Cinderella: A Garota Mascarada - Dramione escrita por BDP


Capítulo 1
Capítulo 1 - Inferno


Notas iniciais do capítulo

Como eu já disse, o Harry e o Rony não vão aparecer muito na fic, porque eu queria que a Mione só tivesse um amigo, e não quis escolher entre um e outro, aí achei que a Gina seria perfeita para esse papel!
Ah é! No livro, a Judith não existe, eu que inventei a personagem, ela é irmã gêmea da Pansy aqui, ok?



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O despertador toca e meu inferno particular começa. Não me entenda mal, não sou uma dessas meninas que tem a vida perfeita e que tem tudo o que querem e dizem “eu odeio minha vida”, só por acharem que soa legal. Na verdade, minha vida é realmente um inferno.

Eu me levanto e começo a me arrumar para ir para escola. Depois disso eu desço do meu quarto, que fica no sótão, e vou para a cozinha preparar o café da manhã.

Rapidamente preparo a refeição para quatro pessoas: eu, Georgia, Pansy e Judith.

Depois de preparar a comida eu subi as escadas para o segundo andar da enorme mansão e vou em direção ao quarto de Judith. Bato na porta e ninguém me responde, como sempre. Esta hora todos os moradores desta casa ainda estão dormindo, com exceção a mim, claro.

Ligo a luz do quarto e falo.

– Judith, hora de acordar. O café da manhã já está na mesa.

Quando vejo que ela já está levantando eu saio do quarto e vou em direção a próxima porta. O quarto de Pansy.

Desta vez nem me dou o trabalho de bater na porta, sei que ela está dormindo, de um jeito ou de outro. Acordo Pansy e espero ela levantar, para garantir que ela não voltaria a dormir.

O quarto dela é todo rosa, mas de um tom escuro. Ele é grande, têm um closet enorme, uma bancada pequena, tapetes felpudos rosas e brancos, almofadas grandes e confortáveis. Bem a cara de Pansy.

Saio do quarto depois que ela levanta de vez e vou em direção ao último quarto da casa, o quarto de Georgia.

Não tem como não ficar com um pouco de medo da sua reação, mas eu respiro fundo e entro no quarto. Georgia estava dormindo que nem um porco, de barriga para cima e roncava muito.

– Georgia, está na hora de acordar. O café da manhã já está na mesa e eu já acordei Pansy e Judith.

Ela resmunga algo que eu entendo como “daqui a pouco eu desço” e eu deixo o quarto.

Passei no quarto de Judith para me certificar que ele não tinha voltado a dormir. Seu quarto era parecido com o de sua irmã gêmea, mas os tons de rosa eram claros, em vez de escuros.

Finalmente eu volto para a cozinha e vejo Pansy e Judith sentadas com pratos vazios na frente delas.

– O que vocês estão fazendo? Estão numa dessas dietas malucas? Não vão comer nada? – Perguntei.

– Não, Hermione, estamos esperando que você nos sirva. – Respondeu Pansy com um sorriso sarcástico.

Olhei para elas desejando poder matá-las, mas o que eu fiz foi pegar o prato delas e fazer exatamente o que elas mandavam.

Você deve achar estranho, uma garota de dezesseis anos fazendo o café da manhã para a “família” inteira, servindo suas “irmãs”, morando num sótão... Bem, é por isso que eu digo que minha vida é um inferno. Georgia se casou com meu pai quando eu tinha dez anos, um ano depois ele morreu e ela herdou praticamente toda fortuna do meu pai. A partir disso ele me fez escrava particular dela e de suas filhas. Georgia só paga minha escola, pois acha que se não fizer isso a sociedade vai estranhar e vai começar a investigar sobre isso. Mas, por sorte, Georgia não tirou todo dinheiro do meu pai. Metade da sua herança está no banco, esperando eu completar dezoito anos. Então, daqui a dois anos estarei livre. Isto se Georgia não arranjar um jeito de tirar aquele dinheiro de mim antes disso.

Peguei minha comida e comi silenciosamente possível. Pansy e Judith eram muito parecidas. Elas tinham aquele cabelo loiro liso e claríssimo, igual o da mãe. Pansy era um pouco mais alta do que Judith e tinha o cabelo mais longo.

Quando terminei de comer recolhi meu prato e levei para louça, junto com os pratos de Pansy e Judith. Elas subiram para se arrumar para a escola enquanto eu fiquei lavando os pratos.

Depois de lavar a louça eu subi para pegar minha mochila e me arrumar. Quando volto para o andar de baixo vejo uma pilha enorme de pratos, copos e travessas sujas em cima da pia da cozinha. Olho para Georgia que estava sentada na cadeira da mesa lambendo os dedos.

– Hermione, o café da manhã estava uma maravilha! Mas acho que a louça não vai se lavar sozinha, então, mexa-se!

– Mas eu vou me atrasar para a escola! – Protestei.

Mexa-se – ela disse num tom ameaçador.

Foi o que eu fiz, larguei minha mochila num canto e voltei para a pia da cozinha. Se tiver alguma coisa que eu levo a sério é a escola. Eu sei, você vai me achar louca. Mas como eu vou passar para uma boa faculdade e me livrar desta mansão horrível, da minha vida miserável e da minha “família” horrível, se eu não estudar?

Comecei a lavar a louça o mais depressa possível. Depois de um tempo eu escuto saltos descendo a escada. “Pansy e Judith, só pode ser” pensei, enquanto tentava terminar de lavar os pratos.

– Mãe, estamos indo para escola – anunciou Judith.

– Tudo bem, tenham cuidado, meus amores – respondeu Georgia.

– Esperem! E eu?! – Perguntei, vendo que elas iam embora sem mim.

– Ah, você? Vai a pé ou de ônibus, se quiser eu te dou dinheiro para a passagem. – Georgia disse.

Engoli a raiva e disse:

– Não precisa, é muita gentileza sua, mas eu vou a pé.

~*~*~

Eu chego à escola atrasada para o primeiro tempo, então fico esperando o bater o sinal, indicando o começo do segundo tempo.

Sento no banco da escola e tiro meu celular da mochila. Coloco um fone e começo a escutar uma música. Depois de um tempo uma menina passa por mim e me dá um folheto. Eu sorrio para ela e agradeço.

BAILE DE INVERNO.

Na próxima sexta-feita, você, aluna já tem um compromisso.

Traje: fantasia. Sejam criativos.

Esforçando-nos para lhes dar o melhor, comitê dos bailes.

Olhei para o folheto, provavelmente eu não iria. Afinal, não teria motivos. Talvez Gina, minha melhor e única amiga insistisse para eu ir. Mas eu não tinha nem roupa, muito menos dinheiro para comprar ou alugar uma.

O sinal toca, mostrando que a primeira hora de aula já passou, então eu entro e me dirijo para onde aconteceria minha segunda aula do dia.

A aula que eu teria agora seria de matemática. Aula que eu tenho com Draco Malfoy, o garoto mais popular do colégio e, em minha opinião, um idiota. O ensino médio, como você muito bem deve saber, é uma selva, animais simples e insignificantes como eu morrem rápido. Ninguém presta atenção neles, ninguém fala como eles, então, vendo por esse lado, eu devo ser algo como um inseto. Enquanto Draco Malfoy fica no topo da cadeia alimentar, ele deve ser como um leão. Todos são praticamente proibidos de mexer com ele, se não todos seus amiguinhos populares idiotas vão passar a te odiar e você vai cair para o último da cadeia alimentar. Tudo extremamente muito ridículo.

Draco Malfoy com certeza deve se achar o melhor de todos, só por ser tão popular e por todas as garotas terem sonhos eróticos com ele e paixonites sem sentido. Mas eu, graças a Deus, não sou assim.

Você deve estar achando que, na verdade, eu amo o Malfoy, mas não quero admitir, ou tenho inveja da sua popularidade e por isso eu o odeio, certo? Mas você não podia estar mais enganado. Eu, definitivamente, não gosto dele e não quero ser popular.

Entro na sala e sento no meu lugar. O professor avisa que vai ter prova na semana que vem. Bufo internamente, Georgia me passou tanto trabalho essa semana que nem vai dar para eu estudar direito!

Depois da aula eu guardo meu material e me levanto para sair da sala, mas assim que eu cheguei à porta o professor me chama:

– Senhorita Granger, você poderia vir aqui, por favor?

– Claro, professor – respondi, já voltando e me sentando na cadeira mais perto da mesa dele. – Eu só não posso demorar, ou vou me atrasar.

– Senhorita Granger, suas notas não estão mais tão boas quanto costumavam ser. Antes suas notas eram 10 e 9.5, mas agora elas não pasçam de 7,5. Estou preocupado com a senhorita.

É que eu não tenho tempo de estudar, pensei, pois uma eu tenho uma Cruella Devil particular em casa, que fica me mandando fazer várias tarefas e eu acabo sem tempo para estudar.

– Desculpe, professor. Prometo que me esforçarei mais para a próxima prova – digo, simplesmente.

O professor assentiu, e eu me retirei da sala. Quando saí eu me virei para dar uma tchau com a mão para o professor, mas eu acabei esbarrando de frente com alguém. Eu iria cair, mas braços fortes seguraram minha cintura firme e me impediram de colidir com o chão. Meus livros não tiveram a mesma sorte, todos caíram no chão.

Levanto o olhar, para ver com quem eu trombei, e vejo olhos azuis cinzentos, olhos lindos. Depois vejo que quem está me segurando é, justamente, Draco Malfoy.

Rapidamente eu saio dos braços dele e ficou ereta. Não podia ter tido cena mais idiota e clichê!

– Desculpe-me, foi culpa minha – falei.

Eu me agachei para pegar meus livros e o Malfoy fez o mesmo. Ele me ajudou a recolher todo meu material, e, por fim, pegou o folheto do baile no chão.

Nós nos levantamos e ele me entrega meus livros, mas ainda fica com o papel de baile na mão.

– Quer dizer que o baile vai ser a fantasia? – Perguntou ele, lendo o folheto.

– Vai, sim. Pode ficar com o folheto, se quiser – disse, indiferente.

– Por quê? Você não vai ao baile? – Perguntou, olhando direto para mim.

– Provavelmente, não. Mas agora tenho que ir – falei, apertando ainda mais meus livros contra meu peito e saindo dali o mais rápido possível.

Meu Deus. O que foi isso?


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Notas finais do capítulo

Sim, esse baile de inverno é o mesmo do livro, achei legal aproveitar isso. O que acharam? Quero reviews, devo continuar a fic?