The chosen one escrita por Astrix


Capítulo 12
Capitulo 12 - America, Aspen and Maxon.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro post do ano. Desculpem a demora



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Sentia o queimar da luz que incidia por uma fresta da janela em minha pele. Mas mesmo assim me negava a acordar. Flashbacks da noite anterior insistiam em vir. E eu os desejava. Queria mais. Mais normalidade, mais simplicidade, mais Maxon.

Tentava imaginar um pequeno Maxon e um rei bondoso. A rainha cozinhando. Uma família normal.

Não podia deixar de sentir um gostinho doce.

Ele me mostrou um pouco dele. Uma parte, que, acho que ninguém conhece. Pelo menos nenhuma das selecionadas. Ele confiou a mim isto. Tudo bem, não é como se fosse um dos maiores segredos. Mas para mim aquilo já era um começo.

Estava decidida a passar mais alguns minutos na cama mais logo ouvi a porta se abrir.

– Boa tarde senhorita! – Disse Lucy.

Instantaneamente me sentei na cama, rápido demais para assustar as garotas.

– Tarde?!

– Ah, sim senhorita – Anne disse, tirando as cortinas. A luz que antes entrava apenas um pouco, agora enchia o quarto – O príncipe Maxon pediu que não a acorda-se e disse para descansar também. Então deixamos. Mas imaginei que a senhorita gostaria de ir para o almoço.

Oh céus, dormir a manhã toda. Matarei Maxon por isso. Todos deve me achar uma preguiçosa e irresponsável agora.

– Obrigada Anne! – Sorri para Anne que estava apreensiva com minha reação.

Então rapidamente fui coberta com um vestido leve de alças e meu cabelo preso em uma trança. Sem demora tratei de ir para o almoço.

Cheguei junto com Celeste que não perdeu a oportunidade de jogar seu veneno.

– Olha só, a bela adormecida resolveu dar o ar da graça.

A encarei por um breve momento. A raiva que sinto de Celeste desafia as leis da natureza. O melhor a fazer era ignorá-la ou isso acabaria mal para mim. Dirigi-me para mesa e sentei ao lado de Elise.

Elise era a única que eu não tive nenhum problema até agora. Talvez pelo que Maxon disse sobre ela. Ou porque ela não é uma ameaça a mim.

A rainha, o rei e o Maxon chegaram e logo o almoço foi servido. Outra coisa que desafia as leis da natureza: a comida do palácio. Cada dia fica melhor.

Então a Rainha chamou nossa atenção: – Gostaria de fazer um brinde. A essas maravilhosas garotas que trabalharam duro para que o baile de Natal desse certo.

Todas adquirimos um sorriso de satisfação. E o minuto seguinte foi de tilintar de taças.

Todos já estavam se retirando, aproveitei para falar com Maxon.

– Schreave, se você não fosse um príncipe tão bem protegido eu te mataria agora.

– Não imagino porque minha querida.

– A rainha agora tem uma péssima imagem minha. Não devia ter dormido tanto.

Maxon apenas riu

– Na verdade, ela que sugeriu isso. Imaginou que você estaria cansada demais devido a todo trabalho que teve.

Bem, eu realmente estava. Meu corpo ainda doía um pouco.

–Eu até te contaria o que mais ela disse porém você , aparentemente, esta muito chateada então...

Então ele começou a se dirigir para a porta. Corri até sua frente para que ele não sai-se.

– Acho que você tem algo a me dizer alteza. – pude sentir o sorriso desafiador que se formou em meu rosto.

– Tenho?! – Maxon deu um passo a frente e envolveu-me em seus braços.Seu olhar profundo, que tinham o poder de me desnortear. - Ela disse que você a surpreendeu com a decoração. Lembrou dos Natais com a família dela antes da seleção. Ela amou America.

A felicidade não cabia em mim. Suspeito que até pularia se não tivesse tantas pessoas ali.

– Agora tenho que ir, reunião do conselho – Acrescentou com uma careta de sofrimento. Deu um beijo em minha bochecha, me deixando vermelha, e saiu.

Andei pelos corredores admirando cada pintura. Confesso que algumas ainda não tinha notado. Quando ouço o alarme dos rebeldes. Começo a andar apressadamente pelo corredor tentando chegar a algum abrigo, quando um braço envolve minha cintura e tudo escurece. Meu corpo fica muito pesado para se sustentar e sinto que estou caindo.

De repente estava em um tipo de cabana feita de madeira ,dentro de um circulo de rebeldes. O ar pesado e o cheiro de sal e suor . Os rebeldes me jogavam como um objeto, de uma para o outro. Não conseguia ver seus rostos. Apenas ouvia suas vozes nojentas.

– Ora o que nos temos aqui. – Dizia um.

–Mais que rostinho lindo você tem, docinho. – Outra voz do fundo.

– Chegou bem na hora, vamos brincar?! – E mais outro.

– Saiam daqui! Não me toquem. – Gritei

– Que isso docinho, não se revolte. – Algum deles sussurrou em meu ouvido – Ou as coisas podem piorar por aqui.

Risos e mais risos vindo deles. Lutava para não chorar, me negava a isso. Eles já me tem, não darei o gosto de terem meu choro. Um deles rasgou a alça do meu vestido, puxando da forma como Celeste tinha feito. Outro me deu um beijo na clavícula e cuspi em seu rosto.

– Sua nojentinha. Quer tratamento real? Então é isso que terá. – Levantou sua mão, pronto para me bater.

Gritei. Como se tivesse alguém para ouvir e me ajudar.Então uma voz começou a chamar meu nome. Uma voz que eu conhecia muito bem.

– America, vamos lá. – Dizia.

Olhava para todos os lados, mais não via da onde surgiu. Sinto meu corpo sacudindo e no minuto seguinte abro os olhos.

– Graças aos céus. – Falou Aspen – Você não parava de gritar e não acordava Meri, eu não sabia o que fazer...

Não deixei que continuasse, abracei Aspen. Enquanto minhas lagrimas despencavam, o abraçava cada vem mais forte.

– Aspe... Eu estav... E-eu ... – Não conseguia formular uma frase.

– Calma Meri, calma... – Sussurrou – Estou aqui com você. Estou aqui por você.

Estava em um dos abrigos. Aspen estava ali comigo. Nada de rebeldes ali. Minha mente me traiu.

Arrastei meu corpo e sentei apoiada na parede, Aspen sentou na minha frente. Então, logo quando me acalmei mais, expliquei para Aspen sobre os rebeldes. Descrevi cada coisinha que lembrei. Não percebi quando minhas lagrimas começaram a cair novamente. Aspen se aproximou e me envolveu em um abraço.

– Esta tudo bem agora meu bem, foi apenas uma alucinação. Tudo vai ficar bem.

E eu acreditava em suas palavras. Mesmo depois de tudo, Aspen ainda me passa segurança. Sempre sendo o porto seguro que preciso.

Ele inclinou o rosto mais próximo ao meu, seus olhos focando no meu

queixo, lábios e nariz. Nossos rostos, agora tão próximos que não seria capaz destingir nossa respiração.

Então eu o fitei nos olhos e depois olhei para seus lábios. Aqueles que eu conhecia bem. E por um minuto eu quase me entreguei a isso. Eu quase o beijei.

– Desculpe, eu não posso fazer isso... Não desse jeito. – Admiti.

– Que jeito então Meri?! Porque você me evita sempre que possível e ...

Interrompi antes que termina-se. – Não aqui Aspen. Não vou ficar nesse jogo de beijar você e depois beijar Maxon. Se for para ficar com você tem que ser da forma certa.

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa a porta do abrigo foi aberta.

– America?! – Indagou Maxon


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Notas finais do capítulo

Faça dessa reles escritora alguém feliz. Deixe um comentário. Até mais seus lindos e lindas