Festas de crianças mimadas, americanos, montanhas e revolts

Yo Levy-chan o/

Está ocupada? Espero que não. Preciso da sua salvação, onegai! Minha prima caçula, Michele, está fazendo oito anos e a festa dela é hoje, exatamente agora na minha casa. Só que eu to aqui sozinha. Na verdade, to rodeada de crianças doidas que querem me jogar a todo custo na piscina. Seria pedir muito para você vir aqui? Traz o Gajeel, eu já chamei o resto da galera. O que me diz?

PS: Socorroooooo!

Luu-chan ♥

Resposta: Gomen Luu-chan

Não posso ir aí agora, estou levemente depressiva. Quem é Gajeel? Não conheço ninguem com esse nome. Se você sobreviver ao ataque infantil e a água gelada da piscina, me mande uma mensagem, estarei aqui vegetando.

Levy-chan

Resposta a resposta: COMO ASSIM NÃO PODE VIR ME AJUDAR??

LEVEMENTE DEPRESSIVA? QUE DIABOS É ISSO?? DESDE QUE EU TE CONHEÇO, NÃO ME LEMBRO DE NENHUM MOMENTO SEU ASSIM. GAJEEL É SEU NAMORADO, CERTO? SAIBA QUE SE EU SOBREVIVER, VOU AÍ NA SUA CASA TE DAR UM SOCO NA TESTA! PARA COM ESSE SURTO EMOCORE, LEVANTA A BUNDA DA CAMA, SECA AS LÁGRIMAS E VEM CORRENDO PARA MINHA CASA.

Luu-chan ♥

Resposta a resposta da resposta: Pode desligar o Caps Lock, onegai? Arigatou.

Não, Gajeel nunca foi e nunca será meu namorado. Se isso acontecer, darei um jeito de me jogar dum penhasco com uma pedra amarrada no pescoço. Não estou tendo um surto emocore, estou apenas passando por um momento triste da minha vida. Acredite se quiser, nem Vocaloid, nem One Ok Rock muito menos Fullmetal Alchemist estão me deixando contente. Então não me aborreça.

Levy-chan

Resposta a resposta da resposta da resposta: VENHA PARA CÁ AGORA OU EU VOU AÍ TE MATAR!

Onegai Levy, eu preciso de você aqui.

Luu-chan ♥

Luu-chan estava realmente precisando de mim? Kuso, logo agora?!

A última resposta do dia: Okay, estou indo para sua casa.

Levy-chan

...

Eu não estava com um pingo de vontade de sair de casa hoje. Estava me sentindo tão péssima que adoraria cavar um buraco, enfiar dentro dele e ir até a Austrália...

– Cala a boca Levy, você está aqui pela Luu-chan, apenas isso.

A casa onde Luu-chan mora é enorme. Sua família é uma das mais ricas da cidade, portanto, sua casa deve ser uma das mais belas e enormes. Dois seguranças estavam parados no portão e me olharam (detalhe: eles olharam pra baixo) atentamente.

– Er.. Yo. Eu sou Levy McGarden e fui convidada...

– Lucy-sama está esperando. Fique a vontade.

– Arigatou..

Entrei na casa e logo avistei o local da festa repleto de brinquedos. Tem cama elástica aqui?? Se tiver tá tudo de boa!

Mas na real, o lugar parece não ser tão ruim assim. Tem uns frufus rosa, pompons rosa, balões rosa e uma porrada de coisas rosa por aqui, mas a festa parece ser legal. Tinha uma piscina de chocolate (ou será barro??) com uma prancha na parte alta (tipo aquelas de navio pirata) e uma loira descabelada amarrada nessa prancha. Em volta havia milhares de menininhas de oito anos vestidas de fada e meninos vestidos de pirata gritando “Cortem a prancha, cortem a prancha!”. Aé, a loira descabelada é a Luu-chan.

– Que borra é essa?? – Natsu perguntou, atrás de mim. Ah legal, Natsu tá aqui.

Eu só consegui rir do comentário tosco do Natsu, e claro, da situação deplorável da Luu-chan.

– LEEEEVY-CHAAAN! QUE BOM QUE VOCÊ VEIO! Agora, ME TIRA DAQUI ONEGAI!

Credo.

....

– Tá bom gente, já chega. Tirem minha neesan da prancha. – Uma garotinha loira (que deve ser a aniversariante, Michele-sama) gritou para os amigos.

Os pirralhos desamarraram Luu-chan e ela pulou nos braços da garotinha.

– Arigatou, arigatou!

– Aham, agora vai servir nossa mesa. – Michele-sama bota moral nessa bagaça.

– Aye!

Luu-chan sorriu, super animada e super descabelada, e correu até mim e Natsu.

– QUE BOM QUE ESTÃO AQUI!

– Lu-chy, cadê a comida?

– Naquela mesa, lá na frente.

– Aishiteru!

Frase bem desnecessária..

– Também te amo, Natsu-chi!

Pode vomitar na piscina de chocolate?

Vick: Ae Levy, para com essa dor de cotovelo!

Levy: Vick, sai daqui, okay?

Vick: Rum..

– Levy-chan, onde está Gajeel-kun?

– Eu não sei.

– Ele não está na sua casa?

– Ele foi para a casa dele.

– Por quê?

– Ele queria ficar sozinho.

Gomen Luu-chan, mas eu prefiro não falar sobre isso agora.

– Por acaso vocês brigaram?

Como soube??

– Mais ou menos.

– Eu não sabia! Por isso pedi para que ele viesse aqui.. Gomen Levy-chan, se quiser peço para ele não vir.

– Será muito feio se você fizer isso! Está tudo bem, não se preocupe.

– Tem certeza?

– Aye! Até porque ele já chegou aqui.

Luu-chan olhou para trás e acenou para Gajeel que vinha acompanhado de Erza, Jellal, Gray e Juvia. Mas pera, Juvia está segurando o braço de Gajeel??

– Er.. Gajeel, acho que você já pode soltar o braço de Juvia. – Juvia disse, ao chegar onde eu e Luu-chan estávamos.

– Nossa, será que eu não posso ficar perto da minha prima querida? – Ele falou com Juvia, mais olhou para mim.

– Gajeel pode, mas não deve ter contato físico com Juvia. A namorada de Gajeel, Levy-chan, não está aqui? Então Gajeel deve se agarrar a Levy-chan.

– Claro que não! – Eu e Gajeel dissemos juntos, por incrível que pareça.

– Clima tenso aqui, hein? – Gray indagou e puxou Juvia para perto dele. Babaca. – Cadê o Natsu? – Viado, não pode ficar nem um segundinho sem seu rosado? Isso soou estranho, deixa..

– Kami-sama, esqueci do Natsu-chi! Me acompanhem, minna, Natsu-chi está perto da mesa de comida.

Vick: Gente com espírito de gordo é assim mesmo, vai às festas só pra comer!

Levy: Gente tipo você?

Vick: Mas é claro!

No fim, sobramos apenas eu e Gajeel, olhando um para a cara do outro. Decidi desviar o olhar, não estava a fim de encarar aqueles olhos avermelhados de maconheiro pedófilo.

Vick: Exagerou..

– Err..– Gajeel tentou falar alguma coisa, mas não conseguiu.

– ...

– Ah, vou procurar algo pra beber, matta. – Ele disse, e saiu esbarrando em mim.

Aliás, porque ele está me dando satisfações? To pouco me lixando para ele.

– Kuso!

– Gajeel, você tá legal?? – Tá, eu to me lixando pra ele..

– To bem, eu só escorreguei.

– Retardado.

Gajeel tava esparramado a poucos metros de mim e eu, como tenho um coração enorme (mentira), fui ajudá-lo a levantar.

– Não precisava me ajudar.

– Dane-se.

– Vai ficar sem falar comigo?

– O que estamos fazendo agora, lesado? Estamos conversando!

– Conversando friamente!

– Oe, não deixa de ser uma conversa!

– Se você quer ficar assim, fique!

– Okay.

– Okay!

– Tá bom!

– Ótimo!

Vick: Acho que Gajeel caiu de propósito..

Pra ser sincera, não sei por que estávamos discutindo e jogando perdigotos fora, mas enfim...

A festa tava um saco.

Não tinha cama elástica, não tinha j-pop, não tinha nada que pudesse me alegrar. Erza-senpai não parava de falar sobre deveres estudantis, Olimpíada da Matemática, Olimpíada da Física, Olimpíada do Morra de Tédio e Feda-se.. Na verdade, Erza estava monologando, e eu boiando como sempre. Gajeel? Ah, ele deve estar por aí bebendo champanhe infantil.

– Levy-chan!

– Eu.

– Olha o que eu achei no depósito de bebidas do meu chichi!

Luu-chan colocou um monte de garrafas de uísque Daniels em cima da mesa que eu e Erza estávamos, juntamente com cervejas, vodka e altas bebidas loucas.

– Lucy-senpai! Que falta de responsabilidade é essa? De acordo com o artigo blá blá, menores de idade não podem beber álcool e blá blá blá....

A Erza não era chata. Ela é uma pessoa muito legal, mas acho que ela está de TPM porque não parava de falar.

– Se você quiser beber, fique a vontade. Só que esse uísque causa efeitos muito fortes, cuidado.

Coe? Já bebi saporra, sei de tudo.

– Acho que hoje eu não vou beber, arigatou.

– Tudo bem Levy-chan, vou trazer coca-cola para você.

– NÃO! CAFEÍNA NÃO! TRAGA REFRIGERANTE DE LARANJA, ONEGAI!

– Okay. – Luu-chan saiu rebolando e balançando os cabelos, dando uma de diva. Enquanto isso, só consegui ver crianças correndo, um garotinho bem amigável batendo com um toco de pau na cabeça do Natsu, Juvia nadando, Gray dançando sem camisa, Jellal ajudando a bater no Natsu, Gajeel vindo na minha direção...

– L-Levy.. Você está b-bem bonita h-hoje. – Ele estava soluçando e rindo como um bocó que acabou de ser atropelado e saiu correndo pelado.

Vick: Exagerou de novo..

– Gajeel, você tá bêbado. Cai fora.

– Q-quero ficar c-com você.

– Não precisa, vá se divertir.

– V-vou me d-divertir com v-você.

G-zuis, socorro!

Gajeel me levantou da cadeira e me puxou para onde o pessoal estava. Há essa hora, Jellal já havia parado de bater no Natsu e foi ficar com sua ruiva faladeira.

– O que você quer Gajeel?

– D-dançar, vamos d-dançar.

Isso não ia dar certo..

Tá, vou ser sincera com vocês e comigo mesma. Eu estava adorando a ideia de estar nos braços de Gajeel novamente. Ele me fazia sentir tão aconchegada que eu nem me importava com o fato de ele estar bêbado.

– Ah Gajeel, você está pisando no meu pé.

– Gomen meu amor, gomen.

Sorri com sua fala. Ele estava terrivelmente fofo!

Estávamos dançando uma dança estranha, se é que pode se chamar movimentos retardados com o pé de dança.

– Levy, acho que eu v-vou..

Dizendo isso, Gajeel abaixou sua cabeça, de forma que nossos lábios ficaram bem próximos...

– G-Gajeel?

E aí ele encostou sua cabeça no meu ombro e simplesmente...

É, isso ae, ele dormiu, desmaiou, sei lá o que.

Hoje é definitivamente o melhor dia da minha vida. Só que nunca!

...

Tive que arrastar Gajeel para fora da festa sozinha, já que tava todo mundo ocupado e ninguém ia querer ajudar uma nanica com seu “não-namorado enchedor de cara”. Só que há essa hora as ruas estavam escuras, e gente bêbada voltava de festas, segurando garrafas vazias e suas próprias calças.

– Gajeel, acorda..

– Hmm..

– Kuso.

Continuei arrastando Gajeel (ele estava apoiado em mim, mas direi que estou arrastando ele para fingir que eu consigo arrastá-lo), enquanto morria de medo. Homens e mulheres se pegavam nas esquinas, música alta tocava nas boates que ainda funcionavam e eu já estava cansada de tanto andar.

– Gajeel.. Onegai, acorde.

– ...

– Olha Rick, tem uma garotinha vindo pra cá.

OMP! (Oh Meu Pâncreas ou Oh Meu Ponchá).

– Vamos cumprimentá-la e mostrar o quanto somos educados. – Ah claro, dá pra ver isso no seu olhar pervertido.

Dois garotos, um de cabelos castanhos e curtos e outro de cabelos loiros e arrepiados, vieram na minha direção. Dava pra correr se eu estivesse sozinha, mas como não estava... Vou ser violada aqui, em público!!

– Hi baby, somos Rick e Ted.

Americanos (cara de tédio).

– Yo, sou Levy. Agora me dêem licença, estou ocupada.

– Quem é o grandão ae? Teu irmão?

– Não, ele é meu..

– Como se diz na terra de vocês.. Ah.. Boyfriend? - Credo. Assustei ao ouvir Gajeel falar assim e arregalei meus olhos para ele. Safado! Estava acordado esse tempo todo e nem para avisar!

– Oh, então o grandão é boyfriend da pequena Levy.. – O tal de Ted falou para o Rick.

– Aye, e apenas o grandão aqui pode chamá-la de pequena. – Os carinhas fizeram aquele barulhinho “uuu”, tipo, “to nem aí, retardado”. – Não é tarde para crianças como vocês ficarem na rua?

– Só se for para velhotes como você. – Eles gargalharam.

– Não gosto de americanos. – Sussurrei para Gajeel.

– Nem eu.

Tudo porque na Primeira Guerra Mundial, eles lançaram uma bomba atômica em Hiroshima e Nagazaki, matando um monte de japoneses. Claro que nós lançamos bombas primeiro, mas vamos ignorar essa parte...

– Hey pequena Levy, porque você não larga seu namorado aí e não vem se divertir com a gente? Somos legais, não vamos fazer nada que você não queira. - Eles se aproximaram de mim e pegaram minhas mãos, me convidando para ir à festa com eles.

– Será que vocês americanos são tão retardados e atrevidos assim? Levy é minha namorada e não vai com vocês a lugar nenhum!

Mentiras, mentiras e mentiras. Ou será, “lie, lie, lie”? Ah não, to sendo atingida pelo “poder americano”?!

– Okay grandão, não precisa ficar estressado, só estamos batendo um papo com a Levy. – Rick me abraçou e beijou minha bochecha, só que eu o afastei de mim. Algo meio inútil, já que Gajeel pulou no pescoço dele e começou a socá-lo no chão.

– DESGRAÇADO, VOU TE ENSINAR A NÃO MEXER COM A GAROTA DOS OUTROS!

– Gajeel dá um tempo, deixe eles irem!

– Fica quieta, Levy!

Ted tentava ajudar Rick, e eu tentava tirar Gajeel de cima do Rick.

– GAJEEL, ONEGAI, DEIXE ELES IREM! NÃO VALE A PENA FICAR BRIGANDO POR BOBAGENS, PARE COM ISSO!

Gajeel parou de socar Rick e deixou que ele se levantasse. Assim, Rick e Ted saíram correndo e acabaram por entrar em alguma boate por aí. Gajeel tinha um pouco de sangue nas mãos. Com certeza, Rick ficara bem machucado, por que corria com dificuldade. Quimera...

– Vem comigo.

Gajeel me puxou por uma rua que eu não conhecia e lançou olhares furiosos para quem nos olhava. Chegamos a um estacionamento de bicicletas e Gajeel pegou uma.

– Hey, isso é roubo!

– Que roubo? Isso é meu. – apontou para o banco da bicicleta, no qual estava escrito “Redfox-san”.

– Ah.. Gomen.

– Baka.

– Mas não é permitido andar duas pessoas numa bicicleta.

– Assim como não é permitido farrear depois da meia-noite. Sente-se na minha frente, quero segurar você.

– Pare de bobagem, não sou um bebê!

Odiava quando Gajeel me tratava assim. Sua proteção exagerada me sufocava, ainda mais sabendo que ele não era nada meu.

Sentei na carona da bicicleta e Gajeel começou a pedalar. Estava fazendo frio, e ele estava de camiseta. Arrg, que retardado!

– Algum problema se eu te abraçar?

– Você deve me abraçar, ou vai cair por aí.

Abracei Gajeel e ele se arrepiou.

– Você causa efeitos estranhos em mim, pare com isso.

Bufei irritada. Como ele consegue ser tão chato?

– Hey, pedale mais devagar, vou acabar caindo.

– Então se segure firme em mim!

Há minutos atrás eu queria estar perto do Gajeel, mas agora não. Principalmente depois de ele ter feito aquele show dizendo que eu era namorada dele.

Só que Gajeel, com umas das mãos, pegou meus braços e fez com que eles ficassem mais grudados a ele. Deu até pra sentir seu abdômen definido.. AH NÃO, FUI ENFEITIÇADA PELO ABDÔMEN!!

– Ae Levy não precisa ficar “secando” minha barriga sexy com suas mãos.

– VAI PRO TÁRTARO!

– Isso não é doença dos dentes?

– AAAAAAAAAA

Gajeel não foi pra casa. Ele me levou para a montanha que eu me amarrei ano passado.

– Porque estamos aqui?

– Queria lembrar os momentos que passamos aqui. – Silêncio. – Mentira, queria só sentir a brisa mesmo.

O silêncio reinou lindamente e eu senti vontade de achar um arbusto e tentar me esquentar nele. Hihi sempre diz que conversar faz com que nosso corpo de esquente e espante o frio. Vou ver se é verdade.

– Gajeel, você não pode ficar agindo como uma criança mimada. Só porque eles estavam mexendo comigo, não significa que você tinha que ficar todo bravo.

– Significa sim, você é minha..

– Sua o que?

Ele suspirou. Essa era a realidade, eu e Gajeel somos apenas dois bocós que se gostam, mas que não tem coragem de assumir uma relação séria.

– Talvez você ainda não seja “minha”, mas vai ser.

– Aé? Quando? Tem quanto tempo que a gente vive junto, se beija e tal, e não assumiu algo sério? Está esperando que eu te peça em namoro?

– Não seria ruim...

– Sabe, eu nunca fui uma pessoa romântica, que sonha namorar, casar e essas coisas. Mas a lei do amor diz que é o garoto quem pede a garota em namoro.

– Desde quando você liga pra leis? Andou muito com a Erza, né..

Ficamos em silêncio. Então ele não queria namorar, mas queria dizer pra todo mundo que era minha namorada. Já que ele não me queria, ninguém mais podia querer.

– Aah.. – Suspirei de novo. Me afastei de Gajeel e procurei algum matinho que pudesse me aquecer. Só que ele resolveu ficar do meu lado, e me abraçou.

– O que foi?

– Tá fazendo frio, baixinha.

– Hm.

Ficamos calados de novo. Ainda não fazia ideia de porque estávamos ali, mas sei lá.

– Escuta, não fique chateado comigo.

– Uhum.

– Quando eu disse que você não era madura o suficiente é porque na verdade eu não sou maduro o suficiente. Te desrespeitei, fui grosso com você e ainda assim você gosta de mim. Por quê?

– Sei que nada sei.

– Gomen nasai, Levy, é que eu sou retardado demais para conseguir fazer as coisas certas.

– Tá tudo bem.

– Não é só isso.

Ele se virou para mim, me levantou e se ajoelhou na minha frente (tava escuro, mas minha visão não totalmente cega me mostrou o Gajeel).

– Hey McGarden-san, quer namorar com o Metaleiro Esquisitão?

Me belisquei umas trocentas vezes pra ver se eu não tava sonhando e adivinhem, eu tava sonhando!

– AAAAAAAAAAAAAAH MAS QUE CACETE!

Na verdade eu ainda tava na festa, só que eu havia dormido em cima da mesa que eu e Erza estávamos anteriormente, só que ela não estava lá mais, quem estava era Gajeel coçando o olho e perguntando se eu tava bem.

– Eu não acredito nisso, quimera, quimera...

– O que foi, baixinha estranha?

– EU NÃO ACREDITO QUE EU SONHEI QUE VOCÊ ESTAVA ME PENDINDO EM NAMORO!

Ele ficou calado e eu tampei minha boca, mas já era tarde, eu já tinha despejado as palavras.

– Não é tarde para eu fazer o pedido né?

Meu coração se encheu de esperança e eu sorri.

– Não!

Gajeel também sorriu e se aproximou de mim (tipo no sonho), só que ele dormiu. DORMIU DE NOVO! MAS QUE SACO TAMBÉM!

MAS QUE PORCARIA DE VIDA, QUE VONTADE DE ENFIAR A CABEÇA DO GAJEEL NUM PENICO!

Okay Gajeel, só não vou fazer isso porque te amo e porque vou aguardar pacientemente o dia que você estiver pronto para fazer um pedido de namoro decente pra mim.

OU SERÁ QUE EU VOU FICAR NA FRIENDZONE PRO RESTO DA MINHA LIFE?? AH NÃO, O “PODER AMERICANO” DE NOVO? QUE INFERNO!