The chosen one escrita por Astrix


Capítulo 10
Capitulo 10 - Snow flake : Part I


Notas iniciais do capítulo

Heey... Desculpem a demora.



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“ – Vamos America, acorda! – May pulava freneticamente em minha cama. – Mamãe disse que só posso ir lá fora com você.

–May... – Cobri mais minha cabeça com o cobertor, pra ela entender que queria dormir.

Estava tão cansada. Passei a noite e boa parte da madrugada tocando em uma festa, tentando conseguir dinheiro. Estávamos com pouco dinheiro, mal dava para a alimentação. E ainda tinha as contas.

Dezembro sempre foi a época do ano favorita de May. E por ver-la sorrindo leve e solta, tornou-se minha também.

Abri apenas um pouco meus olhos, para ver May.

– Olha America, ta nevando! Por favor – Disse com olhos suplicantes.

Não tinha quem resistisse a um pedido feito por May.

–Ta bem... Me dá apenas cinco minutos para me vestir e já saio com você.

Uma May saltitante saiu pela casa. Gritava para avisar ao Gerad que eu iria. Vesti uma calça e uma blusa e peguei o casaco verde de lã, que ganhei em um natal da minha mãe. Antes de sair abracei meu pai que retribuiu com um beijo em minha bochecha e um sorriso. Depois fui arrastada para fora por uma May ansiosa. Mal abri a porta e meus irmãos saíram correndo neve afora. Todas as casas estavam cobertas por neve.

Varias outras crianças brincavam na neve também. Foquei-me em ver May e Gerad construindo um boneco de neve. As pequenas mãos de Gerad deixavam mais neve pelo caminho do que no boneco. May se esforçava para terminar logo. De repente, meu rosto congela. Alguém atirou uma bola de neve em mim. Quando estava pronta para xingar quem tinha feito isso, Aspen surge ao meu lado com uma outra bola de neve formada nas mãos.

– Espero que não esteja planejando jogar isso em mim.

– Eu? Nem em sonho Meri.

–Ótimo, porque eu vou. – E jogo a bola que se espatifa no seu rosto.

– Você me paga, Singer. – Disse um Aspen ofegante, que tentava me alcançar - Vem cá.

Era ótimo “brincar” assim com Aspen. Pouco interagíamos assim em publico. Não sei o que minha mãe faria se descobri-se sobre nós. Acho que meu pai aceitaria; mas minha mãe, duvido muito.

– Oh Deus! Trégua, eu me rendo! – Disse, me jogando na neve, já não agüentava mais correr.

– É fácil se render quando já perdeu – Aspen disse em meio a suas gargalhadas.

Ele se senta ao meu lado. A neve fria poderia facilmente congelar nossos corpos, mas naquela manha ela era nossa cúmplice. Para todos os efeitos, eu e Aspen apenas estávamos a aproveitando.

– Casa da arvore hoje? – pergunto esperançosa

– No mesmo horário de sempre – Ele pisca discretamente para mim.

Repentinamente May surge correndo e me puxa para ver o boneco de neve que ela fez, deixando Aspen pra atrás. Apesar de torto, o boneco ficou até fofo. Uma criança aponta pro céu e começa a gritar. Olho, procurando o que o fez ter essa reação. Logo descubro: flocos de neve.

Milhares de flocos de neve despencavam do céu. May começou a correr, tentando alcançar todos, que ao entrarem em contato com sua mão derretiam. Aqueles flocos de neve animaram aquele Natal...”

Ao lembrar desse dia sabia exatamente que decoração usar hoje. Anne, Lucy e Mary chegaram um pouco antes do nascer do sol, como eu havia pedido. Como o meu tema iria requerer muito trabalho manual, precisava de muito tempo. Ela me vestiram e depois contei sobre o que queria fazer. Contei sobre o dia da neve, tendo o cuidado de não contar as partes com Aspen.

– Bom, é isso. O dia esta frio desde ontem e não consegui pensar em nada melhor. Quero algo elegante e sofisticado, mas ao mesmo tempo acolhedor.

– É uma ótima idéia, senhorita America. Simples e sofisticado. – Mary disse em seu tom mais doce.

– Vamos começar então. Lucy, passe no atelier e pegue tecidos. Mary, pegue todo tipo de brilho que você conseguir. America, vem comigo. Vamos tentar arrumar alguns pisca-pisca. Nós encontramos novamente aqui em 20 minutos, ok?

Todas concordamos e saímos.

Eu e Anne caminhamos até chegar em um lugar meio empoeirado. Anne disse que era o deposito de coisas que eles não usam mais ou que não usam com frequência. Com um pouco de dificuldade tiramos uma das caixas e voltamos para o quarto.

Pouco depois todas nós estávamos no meu quarto. Fiz o primeiro molde do floco de neve, para que elas entendem-se. Passamos horas a fio picotando papel e tecido. Só paramos para as refeições, que foram feitas no meu quarto mesmo.

A tarde, deixei elas no quarto e fui a cozinha, pedir para que fizessem biscoitos natalinos. Eram os favoritos de Gerad e seriam ótimos para colocar na mesa. Voltei pro quarto assim que o cozinheiro aceito minha idéia. Ele tinha uma cara meio carrancuda, mas acabou sendo gentil.

Estavamos tão concentradas, que não vimos o passar das horas. Por sorte um dos criados do castelo veio nos avisar que estava quase na hora do jantar.

– E agora Anne?! Não vai dar tempo de ajeitar tudo agora. – Falei com as mãos entre a cabeça.

–Calma senhorita, America. – Anne tentava me tranqüilizar.

Quis gritar, dizer que não tinha como ficar calma. Mas não o fiz. Nada disso ajudaria naquele momento. Tínhamos um pouco mais que uma hora e todo um salão para decorar. Era isso. Acabou tudo.

Lucy levantou a mão timidamente e Anne balançou a cabeça para que ela prosseguisse.

– Estava pensando... O castelo é enorme; O que requer muita gente para trabalhar nele, certo? – Assentimos, tentando acompanhar a linha de raciocino dela – Então, podíamos pedir ajuda de alguns. Em troca os ajudaríamos nos seus trabalhos depois.

Saltei do meu lugar e abracei Lucy quase a sufocando. Ela tinha me salvado do fracasso total, o que naquela altura do campeonato, me mandaria para casa. Apressadamente, eu e Lucy fomos para o salão principal com todos os materiais, enquanto Anne e Mary saíram a procura de ajuda.

Fiquei maravilhada quando varias pessoas entram no salão. Não uma ou duas, mais no mínimo umas cem. Anne percebeu a minha expressão e sussurrou em meu ouvido:

– Vamos dizer que você é popular por aqui.

O sorriso quase que não cabia no rosto. Aquelas pessoas gostavam de mim. E estavam dispostas a me ajudar. Aquilo me deu o gás que precisava para aquela noite. Não esperei nem mais um segundo e expliquei para todos o que queria. Minutos depois era um entra e sai de mesas arranjos e etc.

As minhas criadas me chamaram, dizendo que era hora de me arrumar. Antes de sair, pedi a um guarda que ficasse na porta, garantindo que ninguém que não devia de entrar antes da hora.

O toque da água contra o meu corpo fez com que meu corpo relaxasse. Eu estava esgotada. Passei merecidos minutos ali, até que ouço um toque na porta que anunciava que precisava ir. Sai relutante da banheira e me enrolei em uma toalha. As minhas criadas esperavam para me preparar. Todas já estavam prontas, com roupas simples de festas. Estavam lindas. Meu vestido estava sobre a cama. Elas me ajudaram a vestir. Momentos depois estava descendo junto com Anne, Lucy e Mary e o vestido de veludo, que Lucy desenhou para mim.

O Salão estava melhor do que eu imaginei. A decoração mesclada entre dourado e branco, estava todo decorado com os flocos de neve que fizemos, um aroma doce tomava conta do local. Logo o salão se encheu. Muitos dos criados estavam ali. Bem que a Lucy disse, eles podiam participar. Maxon adentrou a sala e nossos olhares se cruzaram, ficando por ali algum tempo. Até que Celeste o puxa para uma dança. Apesar de enojada, contive minha emoção. E fui andar pelo salão.

Estava bebericando um suco quando uma voz firme soa atrás de mim

– Senhorita America, me daria a honra dessa dança? – Disse Aspen entre uma reverencia.


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Notas finais do capítulo

Superfan obrigada pela recomendação. Acredite ou não foi o unico presente de Natal que ganhei. E sempre volto pra ver se é real ou não! rsrs
Julguem vocês se é digno de comentarios ou não.
Sugestões? Dicas? Xingamentos?
Até mais.