O Preço de uma Promessa escrita por Magna


Capítulo 4
Incontrolável Desejo


Notas iniciais do capítulo

Ai está um capítulo com P.O.V Magali, eu sei que todos esperavam a noite das meninas, mas... esse capítulo é necessário!

Beijos, espero que gostem e se gostarem, comentem!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/445851/chapter/4

P.O.V MAGALI

Droga, eu tenho que terminar logo essa pesquisa pro trabalho de biologia... Professor Rubens eu te amo, mas você podia ter me dado um tema mais fácil. Fui até o laborátorio do colégio e lá encontrei a pessoa mais insuportável da Terra, resolvi encher o saco dele

– Até aqui eu tenho que te encontrar!

– Eu não acredito, achei que só eu ia ficar aqui hoje – Nimbus falou arrogante

– Você não é o único que precisa entregar trabalhos.

– Nem você... Então por que você não fica caladinha e faz o seu enquanto eu faço o meu? – garoto mais abusado

Sentei na minha bancada e peguei o microscópio sem nem olhar para ele, ainda bem que o que eu tinha para fazer era rápido e eu terminei antes do Nimbus. Peguei minhas coisas e fui em direção a porta, mas quando eu tentei abri-la eu notei que estava trancada. Dei chutes, murros e nada da porta abrir

– Sua louca, eu to tentando fazer um trabalho!

– A GENTE TÁ TRANCADO IMBÉCIL, TRANCADO!

– Como assim? Deixa eu ir ver isso – ele fez a mesma coisa que eu e nada da portar abrir

– Já sei... Cade seu celular? Você pode ligar pro DC e ele pode avisar que a gente tá preso aqui

– Deixei meu celular no armário com o resto dos livros. Só to com o material de treino aqui – agora eu tinha notado que ele estava com roupa esportiva e ele podia ser insuportável, mas era um insuportável bem gostoso – E o seu? Onde tá?

– Deixei no armário também! Tanta gente pra eu ficar presa e eu tinha que ficar presa logo com você!

– Eu digo a mesma coisa! Tanta gatinha pra eu ficar preso aqui e eu tinha que ficar preso com um tribufu

– Seu idiota! – eu fui pra cima dele, a tempos ele tava me devendo um belo tapa na cara. Eu ergui minha mão, mas antes que ele pudesse chegar a seu rosto ele segurou meu braço

– Você não acha que é tão fácil me bater, acha?

– Idiota, solta meu braço!

– Como quiser! – ele soltou meu braço que a essa altura já estava vermelho – Desculpe, eu não queria te machucar

– Tudo bem, eu que fui pra cima de você

– Mesmo assim... Não se machuca uma dama

– Para Nimbus, você não é assim! – não queria que ele fosse fofo comigo, era melhor odiá-lo

Depois disso passamos umas duas horas sentados no chão da sala e eu estava morrendo de fome a ponto do meu estômago roncar. Que vergonha

– Você está com fome? – ele estava sendo gentil?

– Acho que isso é obvio

– Eu tenho comida na minha mochila de treino – ele levantou e foi até a mochila de onde ele tirou uma barra de cereal, uma fruta e água – Não é muito, mas...

– Mas nada, eu não quero! – o interrompi

– Deixa de ser boba! Você tá morrendo de fome, aceita ai! Eu não vou ficar faminto

– Sério?

– Sério, eu to oferecendo – ele estendeu as comidas para mim

– Obrigada – aceitei, sem falar mais nada e comi tudo em um instante – Posso te perguntar uma coisa?

– Você já tá perguntando! – a simpatia tinha acabado

– Af, deixa pra lá então

– Ok, pode perguntar

– Por que você é tão chato comigo? Eu já notei que você é legal com a maioria das pessoas

– Eu sou legal com a maioria das GAROTAS, afinal eu curto ficar com elas – então quer dizer que ele não era legal comigo porque eu não era digna de ficar com ele?

– Mas você fica com a Carmem

– Eu e a Carmem é um negocio casual, mas você sabe que eu já fiquei com a Aninha, Denise, Maria Mello, Dorinha...

– Não precisa terminar... Eu sei da sua lista

– Sabe? Você fica pesquisando sobre mim?

– Claro que não!

– E você não pode falar de mim! Você é toda meiga com todo mundo, menos comigo

– Você merece – falei dando um fim a conversa

Depois disso o silêncio reinou na sala, até que eu tive uma ideia

– Como eu não pensei nisso antes! Tem uma janela ali, você pode me suspender e eu gritar, pode ser que alguém escute

– Verdade, sobe nos meus ombros

– Ok – com muito esforço eu consegui subir nos ombros dele e gritei – EEEEEEEEI, TEM GENTE PRESA AQUI! VENHAM DESTRANCAR A PORTA! SOCORROOOOOOOOO

– Idiota, acho que não tá adiantando muito, vou te soltar – ele fez um movimento

– Não, não me solta! EU VOU CAIR

Cai e ele caiu por cima de mim, mas ao contrário de ficar com raiva eu comecei a rir e ele também. Pela primeira vez na vida o Nimbus estava sendo agradável! Do nada ele parou de rir, ficou sério e começou a se aproximar de mim de modo que eu consegui sentir sua respiração e seu hálito e que hálito bom, apesar de estar a horas sem comer tinha um cheirinho de menta lá no final. Ele sussurrou

– Não dá mais pra me controlar

– Se con... – antes que eu pudesse terminar a minha frase ele me beijou! No começou eu queria afastar o beijo, mas depois eu comecei a gostar, nossas línguas dançavam em sintonia, a sua mão apertava minhas coxas com força enquanto a minha puxava os seus cabelos. Pude escutar um forte gemido vindo de sua boca até ele parou o beijo – SEU LOUCO! VOCÊ ME BEIJOU

– Eu não podia... Não podia... – ele estava paralisado

– Não podia o que?

– TEM ALGUÉM NESSA SALA? ESCUTEI GRITOS! – antes que ele pudesse responder eu escutei a voz do Seu Juca, porteiro do colégio. Ele bem que podia ter chegado antes e evitado esse desastre

– TEM SIM! – falamos juntos

– Desculpe meninos, achei que não tinha ninguém por isso fechei a porta. Dá próxima vez que forem ficar até tarde, me avisem

– Não tem problema Seu Juca – eu falei pro porteiro que parecia aflito e quando me virei pra falar com o Nimbus ele já tinha ido embora

– Procurando pelo menino? Ele saiu daqui como se fosse um furacão

– Estranho... Eu também vou indo Seu Juca.

Sai correndo pra mim casa, não queria lembrar que tinha beijado a pessoa que eu mais odiava no mundo e o pior é que eu tinha beijado e adorado isso. A boca dele era tão doce, tão gostosa, o seu toque me acendia... PARA COM ISSO MAGALI! O Nimbus é a criatura mais tarada que existe! Continuei meu caminho para casa tentando não pensar no beijo, mas era impossível. Cheguei em casa e fui bombardeada pela minha mãe

– Magali, onde você estava? Já estavamos pensando em chamar a polícia!

– Sem exagero, mãe! Eu fiquei presa no colégio, porque o porteiro me trancou no laboratório, ele não tinha me visto lá dentro

– Aaah bom, vá comer meu amor. Você deve estar faminta – para minha surpresa eu não estava recusei o convite da minha mãe e fui pro quarto.

Agora eu estava bem, não tinha mais nenhum tarado pra me beijar no laboratório. Escondi-me debaixo das cobertas e abracei forte meu travesseiro, a lembrança do beijo não queria sair da minha cabeça, eu queria mais, queria mais do Nimbus, mesmo sabendo que não podia que eu não devia! Fechei meus olhos, mas não consegui dormir... Eu só pensava nele. Não podia ser, eu talvez estivesse apaixonada pela criatura que mais odiava. Eu estava me preparando para dormir quando meu celular tocou, era a Mônica

– Alô Mô?

– Oi Maga, passa aqui em casa! Tenho umas coisas pra te contar

– Ai amiga, eu também e é fofoca das grandes!

– Então que tal uma noite das garotas? Vou chamar as meninas!

– Por mim tá ótimo! To indo ai!

– To te esperando

Arrumei-me o mais rápido possível, queria chegar à casa da Mônica antes de todo mundo, porque não tava muito afim que todo mundo soubesse que eu beijei o cara mais galinha do mundo e pior que eu talvez estivesse gostando dele. Tomei banho, coloquei uma camisa dos Beatles, um short e fui correndo pra sala pedir pra minha mãe me levar, ela concordou com tudo e disse até que ia passar no supermercado pra comprar umas coisinhas. Essa noite das garotas ia ser inesquecível!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram da pegação do Nimbus com a Magali? Eu amo esses dois!

A roupa dela pra ir pra casa da Mô: https://fbcdn-sphotos-a-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash3/1503902_551312224960749_955678154_n.jpg