The chosen one escrita por Astrix


Capítulo 19
Capitulo 19 - Happy ever after? I don't think so.


Notas iniciais do capítulo

Hey sweethearts.

—Muita gente antiga deixou de comentar, isso significa que largaram a fic?! #Voltem #sad
— Acho que escrevi muito nesse capitulo, então me aturem u-u
— Muito obrigada as pessoas que comentaram no ultimo capitulo. E as que favoritaram também. Vocês me deixam feliz.
— Boa leitura



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Entrei no quarto quase sem fôlego, assustando Mary, lucy e Anne. Ignorando suas perguntas. Atravessei o quarto, parando só em um pequeno armário entre meu quarto e o banheiro. Anne, Lucy e Mary chegaram logo atrás de mim.

– Senhorita, o que aconteceu? Esta tudo bem? Você já viu Maxon? – perguntavam sem parar.

Parei de mexer no armário e virei para elas. Senti um sorriso diabólico se formando em meu rosto.

– O trabalho de vocês é obedecer tudo que eu pedir, certo? – Perguntei.

– Sim. – Anne respondeu cautelosamente

– Então eu ordeno que vocês vistam esses vestidos e desçam comigo.

Mary e Lucy olharam com animação para Anne, esperando que ela responde-se.

– Não podemos Senhorita. O rei nos mandaria embora na mesma hora. Os criados não podem participar das festas.

– Vocês não são apenas minhas criadas, se tornaram família para mim. E como família tem obrigação de comemorar esse dia comigo. Então, vistam-se agora.

Estendi três das roupas que elas tinham feito. Fui empurrando gentilmente as três até o banheiro. Olharam entre si, e começaram a rir. Sentei na cama enquanto as três se ajeitavam.

Após alguns minutos elas estavam prontas. Se não as conhece-se nunca diria que eram criadas. Lucy usava um vestido verde que ficava muito bem na sua pele branca. Anne usava um salmão e a Mary um laranja. Estavam lindas. Quando entrei no salão acompanhada das minhas criadas, o silencio tomou conta. Alguns cochichos e olhares tortos em nossa direção. Olhei para as garotas, para me certificar que ainda estavam ali.

O rei olhou, mas permaneceu sem nenhuma expressão. Apesar de saber sua verdadeira opinião, fiquei internamente grata por ter mantido a classe. A rainha Amberly, que estava mais próxima nos deu um sorriso. Pouco depois as três foram convidadas para dançar com uns guardas do palácio.

Finalmente olhei ao redor do salão que havia sido preparado para mim. Um quarteto de cordas tocava no canto esquerdo, levando pessoas a dançar no centro do salão. O cheiro doce de torta de morango estava em todo lugar e, fiquei feliz ao olhar para uma das mesas e constatar que tinha varias delas ali. Corri os olhos novamente no salão, procurando algo diferente agora.

– Você odiou. – Sua voz veio atrás de mim.

Virei-me para encontrar seus olhos. Ele desviou o olhar e colocou as mãos no bolso, de uma forma casual, mas totalmente sexy. Desconfio que Maxon não tem noção do que pode fazer uma garota sentir.

– Claro que não.

– Você saiu correndo. Aonde eu fui ensinado, isso não é um bom sinal.

Apontei para o motivo da minha saída – Eu espero que não tenha problemas. Elas são o mais perto de família que tenho por aqui. –Expliquei. – Maxon, eu amei. Eu não sei nem como agradecer, tudo ficou maravilhoso.

– Mesmo? – Disse. Seus olhos fizeram seu caminho de encontro aos meus. – Então acho que mereço uma dança, certo?

Ri do seu jeito de perguntar.– É, talvez você mereça uma ou duas danças.

Maxon me levou para o meio do salão. Um circulo de pessoas foi formado ao nosso redor, nos observando. Por um momento me senti a princesa dos contos que meu pai contava para mim quando era menor. Concentrei-me na dança, tentando não pisar em seus pés. Estou melhorando nisso. Outras pessoas se juntaram no centro e dançavam também. Fiquei feliz ao ver Anne sorrindo enquanto dançava com um guarda. Mary estava sentada comendo o que imagino ser alguma torta. Mas eu não estava totalmente preparada para o que vinha a seguir. Lucy e Aspen dançando e imersos em alguma conversa interessante. Meu estomago revirou e afundei meu rosto no pescoço do Maxon.

Ele não me fez perguntas, apenas me deixou ficar lá. Tomei alguns minutos antes de levantar minha cabeça de novo. Dei um sorriso para Maxon, e não foi falso. Me incomodava ver Aspen com outro alguém? Sim, um pouco. Mas, ele merece a chance de ser feliz. E eu fico feliz se a pessoa que fizer isso for a Lucy. Ou talvez eu esteja pensando demais, é apenas uma dança afinal.

Eu, Maxon, nós ali. A forma como tudo parece irreal, louco e mesmo assim, certo. Ao ver Aspen com Lucy, me balançou um pouco. Porém, apenas imaginar Maxon casando alguma das outras selecionadas, despedaçava meu coração.

Maxon passou uma de suas mãos pelo meu cabelo, passando depois seus dedos em meu queixo. Ele se inclinou e me beijou. Na frente de todo mundo. De todos os habitantes do palácio. Do rei e da rainha. Das outras selecionadas. Não foi um beijo longo, me surpreenderia se muitas pessoas o tivessem realmente visto.

– Quer sair daqui? – Maxon perguntou.

Concordei, acenando com a cabeça.

Não me despedi de ninguém no salão. Quando Silvia souber disso, com certeza me trancará no salão das mulheres por um dia completo para aulas de boas maneiras. Mas simplesmente não importava.

Corríamos sorrindo feito perfeitos bobos. Maxon nos guiou até o terceiro andar. Ele me parou no corredor e me beijou.

–Vem, tem algo que quero te mostrar. – Falou e em seguida me puxou para o quarto da princesa.

O quarto continuava o mesmo, exceto por um piano no canto. Passei minhas mãos pelo piano e me sentei no banquinho.

– Pedi para colocarem aqui. Você é ótima nisso e não me importaria nada de acordar com você tocando.

– Acordar comigo tocando? Isso significa o qu...?! – Não fui capaz de terminar, ele me interrompeu.

– Significa que eu quero ser a primeira pessoa que você vai ver ao acordar. Quero acordar ao seu lado. E um beijo de boa noite. Ou até mesmo uma noite de bons beijos. Significa que eu quero você, America.

Nossos olhos se esbarraram e permaneceram ali. Tentava assimilar ao máximo cada palavra que ele disse, ainda incrédula de que aquilo fosse real.

– Você realmente acha que eu posso fazer isso? – perguntei, quase em um sussurro

– O que? Comer tortas até o amanhecer? – falou, rindo feito um bobo.

– Não. Tudo isso. – Fiz um gesto ao redor do quarto – Ser uma p-princesa?

Maxon se aproximou e colocou suas mãos em minha cintura, me olhando firmemente. Corei e desviei o olhar, olhando para baixo.

– Você sabe o significado do seu nome?

Não entendendo aonde ele queria chegar com aquilo, apenas neguei com a cabeça. Afinal, o que meu nome tinha a ver com minha pergunta?!

Maxon apertou sua mão na minha bochecha, e inclinou minha cabeça para cima, me fazendo olhar para ele. Sua boca estava na formação do meu sorriso torto favorito. Seus olhos tinham um brilho divertido.

– America, quer dizer ‘líder indestrutível’, ‘a mais poderosa na batalha’. E não vejo descrição melhor para seu nome. Combina com a mulher que descobri em você. Uma que, talvez, você mesma não se permitiu encontrar ainda. Então, sim, America. Eu realmente acho que você pode fazer isso.

A confirmação dele, de que apesar de tudo, ele ainda me achava capaz só me fez ter mais certeza do quanto eu o amava. Eu, America Singer, amo Maxon Schreave. Levantei-me e joguei meus braços ao redor do seu pescoço e o beijei.

O beijo passou para algo mais intenso, voraz. Quentes e molhados beijos foram deixados pelo meu pescoço e sobre meus ombros. Seu toque deixava uma faísca de eletricidade sobre cada centímetro da minha pele.

A ponta dos seus dedos passeavam por toda a extensão do meu corpo. O seus olhos tinham um olhar predatório, e seu perfume estava em mim agora. Maxon apoiou as mãos na parede, entre meu rosto. Me observando, me deixando corada. Voltou para mais um beijo longo e apaixonado dessa vez.

– Um dia você será minha. E eu serei seu. – Anunciou. – Mas temos que ir agora. Ou guardas invadirão todos os cômodos do palácio a nossa procura.

Não pude evitar sorrir. Maxon me levou até o quarto e me deu um selinho antes de ir embora. Passei direto para o banheiro, me arrumar para dormir.

Já com minha camisola, me joguei na cama. Só então vi que tinha caído sobre algo.

Corri meus olhos pelo papel dourado envelhecido, admirando-o totalmente antes de o abrir. Meus olhos se encheram de lagrimas ao ver a caligrafia tão conhecida de May.

“ America,

Feliz aniversario! Estamos com muitas saudades. Queria que você estivesse aqui. Espero que o príncipe Maxon tenha pedido muitas tortas de morango para você. A filha de Kenna nasceu. Ela se chama Astra e é tão linda. Você vai amar!

Com amor, May.”

Uma foto da minha irmã com seu bebe estava anexada. Kenna estava radiante com Astra em seus braços, que como May disse, é linda. Não pude evitar as lagrimas que vieram. E de certa forma, eu não queria evita-las.

Eu venho suportando muitas coisas ultimamente. Um rei que me odeia, o estresse com as outras selecionadas, a saudade de casa. Não estou reclamando, eu sei que estou aqui porque eu quero, porque eu decidi ficar. Porque o Maxon é importante para mim.

Algumas batidas na porta me trouxeram de volta, e atravessei o quarto para abri-la.

–E ai, linda? – Aspen falou, como nos velhos tempos. – Feliz aniversario

– Obrigada – Disse ainda sem jeito.

Percebendo meu rosto inchado do choro, Aspen – Aconteceu alguma coisa?

– Esta tudo bem... Apenas saudade. – Dei o melhor sorriso que consegui. Ainda assim não foi o bastante para convence-lo.

– A filha de Kenna nasceu. – Contei, tentando quebrar o clima tenso.

– Mesmo?

– May me mandou uma carta, tem uma foto dela aqui.

Aspen me seguiu até a cama, aonde tinha deixado a fotografia. Conforme me sentei , ele se acomodou na ponta da cama. Estiquei o braço e lhe mostrei a foto. Aspen deu um belo sorriso.

– Essa vai ser das difíceis. – Soltou. Vendo que minha expressão confusa não passou ele prosseguiu: – Olhe aqui, ela parece com você. E se eu estiver certo, vai ser teimosa como a tia.

Não pude conter o riso. E aparentemente Aspen também não.

– Você lembra da volta da festa das gêmeas? Como você queria voltar por um caminho e eu totalmente fiz irmos por outro?

É uma das lembranças mais engraçadas que tenho com Aspen. Como morávamos perto, meus pais não viram problema algum em me deixar voltar com ele. E tudo estava perfeitamente bem. Até a hora que decidimos ir embora, e já estávamos indo pelo caminho habitual. Quando eu puxei ele pelo braço para ir na direção contraria. Ele me encarou com um olhar que eu decifrei como “ tem certeza?” e em resposta apenas o puxei um pouco mais, até que começa-se a me seguir só. Eu queria ir pelo caminho mais longo, porque é o caminho com a vista mais bonita da cidade. E eu não me importava de andar um pouco mais. Apenas queria desfrutar daquela vista com Aspen. Só não contava que iria começar a chover. Aspen lembrou disso por um bom tempo, dizendo que na próxima, ele escolheria o caminho.

– Oh, sim! – Disse ele – Meus pés me fizeram lembrar bem disso no dia seguinte.

E ali estávamos nós, relembrando coisas pequenas, coisas que apenas duas pessoas sabiam. Segredos que nós tornaram o que somos hoje. E, naquele momento, não podia imaginar forma melhor de acabar o meu aniversario. Apesar de estar completamente enganada.

– Meri, preciso perguntar algo. – sussurrou cuidadosamente.

Assenti para que continua-se.

–Eu sei o que fiz você passar. Sei que sou o responsável por estamos assim agora. Mas eu tenho um pouco de esperança que, talvez, eu e você, voltemos a ser nós. Eu não quero forçar as coisas, Meri. Eu só preciso saber. Você me ama?

Analisei seu rosto. Vi o quanto ele ansiava por uma resposta sincera. E eu devia aquilo a ele. Então juntei o que me restava de coragem.

– Confesso que quando você me deixou na casa da árvore, a dor era tão forte que pensei que não iria agüentar ficar sem você. E que quando te vi na praça e achei que você estava com Brenna Butler fez meu coração despedaçar. O que tivemos foi real, Aspen. O sentimento existiu. Não que não exista mais. Eu te amo. Mas algumas coisas ficam melhor na lembrança. Eu não espero que você entenda Aspen. Mas – Desviei o olhar, incapaz de encara-lo – Eu não sei se quero viver sem o Maxon. Me perdoe.

Um silencio incomodo se estabeleceu e eu levantei os olhos para vê-lo. Eu vi a tristeza em seus olhos e compartilhei desse sentimento. Aspen tomou minha mão e ficou fazendo pequenos círculos com seu polegar.

– Obrigado, Meri. – Ele me abraçou e depositou um beijo na minha testa– Por tudo.

O abracei firmemente de volta. – Eu nunca vou te esquecer, Aspen. – Sussurrei.

Segundos depois, o soltei lentamente. Aspen Virei-me para o encontra saindo, porém o que realmente achei foi Aspen parado a poucos metros de mim e o Maxon na porta nos encarando.


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Notas finais do capítulo

Ferrou! AUSHAUHSAUHSA Maxon descobriu de verdade essa vez :3
— Então, eu pretendo reler a seleção e a elite, antes de postar o proximo capitulo. Por motivos de que sinto que to fungindo um pouco dos personagens. Então não sei quando vou postar o proximo.
— Se achar algum erro, me avisem. Não deu tempo para reler o cap. :/
— O que achou do capitulo?
— Xingue, elogie, recomende, favorite. ( Aproveitem que ainda não fui para Howgarts aprender umas magias, para obriga-los a fazer isso.)
Até mais galeré. Essidois