A Menina de Vestido Branco escrita por Luli


Capítulo 1
A Menina de Vestido Branco




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A menina de vestido branco caminhava na praia, os pés descalços tocavam na areia macia e afundavam no encontro da mesma com a água gelada do mar. Era noite e ela andava sozinha os ventos no cabelo, as corujas piando.

A lua estava deslumbrante no vasto céu estrelado. Foi quando a menina se deparou com uma canoa abandonada provavelmente construída por algum moleque da região, coisa muito comum por sinal.

Foi se aproximando e deitou-se na canoa para ficar encarando o vácuo pois agora a menina estava envolta em seus pensamentos e qualquer um que passa-se e a visse assim acharia que ela não era normal.

O sol já começava a raiar e ela é despertada do transe que estava. Corre para a água e todas suas feridades ardem com o sal do mar, chora, chora aos prantos, pois não tem ninguém e não tem para onde ir, chora, chora, mas agora é diferente pois ela boia serena com um sorriso no rosto as lágrimas não mais escorrem por tristeza mas sim pela alegria de estar ali e de estar livre.

Nada para mais fundo e mergulha, podendo ver agora a imagem de seu príncipe tremeluzindo na água cristalina que escorre pelos seus dedos e se desvaia sendo perdida para sempre, mas agora nada mais importa pois a menina esta em paz e tudo que passou, ou que virá não tem sentido.

Se foi, ele não a acha, mas por algum motivo sabe que ela nunca mais irá voltar igual pássaro que alça voo e que quando se da conta de que lá em cima é bem melhor nunca mais aterrissa.

Não adianta mais se lamentar e ser dominado pela tristeza pois a vida continua independente dos empecilhos que ocorrerem, mas agora refletindo em suas ações do passado ele se arrepende de nunca a ter contado sobre os seu sentimentos, pois apesar de tudo ele a amava e esse como todos sabem é um dos sentimentos mais fortes que pode ser provocado no ser humano durante a vida O AMOR, por isso ele deve ser expressado e exposto, mas ele não o fez. Idiota, patético, rude, arrogante, narcisista, por que por apenas um momento não pensou no outro lado, no que suas ações poderiam causar, agora não há mais tempo de tentar se redimir ou de tentar mudar tudo.

A noite da grande paz, da grande paz dos seus olhos e o sorriso que irradiava luz e calor agora estavam apenas gravados em sua memoria com a possibilidade de caírem na eternidade do esquecimento, mas ele tinha esperança de conseguir reorganizar a própria mente e assim revê-la onde quer que estivesse seja no tártaro obscuro, no palácio da imaginação ou em algum canto da cidade barulhenta.

Ele tinha esperança de voltar a ser o seu tão amado e aclamado príncipe, mas então de repente ele se lembrou do ocorrido e chorou as lágrimas mais puras e profundas pois sabia que todos os seus desejos e ambições não poderiam ser realizados. E então toda a sua esperança se fora para dar lugar a uma imensidão de desanimo, desespero, angustia e muita, muita, mas muita dor.


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