Mary, Mary! escrita por Anne Lestrange


Capítulo 1
Long may she reign


Notas iniciais do capítulo

Inspiração de sexta a noite, bateu aquela vontade de escrever sobre Reign, então voilà! Espero que gostem, nos vemos nas notas finais.



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14 de dezembro de 1542

Um choro podia ser escutado pelos corredores do castelo assim como os uivos do vento unidos da chuva fria de inverno. A neve ainda não começara a cair, mas o frio assustava qualquer pobre alma que não tivesse um teto para se afugentar. A rainha olhava pela janela do castelo com um olhar assustado.

– Marry por favor, pare de chorar, por favor. – Ela implorou olhando para o pequeno bebê que balançava no colo. – Jaime onde você está? – A rainha murmurou e olhou novamente para a janela como se esperasse que o objeto lhe respondesse, ela continuou a balançar o bebê em seus braços mas sem muito excito em sua missão de faze-lo parar de chorar. – Ok, que tal uma canção? – Ela ficou em silêncio pensativa e sorriu, em alguns segundos começou a cantarolar. – Marry have little lamb, a little lamb.... – Foram necessarios apenas alguns palavras para o choro do bebê cessar, a Rainha sorriu e continuou a cantarolar, só que agora ela executava alguns passos de dança pelo grande quarto. Alguns minutos depois mãe e filha dormiam calmamente em uma cama rodeada por cortinas, era um quarto majestoso com muito luxo e uma grande lareira.

Era madrugada quando um dos guardas da rainha batia fortemente na porta.

– Por que me incomodam a essa hora? – A rainha abriu a porta com uma expressão aborrecida que rapidamente se transformou em assombro ao ver o homem ao lado do guarda, ele estava molhado e com alguns flocos de gelo que começaram a cair nas últimas horas e uma carta na mão.

– Majestade. – Ele disse fazendo uma reverência antes de esticar o braço com a carta para entregá-lo a rainha. – Sou mensageiro, venho em nome do General MacBeth. – Ela pegou a carta rapidamente e começou a lê-la, primeiro ela ficou branca como os flocos de neve do lado de fora do castelo, depois os olhos ameaçaram transbordar algumas lágrimas que foram contidas a tempo, ela terminou de ler e baixou a folha de papel, respirou fundo e com uma expressão decidida exclamou:

– Chame a serviçal para cuidar de Marry, eu... preciso de um tempo para mim. – Ela olhou para o guardo e o homem a sua frente. – E arranje um abrigo para este homem. – Ela disse apontando para o mensageiro. Os dois continuaram a olhá-la com uma expressão preocupada. – Agora! – Ela ordenou e os dois saíram rapidamente corredor adentro.


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