmo, ele queria me matar. É, fudeu.

Leonel voltou para a sala com seu celular no ouvido, e parecia extremamente zangado. Quem foi o idiota que ligou para ele e está o deixando mais zangado? Se eu conseguir sair vivo desta, irei matar esse idiota.

Respirei fundo. Desta vez eu não teria um anjo que caiu do céu como milagre para me salvar. Eu não teria uma Rapunzel de costas para mim, falando com Leonel e impedindo o homem de me matar. Eu não teria.

Calada, Raio de Luz! – Sontag ordenou á outra pessoa que estava no telefone.

Agora, o mestre Frost irá dar as devidas explicações de quem é Raio de Luz. Bem, Leonel tem um jovem em cada cidade, para vender seus pacotinhos com drogas e outras coisas. Na nossa pequena Corona, antes de mim existiu somente uma jovem que trabalhou com Leonel. Essa jovem tinha o apelido de Raio de Luz. Viram? Eu não sou o único a ter um apelido idiota (tudo bem que Raio de Luz é bem melhor que Cara de Neve, mas isso não vem ao caso).

Se algum de vocês me perguntarem quem é Raio de Luz, além daquela explicação básica (só para constar, ela era uma mulher), eu não saberei dizer quem é Raio de Luz. Quando eu me mudei para Corona, ela já estava fora do cargo, e ai eu entrei em ação. Então, não sei quem é Raio de Luz. E, não me interessa saber quem foi Raio de Luz. Uma coisa que eu estava estranhando era o fato da tal mulher estar ligando para Sontag.

– É claro que não, sua imbecil! – Leonel berrou no telefone, e eu me senti extremamente morto. Pelo menos, Leonel não me mataria devagar, ele iria com rapidez e força. – E você manda em mim? – perguntou soltando uma risada de deboche. É, eu estava morto. – Ah, por favor, Raio de Luz. Olha, vá caçar algo para fazer, sim? Você saiu porque você quis, sua vagabunda! O problema agora é meu. Desse negócio cuido eu!

Uma coisa a anotar sobre Raio de Luz, ela que saiu, não Leonel que a expulsou como todos dizem. Eu me pergunto se a menina ainda mora aqui em Corona. Bem, se ela morasse, ela poderia desmentir sobre o fato de ser expulsa por Sontag. E, também me pergunto o porquê de Raio de Luz. Oras, Cara de Neve é fácil. Se você me conhecer pessoalmente, entenderá. Eu tenho a cara mais branca do mundo. Minha pele não é branca, é albinesca. E, eu acabei de inventar essa palavra. Então, se tu for um cara albino, sua cor será albinesca. E, não, não sou um albino, meus olhos não são vermelhos (aprendi isso na aula de Biologia que tive no 1º Colegial. Ah, sem saudades, ok? Sem saudades).

Você não faria isso! – Leonel berrou e eu pude jurar ouvir uma risada maléfica no ar. Quem é aquela garota que eu nem conheço e já considero pacas? Mas é óbvio, ela não chega aos pés da loira que me espera para hoje à noite. A propósito, tenho que vazar logo daqui. Preciso comprar uma roupa. – Sua vagabunda – Leonel sussurrou ao telefone. – Não, não farei nada com ele. Você é uma chantagista do caralho, Raio de Luz! Nunca mais ouse em me ligar! – e assim, desligou o celular, e o tacou contra a parede. Não estou zoando. O telefone bateu na parede, quebrou e caiu no chão todo estilhaçado.

Que desperdício...

– Posso ir? – perguntei.

– Porque você quer ir? Vai ter algum compromisso? – Leonel perguntou duma forma tão desconfiado que me deu um arrepio. A propósito, como surgiu aquele palito em sua boca? E agora, eu falava ou não da Rapunzel?

– Hum... Bem... Eu terei um encontro hoje ai... – Espere, eu disse encontro? Aquilo era um encontro? Não seria um encontro, eu nem sabia aonde íamos! Cara, aonde nós íamos?

– Um encontro? – Leonel tirou palito da boca e tacou no chão. Argh, que nojo! Sontag deu uma risada e sentou em uma poltrona que tinha ali. – Um encontro, Cara de Neve? Que coisa de menina!

– Não é bem um encontro – expliquei enquanto Leonel ria sem parar. Eu vou cuspir naquela cara, to falando sério. – É mais dar uma volta por ai.

– E quem é a idiota que aceitou sair com você? – ok querido Leonel. Agora você pegou pesado. A Rapunzel não era idiota, e nenhuma menina que saia comigo era idiota. Seu gordo baixo!

– Uma menina ai – resumi. Sério? Rapunzel era a garota. Isso era um fato. Mas, eu não poderia falar isso para o Sontag, ele ia se matar de tanto rir.

– Qual é o nome dela? – perguntou com um charuto entre os dedos. Porque diabos ele queria saber sobre o meu possível encontro que não era um encontro? Cara, Leonel, vá cuidar da sua vida!

– Rapunzel – sussurrei enquanto Leonel acendia o charuto. O homem me olhou com curiosidade.

– Uma menina baixinha, loirinha e gostosa? – perguntou já com o charuto posto nos lábios. Esperei com que Leonel tragasse uma vez. Rapunzel não era baixinha. Ah, por favor, ela poderia ser baixa, mas não era baixinha. Loirinha, só gente pequena é loirinha. Rapunzel é loira! L-o-i-r-a. E gostosa? Ah, por favor! Quem Leonel pensa que é? Ninguém pode chamar a loira de gostosa. Não que Rapunzel não fosse gostosa. Muito pelo contrário. Ela era super gostosa. Mas falando daquele jeito, Leonel parecia ter alguma intimidade a mais com ela.

– Ela mesma – respondi. Leonel era meu chefe, eu não poderia fazer um discurso defendendo-a, certo? E, além do mais, ela nem ficaria sabendo que estávamos falando sobre ela. Eu acho.

Leonel riu.

– Os dois jovens que trabalharam comigo saindo juntos – sua risada foi fraca e de ironia pura. Foi quando a ficha caiu. Os dois jovens que trabalharam com ele. No caso, Raio de Luz e Cara de Neve. E, ele sabia quem era Rapunzel. Putz, eu iria sair com a minha antecessora? Era por isso que ela me conhecia. E, possivelmente conhecia Trecck. Cacetadas, porque ela não me falou antes? Se a gente tivesse tempo de ter conversado, né idiota!

– Posso ir agora? – perguntei sem demonstrar emoção. Na verdade, eu nem sei o que sentia. Iria sair com Raio de Luz. Mais que coisa!

– Espera, fica mais um pouco – Sontag pediu. Bufei e me sentei em uma poltrona que tinha ali por perto. Sontag me passou um charuto e um isqueiro e eu acendi, tragando logo em seguida.

Foi quando a ficha caiu novamente. Raio de Luz tinha ligado para Sontag alguns minutos atrás. Raio de Luz era Rapunzel. Porque Rapunzel teria ligado para Sontag?

– Porque Rapunzel te ligou? – perguntei enquanto o encarava. Sontag sorriu como se eu tivesse perguntado o que ele realmente queria.

– A conversa entre minha e de Raio de Luz não é da sua conta, Cara de Neve – respondeu com armagura. – Você perdeu toda a grana que eu queria receber, então vá se fuder.

– Se você me deixar sair desse apartamento – resmunguei baixo.

Ficamos alguns minutos em silêncio. Traguei mais uma vez e a fumaça saiu fazendo um círculo. Sorri para mim mesmo, mas logo mudei a expressão, Leonel me encarava. Observei a fumaça, enquanto tragava novamente. A fumaça, cinza e sem expressão passeou pelo apartamento, saindo pela janela que tinha ali.

– Você conhecia a Raio de Luz? – Leonel perguntou enquanto me fitava.

– Nos conhecemos ontem – respondi sem dar a menor importância. Cara, porque Leonel queria tanto saber da minha vida? E, principalmente da minha vida com a Rapunzel?

– Ela ligou para cá me chantageando – começou a falar e eu me ajeitei na poltrona. Era provável imaginar que ele estava sendo chantageado, principalmente por culpa de seus xingamentos. Soltei a fumaça novamente, e tentei prestar atenção em que Sontag falava, sem ficar encarando aqueles olhos de cores diferentes.

– X –

Traguei mais uma vez e ri com a história idiota de Leonel. O homem tinha contado que Raio de Luz havia ligado, o chantageando (com algo que eu não devia saber) e falando para ele não me matar, nem me despedir, ou fazer algo desse gênero por que eu perdi o dinheiro. E, ele falou que Raio de Luz disse para ele ser um cara honesto como era em outras cidades.

Quando eu descobri que nas outras cidades ele não fazia os outros ganharem um quase assassino, quase voei em seu pescoço. Eu só não fiz isso, porque não sei voar. Mas, taquei uma garrafa, que (infelizmente) era de plástico. Depois, ele disse que voltaria a ser honesto com Corona. Suspirei de alivio, mas, logo parei. Leonel era um puto gordo baixinho mentiroso.

Por fim, ele falou que Raio de Luz saiu assim do nada. Ele não me disse o motivo, e sua explicação foi que a garota queria sair, sem mais nem menos. Sem motivo, sem explicação. É, eu não sei se ele estava mentindo, ou se ele simplesmente estaria falando a verdade.

Depois de conversarmos mais um pouco sobre Raio de Luz (e como ela era eficiente, diferente de mim), Leonel começou a me contar histórias que aconteceu com ele. Todas idiotas, mas, o cara estava bêbado, e acredito que se eu não risse, ele me matava, mesmo com a chantagem de Raio de Luz.

– Ai, como a lua é bonita! – exclamou enquanto olhava para a janela. Olhei também e sorri. Realmente a lua era bonita. No dia anterior estaria correndo de um bando de viciados com Trecck no comando e seria salvo pela menina dos meus sonhos sem ter sonhos.

Rapunzel!

Puta que pariu! – gritei enquanto me levantava.

– O que foi idiota? – Leonel perguntou se pondo de pé. Corri até a porta e tentei abrir, estava trancada.

– Cadê a chave? – berrei. Estava desesperado. Leonel ergueu a mão e apontou para algo perto da porta, na parede. Encarei o lado e vi a chave pendurada. Abri a porta e sai desesperado, entrando no elevador, com as portas do mesmo fechando. Suspirei aliviado por pelo menos não ter perdido o elevador.

Olhei para o meu lado e vi uma senhorinha me encarando. Observei enquanto ela cheirava o ar e cheirei meu moletom azul. Puta que pariu! Estava fedendo a tabaco! Merda!

– Que horas são? – perguntei a mulher, que deu um passo recuando e estava meio trêmula. Legal, ela estava com medo de mim? De mim? Sério, eu sou tão assustador assim?

– Oito horas – respondeu com tanta pressa que eu quase tive que perguntar novamente.

– Oito horas? Puta que pariu, puta que pariu, puta que pariu – comecei a resmungar. Sério, Jack Frost? Sério Jack? Sério Cara de Neve? Onde está a sua segunda boa impressão? Cabelo todo bagunçado, moletom, eu totalmente cheirando a tabaco, um frio do caralho, sem jaqueta (é, sabe, se a garota começar a sentir frio, você coloca a jaqueta nos ombros dela, entende? É bem romântico), e atrasado.

As portas se abriram e eu sai correndo. E, para piorar tudo, o prédio era super longe do beco. Agora, ia ficar suado. Sinceramente? Estava mais apresentável na primeira vez que nos vimos. Mas que porra, mano! No momento, estava querendo me matar, de verdade. Continuei correndo, e o vento pareceu aumentar.

Virei entrando no beco, depois de uns quinze minutos correndo na velocidade da luz. Assim que virei vi uma menina abrindo a porta, a mesma porta que Rapunzel abriu ontem. Não pensei duas vezes antes de gritar.

Raio de Luz!

Rapunzel parou no mesmo instante. Raio de Luz, Jack? Mesmo? Você está ganhando o prêmio de idiotice do ano, na boa. Nunca mais quero sair em um encontro. A menina dos meus sonhos (sem ser sonhada) aparece, e eu ajo como um idiota na sua frente, que não consegue causar uma boa impressão nunca.

Aproximei-me andando. Rapunzel, ainda no parapeito da porta, se virou para mim. A garota usava uma calça jeans preta, agarrada, coturno preto, uma blusa cinza com um tigre nela, e uma jaqueta de couro preta por cima. Seus olhos verdes estavam realçados com algo preto que ela havia passado em volta dos olhos. Seus lábios estavam claros, mas era perceptível o brilho que tinha nele.

– Pelo visto, já sabe quem sou – a garota falou com um sorriso de canto.

– Minha antecessora – respondi sério e já em sua frente. Rapunzel estava a minha altura agora, e eu não curtia muito isso.

– Sua antecessora, meu sucessor – respondeu sorrindo. – Falou com Leonel?

– Falei, e ele me disse que você ligou para ele.

– Não poderia deixar você morrer – falou enquanto dava um sorriso. A garota desceu do parapeito e fechou a porta atrás de si. Inalei seu cheiro doce e me culpei novamente. – Tínhamos um encontro, Cara de Neve – sorriu se virando para mim. – Para onde vamos?

Puta que pariu! O roteiro, eu não tinha um roteiro. Jackson Frost, seu merda! Qual é o seu problema? Como eu queria causar uma boa impressão para ela. Como eu queria. Acho que minha cara não foi das melhores, pois Rapunzel soltou um sorriso e abaixou a cabeça.

– Não pensou em um lugar para ir, né?

– Olha, me desculpe, eu tinha planejado o dia, mas ai...

– Tudo bem, tudo bem... – a garota falou enquanto mexia em seu bolso da jaqueta. – Tem cigarros ai? – estranhei a pergunta, mas mostrei a caixinha nova que eu havia comprado antes de ir para Leonel. – Venha, vou te levar em um lugar.


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Notas finais do capítulo

E ai, curtiram?