'O Sole Mio escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que talvez vocês não deem bola pela minha original atual, eu sei que fui um desastre completo com todas as minhas histórias atuais, mas não é culpa minha eu ter nascido no século errado, bem errado sabe, 200 anos de desvio. Porém essa história passou pelo selo de qualidade Vi e olha que ela não é fã dos romances e desse ela gostou! Eu espero que vocês gostem deles como eu gosto!
Revisado!



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"Che bella cosa na giornata'e'sole

N'aria serena doppo na tempesta

Pe'll'aria fresca pare gia' na festa

Che bella cosa na giornata'e sole.

Ma n'atu sole cchiu' bello, oi ne''

O sole mio sta nfronte a te!'

O sole o sole mio

Sta nfronte a te... Sta nfronte a te."*

– 'O Sole Mio - Il Volo.

"Duvida da luz dos astros,

De que o sol tenha calor,

Duvida até da verdade,

Mas confia em meu amor."

– William Shakespeare.

O aeroporto estava completamente cheio com o trânsito de engravatados quando Emma entrava trajando algo que nunca pensou que fosse chamar atenção, até seu cardigã tricolor tinha definitivamente mais cores que o traje completo da maioria ali, talvez até seu ânimo fosse maior que a maioria daquele lugar, ninguém parecia ter calma ou interesse o suficiente para admirar a arquitetura do aeroporto Hearthrow.

A verdade e que Emma estava muito animada, de uma forma estranha, mas verdadeiramente ansiosa com o que estava para acontecer.

Não deixando de ser responsável e eficiente - palavras que os professores da universidade normalmente usavam para descrevê-la quando lhe perguntavam sobre a bela assistente - logo conferiu se seu voo estava atrasado ou não, checou se todas as malas estavam ali e passou a mãos pelos cabelos presos em um rabo, nada que gastasse mais que cinco minutos no banheiro. Foi até seu portão e despachou as malas facilmente, comprou café e por fim se sentou em uma poltrona azul.

"Seu sonho está se realizando Emma!", pensou consigo mesma, ali, no caminho para Florença, um dos lugares mais maravilhosos do mundo para fazer o que eu mais queria. O convite da faculdade realmente foi uma surpresa. Não achou que Mrs. Gilbert tinha tanta influência a colocar no plano de verão da faculdade de História e Arte. Terminar a faculdade e depois voltar para ela nunca lhe pareceu tão maravilhoso.

Era um mês completo com os maiores especialistas de arte clássica, lá era como "viver a história", qualquer um que tinha participado do seleto grupo convidado de historiadores a participar nunca descrevia como menos. "E eu estou a seis horas de Florença! Seis horas do que poderia ser 'O' começo da minha vida!", falou a si mesma. Cerca de só dez, se não menos, dos alunos convidados conseguiam entrar para a pós-graduação de um ano integral. E ela queria ser um deles. Mas não era uma competição para se provar a melhor. A seleção acontecia de um jeito bem pessoal e secreto, não se conseguia saber o quão fora você estava de alcançar uma vaga. A única forma de saber se você tinha uma chance, mesmo que pequena, era a tese pedida pela universidade, ou seja, enquanto você assiste várias das melhores palestras, o importante era encontrar onde e como aplicar a teoria em um tempo muito curto, e talvez esse viesse a ser o maior problema de Emma.

Finalmente o alto falante informou que o voo 1673, destinado a Roma e conexões, estava aguardando os passageiros. Emma se levantou e se encaminhou para uma das filas que se formava. O detector de metal apitou quando ela se esqueceu de tirar o pingente que usava no pescoço e descia até o meio de sua barriga, uma pequena lembrança dos pais e daquela que ela mais amava: Sua avó. Fora ela que a ajudara com a viagem, pois tinha falado com uma amiga de longa data que mora em Florença e que ficou muito contente em receber Emma durante aquele mês.

Já na poltrona ela pegou uma revista para turistas que visitavam a Itália. Só na última semana ela havia lido a revista de cabo a rabo e ouvido o canal da TV italiana, tudo valia para torná-la mais próxima do que fazia seu coração feliz naquela casa. Só sua avó Charlotte tinha ficado genuinamente contente com a notícia e comemorar foi tudo o que elas não puderam deixar de fazer.

"Roma: A Verdadeira Cidade do Amor" dizia uma das páginas e embaixo havia a foto de um casal feliz caminhando pela ponte onde todos os namorados prendiam cadeados com seus nomes para impedir que o elo entre eles se quebrassem. Emma não conseguiu deixar de suspirar, sentia-se romanticamente sozinha há mais tempo desde o que se passou que resolveu virar a página e deixar Richard para trás. "Como podem dizer tudo aquilo dos ingleses?” perguntou a si mesma. Eles não pareciam mais tão charmosos, bonitos ou simpáticos para ela, a decepção tinha sido muito grande para não afetar a opinião geral de nossa protagonista sobre todos os homens em geral. Mas até ela mesma reconhecia as últimas palavras da avó: "é tempo de recomeçar, Emma, seja feliz e aproveite. E não me ligue muito, ligações internacionais são caras de mais quando sei que você ficará bem com Marília e a sua família."

Resolveu virar a página e ler sobre a empresa Mantovani, produtores de vinho a quase trezentos anos e justamente a família que a hospedaria. Emma acreditava que aquilo era uma coincidência completamente absurda. Quando sua avó lhe deu o endereço que Dona Marília Mantovani havia passado não pôde deixar de cair dura no chão por conta do aspecto do lugar. Sim, a casa estava no Google, uma casa rústica e enorme no campo bem próxima a Florença e rodeada pela plantação, a família continuava a morar onde as parreiras eram colhidas todos os anos. “Com tanto lugar para cair no mundo, eu iria parar no quarto de hóspedes de uma das famílias mais tradicionais da Itália. E eu mal espero por isso!", alegou em pensamento.

O fim da adrenalina em seu corpo resultou na reposição das horas de sono de mal dormidas noites passadas. Emma só veio a acordar quando a voz soou no alto falante e anunciou o pouso, ela catou suas coisas e desceu direto para sua conexão para Florença. Por sorte, tudo estava completamente pontual e o fato de não ter que esperar nas cadeiras do saguão era satisfatório. Roma tinha um aeroporto enorme, entrar ali realmente poderia significar não sair mais e isso realmente a apavorava.

Trinta minutos depois, não o suficiente para um cochilo suficientemente bom, Emma saiu do avião e depois de muita sorte, novamente, conseguiu encontrar suas malas em meio às dos turistas canadenses. Só faltava um detalhe: Ela não fazia ideia de como chegaria à área rural de Florença quando percebeu que era impossível conseguir um táxi naquele lugar.

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*"Que bela coisa um dia de sol,

Um ar sereno depois da tempestade.

Pelo ar fresco parece já uma festa,

Que bela coisa um dia de sol.

Mas um outro sol mais belo, não há,

O meu sol, está à tua frente!

O sol, o meu sol,

Está à tua frente, está à tua frente."

Emma Scott - Lucy Griffiths.


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Notas finais do capítulo

Continua? Beijos pra Vi, minha incentivadora sem limites! Eu não seria nada sem você! Beijos e até logo seja em qual fic for!