Ao sair fechei a porta com certa força.
– Está tudo bem? - Vlad perguntou assustado.
– Está sim, vamos? - engatei o meu braço no seu. - está tarde, estou cansada. -
Andei cerca de dois passos e olhei para trás, Henrique olhava para mim e arrumando ao mesmo tempo um de seus colares. Ao perceber que nossos olhares se cruzaram, virei-me para Vlad.
– Posso acompanhá-la até seu quarto. -
– é claro que pode. -
Voltamos ao meu quarto, enquanto caminhávamos, ouvíamos apenas nossos passos ecoando entre as paredes de pedra. Também ouvíamos de leve a música que era tocada no grande salão. Vlad quebrou o silencio que me atormentava.
– Querida, quero lhe dizer algo. -
– pois bem. -
– Eu... ham... bem... Quando eu vi seu retrato, minha primeira impressão foi a de que a senhorita é uma jovem linda. Mas quando a vi pessoalmente, fiquei encantado. E devo admitir que nesse pouco tempo que a conheço, e que estive com a senhorita, eu sinceramente não consigo tirá-la de minha cabeça. Eu acho que estou totalmente, absolutamente apaixonado por você, Anne. -
– Nossa. Eu, eu, não sei o que dizer. -
– Não espero que sinta o mesmo de mim depois de tão pouco tempo, mas de qualquer modo, sei que não conseguiria pensar em qualquer outra mulher em toda a minha vida. -
– Vlad. Eu fico lisonjeada. Com toda a certeza do mundo tenho sentimentos por você. E já me sinto a noiva mais feliz do mundo por ter um marido tão maravilhoso. -
– é tudo que eu mais quero, quero que seja feliz. E farei o máximo para que se sinta assim. -
– tenho certeza que sim. - o abracei. Olhei novamente para seu rosto e vi um belo sorriso entre as maçãs rosadas de sua face.
Sorri em reciproca olhando em seus olhos.
– boa noite.- me virei e encostei na maçaneta para abrir a porta, mas meu movimento foi interrompido por Vlad que puxou meu outro braço, o que fez com que nossos narizes ficassem a distância de mais ou menos uma polegada.
– boa noite. - ele disse sussurrando, e beijando-me em seguida suavemente.
– As pessoas irão começar a comentar se continuarmos a fazer isso em público. - eu disse enquando abria, entrava no quarto, e ia fechando a porta devagar, deixando uma fresta para vê-lo.
– deixe que falem. Eu não me importo.-
– boa noite. - eu disse.
– boa noite minha futura rainha. - pela fresta o vi pela ultima vez aquela noite. Fechei a porta.
Me direcionei a cama saltitante. Chamei uma de minhas damas de companhia para me preparar para dormir. Ela me ajudou a tirar meu vestido e vestir minha camisola. Pedi a ela que arrumasse minha bagagem. E que colocasse somente os vestidos mais bonitos e o mesmo com os sapatos e jóias.
Quando deitei-me, me sentia nas núvens! Eu amava aquela sensação. Adormeci em pouco tempo.
Acordei na manhã seguinte com grande entusiasmo. Eu iria a Valáquia(Romênia), ainda hoje.
–Catherine! você irá comigo como uma de minhas damas de companhia. -
– Muito obrigada! - ela disse trazendo o vestido para perto de mim.
– ah querida! Eu estou tão feliz, tamanha é minha felicidade que nem consigo explicar.- eu disse enquanto Catherine colocava o espartilho em mim.
– oh madame, isso me cheira a Amor. -
– Gostaria que fosse só isso. É muito mais. A ansiedade piora meu caso. -
– Que bom que esteja se sentindo assim! Desejo-lhe que tal sentimento nunca acabe. - Ela vestiu o vestido em mim e terminou de ajeitá-lo.
– assim eu espero. - Coloquei um colar de pérolas em meu pescoço.