Fearless escrita por Nathalia de Oliveira


Capítulo 4
Four


Notas iniciais do capítulo

Eu primeiramente quero pedir desculpas pois eu não postei ontem, é que eu fui numa festa e eu não tive tempo de escrever. Eu não to com muita criatividade esses dias, porém, eu não quero deixar de atualizar aqui.
Boa leitura, comentários me fazem sorrir!



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Alguns dias já se passaram e meu primeiro dia de aula já era amanhã. Eu estava meio nervosa, pois era uma escola nova. Mas Hugo estava me ajudando nessa mudança toda. Ele estava meio estranho esses dias e não quis me contar o que estava acontecendo. Eu não gostava nem um pouco quando ele me escondia as coisas, porém eu não tive tempo de pegar ele de jeito e perguntar o que realmente aconteceu.

Aliás, acho que todos em minha volta estavam estranhos. Minha mãe estava silenciosa, e ela nunca é silenciosa. Acho que aqueles caras voltaram a perturbar de novo. Será que eu e ela nunca íamos seguir a vida sem ter alguém pra atazanar? Eu realmente queria começar uma nova vida em Londres, mas as coisas não estavam fáceis. Eu estava na sala de estar vendo TV e esperando minha mãe chegar das compras. Eu achei que ela devia relaxar e mandei ela ir no shopping fazer compras para ela.

Quando alguém bateu na porta. Eu estranhei ela ter voltado rápido, pois nosso apartamento é meio que longe do shopping. Mas apenas abri a porta e depois disso não vi mais nada.

[...]

Acordei abafada, eu estava com os braços e pernas amarradas e com uma fita na boca. Eu queria saber onde eu tava, por isso eu fiz a maior força do mundo pra chamar atenção. Quando do nada, uma lâmpada acendeu. Onde eu estava? Eu estava tonta, não me lembro de nada depois de ter aberto a porta.
– Dá pra você ficar quieta? - Ouvi uma voz, muito familiar. Eles haviam voltado, os homens dos negócios do meu pai. Foram eles que me sequestraram
Ele abriu o saco onde eu estava e tirou a fita de minha boca, machucando-a.

– O que vocês querem? Achei que tudo já estava resolvido - Falei
– O que o seu pai fez com um dos nossos companheiros não vai ser esquecido, ele deve pagar pelo o que fez. E pra isso, vou matar a coisa mais importante pra ele. A filha dele
– Meu pai não se importa comigo, se importasse não iria deixar eu fugir para Londres.
– Você é tudo pro seu pai. E é por isso que pegamos você, esse homem já era.
– Sério mesmo que vocês vão fazer eu pagar por uma coisa que eu não fiz?
– Não adianta fazer isso. Não vamos cair no seu joguinho.

Um garoto entrou pela porta do depósito onde eu estava presa. Ele parecia ser um pouco mais velho que eu, uns 20 anos. Ele era novo para ser marginal. E bem bonito também.
– É essa a filha do mentiroso? Deve ser da mesma raça que o pai - Ele disse, olhando pra mim de cima a baixo
– Meu pai é sim um mentiroso, mas minha mãe me ensinou a ser verdadeira. E não confiar em marginais como o meu pai fez. - Respondi
– Você está muito engraçadinha pra alguém que só tem alguns minutos de vida. - Porém, acho que não devíamos fazer isso com ela. - Ele se aproximou do meu rosto. Aqueles olhos verdes fitaram sob mim como duas estrelas. Ele entrou dentro do depósito e não voltou mais. Ele era realmente bonito, ei, Destiny! Foco!
– Achei que vocês achavam que matar era errado, já que estão culpando meu pai - Eu disse, com um olhar desafiador. Eu estava tremendo de medo, mas tinha que me passar de destemida. Odiava ficar aparentando medo na frente das pessoas.
– Matar é errado. - Um deles respondeu - Escuta aqui garotinha, meu nome é Jhonny, porem pode me chamar de Chefe.
– Não me chame de garotinha.
– Eu te chamo do que eu quiser, você é minha refém - Ele aumentou o tom de voz. - Escuta o que o Chefe vai te falar: Não vamos te matar. Vamos apenas dar um sustinho no seu pai pra ele vir aqui resolver as coisas conosco.

– Então esse teatro todo foi pra tentar me assustar também? - Eu perguntei
– Na verdade, não abuse da sorte garota. O meu filho, Peter, achou melhor não fazer nada contigo. Se for pra matar, mataremos quem enganou a gente: Seu pai - Ele falava como se tivesse recitando uma poesia, ele até que era engraçado. Eu tentei manter a maior naturalidade do mundo. Mas por dentro eu estava morrendo de medo de algum deles apontar a arma na minha cabeça e me matar.
– E por que o seu filho resolveu fazer isso? - Eu perguntei.
– Não ache que acabou garota. - Peter entrou na sala. Era o garoto dos olhos verdes. - Eu apenas esquematizei um plano para resolver isso com o teu pai.
– Então eu posso ir pra casa agora? Ou querem tirar uma foto de mim amarrada e mandar pro meu pai pra ele ficar apavorado e fingir que se importa comigo?
– Já fizemos isso - Peter respondeu
– Eu fiquei bonita? - Eu perguntei, tentando quebrar o gelo.
– Sim - Ele respondeu com o mesmo ar de durão que ele tinha. O estilo dele era tão.. obscuro. Ele era realmente charmoso, tão charmoso que eu já tinha esquecido do fato que eles tinham me sequestrado. - Liberem ela.

Me desamarraram e apenas me colocaram dentro de um carro e me deixaram umas três quadras longe da minha casa. Saí do carro e segui pra minha casa. Quando me certifiquei que eles já tinham ido. Chorei, chorei, chorei e chorei. Meu coração estava quase saindo pela boca, chorava tanto que nem andar eu estava conseguindo. Fiquei imaginando o que eles iam fazer com o meu pai. Eu tentei agir como se estivesse tudo bem, mas eu estava apavorada. Eu simplesmente não queria que meu pai fosse assassinado. Mesmo que ele não ligasse pra mim, ele é meu pai. Eu tenho que saber pelo menos que alguém que ajudou a minha mãe a me colocar no mundo está vivo.

Cheguei em casa e me deparei com vários policiais na porta da minha casa. Eles ficaram felizes quando eu cheguei. Abri a porta e vi minha mãe de um jeito que eu nunca tinha visto antes. Acabada, com a pele enrugada, com olheiras gigantes de tanto chorar. Não sabia que reação ter, apenas corri e a abracei. Claro que eles me fizeram muitas perguntas, e eu expliquei tudo o que tinha acontecido. Eles iam rastrear os caras. Não sei porque mas eu estava meio que com receio de contar que eles tinham me sequestrado. Parece ser meio sem sentido mas eles são simpáticos. E poderiam matar o meu pai antes de serem presos. Fiquei olhando pro celular pelo resto do dia, esperando alguma ligação de alguns deles. Tudo aquilo estava girando na minha cabeça.

Não estava conseguindo dormir, e não sabia como eu ia acordar de manhã para ir pra escola. Minha mãe sugeriu que eu não fosse, mas eu achei melhor não faltar logo no primeiro dia de aula. Liguei para Hugo e desabafei com ele, ele não podia me ver hoje pois o curso dele já havia começado. Mesmo assim, ele me escutou como um bom amigo. E me amou como um bom namorado.

Eu não sabia mais o que pensar, eu apenas fechei os olhos e desejei com toda a força que aquilo tudo simplesmente acabasse..


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