Pov' Roberta
Esse Diego é um traste mesmo, só sabe me perturbar. E o estranho de tudo isso é que não consigo deixar de ama-lo. Eu ate poderia ate ter dito a ele que tem uma blusa dele aqui e limpar a que ele esta com vomito, mas não, deixa ele sujo, ele ta merecendo isso.
― ROBERTAA?
Ele não me deixa em paz, não faz nada sozinho. Incrível isso, tem pouco mais de uma hora que ele esta sozinho com os bebês no quarto e ele me chamou umas 15 vezes.
― O que é agora, Diego? Achei que eu poderia descansar enquanto você estivesse aqui.. mas achei errado.
― É que o neném fez cocô.
― Troque a fralda dele ué, tem tudo que você precisa ai no quarto.
― É que.. eu não sei fazer isso.
― Aprenda!
― ROBERTA..― me chamou quase em uma suplica.―
― Ai, Diego, Ai DIEGO! Você me da mais trabalho que os bebês.
Subi ate o quarto e separei o que precisaria para trocar o bebê. Obvio que eu não iria perder a oportunidade de faze-lo trocar a fralda do filho.
― Pronto tudo arrumado, pode troca-lo.
― Qual a parte do eu não sei trocar que você não entendeu?
― Eu te ajudo, deita o bebê no trocador. ― Ele fez o que eu disse.― Agora abra o macacão dele e retire o calça e a fralda dele. ― Assim ele fez...―
― Meu Deus, quanto cocô filho. E que cheiro horrível ― Fez careta, não consegui segurar a risada.― E agora?
― Agora pegue o lenço umedecido e limpe todo o bumbum dele
― Com a mão?
― Mais é claro, seria com o que? ― ri. Ele começou a limpar o filho―
― Filho você é bem dotado, vai catar todas assim. ― disse assim que viu o pintinho do filho.―
― Maior que o seu. ― Eu disse e percebi que ele não gostou do meu comentário.―
― Seu nariz! E agora o que eu faço? Eu ja limpei todo o bumbum dele.
― Agora você passa a pomada no bumbum dele, um pouquinho de talco e coloca a roupa. ― Ate que ele entendeu rápido, fez tudo o que eu pedi.―
― Você fez isso de proposito né?
― Isso o que? Trocar a fralda?
― Claro que não, eu faço isso todos os dias. E pelo menos 3 vezes no dia. Todo pai deveria saber fazer isso. Agora vou voltar a assistir
― Espera ― puxou meu braço― Vamos conversar sobre o que anda acontecendo entre nós dois.
― Não existe nós dois, Diego!
― Roberta temos filhos pra cuidar
― Eu sei disso, eu cuido deles e você os visita no final da tarde.
― Roberta ― soltou minha mão― eu te amo tanto, tanto. Você ta fazendo uma falta danada
― Que isso Diego? Ta sentindo falta de sexo já? Você é rico, arruma quem quiser.

― Eu quero você!

― Você quer todas
― Não, Roberta. Passou minha época disso, agora eu quero uma, eu quero você. Me da uma chance, deixa eu mostrar pra você que estou dizendo a verdade
― Você me bateu.. você me traiu
― E eu me arrependo por isso todos os dias
― Não sei Diego, vamos dar tempo ao tempo. Deixa o tempo dizer o que irá acontecer conosco.
― Promete pra mim que nesse tempo você não vai se relacionar com ninguém? Não aguentaria ver isso
― E eu sou fui obrigada a presenciar a ceninha nojenta sua e da Carla né? Você acha mesmo que consigo confiar em você depois disso?
― Por favor, Roberta. Eu to sentindo tanto sua falta
― Você me vê todo santo dia
― Não é a mesma coisa ver e não poder te tocar, te abraçar, beijar...
― É tudo muito recente, Diego― respirei fundo.― deixa que o tempo vai nos mostrar o que fazer.
― Você quer um tempo?
― Sim
― Ok, vou te dar esse tempo. Quando quiser me ver, decidir o que quer fazer com nós dois você me liga. Eu vou embora
― Não vai mais ficar com eles? ― Me referi aos bebês, mas eu queria mesmo é que ele ficasse mais um tempo aqui―
― Já deu pra matar a saudade deles, e daqui a pouco seu pai chega do trabalho, não quero confusão pro meu lado. Fica com Deus e me liga quando decidir o que fazer. ― deu um beijo nos bebês e saiu daquele quarto sem olhar pra trás, meu coração se apertou, será que fiz a escolha correta?