The Family escrita por Jess Almeida


Capítulo 3
O plano "perfeito"


Notas iniciais do capítulo

Preparem-se, aí vem confusão!



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Na tarde seguinte, estavam no apartamento Lupita, Giovanni e Roberta. Mía estava no shopping, Miguel tinha ido ao mercado comprar sorvete e Diego estava no dentista. Lupita aproveitou que havia pouca gente e começou a passar o aspirador de pó no tapete da sala. Aproveitou também para acender uns incensos. Estava vestindo um enorme avental e usava um lenço colorido no cabelo. Giovanni estava deitado no sofá, enquanto Lupi passava o aspirador de pó de um lado para o outro. Roberta chegou à sala e começou a espirrar por causa dos incensos da Lupita.

– Ai, caramba! Incenso de novo, Lupi? – ela reclamou, tampando as narinas.

Lupita não se intimidava mais com as reclamações. Sorria e dizia:

– Você vai me agradecer quando o ar deste ambiente estiver purificado, e algo de bom acontecer!

– Ai, Lupi... – Roberta não acreditava no poder dos incensos.

Roberta foi até a cozinha a fim de preparar um lanche.

Lupi continuava concentrada em sua tarefa quando de repente, Giovanni pulou do sofá, dando um salto no tapete.

– SIM, É ISSO! QUE IDEIA INCRÍVEL!

Lupita se assustou tanto que deixou escapar um grito e perdeu o controle sobre o aspirador de pó, que engoliu metade de uma toalhinha bordada a mão que servia de enfeite na mesa de centro da sala.

– O que é isso Giovanni? Ficou maluco ou o que?

– Eu acabei de ter a melhor idéia que alguém poderia ter nesta casa – os olhos de Giovanni tinham um brilho que assustava Lupita.

– O que é dessa vez?

– Chame a Roberta. Quero que ela esteja aqui nesse momento, para que ela também saiba do plano.

– Plano? Que plano é esse Giovanni? E pra que?

Giovanni começou a empurrar Lupita.

– Nada de perguntas agora. Vá chamar a Roberta. Espero bem aqui.

Ele se sentou novamente no sofá, com um sorriso maldoso nos lábios. Depois que Lupita saiu da sala, deixando-o completamente sozinho, ele soltou uma gargalhada.

– O que seria de nós sem mim?

Um minuto depois, Lupita já estava de volta a sala, acompanhada de Roberta.

– O que você quer Giovanni? – Roberta quis saber.

– É, fala logo – Lupita estava impaciente.

– Tive uma idéia de gênio, que só eu mesmo poderia ter – ele ria enquanto falava, sentia-se um gênio de verdade.

– Então fala caramba! – Roberta perdeu a paciência.

– Acalmem-se, acalmem-se. Sentem-se no sofá, porque o que tenho a dizer é algo bombástico.

Roberta e Lupita sentaram-se no sofá e entreolharam-se, tentando decifrar o sorriso estranho de Giovanni.

– Tenho em mente o plano perfeito para provar pra vocês que aquilo que falei sobre a Mía e o Miguel verdade – e sorriu novamente.

Elas ficaram atônitas, completamente em silêncio, com seus olhos curiosos olhando para o "gênio" a sua frente. Giovanni esfregava as mãos, com um sorriso no rosto.

– O negócio é o seguinte, abram bem os ouvidos.

Enquanto Giovanni falava sem parar, as meninas só escutavam. Arregalavam os olhos, abriam a boca com um gesto de espanto, tampavam a boca com as mãos. Quando Giovanni acabou de falar, Lupita pulou do sofá.

– Você está louco, Giovanni? Perdeu mais um parafuso? É a coisa mais doida e sem noção que já ouvi você falar, e...

Giovanni a interrompeu.

– Nada disso. Não estou louco. Admitam que o plano é bom. Além de provar para vocês que Mía realmente vai pra cama do Miguel na calada da noite, a própria Mía não vai poder continuar negando – Ele ria admirado com sua “inteligência”.

– Esse plano é absurdo, Giovanni. Por que insistir com isso? Pra que provar alguma coisa? – Lupita continuava firme com sua opinião.

– Deixa Lupi. Vamos ver no que isso vai dar – Roberta ria.

– O que? Você concorda com as idiotices do doido do Giovanni? – Lupita estava indignada.

Giovanni se levantou do sofá e começou a sacudir Lupita.

– É isso aí, ela concorda comigo, esse plano é perfeito. Mais perfeito que comer as panquecas que o Miguel faz. E você ainda acabará concordando também.

Lupita olhava para ele como se quisesse fuzilá-lo.

Roberta se levantou do sofá também.

– Mas espera aí Giovanni. Quem é que vai posicionar a câmera lá?

– Mas isso é muito fácil, minha cara – e fez uma pausa -, o Diego, é lógico.

– Ufa, por um momento pensei que seria eu – Roberta riu aliviada.

Naquele instante, ouviram um barulho que eles conheciam muito bem. Era como se um bando de gralhas tivesse invadido o apartamento. Eram Mía, Diego e Miguel chegando juntos.

Giovanni imediatamente correu para perto de Lupita e a agarrou, tampando a boca dela com uma mão.

– Xiiiii, não fale nada Lupita, quietinha, boazinha. Se contar sobre o plano seus incensos e mais outras coisinhas vão sumir para sempre e ainda falo sobre o novo engenheiro que você fica paquerando descaradamente e... AAAAAAAAAAAAI!

Lupita mordeu a mão de Giovanni e se sentou no sofá, cruzando as pernas e os braços. Roberta ria da situação.

– Vou querer saber mais desse novo engenheiro aí, ok Lupi?

Lupita jogou uma almofada em Roberta e a garota riu ainda mais.

Neste instante Mía, Diego e Miguel chegaram à sala. Roberta continuava rindo sem parar.

– O que nós perdemos? – perguntou Mía.

– Nada, só que eu preciso de um curativo, e logo – Giovanni estava com uma cara de dor e olhava para seus dedos como quem olha para um corpo no necrotério.

– Nossa, mas o que houve com sua mão? – Miguel perguntou.

Lupita levantou-se do sofá, foi até onde Giovanni estava, o pegou pelo braço e saiu com ele da sala, sorrindo e dizendo:

– Não foi nada, ele vai ficar bem. Vou passar um remedinho. O Giovanni vive se batendo nos móveis, não é Giovanni? Já voltamos.

Lupita o beliscava e ele reclamava.

– Ei, por que fez aquilo? Podia ter me arrancado um dedo.

– Podia ter sido pior, seu dengoso. Dá aqui essa mão. E da próxima vez, eu arranco um dedo mesmo – Lupita não pôde conter um sorriso, ao ver a expressão de alívio de Giovanni quando ela começou a massagear a mão dele.

Às vezes ele era insuportável, mas tinha seu lado fofo.

– Então, o plano é pra esta noite! – Giovanni riu.

Lupita deu um tabefe carinhoso na cabeça dele.

– Continua com isso, safado?

– Olha aí, agora vai ter que massagear minha cabeça também. E eu ainda quero um curativo no dedo, senhorita corre-atrás-de-engenheiros.


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Notas finais do capítulo

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