The Other Winchester escrita por Flávia Winchester, Ana


Capítulo 10
Losing Two Sons in One Night


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meus anjos!! Como estão vocês???
Gente, nos perdoem por passar uma semana sem atualizar a fic, mas o problema foi que realmente fiquei sem tempo! Sem contar o feriado e o trabalho que foram demais, mas estamos aqui para deixar a história para vocês...
Esse é o último capítulo antes de chegarmos na época de inicio da série (2005) e a partir dai, veremos a história por P.O.V. (Sam, Melissa e Dean... eventualmente Bobby e John)...
Espero que gostem e nos perdoem!!!



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Já se passava das quatro horas da manhã quando os rapazes chegaram da caçada. Melissa dormia na cama. Havia tentado permanecer acordada, mas o tédio não deixou. O loiro colocou a sua bolsa em cima de uma cadeira e se aproximou da menina.

– Mel, nós chegamos. – falou ele alisando os cabelos da menina.

– Dean? – perguntou ela ainda sonolenta. – Que horas vocês chegaram?

– Nesse exato momento. – respondeu ele.

– Deixa a sua irmã dormir, Dean. – reclamou John se aproximando da menina e lhe beijando a testa. – Oi princesa.

– Ela estava preocupada, pai! – se explicou o jovem.

– Pai, o senhor está ferido? – ela se levantou da cama, com dificuldade por causa da perna quebrada, e se aproximou do velho caçador.

– Não é nada, filha! – respondeu ele. – Foi só um arranhão.

– Deixa eu ver. – reclamou Melissa fazendo John se sentar e levantou a camisa. Realmente havia sido apenas um arranhão que sangrou um pouco, mas agora havia cessado. Ela olhou a ferida por um instante e lembrou-se do e-mail que recebera. Pediu ao Sam o kit de primeiros socorros e começou – a fazer um curativo em John. - Pai, eu tenho uma coisa para falar com o senhor.

– O que foi, querida? – o homem olhou para a menina que não o encarava. Apenas limpava as suas feridas.

– Eu recebi um e-mail de uma universidade hoje e eu resolvi aceitar.

– O que? – gritou Dean, Sam e John, ao mesmo tempo.

– Antes de vocês pirarem, podem me ouvir? – falou Melissa se afastando do pai e dos irmãos.

– Não adianta dizer nada, Melissa Campbell Winchester, não há chances de você ir para nenhuma faculdade. – concluiu Dean.

– Deixa ela falar. – brigou Sammy.

– Eu fui aceita na faculdade de medicina da John Hopkins. – falou.

– Sério? – comentou Sam. Sabia que aquela faculdade era uma das melhores.

– Mesmo que você tivesse sido aceita na melhor faculdade do mundo, Melissa, você não vai. – falou John. – Você tem obrigações com essa família.

– Eu sei que tenho pai, e não pense que não faço isso por essa família.

– Como isso pode nos ajudar a achar a coisa que matou a mamãe? – perguntou Dean chateado, não estava gostando nada da idéia de perder sua irmã.

– Mantendo vocês vivos. – ela apontou para a ferida de John. – Não é sempre que voltam para casa com apenas arranhões, Dean. Quantas vezes o papai ficou internado? Quantas vezes o Sam deslocou o ombro? Você mesmo, tem quatro meses que levou um maldito tiro. – ela estava chateada e gritando. – Se tivesse alguém com conhecimentos médicos, tudo seria diferente. Não teríamos que inventar uma história absurda em algum hospital para que não fossemos investigados.

– Você não pode abandonar a gente, Mel. – falou o loiro.

– Eu não estaria abandonando.

– Claro que estaria. Teria que nos deixar por seis anos, antes que pudesse colocar esse seu plano em prática. – Dean estava triste, muito triste. Melissa sentiu e por causa disso começou a chorar, no lugar dele.

– Eu não deixaria. – completou ela. – nas férias, eu poderia vir passar com vocês.

– Mel...

– Ela tem razão. – falou John e os três filhos olharam para ele, surpresos. – Essa família precisa de alguém que saiba o que está fazendo. Que possa nos ajudar a passar desapercebidos.

– Pai, o senhor não está raciocinando direito. – falou Dean. – Vai estar mandando um de seus filhos para longe. Quem garante que a Mel vai ficar bem?

– Eu garanto. – falou ela. – Eu fui bem treinada, Dean. Eu vou ficar bem.

– E quando começa as aulas? – perguntou o homem.

– Eu tenho que estar lá em Baltimore em dois meses. – respondeu a mulher.

– Pode ir então. – concluiu John.

– Pai... – brigou o loiro.

– Cala a boca, Dean. – falou o homem. – Eu já tomei uma decisão. – ele olhou para a jovem a sua frente. – Não me desaponte, Melissa.

– Eu não vou, papai. – respondeu ela sorrindo.

[...]

Vinte e quatro anos – Férias de verão – Segundo Ano na Faculdade – 27 de Agosto de 2003

John e Sam entraram no quarto, trazendo Dean apoiado nos braços. A calça jeans do loiro estava encharcada de sangue. Ele havia sido ferido seriamente por um metamorfo enquanto estavam na última caçada.

– Sam, me arranja um cinto. – gritou Melissa. – Temos que fazer uma contenção ou ele vai sangrar até morrer.

O moreno, agora com vinte anos, entregou o cinto para a irmã que enrolou na perna do loiro.

– Tá tão feio assim? – perguntou Dean.

– Não queira saber irmãzinho. – respondeu a mulher. – seja forte. – Ela apertou o cinto e Dean deu um grito alto.

– Temos que levá-lo no médico, Melissa. – falou Sam.

– Me dá um voto de confiança, Sammy. – respondeu a mulher. – Pai a agulha está pronta?

– Está. – respondeu John e passou para a mulher.

– Dean, eu vou precisar de sua ajuda. – falou ela olhando para o rapaz. – Não temos anestesia.

– Faz. – respondeu o loiro e a mulher começou a suturar o local, mas estava sendo muito difícil, porque cada vez que ela colocava a agulha, Dean sentia uma dor aguda e o pior, Melissa também sentia. Seguiu assim até um certo ponto, quando parou para respirar.

– Você está bem, Mel? – perguntou Sam quando percebeu o suor escorrendo pelo rosto da jovem.

– Não. – respondeu ela. – Que droga, Dean. Eu odeio ser sua irmã gêmea.

– Concentra, Melissa. – falou John e pegou no braço da filha. Sabia que ela estava sentindo dores também.

– Está bem. – concluiu Mel e olhou para Dean que já estava pálido. – Aguenta firme.

– Você também. – respondeu ele. Melissa voltou a suturar o corte até que finalmente concluiu o curativo e se levantou. Ameaçou cair para o lado e foi amparada por Sam.

– Tenta dormir, Dean. – falou ela

– Obrigado, Mel. – respondeu ele.

– Tá bom. – respondeu ela e se sentou na cadeira.

– Vai voltar para a faculdade quando, Melissa? – perguntou John ajudando a limpar as coisas meladas de sangue.

– Em três semanas. – respondeu a jovem.

– Por falar em faculdade... – começou Sam a falar. -... Eu preciso ter uma conversa sérias com vocês.

– O que foi Sammy? – perguntou Dean deitado na cama.

– Eu recebi um e-mail de Stanford. – ele engoliu secamente. – Fui aprovado para direito.

– O que? – o loiro abriu os olhos.

– Tenho que comparecer na faculdade em duas semanas. – completou Sam.

– Sem chances. – concluiu John.

– Porque não? – perguntou Sam. – A Melissa foi e eu não posso?

– Você viu agora o que a Melissa fez pelo seu irmão. – ele apontou para Dean deitado na cama. – Como você ser um advogado, pode ajudar essa família?

– De várias formas, meu pai. – falou Sam. – Sempre corremos o risco de sermos presos. Eu poderia ajudar.

– Não, Sam. – respondeu John. – Você não vai e ponto final. Eu preciso de você aqui.

– Parem com isso. – gritou Melissa. – Não está feliz em saber que outro filho seu está buscando o melhor para nós?

– Vai defendê-lo, Melissa? – perguntou Dean.

– Sim, eu vou. – respondeu a jovem.

– Pai, eu nunca gostei disso. – falou Sam. – Essa não é a minha vida. Não é o meu destino ser um caçador.

– É o seu destino vingar a morte de sua mãe... – gritou John.

– Caçamos essa maldita coisa desde quando eu me entendo por gente e nunca estivemos perto de encontrar. Isso é busca perdida e o senhor não consegue enxergar isso porque está cego. – gritou Sam. John lhe deu uma tapa no rosto dele.

– Eu não vou permitir que vá. – falou o homem.

– Eu vou mesmo assim. – respondeu o moreno com raiva.

– Não me desafie, moleque. – gritou John e foi para cima do jovem. Melissa entrou na frente. – Sai da minha frente, Melissa.

– Não. – respondeu ela. – Ele tem o direito de escolher o que quer da vida dele.

– Mel... – falou Dean implorando para que a mulher parasse.

– Isso é tudo culpa sua, Melissa. – falou John. – Você instigou o seu irmão, no momento em que decidiu ir para a faculdade.

– Eu tive os meus motivos. – gritou ela.

– Se você quiser ir, Samuel, pode ir. – falou John. – Mas esqueça que essa família existe. – O jovem franziu o cenho. – Aproveita e leva a sua irmã com você. Não quero ver vocês dois nunca mais.

– Pai, não... – falou Dean em cima da cama. Se amaldiçoava por ter sido ferido e não poder se mexer. -... Sam.

– Okay. – respondeu o moreno e pegou a mochila. Segurou no braço de Melissa que nem sequer se mexia.

– O senhor vai se arrepender de ter feito isso. – falou a menina e John a olhou de soslaio. – Você acabou de matar dois filhos seus. Parabéns, John Winchester. - Sam entregou a mochila para a irmã e os dois seguiram para a porta. Melissa se virou e olhou para a cama onde Dean chorava, ela sentia a dor dele, sabia que ele não estava nada bem com aquela situação e nem poderia estar, estava perdendo dois irmãos de uma única vez. Ela o encarou tristemente e sibilou algumas palavras. – Eu amo você.

Dean estava desapontado com os irmãos, tanto que simplesmente virou o rosto quando Melissa se virou para ele. John se levantou e bateu a porta do motel.

– “Me perdoe, Dean”. – foi o que o loiro ouviu em sua cabeça, quando finalmente se deu conta que agora era somente ele e John.


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Notas finais do capítulo

É isso gente!
Um mega beijo!!

Flávia e Karol.