# Harry

Alguém tocou a campainha da porta do apartamento da senhorita Cullen e me salvou de ser devorado por ela. Meu celular tocou e eu atendi.

– Harry, onde você está ? – Emmert estava sério.

– Estou resolvendo uns assuntos de trabalho, mano. O que você queria?

– Eu encontrei a Moranguinho. – Sorri ao ouvi o apelido carinhoso que demos a ela. Eu podia sentir o seu cheiro. – Ela aceitou em te encontrar essa semana. Mano não vacila, ela vai viajar para a Inglaterra.

– Quando? – Perguntei desesperado.

– Ela iria amanhã, mas a convenci em adiar por uma semana. Agora só depende de você mano.

– Pode marcar com ela amanhã logo cedo? Dou um jeito de chegar aí ainda hoje.

– Eu não estou em Forks mano, e ela mora aqui na cidade mesmo. – Emmert disse entusiasmado. – Vou marcar com ela pra amanhã.

– Senhorita Cullen, eu preciso ir embora.- Falei eufórico com a notícia que meu irmão me deu. Mas ao chegar na porta meu coração acelerou e logo depois parou, Rosalie me deu um beijo no canto da boca e foi tarde quando percebi que a Moranguinho entendeu a situação de forma errada.

– Melhor eu ir embora. – A moranguinho nem me deu chance de explicar algo.

– Moranguinho volte aqui. – Gritei quanto alcançá-la, mas o elevador se fechou antes que eu conseguisse.

– Harry, volte aqui! – Rosalie veio atrás de mim e eu me desvencilhei dela e corri para as escadas.

Meu coração parecia que ia saltar pela boca quando consegui alcançar a Moranguinho perto do carro dela.

– Moranguinho, que escuta. – Eu fechei a porta do carro com brutalidade e ele me olhou assustada.

– Harry, me deixa em paz. – Ela tentou abri o carro, mas eu a impedi.

– Apenas me escuta, Moranguinho. – A segurei pela cintura e a encostei no carro.

– Se afaste de mim. – Ela tentou me empurrar, mas eu não a soltei, ela tinha que escutar.

– Eu não vou fazer nada contigo, mas preciso que você me escute. Eu não tenho nada com a senhorita Cullen. – Ela apenas me ouvia, tinha desistido de lutar contra mim. – Eu comecei a trabalhar essa semana na empresa dela, mas ela não sai de cima de mim, eu só vim aqui na casa dela para pegar um material para a nova campanha.

– Você não me deve explicações, Harry. Eu sei muito bem o tipo de trabalho que a Rose faz com os novatos na casa dela. – Ela me cortou e eu só queria que ela acreditasse em mim.

– Eu devo sim, eu quero você Moranguinho. – Acariciei seu rosto e ela fechou os olhos. – Lhe garanto que não fiz nada com a senhorita Cullen. Eu não sei o que está acontecendo comigo. – Suspirei. – Nem o seu nome eu sei, e, no entanto não me vejo mais longe de ti.

Eu não conseguia escolher as palavras, elas simplesmente saiam e eu não sabia se ela iria acreditar em mim, mas eu precisava desesperadamente que ela acreditasse e que me desse uma chance de mostrar a ela que a amava, era isso eu a ama.

– Harry... eu não sei... – Ela me olhou nos olhou e começou a falar e eu estava concentrado em cada palavra, quando senti ser puxado para longe dela e logo depois um soco me atingiu.

Levei um tempo para entender a situação. Eu estava sendo atacado gratuitamente por um homem que eu nunca tinha visto na vida, a Moranguinho gritava para que ele parasse e Rosalie também. Desviei de mais um soco e bati em suas costelas, ele deu alguns passos para trás e Rosalie tentou ajudá-lo, mas ele a empurrou para longe.

– Eu vou te matar, desgraçado.

Ele me ameaçou e começamos uma briga feia, com vários socos, chutes e empurrões. Eu senti o gosto de sangue em minha boca depois de levar um soco nela. O homem estava com o supercílio cortado e sangrava muito.

– Parem com isso agora! – A moranguinho gritou e senti alguém me segurando e o porteiro segurava o homem maluco que me atacou.

– Edward se acalma. – Rosalie pediu ao se aproximar dele.

– Eu vou te matar. – Edward me olhava com raiva e eu pedi para o homem que me segurava me saltar.

– Harry, sou eu. Jacob. – Jacob me soltou e parecia está se divertindo com aquela situação.

Eu já estava mais calmo, mas meu rosto deveria está bem machucado porque a Moranguinho se aproximou para me ajudar.

– Me desculpa por isso. – Ela tocou em meu rosto e eu gemi de dor. – Vamos sair daqui. – Disse segurando minha mão e me arrastando para o seu carro.

– Então foi por ele que você me trocou? – Edward veio na nossa direção, mas Jacob o impediu de se aproximar mais da Moranguinho.

– Edward é melhor você ficar longe dela. – Jacob falou o encarando.

– Sai da minha frente, Jacob. – Edward tentou empurrar Jacob, mas ele não se moveu.

– Eu já disse para você ficar longe da Bella. – Eu sabia que o Jacob tinha uma queda pela chefa dele, mas não sabia que ela era a minha Moranguinho.

– Edward não temos mais o que conversar. – Bella entrou no carro e eu também. – Obrigada, Jake. – Bella deu um sorriso para o Jacob e eu não gostei disso.

Bella tentou me levar a um hospital e mesmo eu sendo teimoso a Moranguinho ganhava disparava de mim, então ela me levou para o Hospital em que sua prima Alice trabalhava como médica.

# Bella

Eu tive praticamente que arrastar o Harry para o hospital que garoto cabeça dura. Mas a pior parte foi ter que ficar ouvindo o falatório da minha querida prima.

– Então foi por ele que você trocou o Edward? – Ela cochichou em meu ouvindo quando terminou de fazer o curativo no rosto do Harry.

– Não troquei ninguém, Alice. – A repreendi e Harry me olhou confuso.

– Bella, precisamos conversar sobre isso. – Alice apontou discretamente para a mão esquerda do Harry e pediu para que uma enfermeira continuasse a cuidar dele.

– Ele é casado? – Falei ao sentar na poltrona do consultório da Alice.

– Bella não acredito que você trocou o Edward por um homem casado.

– Eu não troquei o Edward pelo Harry. Eu o conheci depois e eu não sabia que ele era casado.

Se eu encontrasse o Emmert eu seria capaz de matá-lo por ter me iludido ao dizer que o safado do irmão dele era casado.

– O que você vai fazer prima?

– Vou para a Inglaterra daqui a algumas horas e é isso que vai acontecer.

# Harry

Hoje faz 23 dias que a Moranguinho sumiu do hospital antes da Alice me dar alta e se recusar a me contar onde a prima estava. Eu continuei a trabalhar na empresa dela e da Rosalie, mas ninguém sabia o paradeiro dela. Jacob disse que ela havia o proibido de me passar o numero dela e que isso poderia lhe custar o emprego.

– Cara eu sei que você está assim por causa da Bella, mas ela deve está em algum lugar se divertindo, se diverte um pouco também. - Jacob se tornou um grande amigo, e me ajudava ter notícias sobre a Bella, mas eu não queria só notícias eu queria tê-la em meus braços.

– Oi, Jake. – Alice chegou ao bar e beijou Jacob ao cumprimentá-lo. – Harry?

– Oi, doutora. – Falei sem nenhum humor.

– Senta aqui minha fadinha. – Jacob puxou Alice para o seu colo. – O Harry está assim por causa da sua prima.

– Obrigado por compartilhar isso com todo mundo Jacob. – Falei fechando ainda mais a cara.

– Você deveria está mais preocupado com a sua esposa. – Alice falou seca.

– Esposa? – A olhei sem entender. – Minha esposa morreu há dois anos.

– Se você é viúvo porque usa essa aliança aí? – Alice me desafiou.

– Alice eu perdi a minha em um grave acidente logo após o nosso casamento. – Falar sobre a Hermione era sempre muito difícil para mim.

– Cara você nunca disse era casado, muito menos que perdeu a sua mulher. – Jacob tomou um gole de cerveja. – Se não fosse a sua depressão pela Bella eu ia continuar achando que você era gay, porque a Rosalie continua insistindo em te levar para cama.

– A Rosalie ainda está dando em cima de você?

– Sim, mas eu não quero nada com ela. – Respondi para a Alice.

# Bella

Depois de um tempo na Inglaterra decidi voltar para casa, mas não avisei ninguém que estava voltando. Alice não estava em casa estava, deveria está no plantão, eu estava curiosa sobre a novidade que ela tinha para me contar, mas que deveria ser pessoalmente.

– Bella! – Que inferno o que o Edward estava fazendo aqui.

– Edward como soube que voltei? – Perguntei sem paciência.

– Sua madrasta me avisou. – Disse ao se aproximar com um buquê de flores.

– Edward eu tenho algumas coisas a resolver, então se me der licença eu tenho que ir. – Passei por ele, mas Edward segurou meu braço.

– Bella você não pode me tratar assim. Eu sempre te amei.

– Ama a mim ou o dinheiro do meu pai, Edward. – O desafiei.

– Isso não é verdade, Bella. Eu só tento agradar o seu pai por sua causa.

– Por minha causa? – Ironizei. – Não me venha com essa desculpa, Edward.

– Bella o que eu posso fazer para você acreditar em mim?

– Você não fez enquanto podia.

– Está mesmo me trocando por aqui otário? – Era claro que ele estava se referindo ao Harry.

– Eu conheci o Harry depois, mas isso já não é mais da sua conta, Edward.

– Você sempre será da minha conta, Bella. – Edward tentou suavizar a voz, mas eu não caia mais nessa.

– Edward acabou. Não tem mais volta. – Entrei no carro e fui até a minha empresa, que logo deixaria de ser minha se Rosalie aceitasse a proposta que eu tinha a fazer.

– Senhorita, Swan? – Angela, a secretária de Rasalie parecia não acreditar que era eu.

– Eu sumo por alguns dias e você não me reconhece Angela? – Brinquei, mas é claro que ela estava assustada.

– Me desculpa! Mas a senhora está de um jeito diferente.

Eu tinha mudado radicalmente o meu estilo, sempre ia a empresa com terninhos e vestidos comportados, as agora eu estava com uma calça justa, e uma jaqueta no estilo roqueira, e usava uma maquiagem mais pesada, e claro fiz uma tatuagem que começava no pescoço e terminava pouco abaixo do meu ombro, era uma fênix.

– Diga a Rosalie que quero conversar com ela. – Angela me anunciou e eu encontrei Rosalie terminando a conversa ao telefone com alguém.

– Bella? – Rosalie me olhou dos pais a cabeça e ficou de boca aberta quando viu a minha tatuagem. – Fez uma tatuagem?

– Os tatuadores de Londres são incríveis. – Falei ao me sentar.

– Você está bem diferente. Eu estava falando com o Edward e...

– Rosalie eu não quero falar sobre o Edward, eu vim resolver a situação da empresa. – A interrompi. – Eu estou disposta a venda a minha parte e vim lhe oferecer antes de por a venda.

– Está terminando a sociedade? – Rosalie se sentou.

– Sim, eu aproveitei esses dias em Londres para fazer novos contatos e vou me mudar definitivamente para lá.

– Mas Bella esse é o nosso sonho.

– Não é mais o meu Rosalie. – Coloquei os documentos de venda na mesa. – Este é o valor pela minha parte, espero que não tenha gastado todo o seu dinheiro em bolsas e sapatos.

– Sabe que não, Bella. – u era a responsável pelos investimentos da Rosalie e sabia bem que ela tinha o dinheiro para comprar a minha parte. – Mas ainda acho que você não deveria fazer isso.

– Às vezes é preciso mudar, Rose. - Rosalie aceitou o negócio e o assunto Edward virou um tabu, seria melhor preservamos a nossa amizade.

– O que você vai fazer em Londres? – Rosalie me perguntou ao me levar até a porta.

– Vou montar uma empresa por lá, mas ainda estou avaliando o mercado.

– Entendo. Espero poder te visitar lá. – Rosalie me abraçou apertado.

– Sempre que quiser, é só não levar o seu irmão e nem seu novo namorado.

– Bella eu pensei que você se desse bem com o Paul. – Rosalie se defendeu fazendo bico.

– Paul? O médico amigo da Alice? – É as coisas mudam mesmo, Rosalie namorando sério.

– Sim, quem pensou que fosse? – Eu abri a boca para responder, mas fechei sem falar nada. – Harry? – Rosalie olhou por cima do meu ombro e eu me virei.

– Moranguinho. – Harry encurtou a distância entre nós. – Eu preciso conversa com você.

– Harry, eu não tenho nada para conversar com você. – Me despedi de Rosalie e me virei para ir embora.

– Temos muito o que conversar. – Ele segurou o meu braço e me fez encará-lo. – Eu não sou casado, eu sou viúvo.

– Viúvo? – Fiquei confusa com a informação.

Concordei em sair com Harry para que ele me explicasse toda aquela história de ser viúvo, mas me surpreendi com um lugar em que ele em levou. Estávamos em um parque de diversões cercados família e casais de namorados.

– Faz muito tempo que não venho a um parque de diversões. – Comentei quando sai do carro dele.

– Esse era o programa favorito da Hermione, mas é claro que em Forks os parques não eram desse tamanho. – Ele sorriu com a lembrança. – Vem comigo. – Harry me arrastou até a bilheteria e comprou alguns bilhetes e fomos para a roda gigante.

– Meu pai costumava me trazer ao parque quando a minha mãe ainda era viva. – Comentei vendo a cidade do alto da roda gigante.

– Eu perdi a minha esposa há dois anos em um acidente de carro. – Ele começou a contar e eu apenas ouvia. – Éramos de classes sociais diferentes, meu pai nunca aceitou que eu me casasse com uma garota pobre, mas eu amava a Hermione acima de tudo e quando ela completou 18 anos fugimos para Las Vegas e nos casamos. Foi a realização de um sonho, eu pensei que seria para sempre, mas acabamos nos envolvendo em um acidente logo depois da lua de mel e ela morreu.

– Eu sinto muito Harry. – Eu não podia imaginar que ele já tinha passado por algo do tipo.

– Eu fiquei apenas com essa cicatriz. – Ele me mostrou a cicatriz que vi na manhã após a nossa noite juntos.

– Eu acho que lhe devo pedir desculpas. – Eu estava envergonhada de tê-lo julgado mal.

Harry sorriu e senti como se uma barreira estivesse se desfeito entre nós. Não tínhamos mais mal entendidos, e nossos lábios se aproximavam cada vez mais um do outro e fechei os olhos ao senti-los contra os meus, eles eram tão doces e possessivos, eu de alguma forma pertencia a ele.

– Eu te amo, Moranguinho. – Ele sussurrou com sua testa encostada na minha e olhando em meus olhos.

– Vem comigo para a Inglaterra. – decretei sem pensar. Eu só queria poder está sempre ao lado dele.

– Vou até o fim do mundo com você. – Relaxei ao ouvir isso e nos beijamos novamente.

Aproveitamos o passei na roda gigante para nos conhecermos melhor, Harry era um cara incrível e sua história de amor com Hermione me comoveu, eles haviam lutado para vivê-la e uma fatalidade os separou.

– Não importa o que aconteça eu sempre estarei com você.

Harry cumpriu a sua palavra e foi comigo para a Inglaterra, posso dizer que nunca imaginei ser tão feliz em toda a minha vida, ele era quem eu sempre quis eu meu lado e tínhamos uma cumplicidade impar.

– Eu te amo. – Harry me acordou com beijos e carinhos.

– Claro que sei, meu amor. – Falei sonolenta. – Não consigo mais ver minha vida sem você.

– Eu sou quem você sempre mereceu Moranguinho.