Don't touch my family escrita por Nágila Winchester
Notas iniciais do capítulo
Como a maioria das minhas fics, essa também saiu da ideia de um sonho. Os spoilers são poucos e não segue fielmente o que está acontecendo na nona temporada.Espero que gostem.
Sabe quando você acorda de manhã, olha pela janela e vê um dia lindo lá fora e pensa: “Hoje vai ser um maravilhoso dia”? Então. Aquele não era um dia desses.
Sandy abriu os olhos e ficou ali, naquela cama dura, observando o teto. O mundo parecia estar desabando a sua volta e ela mal conseguia se mexer. Seu corpo inteiro doía. Sua cabeça latejava. Virou-se para esquerda e viu sua irmã dormindo na cama ao lado.
“Droga” pensou consigo. Aquilo não era um pesadelo. Aquilo era real. Ela precisava continuar correndo.
— Acorda Rebbie! — disse com uma voz firme para não deixar se abater pela carinha de filhote da irmã.
— Já temos que ir? — a mais nova perguntou entre bocejos.
— Já!
As garotas partiram do hotel sem nem olhar para trás. Fizeram o mínimo barulho possível para não chamar a atenção, pois estavam saindo sem pagar. O dinheiro que tinham era pouco e serviria para comprar algo para comerem.
Sandy pegou a mão da irmã e praticamente a puxava. Ela sempre fazia isso para mostrar quem estava no comando e que sempre protegeria a mais nova. Sozinhas e com diferença de idade de uns cinco anos, Sandy era a única que poderia cuidar de Rebbie.
— Para onde vamos? — perguntou a menor esfregando os olhos.
— Não sei.
— Como assim você não sabe? — Rebbie parou de andar. — Você sempre sabe!
— Não sei para onde vamos. — Sandy ficou sobre o joelho esquerdo em frente à irmã, olhando em seus olhos. — Só sei que temos que continuar andando.
— Até quando?
— Até encontrarmos os Winchesters.
No Bunker
Dean se levantou. Sua cama era macia e confortável, o que o fazia se lembrar de todas as vezes que teve que passar a noite em hotéis baratos e nojentos com quartos sujos e camas duras. Olhou o relógio que marcava 8 horas da manhã. “hoje vai ser um longo dia” pensou consigo. Saiu do quarto em direção a cozinha.
— Bom dia! — Sam já estava na cozinha sentado a mesa com seu notebook.
— Bom dia! — respondeu Dean bocejando. — O que está fazendo?
— Procurando informações...
— Sobre?
— Qualquer coisa. Anjos, demônios... o que nos der uma pista.
Dean pegou uma xícara de café e se sentou a mesa junto a Sam. O mais velho parecia preocupado, cansado. Já tinha passado por muita coisa e agora isso? Anjos?
Dean passou a mão no rosto, olhou para o irmão mais novo. Este estava concentrado em seu trabalho.
— Sammy. Não podemos fazer isso sozinhos. Isso é peixe grande, cara. Precisamos de ajuda.
— Eu sei! Precisamos do Cas, do Kevin...
— Talvez até outros caçadores.
Os irmãos se entreolharam de forma triste. O cansaço físico e mental era enorme. Aquela luta estava longe de acabar.
Em algum lugar do Kansas
O céu estava nublado. O dia estava escuro com um ar pesado. Triste.
Sandy observava a irmã devorar as panquecas. A pequena comia de um jeito perturbador.
As irmãs eram muito parecidas. Era fácil determinar o parentesco só pelo olhar. Cabelos negros ondulados, olhos claros, pele morena, mas com aspecto pálido. A mais velha usava os cabelos presos em rabos de cavalo e a menor sempre estava de trança.
— O que foi? — Rebbie perguntou limpando a boca com a manga do casaco.
— O que foi o que? — Sandy perguntou como se tivesse acabado de acordar.
— Você está olhando fixamente para mim. Seus olhos estão cheios d’água, Sandy.
— Não é nada. Agora acabe de comer.
Continua...
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