Coincidências do amor escrita por Laah Felix


Capítulo 4
Festa das sementinhas


Notas iniciais do capítulo

Heey, como vocês estão? Como foi de Natal e Ano Novo? Feliz Ano novo atrasado para todas e espero que esse ano seja o melhor de nossas vidas.
Boa Leitura, nos vemos lá embaixo.
Beijos =*



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Sexta-Feira, 21 de Dezembro de 2006, 19h22min

Tinha acabado de chegar ao bar do Rob, na porta o Ric estava se agarrando com uma morena com um vestido vermelho curtíssimo e uma silhueta pelo visto escultural, ele a estava engolindo, esperei uns cinco minutos para que ele tivesse que tomar fôlego, ele a afastou e deu um sorriso sacana pra mim, falou alguma coisa no ouvido da mulher que corou, aquela mulher não era o tipo que corava, deve ter sido algo sujo, ela lhe deu as costas aos risinhos e ele deu um tapinha na bunda dela e se aproximou com os lábios inchados.

– Quem era? - Perguntei com a sobrancelha arqueada

– Não sei, não perguntei o nome, conheci há 20 minutos. - Deu um sorriso galanteador

– Seu relacionamento mais longo.. - Ironizei

– Cala boca! - Revirou os olhos - Vamos, quero beber.

O segui para dentro, o bar estava meio lotado, mas habitável, encontramos um lugarzinho no meio do balcão de pedimos dois uísques duplos com gelo.

– Vai na festa da Elena? - Me perguntou

– Droga! - Praguejei - Esqueci. - Olhei no celular e vi que nem eram oito horas ainda - É cedo, pretendo chegar lá só depois das onze. - Disse de mau humor.

– Fala logo, que você está mais do que apaixonado pela Elena, e odeia a idéia que ela vai engravidar de outro. - Deu um sorriso zombeteiro.

– Vai se fuder! - Xinguei baixinho

– Olha a boca, moçoila.

– Quantas vezes eu tenho que dizer que eu não sinto nada por ela!

– Para de mentir pra você mesmo, eu vejo o jeito que você olha ela, você muda o seu jeito quando ela está perto de você, seus olhos brilham velho.. - Não deixei ele continuar a boloiagem.

– Olha quem fala, o homem que o maior relacionamento foi de vinte minutos com uma garota na porta do bar que você nem sabe o nome. - Revirei os olhos

–Mas sou bem mais velho que você. - Deu um meio sorrisinho

– Só quatro anos.

– Ainda é quatro anos. - Ele se virou para o barman - August, traz a garrafa que a princesa aqui vai precisar.

– Você quer levar um soco? - Trinquei os dentes - Caralho, não sei porque estou tão nervoso - Sussurrei

– Eu sei...

– Tá, você tá certo! É essa idéia maldita da Elena de querer um filho de um estranho, Argw! - Aquilo estava me dando nos nervos. - ISSO É IRRESPONSABILIDADE. - Gritei entre dentes.

– Então dá suas próprias sementinhas! - Deu de ombros com a sugestão - E ainda digo mais, do modo natural é melhor. - Sorriu travesso.

– Não seja ridículo! - Revirei os olhos

– Só dei uma alternativa! - Deu um sorriso sacana.

Não olhei pra ele e coloquei mais uma dose no meu copo. Continuamos falando besteira, em menos de duas horas estava totalmente bêbado, senti meu telefone tocando e o peguei no bolso.

– 'Alou'? - Atendi com a voz débil

– ONDE DIABOS VOCÊ ESTÁ, SEU IMPRESTÁVEL? - A voz do além me perguntou

– Q-quem é? - Perguntei com a voz débil

– Por Deus, Damon.. Você está bêbado?

– Eeu? Nãoo - Estava com sono - Q-quem é?

– SE VOCÊ NÃO ESTIVER AQUI NA ELENA EM 20 MINUTOS, VOCÊ IRÁ VIRAR UM EUNUCOOOO! - E desligaram

Levantei e peguei a jaqueta, olhei para o Ric que estava desmaiado abraçado em uma garrafa vazia de uísque Irlandês.

– Faço o que com ele? - August me preguntou

– Sabe o endereço dele? - Perguntei, e ele assentiu - Enfia ele no táxi - Peguei 200 dólares e entreguei pra ele e peguei a carteira do meu amigo e dei mais 40 para o táxi - Boa Noite, August.

Saí do bar e peguei o primeiro táxi, acabei desmaiando no carro, acordei com os gritos do motorista, paguei o homem, o apartamento da Lena estava abarrotado de gente, ou eu que estava vendo dobrado, o que é o provável.

O lugar estava repleto de óvulos e espermatozoides, literalmente, essa era a decoração, eram de todas a cores e tamanhos, tinha um bolo que representava o encontro de um óvulo e de espermatozoide.

Sentei em um canto e peguei uma garrafa de Bourbon. Vi um vulto loiro se aproximando.

– Onde você estava? - Perguntou entre dentes, tremi dos pés a cabeça, minha irmã dava medo.

– No bar - Sorri de lado

– Eu te odeio! - Me olhou atravessando

– Também te amo! - Sorri

Ela saiu perto de mim batendo os pés com raiva, olhei pro lado e peguei o copo e coloquei um pouco de uísque. Alguém passou com uma torrada com algum creme verde, provei e vi que era de cebola, Jesus eu odeio cebola, coloquei de lado com a cara de nojo.

– Não gosta de cebola? - Alguém acima de mim perguntou

– Odeio. - Respondi num sussurro

– Eu já adoro. - Comentou alegre - Olha minha indelicadeza, Stefan Pierce, o doador. - Sorriu amarelo

– Ahh... Damon Salvatore, o melhor amigo. - Levantei e dei a mão em um cumprimento.

– Festa interessante - Sorriu sem graça - Elena tem uma grande imaginação.

– Na verdade a idéia foi da minha irmã. - Dei de ombros - Ela é peculiar - Ele riu sem jeito - Hmm.. Porquê você tá fazendo isso? - Perguntei

– Por ela.. - Ele sorriu com um olhar apaixonado, olhei na direção do olhar dele e vi uma morena linda, bebendo em um canto e impressionantemente parecida com a Elena, só que mais magrinha e mais baixa, outra diferença era o cabelo, mais cheio e cacheado. - Katherine, o amor da minha vida, linda não?

– Sim. - Disse com um sorriso amarelo

– Kath é o amor da minha vida, sou nada sem ela, precisamos do dinheiro, sou professor e não é nada fácil sustentar nós dois, ela não pode trabalhar, está cuidando da mãe doente. - Sorriu triste.

– Entendi, os homens fazem coisas estranhas por amor. - Dei de ombros

– Pois é. - Riu sem humor - Pelo menos estou ajudando a Elena, ela é muito forte e decidida, nem toda mulher teria a coragem dela, não esperar por um homem, altamente inteligente.

– Ela é o simbolo da inteligência. - Comentei irônico, ouvi passos e vi a Bonnie correndo na direção e nós dois, eu adorava a Bonnie, menos quando ela estava bêbada, eu estou bêbado, e quando estou nessa situação, fico mais quieto e irônico, ela fica maluca, histérica, e fazia coisas que nunca faria em condições normais, ela era a melhor amiga da Lena e da Car.

– Heeey, ai está o nosso Viking procriador. - Gritou e todo mundo gritou junto, ela colocou um chapéu com uns chifres e o puxou para a festa.

Bebi mais um pouco e ouvi um barulho no corredor, me aproximei e ouvi um fungar, entrei no quarto da Elena e a vi sentada no peitoral da janela, com um olhar tristonho.

– O que foi? - Perguntei me aproximando cauteloso.

– Tudo isso, essa festa, não me acha ridícula? - Perguntou, mas nem esperou a resposta e continuou - Quando a Car me contou idéia, eu achei perfeito, estava totalmente animada com idéia de ser mãe, mas agora eu estou apavorada com tudo. - Comentou, seus olhos estavam negros de tristeza.

– Eii.. Mesmo que você tentasse, não ia conseguir ser ridícula, não foi uma má idéia só foi... Hmm.. Incomum, você pode está apavorada agora, mas eu sei que você vai ser a melhor mãe do mundo, e qualquer criança que nasça de você vai ser mais do que sortuda. - Fiz carinho nos cabelos dela, Elena que tinha começado a chorar, fechou os olhos devagar sentindo o meu toque, ela ronronou baixinho e algo em mim acendeu de um jeito estranho, decidi ignorar aquilo.

– M-mas você disse que era uma idéia terrível. - Olhou confusa

– A idéia é terrível, mas o fato de você ser mãe não, eu posso ver que você seria a melhor mãe do mundo, tá no seu jeito protetor de ser. - Sorri com humor.

– Não sei o que faria sem você. - Sorriu se jogando nos meus braços - Você devia tomar um banho, tá fedendo a Bourbon e piedade - Sorriu se levantando - Melhor eu ir, a anfitriã não pode se esconder no quarto enquanto a própria festa de fertilidade acontece lá fora. - Sorriu com humor, pegou uma grinalda feita de flores e fitas amarelas e roxas e colocou no topo da cabeça, olhei ela com o vestido longo com as mesmas cores da grinalda e fiquei excitado, cruzei as pernas para disfarçar, devo tá bêbado como um porco - Como estou? - Perguntou fazendo pose.

– Linda - Disse sincero.

Ela sorriu e saiu do quarto, esperei um pouco até acalmar as coisas lá em baixo, saí do quarto e vi a Elena com as amigas dançando. Caroline pegou o microfone e começou a discursar.

– Quem diria que eu seria tia? - Perguntou olhando mal criada pra mim - Graças a minha melhor amiga eu vou ter um herdeiro para paparicar - Sorriu bêbada - Agoraaaa... Antes de tudo precisamos do nosso doador, venha cá Tefinho - Sorriu animada correndo e pulando tudo que separava ela do cara e da esposa dele. - VAI LÁ, TÁ TUDO PRONTOOO!! ARRASA! - Gritou e ele sem jeito sumiu no corredor.

{...}

Já passava das duas da manhã, virei e vi a Elena dançando como se não tivesse amanhã, eu sabia que daqui a pouco todo mundo ia ser expulso do apartamento e ela ia se auto inseminar, pelo que ela tinha me explicado não precisava de médico - apesar do doutor dela estava na festa fumando maconha, medicina natural, segundo ele - só precisava dos instrumentos limpos e esterilizados, ela percebeu que eu estava olhando pra ela e me convidou pra dançar de longe, eu recusei rindo, estava com vontade de mijar.

Bati no banheiro do corredor e ouvi alguém ofegante lá dentro.

– Caí fora mané! - Ouvi a voz entre dentes.

Bufei e fui até o banheiro do quarto da Elena, entrei cambaleando, passei água no rosto e fiz xixi.

Abri o armário de remédios e vi o potinho com as "sementinhas" do Stefan, sorri diabolicamente, algo dentro de mim só dizia " Pega, Pega, Pega". Olhei pro potinho, olhei pra pia, olhei pro potinho, olhei pra pia. Sorri e peguei o pote na estufa e abri a torneira, fiquei brincando de aviãozinho, um vai e vem, sorria como uma criança, então fui pego no pulo, alguém bateu na porta e eu pulei de susto, então a desgraça aconteceu - Não que eu me importe muito - E tudo caiu na pia, olhei pra aquilo e suspirei, então a voz do Ric veio a minha cabeça "- Então dá suas próprias sementinhas!".

Sentei na privada e desabotoei a calça e olhei para o cesto de revista. Por Deus, só tinha revista de tricô, então vi a revista de fofoca com a foto da atriz Meredith Fells, que fazia uma médica em uma série que passava em um hospital qualquer, ela estava meio deitada em um sofá vestida de cirurgião, sorri, era ela mesmo, baixei as calças e a cueca e comecei o trabalho.

{...}

MEREDITH FELL

VIKING PROCRIADOR

SEMENTINHAS

Essas palavras giravam na minha cabeça quando acordei no sofá do Klaus.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Agora a história começa de verdade.
A postagem das fics será assim: A Seleção, Coincidências do Amor, Comings and gong of love e Positive, não terá dia da semana certo, só vou seguir essa ordem e vou TENTAR fazer algo semanal.
Beijos até o próximo capítulo.



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