The Other Winchester escrita por Flávia Winchester, Ana


Capítulo 22
Betrayed


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!!!
Finalmente consegui concluir esse capítulo (caraca, demorou uma cara para ele ficar do jeito que eu queria... vixe)...
Então, vamos logo ao que interessa...

Título do capítulo: "Traída"
No Gif: Lyndsy Fonseca - Melissa



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P.O.V Melissa Winchester:

Lana Green.

Nossa! Deus sabe como ouvir aquele nome outra vez, me fez perder o chão. Eu nunca fui de ficar daquela forma por ninguém com que eu tivesse tido um relacionamento, mas com ela era diferente. Eu a havia amado.

Em um mundo onde falar de amor entre pessoas do mesmo sexo ainda é um verdadeiro tabu, eu me via sendo forçada a reviver um sentimento forte por ela, pela Lana.

Quer dizer, eu não a amava mais e tive que matar esse sentimento da forma mais cruel possível e lembrar daquilo, me doía imensamente, mas era impossível não levar minha mente á aqueles tempos.

Lembrei-me da primeira vez que a Lana me beijou e que fique anotado que foi ela que tomou a iniciativa, não eu. Lembrei de quando resolvemos assumir para a faculdade inteira que estávamos juntas, do suporte que dei a ela quando os seus pais morreram em um acidente de carro e quando o Edward, o irmão da Lana, foi morar conosco. Tudo era perfeito, mas com as memórias boas, vieram também as ruins. Foi impossível não lembrar do final de tudo isso.

Dean me cercava. Tentava entender o que havia acontecido naqueles anos que estive longe de casa, longe de suas vistas de águia. E eu, por outro lado, queria manter aquilo bem escondido. Ele tinha que entender que por mais que fossemos gêmeos e que sentíssemos o que sentimos, eu era um indivíduo e tinha que ter minha privacidade. Se um dia eu me sentisse a vontade para conversar com ele sobre aquilo, eu mesmo o procuraria e falaria. Ele também me escondia coisas, embora eu sempre as descobrisse.

– Então, Luke desapareceu no percurso do trabalho para casa. – meu irmão mais novo digitou algumas coisas no computador. – Agora, quando estávamos fazendo o mesmo percurso que ele, acabei por perceber que existem câmeras em todo o caminho. A polícia as solicitou, Lana?

– Não. – respondeu ela. – Havia uma testemunha que disse ter visto tudo o que aconteceu.

– Aquela mulher que falou sobre o cara com escamas. – perguntou Dean bebendo a cerveja que a minha ex, havia oferecido para ele.

– Ela mesma. – Lana se sentou no sofá e me olhou. Eu não queria encará-la e por isso, desviei a atenção para o computador de Sam que estava ao meu lado. - A policia disse que éramos loucas e que deveríamos voltar para casa e esperar por eles. Disse que logo eles apareceriam.

– E então? – continuou Sam.

– Eu sabia que era algo sobrenatural e eu só conhecia uma pessoa que lidava com isso. Melissa.

– Então ligou para mim? – ergui minhas vistas e olhei a mulher na minha frente. Dean sentiu a raiva que crescia em mim e passou a mão em meus ombros na tentativa de me acalmar.

– Eu imaginei que você não viria. – ela respirou fundo. – Eu não tive a chance de dizer que sinto muito.

– Não vamos discutir isso agora. – respondi voltando a minha atenção para Sam.

– Ao contrário, porque não compartilham o que aconteceu, comigo e com o Sam. Talvez possamos ajudar. – Dean me olhou seriamente e engoliu com dificuldades quando eu o fulminei com os olhos.

– Dean... – meu irmão mais novo o repreendeu e lhe lançou um olhar significativo.

– Isso é um problema meu e da Lana, se não se importa.

– Ai é que está. Eu me importo. Nestas últimas horas você se transformou em outra Melissa e eu não gosto dessa sua nova versão.

– Você passou dois anos longe de mim, Dean. – eu estava me prendendo para não chorar. – Você não sabe mais quem eu sou. Aquela Melissa que você conheceu, morreu. – Abaixei a cabeça e encarei Lana. – Isso serve para você também.

Me levantei do sofá e para fora da casa. Minha cabeça estava latejando e minhas pernas pareciam serem feitas de gelatina.

– Mel. – gritou Dean e correu até mim. – Espera, por favor.

– O que você quer?

– Eu quero ajudar. – Ele passou a mão em meu rosto. – Por favor. Eu sou o irmão e é o meu dever.

– Você me abandonou. – aquelas palavras saíram com fúria de meus lábios. – Quando eu mais precisei, você me virou o rosto. Deixou que o papai nos colocasse para fora. Eu e o Sam.

– Me escuta...

– Não! Você me escute. – tirei as mãos dele de cima de mim e dei um passo para trás. – O que me garante que você não vai fazer isso outra vez? Quando encontrarmos o papai, você vai me trair novamente.

– Eu não...

– Eu acho que eu sou a errada da história. Eu dou confiança demais para as pessoas. – Naquele momento, minha mente estava como se tivesse milhões de nós. – Eu confiei demais e o papai me traiu, você me traiu e Lana me traiu também.

– Então foi isso que aconteceu.

– Como eu disse lá dentro: Isso não lhe interessa. – Dean me encarou seriamente enquanto que minha respiração ficou pesada demais. O silêncio foi constrangedor enquanto o meu irmão me encarava seriamente. Ele estava lutando contra ele mesmo, eu sentia. Ele queria gritar comigo, me chamar de mimada e egoísta, mas ele sabia que eu estava certa. Ele não havia sido um modelo de irmão e por isso, não poderia me cobrar nada.

– Okay Melissa. Você é adulta o suficiente para decidir a sua própria vida. – os olhos verdes me encaram e eu pude jurar que eles se encheram de lágrimas. – Mas eu não garanto que sempre estarei aqui para lhe ajudar.

– Quando eu precisar da sua ajuda, eu peço. – retruquei. – No momento, ela não me é de valia.

– Estou desapontado com você, Melissa. – as lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.

– Engraçado, eu também estou desapontada com você.

– Ei, vocês poderiam dar um pulinho aqui? – Sam chamou a nossa atenção da porta. Dean ainda permaneceu me encarando antes de me dar as costas e voltar para dentro da casa.

Eu fiquei ainda do lado de fora, sentindo toda a raiva contida em mim e ao mesmo tempo, sentia toda a raiva do Dean. De certa forma, eu sabia que ele estava certo em alguns pontos, mas em outros, eu tinha toda a razão. Dean me traiu quando não ficou do meu lado e agora queria confiança? Ele ia ter que me provar que a merecia.

Respirei fundo e enxuguei as minhas lágrimas. Voltei para dentro e Sam me mostrou um computador. Sam havia invadido o banco de dados da prefeitura e roubado as imagens das câmeras de segurança do trafego.

Na imagem havia um homem, vestido de terno e seguia na direção do carro. Retirou a chave do bolso, mas nem chegou a usá-la, pois foi puxado para debaixo do carro. Sam adiantou a imagem até o momento que o veículo de Luke foi removido e conseguimos reparar na boca do bueiro.

– Que merda é essa? – perguntou Dean.

– Só tem um modo de descobrir. – Sam nos encarou. – Vamos entrar nos esgotos.


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Notas finais do capítulo

É isso amores!
Um mega beijo!

Flávia Rolim e Karol!!!



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