19. EMPATA FODA

 

Edward PDV

 

- Eu que te pergunto Edward, o que você está fazendo aqui? – Bella disse com a mão na cintura.

- Eu vim trazer Alec para tomar um sorvete, mas você não respondeu a minha pergunta – pressionei.

- Acho que eu não tenho que responder, não é mesmo Edward? Já que você nem se preocupou em saber se a pessoa que você diz ser sua namorada estava a fim de dar uma volta. E também é impressionante como o seu amigo tem que fazer isso por você.

 

Certo. Depois dessa é melhor eu ficar no silêncio.

 

- Você não tinha dito que ia me ligar? – Bella perguntou.

- Sim eu tinha, mas...

- E não me disse que sentia muito?

- É eu disse, mas...

- Então porque você nem se preocupou em saber como eu estava hoje?

 

Porra, assim não dá. Cala a boca, mulher!

 

- Alec, que tal nós dois irmos dar uma voltinha por ai, Edward e Bella querem ficar um pouco sozinhos –  Jacob falou para Alec. Agora você não quer ficar perto da Bella né, filho da mãe.

- Não... eu quero ver os dois saírem na porrada – isso não veio de Alec, veio? – Eu aposto 20 dólares na prima Bella – hey!

- Fechado... Edward é melhor você ganhar essa briga – Jacob disse apontando o dedo para mim.

 

Ótimo. Ao invés de ter o apoio das pessoas que eram próximas a mim, eu tinha que presenciar um aposta na qual o meu parente torcia contra mim.

 

- Bella, que tal tomarmos um ar? – sugeri. Ficar aos berros dentro da sorveteria não serviria de muita coisa.

- Não... meus pulmões estão bem saudáveis.

- Então eu vou te levar pra comer alguma coisa!

- Estou sem fome.

- Então vamos só andar.

- Andei de mais com Jake, estou cansada.

- DEUS, MULHER... é só me acompanhar é tão difícil assim?

- Ok senhor “rei-do-gado”, mas não grita comigo PORQUE EU NÃO SOU SURDA! – à este ponto as poucas pessoas que se encontravam dentro da sorveteria já começavam a dar mais atenção a cena que se passava ali.

 

Sai com Bella e forcei Jacob a levar Alec no cinema.

 

- Por favor, Jacob não o leve para ver nenhum filme violento, se minha mãe descobrir ela simplesmente me mata.

- Certo, certo. Alec – ele gritou – Vamos eu vou te levar pra assistir um filme.

 

Alec veio correndo com o seu sorvete de uva na mão parando à frente de Jacob.

 

- E qual filme nós vamos assistir? – ele perguntou entusiasmado.

- O grilo feliz – Jacob falou com um sorriso nos lábios. O entusiasmo de Alec sumiu e quase ri ao ver a careta que se formou no rosto do meu primo enquanto Jacob o levava ao cinema.

 

Quando eles se afastaram apontei com a cabeça para que Bella me seguisse. Ela apenas bufou, mas andou o resto do caminho sem reclamar. Eu a levei até um parque que havia próximo ao shopping. Era bem tranquilo, haviam alguns casais, alguns pais com seus filhos e algumas pessoas passeando com cachorros.

 

Nos sentamos em um banco de pedra próxima à parte com mais árvores do parque. Eu raciocinei um pouco antes de falar, eu não queria despertar aquela Bella há tanto tempo adormecida, com certeza sua ignorância viria mais... vamos dizer... ignorante do que nunca.

 

- Então sobre o que você quer conversar? – comecei.

- Você que me trouxe aqui, então você que fale – ela disse cruzando os braços sobre o peito e virando o rosto com uma cara emburrada.

 

Certo, assim ela parecia mais uma criança. Eu engoli o riso e tratei de começar logo a falar.

 

- Ok! Vamos conversar sobre nós dois então...

- Certo...

- Quem fala primeiro? – perguntei.

- Por mim tanto faz – ela continuava com o rosto emburrado.

- Certo, então eu começo. Bella...

- Ah Edward eu odeio brigar com você, mas você também, por Deus! De onde você tirou a ideia de que eu me envolveria com o Jacob? Você já viu os arrotos que ele costuma dar? E foi muito chato o que você fez comigo. Você mentiu! Não havia necessidade disso, eu não menti pra você, foi você que não me deu escolha, eu não podia simplesmente ficar em casa mofando e me afogando em mágoas, eu tinha que me distrair e aí eu cheguei e vi você lá!... Cara, aquilo pra mim foi o fim! E depois quando você me deixou na portaria do prédio com aquela dúvida no ar... eu não sabia o que pensar. Eu não sabia se você queria terminar, se você queria dar um tempo, se você queria me ignorar...

 

Muita informação em um curto espaço de tempo.

 

- Opa, opa, opa. Mais devagar – ela parou pra respirar por um momento – Melhor? – perguntei. Ela fez que sim com a cabeça – Ok! Não era eu quem iria começar a falar primeiro?

- Oh sim! Claro... me desculpe – ela abaixou a cabeça.

 

Eu ri sem humor balançando a cabeça negativamente.

 

- Bella, em primeiro lugar, se algum dia eu achar que é hora de nós dois... você sabe – eu não conseguia pronunciar as palavras.

- Terminarmos?! – ela franziu o cenho.

- É isso. Você pode ter certeza que eu não deixarei você sozinha na porta do seu prédio, enquanto a duvida te consome.

 

Aproximei-me um pouco mais dela e coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

 

- Em segundo... Bom, eu também não gosto quando nós brigamos e prometo que a partir de agora sempre que algo me incomodar você será a primeira a saber. E terceiro: qualquer duvida ou desconfiança que havia em mim quanto a você e Jacob eu tratei de descartar e mais uma vez eu te peço desculpas. Eu sinto muito mesmo... será que podemos fazer as pazes?

 

Bella olhou pra mim e depois encarou o chão mais uma vez, e por um longo tempo ela ficou sem dizer nada, esperei pacientemente até que ela se pronunciou.

 

- Certo. Eu te perdôo. Mas com uma condição...

- Que seria?

- Você vai ter que dizer pro Alec e pro Jacob que eu bati em você e ganhei a batalha – ela sorriu satisfeita consigo mesma.

- Você fala como se nós tivéssemos vindo a uma guerra, não ao parque ao lado do shopping.

- É isso ou eu não te perdôo e você vai ter que se sentir culpado pelo resto da sua vida por destruir a minha felicidade – ela falou ficando em pé e batendo os pés impacientemente – E então?

 

Eu me levantei e a puxei pela cintura dando uma mordida fraca em seu queixo.

 

- E eu sou sua felicidade? – falei dando um sorriso torto.

- Quem sabe... hoje pode ser você, amanhã pode ser... – a olhei sério – você, é claro!

- Então tá feito, eu digo aos dois que fui a locaute. Mas antes nós vamos ter que tirar a prova – falei enquanto a largava e bagunçava os cabelos.

 

Bella me olhou com dúvida no olhar e logo entendeu o que eu queria dizer.

 

- Edward se nós vamos brincar de lutinha é melhor que você fique ciente que eu não vou pegar leve só porquê você é meu namorado.

 

Eu adorava quando ela dizia isso “meu namorado”. Sim; eu era inteiro e exclusivamente dela!

 

- E eu não vou pegar leve só porque você é mocinha.

 

No momento em me virei com intenção de ir embora, ela me puxou de volta e me virou um soco, bem no meio do meu nariz.

 

- Caralho Bella eu pensei que era brincadeira - falei levando as mãos ao meu nariz. E pra piorar a situação a porra do nariz estava sangrando.

- Eu pensei que era sério. É bom que dá uma pitada de realidade à luta, e eles precisam acreditar que soquei você até a morte! – Ela disse segurando a risada.

- Será que da pra parar de ficar pensando em morte e vim ajudar seu namorado gostoso? Olha que existe muitas que dariam tudo para estar em seu lugar! É só discar um número e...

- HAHAHA. Nossa estou morrendo de rir – ela disse com sarcasmo – Vem cá que eu limpo esse sangue... Nossa não era pra ficar desse jeito. Desculpa amor, eu juro que te recompenso – ela disse beijando de leve meu nariz.

- Jura? – falei esperançoso. Eu já tinha algo em mente para essa recompensa...

- Claro! Eu soquei teu nariz, nada mais justo do que dar o que você quer.

- Sério?

- Sério Edward. Que foi, você não quer?

- Não, claro que quero! Lógico amor, isso é o que eu mais quero na minha vida, você não faz idéia do quanto eu esperei por isso.

 

AEEEEEEEEEEEEEE PORRA. Até que enfim eu vou sair dessa seca maldita que me assola de uns tempos pra cá.

 

- Vai ser hoje né amor? Eu não aguento esperar mais – falei muito empolgado, com um sorriso de orelha à orelha.

- Nossa Edward, eu não sabia que você estava com tanta vontade de tomar açaí. Eu lembro que você tinha comentado, mas eu não sabia que você gostava tanto assim... – ela fez uma cara estranha

- Açaí, Bella?! – fiz uma cara de espanto.

- É! Eu estava pensando de nos irmos à noite. Já que está calor mesmo, eu pensei que seria legal. Por que? Você pensou que era o quê?

- Nada não... – falei com mau humor.

 

Nós ficamos mais um tempo por lá, e depois eu fui levar Bella em casa. Voltei ao shopping para buscar Alec e levá-lo para casa de minha mãe, ele ia embora hoje ainda para casa dele. 

 

Fui até a entrada do cinema e fiquei por lá até Jacob e Alec saírem, então os avistei próximos a bilheteria sentados em um banco, Jacob explicava algo à um Alec muito concentrado.

 

 

Jacob PDV

 

Ok! Eu tenho cara de que? Bába? Fala sério! Eu tenho que levar esse tampinha pra assistir um filme que nem quando eu tinha três anos de idade eu seria capaz de assistir!

 

Levei o primo de Edward até a bilheteria para comprarmos os ingressos. Eu estava pedindo, quando ele me cutucou.

 

- Tio, tio. Deixa eu comprar os ingressos? – ele pediu apoiando-se no balcão da bilheteria.

- Na verdade... – tentei dizer.

- Deiiixa vaaaai – ele pediu com os olhos compridos.

 

Entreguei o dinheiro a ele, ele pegou, me cutucou, entregou de volta pra mim e então eu pude comprar os ingressos.

 

- Deixe só mamãe saber que eu comprei dois ingressos sozinho – ele disse orgulhoso de si mesmo.

 

Não estrague os sonhos do menino Jacob, deixe-o ter uma infância, deixe-o crescer como um garoto normal. Um garoto normal que um dia pode virar gay e que na escola todos podem zombar dele, então ele vai andar só com garotas, pintar suas unhas e dividir segredinhos, até que um dia ele vai conhecer um cara e ter uma vida sexual com ele e...

 

- Alec eu tenho que te ensinar umas coisinhas.

- Mas nós vamos perder o filme – ele disse apontando para a sala de cinema.

- Que se dane o filme, sua masculinidade vem em primeiro lugar.

- Mascu...cu...cu o quê?

- Masculinidade.

- É de comer?

- Vamos nos sentar meu caro colega, você tem muito a aprender. E quem melhor pra te ensinar do que o mestre das cantadas?

- Você é cantor?

- Não tampinha – eu disse batendo na testa dele de leve.

- Veja e aprenda.

 

Olhei ao redor para encontrar a minha vitima, havia uma moça vindo próximo a mim, ela era loira, cabelos compridos, corpo bonito. Ótimo, além de me dar bem, ainda ensino o garoto a ser homem. Fui até ela e me dirigi com muita educação.

 

- Com licença.

 

A loira parou e olhou pra mim.

 

- Sim – ela disse com um sorriso gentil nos lábios, tá no papo.

- Você é a mais bela das belas flores, uma rosa. Quer florescer no meu jardim ?

 

A loira me olhou de cima a baixo e depois suspirou.

-  Eu vou morrer de sede com o tamanho do seu regador – ela saiu rebolando e jogando os cabelos. Fiquei parado a olhando partir.

 

Então senti alguém puxando a barra da minha camisa.

 

- Tio, tio. Desde de quando você é jardineiro?

 

Olhei para Alec e me abaixei um pouco para falar.

 

- Primeiro de tudo eu não sou seu tio. E segundo: você prestou atenção no que eu fiz?

- O quê? Falar com a moça loira bonita?

- É!

- Tirando a parte que ela te deu um fora, sim – ah seu filha de uma...

- Então faz melhor, ok?!

 

Observei o tampinha ir até uma morena sentada próxima a onde estávamos ele se sentou ao lado dela e cochichou alguma coisa em seu ouvido, a morena sorriu, depois ele disse algo mais e ela apertou suas bochechas, ele beijou a bochecha dela e ela devolveu o beijo e depois deu um abraço nele, logo depois pegando um papelzinho e o entregando.

 

Alec veio todo saltitante em minha direção com o papel, me entregou e então eu vi, ao que parecia era o número da morena, pois ali estava escrito Ashley e logo em baixo um número de telefone.

- Como você fez isso? – perguntei espantado.

- Um grande mestre nunca revela os seus segredos.

- Garoto, o que andam te ensinando na escola?

 

Ele sorriu pra mim. Ok! Eu tinha que admitir: o moleque era dos meus. Só precisava de um empurrãozinho para poder virar um macho de verdade.

 

- Vem Alec eu vou comprar algumas coisas para nós dois.

 

Depois de comprar alguns acessórios para o meu discípulo, comecei a conversar com Alec e ensinar-lhe algumas cantadas, ele até que prestava atenção e repetia algumas coisas.

 

- Olha só quando você for maior e tiver na balada tenta essa cantada: “Nossa! Você é tão linda que não caga, lança bombom!”

- Bombom é gostoso.

- Mas nesse caso você não vai comer.

- Ow... Certo.

 

Ele ouvia atentamente cada palavra, até que eu comecei a me sentir à vontade e desabafar sobre algumas coisas que eu andava pensando.

 

- Sabe tampinha a coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.

 

“Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade. Você vai para o colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?”

 

- Aaaaah seria – ele disse com o dedo no nariz – Mas tio o que é orgasmo? É de comer?

- Depende da situação e eu já disse que não sou seu tio.

- Ah desculpa tio. Ei! Aquele ali não é o primo Edward?

 

Segui o olhar de Alec e avistei Edward se aproximando, o tampinha saltitou até ele feito uma gazela. Certo! Talvez as aulas não tivessem surtido tanto efeito assim.

 

- Primo Edward o quê é orgasmo?

 

Ops! Esqueci de avisar ao tampinha que o nosso papinho deveria ficar em segredo.

 

 

Edward PDV

 

Ao me aproximar de Jacob e Alec, percebi que os dois estavam com óculos escuros no topo da cabeça e com vestimentas iguais. Ótimo! Agora meu primo é um Jacob Jr.

 

- Primo Edward o quê é orgasmo?

 

O quê?

 

- Jacob! O que você andou falando pro meu primo?

 

Ele sorriu ironicamente pra mim.

 

- Olha o que eu aprendi primo Edward...

 

Alec seguiu até uma moça que estava de mãos dadas com uma menina com os seus nove anos – provavelmente sua filha – e então disse depois de olhar para Jacob e piscar que piscou de volta também.

 

- Ei moça – Alec disse parando a frente da moça. Ela se agachou e sorriu para ele.

- O que foi lindinho?

- Você já foi pro forno? Se é gostosa assim crua, imagina assada.

 

A moça se levantou espantada e tapando os ouvidos de sua filha, mas que depressa fui até lá e puxei Alec pelo braço.

 

- Me desculpe por isso – falei sorrindo sem graça para a moça que ainda tapava os ouvidos de sua filha.

- Ensine bons modos para esse moleque – a moça disse enquanto puxava sua filha pela mão e ia embora.

 

Arrastei Alec até onde Jacob estava.

 

- Nós estamos indo embora Jacob – falei num tom um pouco bravo.

- Ah! Claro! Eu vou junto – ele disse levantando.

- Quando eu digo nós, eu digo Alec e eu.

- Ah, fala sério cara! Você não vai de dar uma carona?

- Jacob, você mora aqui do lado, então não. Eu não vou te dar uma carona. Falou pra você – gesticulei um jóia enquanto saia com Alec.

 

Saí com meu primo e o levei até o estacionamento. Entramos no Volvo – ele teimou dizendo que queria sentar na frente, mas eu não permiti o colocando no banco de trás. Ele preferiu sentar próximo à janela, eu não deveria, mas deixei. Então ele abriu a janela e começou a mandar beijos para todas as mulheres que passavam na rua. Eu fechei o vidro e travei. Agora mais essa.

 

Nota mental: mandar o Jacob pra puta que o pariu.

 

Chegamos na casa da minha mãe, Alec desceu correndo do carro e entrou na casa, eu o segui e quando cheguei na sala vi que ele estava falando com minha mãe.

 

- Tia Esme olha só a cantada que eu aprendi.

- Pode dizer – minha mãe carinhosa como sempre sorriu.

- Putz, alguém peidou. Vamos sair daqui – ele disse e sorriu.

 

É o quê? Certo: o que Jacob andou ensinando a Alec?

 

 

Bella PDV

 

Depois de Edward me deixar em casa me sentei no sofá para assistir TV, não havia muito que fazer mesmo então até o sono chegar eu ficaria ali. Coloquei em um canal que estava passando um filme, resolvi assistir.

 

“– Oh Josh, eu senti tanto sua falta!

– Sim Ruanita, eu também senti, e agora que finalmente nos reencontramos, poderemos nos amar de verdade.

– Sim, Josh, poderemos. Venha! Meu quarto fica há poucos metros daqui. Eu quero uma noite quente com você”

 

Ah, não! Me poupe! Filme promíscuo na minha situação não é uma das melhores coisas pra ficar assistindo. Mudei para o canal de culinária.

 

“Esse tipo de comida é para apimentar a relação, casais apaixonados que adoram terminar o jantar na cama”

 

Certo, o canal de culinária também não está ajudando muito. Resolvi colocar no Animal Planet.

 

“Gorilas quando estão em acasalamento têm o comportamento parecido com o dos humanos, a fêmea...”

 

Certo, talvez seja melhor eu ir para o meu quarto. Desliguei minha tv, corri para o meu quarto e me joguei em minha cama. Fiquei rolando na cama durante um longo tempo e depois fiquei olhando para o teto.

 

Imaginei eu e Edward no filme que vi, depois imaginei Edward cozinhando para mim pelado, depois imaginei eu e Edward transando em um zoológico. Ok! Talvez eu devesse tomar um banho frio para esfriar a cabeça.

 

Corri para o chuveiro e tomei banho. E quando saí decidi ligar para Edward.

 

- Alô – ele disse do outro lado da linha.

- Huum... você está ocupado? – perguntei.

- Na verdade não, eu acabei de sair do banho, ia me trocar.

- Ah, que coincidência... eu acabei de sair do banho também, estou enrolada na toalha.

- Huuuum... sem nada por baixo?

- Ahn sim... porquê? – perguntei um pouco hesitante.

- Você ainda está um pouco molhada por causa do banho?

- Bom, meu cabelo está molhado e eu não enxuguei minhas costas direito, mas... o que tem isso?

 

Esperei Edward responder, mas só havia silêncio do outro lado da linha.

 

- Edward? Edward? Alooou.

- Isso diz meu nome – ele falou quase num sussurro.

- Ã-ãr Edward o que você está fazendo?

- Uma coisa boa.

- Que seria...?

- Oh... eu... não consigo... oh Bella.

 

Espera ai!

 

- Edward, que nojo! – não consegui segurar o riso – Será que você poderia deixar pra fazer isso em um momento em que não estivéssemos ao telefone?

- Com você na linha é mais gostoso – ele disse ainda em um sussurro.

- Idiota. A gente se vê amanhã, tchau.

 

Não esperei ele responder, se eu ficasse ouvindo ele sussurrando daquela forma no telefone eu me juntaria a ele. E acabaríamos fazendo um sexo por telefone.

 

Me deitei antes de fazer besteira, fiquei rolando na cama por um tempo tentando pensar em qualquer coisa – menos em sexo com Edward. Não que adiantasse muito, afinal qualquer coisa me lembrava sexo. Até coisas sem nexo como jornal, shopping e até mesmo computador. Eu sempre tinha uma fantasia com qualquer coisa imbecil.

 

Acabei pegando no sono, mas para piorar minha situação acabei sonhando com eu nem preciso dizer o que, né?!

 

Levantei no dia seguinte e tomei outro banho frio, Edward veio me buscar cedo, como tínhamos feito as pazes iríamos voltar a rotina de antes. Ele ainda insistia com aquela história de ser sua secretária, mas eu ainda não estava muito confiante quanto a isso.

 

Ficar na mesma sala sozinha com Edward era um tormento, eu queria que ele me jogasse naquela mesa do escritório arrancasse minhas roupas e me fizesse gritar o seu nome. Afinal eu já estava numa abstinência há mais de seis meses.

 

Após terminar de ajudá-lo, fiquei com medo até de me despedir com um beijo e acabar fazendo outra coisa, então apenas o beijei na testa, mas como já era de se esperar isso não era o suficiente para Edward. Ele me puxou para o seu colo e beijou meus lábios com tanta força que provavelmente eles ficariam vermelhos e inchados depois. Quer dizer... não seriam só esses lábios que ficariam vermelhos e inchados caso Edward desse um trato.

 

Ele passou a mão por todo meu corpo sem hesitar, colocou a mão em meus seios e os massageou por cima da blusa, como se isso não fosse suficiente ele desabotoou minha blusa social, a tirou e a jogou no chão.

 

Ele me virou de costas pra ele fazendo com que eu sentasse bem em cima da sua ereção, então começou a massagear meus dois seios com cada uma de suas mãos. Eu em um ato automático comecei a rebolar em seu membro.

 

- Bella, você não tem noção de como eu estou excitado nesse momento...

 

Ele forçou o quadril de encontro à minha bunda, tirou a mão dos meus seios, me virou para me beijar e descer a mão para minha calça, alisando meu baixo ventre. Eu suspirei contra seus lábios e ele mais do que depressa tirou meu sutiã. Era maravilhoso que as cortinas de sua sala estavam fechadas, se não todos na ala assistiriam à um showzinho particular.

 

Edward começou a chupar meus seios, às vezes mordia e às vezes os rodeava com a língua. Eu não aguentava mais, então desci do seu colo e me ajoelhei frente a ele e abri o zíper de sua calça. Depois passei a subir com as mãos pela parte interna de sua coxa, massageei seu membro antes de fazer o que ele e eu tanto esperávamos. Quando finalmente prendi meus cabelos para fazer tal coisa. Ouvimos um barulho na porta.

 

Edward me empurrou para de baixo da mesa, e se arrumou em sua cadeira.

 

- Hey, Edward. Eu preciso falar uma coisa pra você cara.

 

Jacob, merda! Eu juro que um dia ainda mato esse empata-foda!