Fearless escrita por Nathalia de Oliveira


Capítulo 11
Eleven


Notas iniciais do capítulo

Boa leituraaa!



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As cordas vagabundas estavam me machucando. Porém nem gritar eu podia, já que Peter e Amber tamparam minha boca com uma fita adesiva. Eu já estava cansada daquele jogo, mas a revelação de Amber estava ainda martelando na minha cabeça. A pessoa mais sincera que eu conhecia me decepcionou, e muito. Eu podia ouvir meu coração quebrando dentro de mim.
– Vocês dormiram a viagem inteira. - Peter comentou
Fiz força para falar, porém nenhuma palavra saiu certamente da minha boca. Meu namorado ainda dormia, fiquei preocupada com ele, e se ele tivesse quebrado alguma coisa quando caiu no chão com o impacto do soco do Peter.
– Você está exaltada, meu amor. Calma - Peter disse
– Destiny, minha melhor amiga - Amber se aproximou dos meus ouvidos e sussurrou - Quer jogar um jogo? - E então ela tirou a fita da minha boca, o que doeu. - Melhor se comportar...
– Que jogo? - falei, finalmente.
– O que você quiser...
– Verdade ou consequência.
– Tudo bem, vai. Só pra ela não ficar perturbando o meu sono na madrugada. - Peter disse e pegou uma garrafa de vidro.

Eles trouxeram uma mesa e colocaram perto da cadeira. Meus braços e pernas ainda estavam amarrados.
– Como vou girar a garrafa?
– Nós giramos por você.
– Vocês vão roubar
– Cala a boca garota.
Fiquei quieta e Peter girou a garrafa. Por minha sorte caiu como se eu perguntasse para Amber.
– Verdade ou consequência?
– Verdade
– Quando você virou aliada do.. Peter?
– Já namoramos por um tempo. Antes mesmo de te conhecer. Ou acha que eu te consolei no banheiro por que quis realmente ser sua amiga? Tudo foi um plano, tola.
Não podia acreditar no que tinha acabado de escutar. Amber girou a garrafa e caiu como se Peter perguntasse pra mim. Bufei, estava com medo do que ele podia fazer.
– Verdade ou consequência?
– Verdade.
– Você e aquele lerdão - Ele disse falando de Hugo - Já deram mais um passo?
– Mais um passo?
– Já foram pra cama? Ou ficam apenas nos beijos?
– Eu prefiro esperar.
– Fala sério - Amber disse. - Ta bom, Peter, gira isso.

Peter girou a garrafa e caiu como se Amber perguntasse para mim.
– Consequência pra você, querida.
– Eu nem escolhi
– Nós que mandamos aqui, e além do mais, ficar escolhendo verdade toda hora é contra as regras. Não aprendeu com seus amigos? Ah é.. você não tem amigos - Ela e Peter caíram na gargalhada e eu apenas engoli em seco - Corte os braços dele. - ela se referiu ao Hugo
– Como?
– Foi isso o que eu disse, meu amor, anda logo. Achei que já tivesse prática com isso...
– Não farei isso com ele...
Ela pegou uma faca e passou pelos braços dele. Ele estava desmaiado, por isso não sentia dor. Ele sangrava muito, e aquilo me doía.
– Para, para com isso - Eu disse
– A brincadeira acabou, eu estou com sono.
– Eu também, amarra ela de novo - Peter ordenou e eles colocaram a fita em minha boca de novo.

[...]

Horas se passaram e amanheceu. Quando eu acordei, Hugo já havia acordado. Eu estava desamarrada e sem fita na boca.
– Como você..?
– Longa história, eu sou prático com isso. Se eu tivesse acordado ontem eu já teria saído daqui. Eles ainda estão dormindo, se conseguirmos fugir agora estamos salvos
– Tudo bem.
– Não vão ficar nem pro almoço? - Amber surgiu, com faca na mão... - Olha.. Eu estou com essa faca super afiada. Eu espero que ninguém se machuque.. Pra isso não acontecer, sugiro que não fujam daqui..
– Para com isso Amber? - Eu gritei
– Pra que se exaltar? Podemos conversar
Hugo correu e a derrubou
– Quem você pensa que é? - Ela gritou - PETER
Mas Peter parecia drogado, ele não levantava de jeito nenhum. Peguei a faca que ela largou
– Larga isso e vamos logo, Destiny
Quando eu estava indo, Amber me agarrou pelas costas tentando lutar comigo. E eu me defendi. Porém quando fiz o movimento a ponta da faca cravou em seu peito e ela caiu no chão com a faca ainda presa em seu peito.
Eu não tive outra reação a não ser chorar. Eu não podia imaginar que eu tinha feito uma coisa como aquela.
– Destiny...? - Hugo estava boquiaberta
– Eu não queria fazer isso, juro.
– Destiny, vamos sair daqui. Pega essa faca, esta com as suas digitais

Peguei a faca e saímos dali depressa. Enterrei a faca num lugar distante da casa que estávamos e saímos de lá correndo. Não sabíamos direito onde estávamos, por isso quando vimos uma Waffle House paramos para pedir informação. Descobrimos que para chegar no centro de Londres - onde eu morava - era longe. Estávamos com fome, sem dinheiro, como iríamos chegar em casa? O homem nos ofereceu carona, Hugo hesitou pois nunca se deve confiar em ninguém. Mas o homem parecia bondoso. E então, ele pegou o carro e nos deixou na esquina da rua da minha casa. Agradecemos e voltamos pra casa. Quando chegamos lá, meus pais estavam bem apreensivos.
– Onde vocês estavam? - Minha mãe me abraçou logo que me viu
Percebi que os pais de Hugo também estavam na minha casa.
– Fomos sequestrados
– Foram os mesmos de antes?
– Sim, o filho dele Peter e a Amber
– A sua melhor amiga?
– É, descobri que não tenho amigos verdadeiros...
– Meu Deus, vocês parecem estar bem. Estão bem mesmo? - A mãe de Hugo me perguntou
– Estou faminta - Eu respondi
– Eu também
– Então vamos fazer um banquete para vocês dois. É tão bom vê-los de novo - A minha sogra nos abraçou

Eu espero que Peter não me procure de novo... Mas eu ainda tinha as provas contra ele. Acho que tudo seria resolvido na minha vida. Eu tinha pais que me amam e se amam, eu tenho um namorado perfeito. E mesmo não tendo amigos isso me basta. Eu queria viver em paz...
– Você foi muito destemida hoje - Hugo sussurrou em meu ouvido
– Com você eu sou destemida - O beijei e almoçamos ali mesmo, rindo, conversando. Felizes, pois o pior já havia passado.


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