Fearless escrita por Nathalia de Oliveira


Capítulo 2
Two


Notas iniciais do capítulo

Olá, eu quero comentáriooos.
Por favor comentem, se alguma alma abençoada ler a minha história. Vou transbordar de felicidade! Hoje acordei de manhã cedinho pra escrever esse capítulo. Espero que gostem (=



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/446748/chapter/2

Acordei graças a uma ligação do meu pai. Eu não fiz questão de atender, deixei tocando. Será que ele não se toca que ele perdeu a filha dele? Ele não desiste mesmo de tentar me conquistar de volta. Todo o respeito que eu sentia por ele já era, ele era um homem morto para mim. O que ele tinha feito quando eu tinha mais ou menos 4 anos era inaceitável, sem contar também o que ele fez no ano passado: nos abandonar.


Os homens que fizeram a aposta com o meu pai me perseguem até hoje. Minha mãe e meu pai nem pensam nisso, mas se eu contar para algum deles uma coisa ruim acontece com a minha família. Meu pai pode ter aprontado mas minha mãe era tudo pra mim, eu não podia perder mais ninguém da minha família. Para melhorar, quando o meu pai nos abandonou minha mãe estava grávida de 7 meses do meu irmão Diego ou Rodrigo.
Porém as crianças morreram faltando apenas um mês para o parto, e foi um choque para minha mãe, acho que meu pai nem imagina. Sei lá, um homem velho deixar a esposa ser mãe solteira de um recém nascido é a pior coisa que o ser humano pode fazer, e olha que o ser humano já fez muita coisa estúpida.
Eu fico pensando como existe muita gente má nesse mundo, e fico imaginando o porquê de serem assim também, eu simplesmente acho que bondade vem em uma troca. Sem querer ser clichê, porém eu tenho que citar essa: "Gentileza gera Gentileza" e você que fez uma besteira grande, não tão grande quanto o que meu pai fez, mas uma besteira com alguém que você ama. Peça desculpas. Limpe o mundo dessas pessoas medíocres e orgulhosas. Isso não ajuda ninguém.


Fiquei enrolando bastante na cama, mas finalmente resolvi levantar e preparar o meu café da manhã. Quando vi que não tinha nada demais na geladeira fui colocar uma roupa e ir na padaria comprar alguma coisa. Deixei um bilhete pra minha mãe caso ela acordasse e não me encontrasse lá. Quando desci tinha bastante gente lá na rua. A maioria indo pro trabalho, nunca pude imaginar um lugar tão cheio. Quando eu vi um lugar praticamente perfeito: Starbucks. Eu já amava no Brasil, lá então ia ser mais legal ainda. Não pensei duas vezes e apenas enfrentei a loja cheia de pessoas. Fui atendida e levei um pra mim e um pra minha mãe. Os levei para viagem então eu já estava voltando para casa. Quando eu ouvi...
– Destiny? - Era Hugo. Hugo foi o menino que triturou meu coração e depois comeu ele vivo. Foi o menino que eu mais amei no mundo. E ele apenas usou aquilo para o seu favor e me iludiu. O fato é: ele era fofo comigo mas quando chegava perto dos amigos dele, ele nem olhava na minha cara. Aconteceu que quando eu cansei de tudo aquilo nós brigamos, e paramos de se falar. Bem, até agora.
– Hugo! O que faz aqui em Londres?
– Eu que te pergunto. Quanto tempo né?
– Sim. Eu me mudei pra cá
– Definitivamente?
– Sim. E você?
– Também... - ele disse com um sorriso no rosto. Ai eu não to acreditando nisso, espera, a gente não estava brigado? A gente não conseguia respirar o mesmo ar sem brigar. Era um inferno ficar no mesmo ambiente que nós dois.
– Olha, eu tenho que ir pra casa agora. Tchau


Apenas virei as costas e voltei pra minha casa. Assim mesmo, sem esperar ele se despedir. Quem ele pensa que é? Eu ainda não esqueci o que ele fez comigo, e quando eu consigo finalmente esquecê-lo ele volta pra minha vida bagunçando ela ainda mais? A minha sorte é que eu estaria no 2° ano e ele no 3° mesmo assim seria uma palhaçada estudarmos na mesma escola. Espero que ele não tenha nenhuma idéia de onde eu estudo. Eu quero excluir o Hugo da minha vida. Subi de elevador, o que era raro, odiava elevadores desde quando minha tia morreu em um. Eu sempre, em qualquer lugar, subia de escadas. Mas daquela vez eu queria chegar em casa rápido. Ele subiu sem fazer som nenhum estranho e sem parar. Dei graças a Deus e abri a porta de casa.
Minha mãe já tinha acordado e estava tomando banho.
– Trouxe uma coisa que ambas adoramos - Eu avisei e esperei ela sair para bebermos. Tirei-os da sacola e apenas esperei. Ela saiu do banheiro e foi direto pro quarto se trocar.
– Filha. Obrigada, eu amo Starbucks - Ela disse, sorrindo. Mas eu ainda percebi uma coisa errada.
– Você estava chorando?
– Eu, não.
– Não me esconda NADA. - Entreguei o chá pra ela e a sentei no sofá fazendo várias perguntas.

Ela me contou que meu pai tinha ligado pro meu celular de novo. Mas não era o meu pai falando, era os caras de alguns anos atrás que ele tinha feito as apostas.
Meu pai, faz muito tempo, fez algumas apostas envolvendo dinheiro e futebol. Minha mãe sempre dizia que isso nunca ia dar certo e que ia dar problema pra ele. E realmente deu problema pra ele, ele faliu muito e eles não tinham como ter a criança que já estava na barriga da minha mãe. E como por falta de comida a minha mãe perdeu o bebê eles estavam praticamente nas mãos daqueles homens. Meu pai não pensou duas vezes e resolveu matar o chefe desses homens. Mas nenhuma autoridade como polícia sabia disso, e eu tentava esquecer daquilo. Meus pais não sabiam que eu sabia daquilo, mas quando eu tinha 8 anos um cara ligou pro telefone fixo lá de casa me ameaçando que já sabia onde morávamos, sabia onde eu estudava e a qualquer momento ele ia querer troco do que meu pai fez. Eu, ingênua, perguntei o que meu pai tinha feito. E depois, ninguém sabia que eu recebia ameaça daqueles homens até hoje, com 16 anos.


E agora estávamos tentando descobrir, depois de mais de 16 anos como esses caras acharam meu pai e se era por esse o motivo que eles nos abandonou. Já que eles já estavam com o telefone do meu pai eu pensei que eles devem ter matado meu pai ou algo do tipo. Ou feito ele de refém e estava pedindo uma quantidade de dinheiro para nós. Minha mãe disse que eles não haviam falado muito, só que o meu pai estava definitivamente em muitos problemas. Eu disse para esquecermos aquilo e que meu pai não tinha mais importância na nossa vida. Minha mãe, depois de tudo continuava perdidamente apaixonada pelo meu pai. Por isso eu sempre acredito que não existe amor das duas partes, sempre um vai ficar amando mais o outro e isso desgasta a relação. Não podia pensar muito nos problemas antigos do meu pai, pois um novo ano se iniciou e eu estava em Londres pra realizar meus maiores sonhos, e faria de tudo para poder fazer isso em grande estilo.
Era a minha última semana de férias e eu já estava comprando o material escolar. Não comprei nada comparando ao ano passado, eu sempre gastava muito dinheiro com o material escolar. Comprando tudo rosa e etc. Esse ano a maioria das coisas era branca ou preta. Minhas aulas começariam na segunda feira e estava já na quinta-feira. Então digamos que eu estava dando adeus as férias e iniciando um novo período de aula. Minha mãe fez a matrícula bem atrasada. Mas virmos para Londres foi de última hora.

Eu pedi para dar uma volta no parque que tinha em frente a nossa casa, tomar um sorvete. Finalmente o tempo abriu e estava meio que calor em Londres. Não estava ensolarado, estava nublado. Desci e fui pra praça. Comprei o meu sorvete favorito que era de kiwi - um sabor estranho, não? - e sentei num banco da praça.
Quando vi no meu celular que Hugo estava me ligando, bufei. Será que ele não cansa cara?
Não atendi, apenas mandei uma mensagem falando tudo o que ele não entendia.
"Você não tem que ligar mais, eu não vou atender o telefone
Essa foi a última, falha. Não quero me machucar mais
E você pode até um dia falar que você está arrependido mas eu não acredito em você, querido, como eu acreditava antes. Você não está arrependido, não mesmo."
Não demorou muito e ele enviou a resposta
"Eu sei que eu errei, não valorizei um amor antigo seu. Mas eu estou aqui arrependido de verdade, não dá pra sermos apenas amigos? Sei que algum lugar ai no seu coração você ainda gosta de mim. Destiny, só me escuta. Por mensagem não vai ser legal de falar isso. Onde você está?"


Pensei bastante e meu lado bom respondeu que eu estava na praça e ele disse que estava vindo para cá. Eu sabia sim que uma parte de mim ainda AMAVA ele. Mas eu não podia fazer nada, quando eu amava alguém era pra valer. E eu não tinha como ter outra escolha. Ele não demorou muito e veio com um buquê de flores, eu não podia acreditar no que aquele menino estava fazendo.
– Hugo... - Ele me interrompeu
– Apenas escuta. - Ele me entregou o buquê e eu confirmei com a cabeça - Destiny, eu sei que eu praticamente triturei seu coração e o comi vivo. Mas eu nunca soube lidar com o que realmente era amor. Eu estava sem escolha, Destiny. Eu achava que ter uma menina gostando de mim era a maior sorte do mundo. E eu quis me mostrar do que tentar alguma coisa contigo. Tudo o que eu te disse era real, mas na frente dos meus amigos parece que aquilo não tinha sentido. Eu não sei te explicar, agora tudo o que eu te peço é que olhe em redor. Veja onde estamos. Tudo está diferente agora, eu só te peço mais uma chance. Destiny, eu posso fazer você feliz. Como eu nunca soube fazer antes. Esse amor é difícil, mas é real. Apenas diga sim.
– Sim. - Eu disse. Eu estava totalmente em recaída. Acho que eu nunca perdoaria o Hugo de novo. Mas ele realmente me convenceu, aquilo que ele disse realmente fazia sentido. Escolhi esquecer tudo e tentar começar uma coisa nova. Não sei se daria certo. Então eu me levantei e ele chegou em mim, me envolvendo de uma maneira que qualquer menina ia ceder. E então nos beijamos, naquela praça linda de Londres. E agora estávamos juntos. E eu ia tentar realmente ser feliz com ele.
Ele me levou até em casa, e queria subir para falar com a minha mãe mas eu queria ir devagar para saber se era aquilo mesmo que ambos queríamos. Eu estava feliz, confesso que aquilo tinha feito o meu dia ser mais sorridente. Até a minha mãe percebeu que eu tinha voltado mais feliz da praça, mas eu não tinha escolha, o Hugo tinha alegrado o meu dia. Contei tudo para ela, e ela pareceu aceitar aquilo numa boa. Ela queria conversar com ele para nós ficarmos oficialmente juntos, namorando. Mas até lá eu queria saber se realmente aquilo era o que eu queria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fearless" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.