Sofia chorava descontroladamente.Annabeth pegou-a no colo,tentou fazê-la parar mas nada.Percy também tentou mas a menina continuava a chorar.Os olhos passeavam por todo o quarto enquanto chorava.Annabeth começara a cantar uma canção de ninar em grego,e depois de um tempo Sofia parou.Percy fizera nela o antigo sinal de proteção.Eles resolveram leva-la para dormir com eles naquela noite.Pelo resto da noite,Sofia dormiu tranquilamente.No dia seguinte Percy e Annabeth foram para Manhattan levando Sofia,visitar Sally e Paul.
Eles tocam a campainha.Paul abre a porta.
–Oi Percy,oi Annabeth!Oi princesa!
Percy o cumprimenta e Annabeth o abraça.
–Sally está na cozinha.
Eles vão até a cozinha e encontram Sally pondo cobertura azul e um bolo.Azul.
–Oi meu filho.Oi Annabeth!
Sally vai até os dois e os abraça.
–Oi coisinha fofa da vovó.Posso?
Sally pega Sofia no colo e fica falando com a menina com aquela típica voz que as pessoas fazem para falar com bebês.
–Hum,que cheiro bom. -Diz Percy sorrindo.
Sally sorri de volta.
–Preparei algo azul para nós.
Eles sentam-se à mesa e cada um se serve com bolo.
–Está uma delícia,como sempre mãe.
–Muito bom Sally. -Diz Annabeth.
Paul também a elogia.
–Como vocês estão? -Pergunta Sally.
–Estamos bem.Pensando onde iremos morar.Tanta coisa pra resolver,faculdade,emprego... -Suspira Percy.
–É,estávamos pensando em arrumar uma casa o mais perto possível do acampamento e da cidade.Que desse para irmos ao acampamento e nossos empregos e faculdades,com o máximo de facilidade.
–Entendo,ainda mais com a Sofia,vocês tem que pensar em tudo ainda mais,o que é melhor pra ela também.E imagino que dois semideuses,mais uma criança fruto dos dois,atraía uns monstros. -Diz Paul.
–Sim,e ainda tem isso.Não sei e acho que Sofia terá uma parcela de poder.O que será ainda mais perigoso. -Diz Annabeth franzindo a testa.
–Afinal como se chama um filho de dois semideuses?Tem um nome pra isso?Ele também será um semideus?
–Bem,dizem que se dois semideus muito poderosos tiverem um filho,é possível que a criança também seja uma.Então acho que sim... -Diz ela.
–Ah,confuso isso. -Diz Paul.
–Mitologia sempre é confusa... -Fala Percy.
Paul lhes contou que estava trabalhando em uma escola muito conceituada e Sally arranjara um ótimo emprego.Annabeth e Percy lhes contaram sobre as faculdades que desejam fazer onde querem estudar.Annabeth,como todos sabem quer fazer arquitetura e Percy Biologia Marinha.Eles lhe disseram que ir morar em um apartamento para depois irem morar em uma casa,já que eles tem uma criança.Enquanto conversavam,de repente todas as luzes se apagam.Apesar de estar de dia,fica bem escuro.
–Nossa,que estranho. -Diz Paul.
Sally se levanta para pegar velas.
Percy pega Contracorrente e ilumina fracamente a cozinha.Sofia começa a chorar.Algo parece passar muito rápido perto da garota,que está nos braços da mãe.Apenas Percy parece reparar.
–O que foi aquilo? -Pergunta o semideus.
–Aquilo o quê? -Diz Annabeth.
–Vi um vulto passando perto da Sofia.
Annabeth franze o cenho.
–Não vi.O que era?
–Não sei.Foi muito rápido.
Assim que Sally acende a vela,a luz retorna.
–Nossa,que estranho.Será que foi em todo o prédio?
–Eu acho que não. -Disse Annabeth assustada. -Olhe o braço de Sofia.
No braço de Sofia havia uma marca.A letra grega Pi.
–É um pi. -Disse Annabeth.
–Algo está perseguindo Sofia.Temos que falar com Quíron.
–Sim,talvez esteja.Precisamos descobrir o quê.Vamos pra casa?
–Vamos.
Os dois se levantam e Paul e Sally os acompanha até a porta.
–Tchau mãe.Obrigada por tudo. -Percy abraça Sally. -Tchau Paul. -Percy abraça-o do jeito que homens se abraçam.
Annabeth também abraça-os.
–Tá bem mãe.Tchau.
Eles descem e pegam um táxi para voltar ao acampamento.
Ao chegar ao acampamento,eles contam o que ocorrera à Quíron.
–Talvez seja um sinal de algo que vai acontecer.
–Ótimo. -Murmura Percy.
–Acho que não podemos fazer nada além de proteger a menina.Ela estará segura aqui. -Diz Quíron.
–Sim Quíron,obrigada.
Annabeth deixa Sofia com Percy e vai até o Chalé de Atena para pesquisar em alguns livros.Annabeth passara algumas horas lendo e algo chamou-lhe atenção em um antigo livro.Ela fora imediatamente falar com Quíron.
–No livro diz que ás vezes,as Parcas deixam a letra Pi em uma criança quando esta é muito especial,ou que seu futuro reserva algo.Sofia deve ter algo muito grande para o seu futuro e sendo filha de dois semideuses,recebera esta marca.
–Sim,sim.Acho que já havia lido sobre isto mas me esqueci.Não há nada que possamos fazer.Agora só podemos esperar o destino.
Annabeth concordou.Eles conversaram mais um pouco e depois ela saiu para contar tudo à Percy.Ela o encontrou caminhando com Sofia na beira da praia.Annabeth sentou-se na areia e ficou observando-os.Ela pensou em sua vida atual.Nunca imaginara que teria um filho tão cedo.A vida é surpreendente ás vezes.Mas ela não se arrependia.Amava Sofia acima de tudo.Claro,ela deseja ter um belo futuro acadêmico e realizar seu sonho de fazer arquitetura mas a família não a impediria.Uma coisa que ela aprendeu em sua vida,é que tudo tem um jeito.Sempre fora assim.Ela sempre correra perigo e tudo sempre se resolveu.Não seria desta vez que fraquejaria.
Antes que ela percebesse,Percy já estava sentando-se ao lado dela.Ele passou um braço por cima de seus ombros.
–Está tudo bem?
–Sim,só estava pensando na vida.Descobri uma coisa.
Ela contou-lhe sobre o que lera.Percy ficou com uma expressão de preocupado.
–O que faremos?
–O que pudemos fazer Percy?Não pudemos mudar o destino.Nem sabemos se algo acontecerá a ela.Se ela terá uma profecia ou se...sei lá.Nada pudemos fazer além de protegê-la e deixar-lhe viver sua vida.
Percy assentiu.Sofia agora dorme em seus braços.Percy puxa Annabeth para mais perto de si e a beija.Um cálido beijo.Eles ficam ali sentados por um tempo assistindo ao pôr do sol.
À noite Sofia volta a dormir em seu quarto.Mas por vários noites seguidas Sofia acorda chorando.Eles resolvem pôr o berço da menina no quarto deles.A choradeira se segue.Eles decidem tomar uma atitude.Consultar o oráculo.