Digital Bonds escrita por Tio Raí


Capítulo 2
1.2 - Faíscas Multi-Coloridas


Notas iniciais do capítulo

Voltei. Um pouco tarde, mas, voltei. Quem é vivo sempre aparece.
Aqui vai nosso capitulo (gay) da semana. Espero que se divirtam com ele.
Já adiantando as desculpas pela falta de sal nos capitulos. Prometo recompensar no final dessa saga.
Edit: Desculpem pelo bug dos travessões. Consertado.
Divirtam-se.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/445777/chapter/2

Amizade é a única coisa que podemos guardar para sempre. Não importa quão longa seja sua jornada, quão forte sejam os espinhos ou quão grande seja a sua tristeza, um amigo sempre te fará melhor. Mais alegre, mais confiante, mais esperançoso.

Você tem um amigo? Um que te faça mais alegre, mais confiante e mais esperançoso? Alguém para te acompanhar em todos os bons e maus momentos? Eu tenho. E espero que você tenha também. Guarde-o. Pois esse será o bem mais valioso e mais duradouro que você terá em sua vida.

I

Um grande terremoto abalava as estruturas da escola Bluesea. Um prédio grande e de um tom azul meio-escuro, meio-claro. O edifício tinha apenas três andares, onde se localizavam as salas de todos os alunos. Este mesmo possuía um grande terreno atrás de si, onde estavam os espaços para vários esportes de categorias diferentes. Havia até um dojo no final do espaço, que poucas pessoas chegaram a ir, por ser muito longe mesmo. Seus arredores eram cheios de árvores de diversos tipos e tamanhos. Havia praças também, entre árvores. Havia até uma com uma fonte bem esquisita, havia algo muito parecido com um peixe com uma crista, saindo de uma esfera partida ao meio. Poucos imaginariam o que seria isto.

O terremoto desmoronou várias árvores e derrubou grandes partes da escola. Tudo causado por um grande monstro que agora estava a atormentar cinco adolescentes que estavam a se divertir na escola (algo raro de se ver). O monstro se assemelhava a um dinossauro. Um bem grande, no caso. Tinha grandes garras em ambas as mãos e pés. Era de uma cor alaranjada e tinha estranhas listras azuis por seu corpo, que mais pareciam cortes. Usava um crânio marrom em sua cabeça, o qual tinha três chifres, como um capacete de proteção. Era algo surreal demais para estar acontecendo de verdade.

– O que é isso? — Pergunta Jasmine, com uma visível expressão de medo no rosto. Esta sabia que algo bom não estava nem perto de acontecer.

– Acho que deveríamos estar preocupados com isso! — Ray dá um passo à frente de Jasmine e aponta para o céu. Algo dizia que aquele não era o dia deles. Havia um grande buraco no céu. Um buraco mesmo. Era como se tudo aquilo estivesse pronto para ser sugado para dentro dele. Ele também tinha umas características estranhas. O seu fundo era de tons azuis e verdes. Se o olhasse bem de perto, apareciam letras e números em combinações malucas. Sabe lá de onde esse buraco-negro apareceu.

– Sim, agora expliquem como isso apareceu aqui! — Gritava Rannyson, atrás dos outros. Todos estavam achando que o mundo estava ficando de cabeça para baixo, ou algo do tipo. — Porque, buracos no céu e dragões gigantes não apareciam todo dia na pequena cidade deles.

– Okay, vamos raciocinar. Acabamos de entrar de férias e um buraco-negro gigante apareceu no céu. Certo? — Perguntava Ray, juntando os fatos.

– Certo. — Responderam os seus amigos.

– E esse dragão-sei-lá-o-quê veio dele, certo?

– Certo.

– E agora? Como vamos nos livrar dessa?

– Certo. — Respondeu Jasmine. — Ops! Desculpa ai. — Fala ela se atropelando e rindo de si mesma. Este momento quebrou o gelo de todos que estavam ali.

Aqueles cinco adolescentes eram os únicos naquele lugar. Por incrível que pareça. Parecia que todos haviam sumido. Ou tinham sido sugados por aquele buraco-negro do mal. Ou foram comidos por este monstro superdesenvolvido que estava à frente deles. Ou simplesmente decidiram se entupir em suas casas e assistir a aquela porcaria de programa de auditório. As pessoas simplesmente sumiram. E isso acabou fazendo com que os adolescentes sofressem aquele momento sozinhos.

– Vocês não estão nem um pouco preocupados com esse bixo aqui na nossa frente? — Gritava Jullie, tentando ser escutada meio àquela confusão. Enquanto esta gritava, o monstro rugia com uma força tremenda. Tão forte que até as estruturas da escola tremiam.

– Galera, acho que é o nosso fim. — Dizia Rannyson, com medo do que iria acontecer.

– De jeito nenhum! Eu num passei todo esse tempo estudando pra no dia das férias eu morrer não! — Reclamava Kyosuke. Esse era o que mais desejava as férias por ali.

– Então o que vamos fazer? — Perguntava Jasmine, quase entrando em prantos. Não se sabe se era de medo ou era do mico que tinha acabado de pagar.

"Jogue os amuletos." — Uma voz dizia na cabeça de Ray.

– Já sei o que fazer.

II

– Joguem os seus amuletos no buraco. — Dizia Ray.

– Na-na-ni-na-não. Meu anel de Ruby não. — Reclamava Jullie. Prezava muito por seu anel.

– Porquê meu broche? — Aquele broche significava muito para Jasmine.

– Pra quê isso? — Perguntava Kyosuke.

– Vocês podem não estar percebendo por causa do momento, mas eles não param de brilhar. — Após a colocação de Ray, todos pararam pra pensar e olharam os seus amuletos. Estavam realmente brilhando. Emitiam uma aura quente e aconchegante. Era como se estivesse protegendo eles.

– Iremos simplesmente joga-los? — Indagava Rannyson.

– Confiem em mim. Vai dar certo. — Ray, confiante, arranca o seu cordão do pescoço, retira o card que estava nele e guarda em seu bolso, e em seguida joga o amuleto para o centro do buraco. O cordão que ora tinha um formato de sol foi rapidamente para o centro do buraco. Tão rápido que mais parecia uma estrela cadente alaranjada. Ela atingiu o alvo em cheio, e o mesmo ficou instável após o toque do raio-de-luz laranja. Começou a aspirar mais forte.

– Que ótimo, agora vamos morrer mais rápido, é? — Reclamava Jullie.

– Talvez não. — Falou Rannyson, pensando alto. — Talvez se nós jogássemos todos os amuletos, ele ficasse tão instável que iria implodir.

– Okay, vocês estão doidos. Porque cordões e pulseiras fariam isso com um projeto de destruição em massa? — Kyosuke atacava a todos, ainda sem querer acreditar no que estava acontecendo.

– Deve ser porque eles são importantes para nós. — Dizia Jasmine, em um tom de voz baixo e honesto. — Talvez nossos sentimentos que foram guardados neles sejam tão fortes que chegam a afetar ele...

– Nossa, que profundo. — Rannyson fica surpreso com as palavras de Jasmine. Em algum mundo sentimental isso faria algum sentido.

– O que é que estamos esperando? — Jasmine retira o seu broche de seus cabelos negros e sedosos, e o joga para cima como os cantores de High School Musical jogam tudo que estão nas mãos deles quando eles vão cantar. Só que ela não iria cantar (ou pelos menos eu não deixei). Não nessa fanfic. O broche pega uma incrível velocidade enquanto vai chegando à fenda no céu e acaba se tornando uma estrela cadente de cor esverdeada. Algo como um fogo de artifício.

– Porque não acreditar? — Rannyson faz o mesmo que a garota corajosa e arranca o seu cordão roxo e joga para o céu. Este se torna outra estrela cadente meio rosada e meio azulada (es-rox-eada?). Os dois pequenos suvenirs acertam o centro do aspirador-celeste e fica mais instável. Sua força dobra... triplica. E as árvores começam a se arrancar do chão.

Os cabelos das meninas começavam a atrapalhar a visão delas, o que as deixava sem muitos sentidos, já que o monstro que estava ali destruindo carros e parques tinha acabado com a audição delas. Jullie para um pouco para pensar e logo diz:

– Vocês ficam me devendo um anel. — E lá se vai mais uma estrela no céu. E esta era vermelha como sangue. Uma lágrima de sangue vinda do céu. De um modo contrário, mas era.

– Só falta você Kyosuke, vamos lá. — Ray tentava incentivar o seu amigo à aderir à magia do momento e jogar o seu objeto mais precioso em um buraco-negro que poderia suga-los para a morte, ou explodir e matar todos eles. Ah, a vida é bela.

– Okay. Eu vou seguir vocês. — Kyosuke disse, ainda duvidando. — Só porque quero ter algo pra esfregar na cara de vocês quando der errado.

O garoto de azul pega a sua pulseira, arranca-a, e arremessa para o vazio que ocupava sua visão celeste. Mais uma faísca luminosa se criou no céu. Uma de cor azulada e forte, como a força que o que a jogou fez. Logo se juntou com a outra e acertaram o alvo. Esta foi a gota dágua.

III

O grande vazio acima deles começou a mudar a sua coloração freneticamente. Como uma boate de adolescentes rebeldes que fogem da casa de seus pais para beberem e se prostituirem. Uma vez era verde, que se tornou azul, que se tornou vermelho, e amarelo e preto e violeta e vermelho e marrom e verde de novo. Cores que começaram a assustar os nossos pequenos sem-férias. Até que algo de mais assustador aconteceu.

– Jullie, você está alta. — Kyosuke percebeu. A pequena garota estava flutuando no ar como uma pluma. Ou um algodão-doce mal-humorado.

– Seu idiota, eu estou sendo sugada! Me puxa daqui! — Jullie se agarrou aos braços de Kyosuke e começou a se remexer feito louca. Essa seria a hora da sua morte.

– Pelo menos você está mais alta daqui. — Kyo dá a sua piadinha e começa a rir. A menina-voadora revida e dá um chute na cabeça dele, com o resto das suas forças. Ele logo cai no chão e acaba a deixando ir para o além.

– Te peguei. — Rannyson salta para pegar a voadora-raivosa-garota e consegue aterrissar no chão com ela. Por pouco tempo. Logo, o buraco acaba puxando ele também, o que leva a Ray segura-lo. Estavam fazendo uma corrente muito bonitinha.

– Me segurem, poxa! — O garoto dá a sua deixa, e os dois irmãos o seguram para que o mesmo não seja levado para o além. Juntos dos outros dois, que no caso eram os mais leves do grupo.

Logo, algo inesperado começa a acontecer. O grande monstro começa a padecer. Sua couraça começa a se despedaçar, e seu crânio e corpo começam a desaparecer. Não desaparecer-sumir, mas desaparecer-fragmentar. Todo o seu corpo estava se tornando uma pequena poeira branca-azul que estava sendo sugada pelo grande buraco-negro. O mesmo dava vários rugidos de dor, o que fez os cinco adolescentes reunidos ali verem seu sofrimento, e sentirem pena no fundo de seus corações.

– Cara, temos que ajudar ele. — Jasmine implorou para o resto do grupo.

– Primeiro pense como, depois peça isso. — Kyo logo retrucou a sua irmã.

– Não há nada que possamos fazer. — Ray diz, com um tom baixo e triste.

– Podem continuar nos segurando, sabe. — Jullie, mesmo em um momento de desespero, continuava zangada com tudo.

A poeira que tinha formato de letras, números e símbolos começou a atingir o aspirador gigante no céu, e o buraco negro piorou. Começou a trocar de cores mais rapidamente, e agora estava girando mais rápido. Qualquer um que olhasse para ele por mais de 10 segundos entraria em um estado de epilepsia crônica.

Oh, oh. A força do fenômeno acabou se resultando em uma poder tão grande que levantou todos os outros três para o céu. Agora estes estavam indo em direção dele. Este era o fim deles.

– Segurem-se! — Ray falava isso enquanto segurava a mão de Jullie, que estava bem lá em cima. Agora eles estavam formando uma corrente humana ligada. Que tinha como sequência: Ray, Jullie, Rannyson, Jasmine e Kyosuke. Eles começaram a se olhar e então cada um teve os seus últimos pensamentos.

"Seja lá para onde eu esteja indo, que bom que estou com eles." — Rannyson.

"Eu simplesmente não deveria me levantado da cama hoje." — Jullie.

"Estou com medo, mas, enquanto estiver com meus amigos, estarei bem." — Jasmine.

"Sabia que alguém tinha colocado álcool naquele suco de uva." — Kyosuke.

...

"Para onde estamos indo?" — Ray

"Para o mundo onde tudo pode acontecer. Digital World."

"Como? E por quê? Porque logo nós?"

"Vocês foram escolhidos pelo rei. Não se preocupe, eu serei o seu guia."

E assim, uma grande luz invadiu os olhos deles, e estes desapareceram. O card que antes habitava o pescoço de Ray também havia sumido. Tudo havia sumido. Tudo e nada. O pátio da escola continuou o mesmo que era antes, após o fim do fenômeno. Tudo tinha voltado ao normal. Como se aquilo nunca tivesse realmente acontecido. Os adolescentes foram arrastados para outro mundo.

IV

Um lindo gramado verde. Altas árvores cercando este campo. Lindas flores brancas e vermelhas pelo chão. Nada além de um lindo silêncio. A não ser o barulho de crianças acordando.

– Hmm... — Ray acorda de seu transe. Este começa a olhar para os lados e não consegue reconhecer nada. Seu único refugio foi olhar para o céu. Não, com certeza não era o SEU céu. Era parecido com o convencional, mas não igual. Este tinha uns riscos estranhos, e deles saiam estranhas faíscas a cada momento. Como se eles estivessem dentro de um circuito eletrônico.

O garoto volta a olhar para baixo e vê a paisagem. Nada que houvesse visto pelo menos uma vez na vida. E não era um sonho. Seus quatro amigos estavam ali, deitados e inconscientes. Eles três e um... Coelho?

– Ah, finalmente livre. — Disse a criatura estranha que estava ao lado dos amigos de Ray.

– Você sabe falar? — O garoto perguntava assustado.

– Já conversamos antes. Dei as instruções para vocês virem para cá. — Dizia a criatura enquanto esticava as suas longas orelhas.

– Então você que nos fez acabar aqui?

– Na verdade não. Sua fé trouxe vocês aqui. E agora, vocês irão nos ajudar.

– Ah, acho que não. — O menino se levanta e começa a acordar os seus amigos dorminhocos.

– Zzzz... Só mais dois minutos. — Disse Kyosuke.

– Prometi a mim mesma que não mais dormiria na grama. — Sou um fracasso. Disse Jasmine.

– Wow. Vou fingir que meus olhos estão me enganando. — Disse Rannyson.

– Tire as mãos de mim, eu sei me levantar. — Disse Julie.

O coelho, que ora tinha uma pequena coloração marrom e rosa, como o card que Ray costumava ter no pescoço, contou toda a história para os seus novos conhecidos, e todos ficaram surpresos. Tanto com a história e com o fato de um coelho estar falando. Algo muito errado estava acontecendo.

V

– Vamos, vou leva-los para a minha vila. — Dizia o pequeno coelho.

– Mas, você não nos disse o seu nome. — Rannyson diz enquanto corria atrás da criatura.

– Meu nome é Lopmon, é um prazer conhece-los.

– O que você quer de nós? — Jasmine perguntou.

– Precisamos de vocês. Vocês são nada mais, nada menos que os Chosen Children. As crianças escolhidas. — Respondeu Lopmon.

– E o que isso quer dizer? — Indagou Ray.

– Vocês são nossos heróis.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo.
Sugestões e críticas mandem por comentário. Sempre ajuda.
E dessa vez, quero fazer algo diferente.
Para os leitores legais, deixo uma pergunta para vocês responderem nos comentários.
"Qual o seu personagem favorito? Porquê?"
Obrigado por mais um capitulo juntos. Até a próxima!