Guitarra demoníaca, Uende Mal-Comida ataca novamente e festa de crianças mimadas (Parte 1)

[ N/A: Título forte, né? Fui eu que fiz.. ~avá~]

Acordei com uma baita dor de cabeça. Isso é normal, já estou acostumada. Mas dessa vez, a causa da minha dor de cabeça é Gajeel Redfox e sua guitarra.

– Gajeel, será que você pode ficar um tempo sem tocar essa...

– Shiiu, estou solando.

– Você está “solando” desde que ganhou essa guitarra, ou seja, desde semana passada.. E EU ESTOU COM ENCHAQUECA!

– Claro, já que você só vive gritando! Parece minha tia avó, Gardênia, a velha era escandalosa pra caramba e vivia tendo colapsos nervosos. Se você ficar como ela, vou pedir o divórcio.

– Mas a gente nem se casou ainda...

– Aé, fato. Agora fica quietinha tá, o espírito do Dimebag Darrel está pousando em mim.

[N/A: Hey gente! Então, Dimebag Darrel era um guitarrista putão que foi morto num show da banda dele, Pantera. O Gajeel admira muito o sujeito ~Gajeel é estranho, pois admira um homem (huuum aí tem treta) morto.]

– SABE O QUE VAI POUSAR EM VOCÊ? MINHA MÃO, ELA VAI POUSAR BEM NA SUA CARA! E DEPOIS EU VOU QUEBRAR ESSA GUITARRA E ENFIAR O BRAÇO DELA NO SEU NARIZ!!

– E eu vou sumir com os toddynhos que comprei pra você, eles vão tirar férias dentro do meu estômago.

Gajeel venceu, esse é meu ponto fraco.

– SE VOCÊ QUER FICAR TOCANDO ESSA PORCARIA, FIQUE. EU NÃO LIGO!

– Hey Levy, fica relax! Você me deu essa guitarra para eu tocar, certo? Então, eu estou fazendo a coisa certa.

Ele continuou fazendo sons estridentes com sua guitarra, que antes era fofa e amigável, e agora se parece com um monstro escandaloso e vermelho que solta fogo pelo nariz. Culpa do “6661”!

...

– Ohayo family!! – Agora Wendy resolveu fazer a mistura do japonês com inglês, como se isso fosse torná-la menos lesada.

– Ohayo Wendy! – Hihi respondeu. Ah qual é família, quem é que acorda feliz num dia malvado como esse?? – Pode me ajudar a servir a mesa? Fiquei com medo de pedir ajuda para Levy, já que ela está com uma tromba enorme.. – Hihi continuou.

– Aye mom, irei te dar um help!

Será que os portões do Ponchá ainda estão abertos? St. James irá me deixar entrar naquele lugar abençoado?

– Gajeel não vai descer? – Hihi perguntou.

– Não sei, mas se ele descer eu juro que CORTO A CABEÇA DELE COM ESSA FACA E FURO OS OLHOS DELE COM UM GARFO! – Berrei e cuspi alguns perdigotos.

– Aah entendi.. Já tiveram a primeira briga?

– A primeira?? Essa deve ser a terceira da semana!

– Mas já? Como namorados podem brigar tanto?

Namorados??

– N-namorados? Q-quem disse que e-estamos namorando?

– Wendy.

Olhei para Wendy, que estava servindo os biscoitos, e senti vontade de arrancar os rins dela e dar de comer pro cachorro da Yuki.

– Is true! Levy, você não contou para hihi?? Eu vi vocês dando kisses um no outro.

Na boa, acho que Shi vai ter indigestão ao comer rins tão retardados quanto a dona deles.

– Ah é mesmo? Já contou pra hihi que você bebe cerveja, vai a festas de gente retardada e volta tarde para casa??

– Eu sou maior de idade, darling! – Ela fez questão de sorrir ironicamente.

– E eu não namoro o Gajeel!

– Porque não quer. Se eu fosse você já teria agarrado ele e feito ele se sentir obrigado a te pedir em namoro. Foi isso que eu fiz com Jet e Droy, aliás, faz tempo que eu não vejo eles. Será que... TÁ FICANDO LOUCA??

Wendy-mal-comida gritou porque eu joguei um pão-falsamente-francês na cara dela e confesso, me senti bem melhor. Hihi estava rindo discretamente, enquanto Uende praguejava e a manteiga manchava seu pijama. Sim, ela ainda estava de pijama.

– Hey hihi, fique sabendo que eu e Gajeel não estamos namorando. Saiba também que nesse momento eu estou odiando ele mortalmente e que não quero vê-lo tão cedo.

– Ouvi meu nome, o que estão falando de mim?

Gajeel sempre aparece nos momentos inoportunos. E eu estava tão irritada por ter acordado cedo em um fim de semana que não conseguia olhar nos olhos dele.

– Não estamos falando de você, na verdade, eu nem sei quem é você. – Falei naturalmente enquanto colocava leite no meu copo.

– Oh, que indelicadeza a minha! – O metaleiro terminou de descer as escadas e veio até onde eu estava, pegando minha mão direita e beijando.– Meu nome é Gajeel Redfox, encantado.

Lancei meu pior olhar para ele, mas não resisti ficar séria por muito tempo. Era realmente engraçado ver Gajeel sendo tão cavaleiro.

– Levy McGarden. – Respondi e tentei esconder um sorriso.

– Um belo nome para uma bela dama. – Deu uma piscadela.– Poderia compartilhar seu café da manhã com um humilde rapaz como eu?

– Certamente. Sente-se, fique à vontade. – Indiquei a cadeira ao meu lado.

– Obrigado senhorita. – Gajeel fez um aceno com a cabeça e se sentou.

Era incrível como ele me fazia odiá-lo e amá-lo ao mesmo tempo..

– Pode passar a manteiga, por favor? – Ele pediu.

– Claro, está ali. – Apontei para o pijama da Uende, que ainda estava reclamando da vida em frente à geladeira. Já falei que ela é lerda?

– Por acaso houve uma guerra com direito a bombas de manteiga? – Gajeel-Estranhamente-Cavaleiro perguntou.

– Mais ou menos. De qualquer forma, o alvo era Wendy McGarden, aquela garota ali.

– Oh, a senhorita é muito boa no ataque. - Ele respondeu, sorrindo.

– Não é não! Se ela fosse realmente boa no ataque já tinha te atacado e vocês não estariam sendo apenas friends! – Uende disse, com a voz mais fina que o normal. - Na boa, estou com vontade de scream! Você, Levy, não passa de uma children mimada que não superou até hoje o fato de eu ser melhor que você em praticamente tudo! Aliás, você não merece o Gajeel, ele é bom demais para alguém tão insignificante.

Continuei tomando meu leite e ignorei a fala da minha querida irmã bocó. Mas será que ela está certa ao dizer que eu não mereço o Gajeel??

– Senhorita, não entendo o que está acontecendo aqui. - Gajeel perguntou.

– Fique sem entender, é melhor para você.

– Você vai me ignorar, Levy? Não vai me dar uma resposta a altura?? Ah, me esqueci de que você não tem altura!

– Meninas, não briguem! - Qual é hihi, Wendy está cacarejando sozinha. Eu estou apenas tomando meu café da manhã tranquilamente. – Wendy, onegai, vá trocar de roupa. Gajeel, você quer mais pão?

– Estou bem, madame, obrigado.

– Mas mom, a senhora não percebe que a Levy me odeia?? Essa pirralha ainda vai tentar me matar, ela é louca.. Mom, a senhora não está me ouvindo??

– Fala sério, porque eu gastaria tempo matando a Wendy? Posso gastar meu tempo jogando Super Mário Bros. – Eu disse e Gajeel riu.

Hihi deixou Uende falando sozinha e foi para os fundos da casa. Ela costuma ir pra lá quando quer ficar sozinha ou quando precisa lavar roupa. Aproveitei para pegar mais biscoitos e subir para o meu quarto.

– Senhorita, aonde vai?

– Vou para meus aposentos. Foi um prazer tomar café da manhã com o senhor, agora, com licença.

Subi as escadas, entrei no meu quarto e quase tive um ataque do miocárdio.

– PERAI, MEU QUARTO AGORA VIROU PORÃO?!

Havia uma grande quantidade de CDs espalhados pela cama, papéis e fios no chão, uma completa bagunça ~diferente da que habitualmente faço~.

– Ouvi seu grito. Qual o motivo de sua indignação? – Gajeel disse, aparecendo atrás de mim.

Toda a calma que antes eu estava sentindo evaporou pra onde Judas perdeu a virgindade. Senti uma enorme vontade de mandar Gajeel para o Ponchá que não o pariu, mas me controlei.

– PORQUE MEU QUARTO ESTÁ DESSE JEITO?? – Enfim, tentei me controlar..

– Fique calma, eu vou arrumar tudo...

– Porque. Meu Quarto. Está. DESSE JEITO??

– Você sabe, eu preciso de um lugar para colocar minhas coisas.

– COMPRE CAIXAS!

– Sim, vou pegar algumas lá no Café e vou arrumar tudo. Satisfeita, senhorita McGarden?

– Claro!

– Rum..

– Claro que não, eu vou te matar agora!!

Chutei alguns CDs, subi em cima da cama e pulei no pescoço de Gajeel numa tentativa descontrolada de enforcá-lo.

– Hey, não precisa ser tão violenta!

– Precisa sim, você é um estúpido desorganizado!! Eu odeio desorganização, odeio!

– Mas você vive fazendo bagunça!

– Sim, mas depois eu organizo tudo!!

– Já disse que vou organizar as coisas, ok? E você nem vai usar esse quarto agora.

– EU VOU TE MATAR ATÉ VOCÊ MORRER!

– Cadê a lógica dessa frase?

Apertei o pescoço de Gajeel com todas minhas forças. Seu rosto antes inexpressivo começou a ficar vermelho, depois roxo.

– L-Levy, eu to.. Sem ar..

Parei de apertá-lo quando vi que a voz de Gajeel parara de sair e que seu rosto estava ficando... Qual é a cor que vem depois do roxo??

– Gajeel, tente respirar.. Isso, tente reunir todo o ar que te resta.

Gajeel não pode morrer agora, ele é o protagonista dessa história e protagonistas geralmente não morrem!

– L-Levy..

– Respira carolho!!

A cor de Gajeel estava se normalizando, mas o suor escorria ferozmente por seu rosto.

– Por que me enforcou? – Sua voz estava rouca e baixa. Seus olhos estavam marejados.

– Porque você é um estúpido! Eu te dei uma guitarra para você tocar, óbvio. MAS EU NÃO PENSEI QUE ESSA COISA DEMONÍACA FOSSE AFASTAR VOCÊ DE MIM! – Abaixei o tom da minha voz e sentei na cama, enquanto Gajeel massageava seu pescoço. – Agora se quiser tocar sua guitarra, fica a vontade, eu não vou atrapalhar. Aliás, o quarto será seu o dia todo.

– Eu exagerei, né?

– Não, imagina.. – Ele tocou as mesmas músicas durante toda a semana! E sempre se estressava comigo quando eu o lembrava do emprego no Café.

– Só que... Eu sempre quis ter isso, sempre quis uma guitarra e agora que tenho não consigo desgrudar dela.

– Entendo.

– Mas eu não vou me afastar de você, estamos no mesmo quarto.

Lecau, eu não tinha percebido isso! ~ironia never ends~

– Tudo bem. Er, gomen por ter gritado. E gomen por ter tentado te matar.

– Devo mesmo te perdoar?

– SE NÃO ME PERDOAR, EU TE MATO!

– Ok, ok tá perdoada!

Ele me puxou para perto dele e me deu um abraço. Uma de suas mãos estava em volta da minha cintura, enquanto a outra afagava meus cabelos.

– Está mais calma?

– Sim, você consegue me irritar, mas também consegue me acalmar.

– Yeah, porque meu nome é Gajeel Redfox e eu sou muito foda!

– Um motherfucker, isso que você é.

– Um motherfucker que você ama.

– Seu convencimento é tão grande que está furando meu teto.

– Talvez seja o som da Joan. Ontem o vidro da janela do seu banheiro quebrou e...

– Quem é Joan?!

– Minha guitarra.

Ok, vamos colocar os pingos nos is! Hihi sempre disse que eu era estranha por dar nomes aos meus livros, mas colocar nome em uma guitarra é o cúmulo!

– Ai meu pâncreas, quer dizer que eu vou ter que compartilhar você com essa tal de Joan?

– Não é necessário, eu sou todo seu.

Senti meu rosto esquentar e sinceramente, faz tempo que isso não acontece.

– Uau Levy, você fica tão fofa quando cora. Dá vontade de pegar você e...

Calma ae pessoa que está escrevendo minha vida, isso não é hentai! Repito: Isso não é hentai!

– E-é melhor você tocar suas músicas. E-eu acho que vou v-visitar alguém ali. B-bai!

– Não tão rápido, mocinha! Não estava reclamando que eu não te dou atenção? Então, eu estou aqui, na sua frente. – Gajeel segurou meu braço e ficou beeem próximo de mim.

O que ele quer dizer com isso, hein hein??