The Difference That Complete escrita por Fernanda e Kayla Mellark


Capítulo 3
And that's the way it stays


Notas iniciais do capítulo

boa noite gente bonitaaaaaa
perdão pela demora, mas é que decidi esperar mais para ver se mais reviews aparecessem, tenho 34 leitores!!! estou super feliz que estejam gostando!!
algumas pessoas querem saber onde esta a kat e quando vai começar a rola peeniss, então é o seguinte: tudo a seu tempo, eu já preparei o encontro deles, vai rola peeniss, obviamente, mas acho que é muito cedo para um romance, então tenham um pouco mais de paciência, logo logo o começo do romance vai surgindo...
eu adorei escrever esse cap então espero que vocês gostem também!!
boa leitura a todos (:



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– Agora repitam comigo... - ela levantou o dedinho como aquele costume de gente "antiga" querendo passar a imagem de classe e educação - "Je l'apprécie vraiment"

A classe repetia cada frase em francês com tanto tédio que me perguntei se a professora estava fazendo isso porque não tinha mais nada de conteúdo para passar pra nós ou se só estava querendo nos enrolar nesses 5 minutos que restavam de aula.

Assim que o sinal bateu não me surpreendi que a professora tenha desistido de passar o dever de casa, porque em menos dez segundos a sala já se encontrava vazia.

Minha próxima aula era dobradinha de matemática e desejei que a morte estivesse atrás de mim, com direito a foice e capuz preto, porque depois de uma aula repetindo as "boas maneiras" em francês nunca desejaria tanto uma aula de artes (no qual odeio, mas naquele caso cairia muito bem).

O professor era um senhor de meia idade, com os cabelos brancos começando a nascer dos lados na cabeça, blusa xadrez e calça social bege. Ele explicou pré-cálculo de uma maneira compreensível até que desse o sinal para o almoço.

Minhas duas últimas aulas do dia seriam educação física. Almocei o pouco que meu estômago aceitou daquela gororoba sólida e segui para o campo. Ao lado do campo havia uma pista de corrida que dava a volta no campo inteiro.

Como era de se esperar, o treinador era nosso professor. Ele nos mandou dar voltas para ver "até onde nosso fôlego vai" não precisei me dar o trabalho de pensar que era porque ele não queria gastar sua voz com adolescentes em uma plena sexta-feira de sol.

Havia uma quantidade razoavelmente grande lá. Eu diria que mais da metade dos alunos do terceiro ano. Comecei a correr primeiro que todos, fazendo o resto da turma continuar também. Iniciei meu percurso devagar.

– Parabéns Mellark, tem habilidades nos esportes também, ou isso é porque está com raiva e quer descontar na pista? - Prim brotou do meu lado me acompanhando.

– Eu diria que só preciso manter a forma. - respondi - E você? Ta precisando perder uns quilinhos em...

– Ai eu sei! - ela disse irônica pegando na própria barriga apertando o nada. Porque a última coisa que ela tinha era uma "barriguinha" a mais.

Prim era muito gostosa. Isso eu não negaria por nada, e se não tivesse desenvolvido um forte sentimento de amizade por ela, a probabilidade de tentar ficar com ela seria grande.

– Agora é sério vai se fuder. - ela socou meu braço descoberto pela camisa, fingi dor - Cerca de 60% da população feminina dessa escola ou é líder de torcida ou tenta ser uma, e pra ser uma cheerleader, tem que estar em forma...

– E... - fiz um gesto com a mão para ela continuar.

– E... Se você ver uma dessas meninas e disser que ela precisa perder uns "quilinhos"– ela fez aspas com as mãos - A probabilidade de você levar um chute no saco é de 100%.

– Vou anotar isso no bloco de notas do meu celular. - respondi e continuamos a correr juntos.

Quando me dei conta, já havíamos dado pelo menos umas cinco voltas sem parar. Prim foi puxando assuntos aleatórios quando o treinador nos deus dez minutos de descanso. Ele colocou ao lado da arquibancada uma caixa térmica com garrafas de água. Esperamos aquela muvuca de gente suada sair de cima da caixa para pegarmos duas garrafas que aquela altura, sua temperatura já estaria sendo tomada pelo calor.

– Sabe, eu não me surpreenderia se o treinador chegar e querer você no time. - disse ela após um longo gole de água.

– Porque acha isso? - perguntei.

– Você é grande e forte, além do mais é um bom corredor. - ela deu mais um gole na água - Ele vai querer você no time.

– Mas e se eu não quiser estar no time? - e eu realmente não quero.

– Ele vai fazer você querer. - respondeu fechando sua garrafa já quase vazia - Conheço aquele cara, ele quer e precisa de um time cinco estrelas, digamos que gosta do salário de treinador. - ela me encarou - Sem time, sem jogos, sem grana.

– Você conhece bem o pessoal daqui né? - disse puxando seu rabo de cavalo. Ela riu e me deu um tapa no braço.

– Aqui cada um sabe de todo mundo, sabe tem sempre uma coisa marcante que se você disser, uma determinada pessoa vem na hora na sua cabeça, é engraçado. - fomos caminhando enquanto ela explicava - Mas é mais legal ainda saber o que os outros acham dos outros.

– E o que você sabe dos outros? - perguntei.

– Sei o que a grande maioria das pessoas também sabe, olha em volta - ela ergueu os braços como se estivesse querendo abraçar a vista - estamos no meio do nada, isso aqui é como se fosse uma cidade pequena isolada do resto do país, e em cidades pequenas, cada um sabe da vida do outro.

Parei para pensar na pequena associação da nossa escola com uma cidade pequena e isolada. "É isso" pensei. Estamos vivendo numa democracia interna, ou pelo menos tentamos. Temos um líder, e uma população. Uma população dividida em classes, e nós todos sabemos quais são essas classes. Muitas pessoas querem subir de classe. Eu sei qual é minha classe, mas não faço questão de sair dela.

– É, talvez você esteja certa. - e eu sabia que estava.

– Você sabe que estou. - ela respondeu.

Caminhamos juntos para a pista novamente iniciando mais uma sequência de corrida.

~*~

Sai do vestiário dos homens mais traumatizado do que quando aos meus 10 anos peguei meu pai comendo a vizinha velha da frente da nossa casa. Desde aquele dia desejei ser o último "sexo de velhos" que eu veria na vida. Mas depois de ver que os garotos do meu colégio discutem o tamanho do órgão genital masculino deles, conclui que deveria começar tomar banho no vestiário feminino.

Mal fechei a porta do vestiário e uma Prim de cabelos molhados brotou na minha frente.

– Estou começando a achar que ou você é louca para me beijar, ou só gosta de aparecer nas saídas dos vestiários masculinos.

– Vou tentar disfarçar mais da próxima vez. - ela passou as mãos nos cabelos loiros molhados. - Mas não, só com te convidar pra dar um passeio comigo e um amigo, logo depois da floresta a noite.

– Quer minha companhia ou só quer alguém que te leve até lá? - ela me olhou e riu

– Um pouco dos dois, como hoje é sexta-feira a grande maioria dos alunos vai pra casa então podemos sair sem preocupação, os monitores não são tanta atenção a quem fica aqui. - explicou - Tresh conseguiu uma garrafa de whisky então podemos dividir.

– Por mim tudo bem. - depois de quase dois anos e meio preso num reformatório eu acho que tinha mais do que qualquer um, direito de me divertir um pouco.

– Passe no meu dormitório as 7, teremos que caminhar por uns quinze minutos pela mata e quero chegar cedo porque quero dormir por três dias seguidos. - ela respondeu.

– Beleza. - foi tudo o que eu disse antes de seguir para o prédios dos dormitórios.

~*~

Passei o resto da tarde ouvindo música e dormindo. Meus músculos doíam devido a corrida, mas nada que eu não pudesse aguentar.

Eram seis horas quando fui tomar banho. Só então reparei em como encorpei desde que entrei no reformatório. Lá é como uma prisão, quando não estamos brigando, estamos fazendo musculação. Agradeci mentalmente por ter trazido dois pesos para exercitar o braço. Terminei meu banho procurei uma roupa qualquer na gaveta e esperei dar a hora.

Sai do meu quarto era dez para a sete, e segui para o andar onde ficava o quarto de Prim. A porta estava entreaberta então imaginei que não teria problema em eu entrar sem bater.

Ela estava sentada na cama digitando alguma coisa no celular. Assim que terminou me cumprimentou bagunçando meus cabelos e seguiu para o banheiro ajeitando os cabelos loiros. Não pude evitar olhar para seu decote realçando muito bem seus seios.

– Guarde seu olhar para outros seios Mellark. - ela saiu do banheiro e veio na minha frente - Aqui o que não falta é menina querendo mostrar isso, agora vamos. - ela deu um tapinha no meu peito e seguimos a caminho da floresta.

~*~

– Você me paga menina! - resmunguei quando tropecei pela milésima vez num galho camuflado no escuro da noite.

– Você que quis vir, eu só fiz o convite. - ela se agarrou num tronco tentando evitar cair.

– Não tinha um caminho mais fácil não? - perguntei. Forcei ao máximo meus olhos tentar enxergar por onde eu colocava meus pés. Inútil.

– Pra falar a verdade, tinha. - ela parou e se virou para traz. - Mas é quase uma hora de caminhada e fica perto da casa do zelador, se ele nos visse, bom já sabe.

– Que seja. - coloquei fim numa conversa que não iria ajudar em nada.

Seguimos por mais dez minutos até finalmente chegarmos a um gramado. Havia um lago e só uma árvore. Havia também um garoto sentado e encostado nela.

– Até que enfim. - disse ele se levantando e dando um tapinha no ombro de Prim. - Achei que tinham sido pegos.

– Estava escuro demais, não sabíamos aonde estavam pisando. - Tresh deu de ombros e se virou para mim.

– E ai Peeta. - ele me cumprimentou como se fossemos amigos de longa data. Retribui o cumprimento.

– Vamos beber! - disse Prim.

Sentamos no gramado e Tresh abriu a garrafa de whisky e logo em seguida distribuiu-a em em cada copo.

– Ei Prim adivinha quem eu encontrei no bar hoje... - ele continuou servindo cada um de nós e Prim respondeu um "não sei" - O Hawthorne.– ele deu risada

– Seu idiota! - ela jogou a tampinha da garrafa na cara de Tresh o que o fez rir mais ainda e me perguntei do que eles estariam falando. Tresh logo pareceu entender isso e respondeu minha dúvida.

– Antes que pergunte, é o paquera dela - Tresh continuou rindo enquanto bebia e Prim ameaçando-o jogar no lago. Ri e fiz questão de provocar ela, fazendo mais perguntas sobre o garoto fazendo ela agora ameaçar nós dois.

~*~

Nosso resto de noite se resumiu em risos, tapas e Hawthorne. Bebemos a garrafa inteira de whisky mas nenhum de nós conseguiu ficar bêbado demais para voltar para os dormitórios apoiado em alguém.

Me despedi dos dois com um aceno para Tresh e uma puxada leve de cabelo para Prim, ouvi a mesma dizer o quanto nós gostávamos do cabelo dela e subi para o meu quarto, não me dei o trabalho de trocar de roupa, simplesmente tirei a blusa e cai na cama me afogando em meu próprio sono.


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Notas finais do capítulo

bom é isso, espero que tenham gostado!!
como eu disse la em cima, tenho 34 leitores e gostaria muito que eles aparecessem e deixassem um comentário para me deixar feliz
eu não tive tempo de responder, mas li todos com carinho!!
deixem reviews e quem sabe uma recomendação? uahsuasha
beijos lindos e lindas