Falsa Realidade escrita por mazegates


Capítulo 4
Conversa




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Narrador POV

Newt esperava pelos clareanos no portão leste.

– Ela acordou!? – Minho exclamara, levantando logo em seguida.

– Nem tente correr novamente, Minho – Newt logo interveio – ela está sob repouso e proibida de visitas.

Minho resmunga alguns xingamentos, caindo no gramado novamente.

– Amanhã de manhã você pode vê-la. – O loiro completa.

– É Minho, amanhã você pode ver sua princesa.

– Cala a boca, Thomas.

– Newt... – O moreno começa.

– Thomas, não...

– Newt, MINHOSINHO ESTÁ APAIXONADO!

– Sério? Eu sabia que tinha algum interesse. – O loiro zomba.

– THOMAS, SE EU NÃO ESTIVESSE QUASE MORTO, EU FARIA VOCÊ NUNCA MAIS PLONGAR!

– Calma, Minho – Thomas fala entre gargalhadas – prometemos não falar pra ninguém.

– Cara de mértila – Minho retruca.

O silêncio se instala no portão leste. Os três clareanos respiram e então Newt começa a falar.

– Ok, Minho, enquanto o Alby está em repouso, eu tenho que agir como líder. Você verá a garota, porém eu irei junto, ela pode ser a nossa saída desse lugar.

– Tudo bem... – Minho responde pensativo. Ele não queria acompanhante.

– Eu vou também. – Thomas intervém.

– NÃO! – Newt e Minho gritam.

– Eu tanto quanto vocês quero saber de um jeito de sair daqui, deixem de ser egoístas!

– Thomas, isso vai além de qualquer curiosidade que você possa ter, somente eu e o Minho iremos, você será o primeiro a saber, e lembre-se, eu estou no comando agora.

– Mas Newt...

– Você ouviu o loiro, Thomas, eu vou, você fica – Minho diz com um sorriso estampado – agora vamos comer algo e dormir.

Os três se dirigiram para a Cozinha, Caçarola, o clareano responsável pela alimentação dos demais, separara um prato para os corredores. Newt acompanhara na janta.

– Amanhã eu farei as primeiras perguntas, se ela estiver capaz, você pode fazer as suas, Minho.

– Tudo bem – mentiu Minho. Limitou-se a falar isso, toda a adrenalina que liberara no labirinto transformara-se em cansaço.

Terminando o jantar, os três se dirigiram para a Sede, onde deitaram e começaram a dormir. Isto é, Minho tentara dormir. Sua cabeça pensava em mil coisas. As perguntas que faria à garota, o que faria além das perguntas. Os verdugos, porque eles pararam? Será que o Thomas tinha razão? Eram tantas dúvidas, tantas questões, imaginava as respostas e pensava se realmente queria as respostas. O pensamento esvaía, o sono foi pesando, os olhos fechando e então, adormeceu.

“Minho, é importante, Minho”. Uma voz feminina, doce, mas firme, chamava pelo asiático. “Minho me escute, meu nome é Bruna, eu sou a garota, estou perdendo minha memória aos poucos, mas deu algo errado. Eles estão com problemas. Eles são os mesmos que me mandaram para cá, os mesmos que te mandaram e todos os outros. Eu não consigo mais fazer isso, mas eu não sou a única. Minho, Minho...”

– MINHO! – Newt gritava chacoalhando o garoto.

– Bruna?

– Bruna? Não, Minho! Aqui é o Newt! Se eu estivesse de vestido e maquiagem quem sabe você poderia me confundir com uma garota. Quem é Bruna?

– O quê? Nada, já é hora?

– Sim, vamos comer algo no Caçarola e nos encontrar com o Jeff, ele está dando os últimos cuidados na garota.

Feito o desjejum, se volveram ao socorrista.

– Como ela está? – Minho perguntara impaciente.

– A fedelha acordou hoje cedo, mas está bem, ela murmurava seu nome e dizia algumas coisas, era sobre algo que deu errado, não conseguimos entender, mas... Minho espere! A trolha está frágil ainda! – Não adiantou nada, este saiu correndo em direção ao quarto.

– Desisto de parar ele – Newt comenta com Jeff e persegue Minho.

“Agora é a hora.” Minho fala pra si mesmo e abre a porta.

O vice-líder acelera o passo, era difícil correr com a perna manca.

– Minho, eu já disse pra parar de sair correndo e... – Newt chega em seguida.

A cena era rara, talvez única, Minho abraçava a garota, mas não era um abraço qualquer, era caloroso, e algo contornava o seu rosto, eram lágrimas? Lágrimas saindo do corredor machão da clareira? Sim.

Newt pigarreia, chamando atenção dos dois. A garota olha para o asiático e concorda com cabeça.

– Parece, que alguém desrespeitou a minha ordem.

– Não, Newt, eu não fiz nenhuma pergunta, eu...

– Não precisa falar nada, vamos começar agora.

Os clareanos pegam uma cadeira, e aproximam da cama onde a garota senta.

– Então, diga tudo que se lembra, fedelha. – Newt começa e completa – e Minho, não ouse interromper até chegar a sua vez?

– Meu nome é Bruna, acho que tenho 17 anos, e a única coisa que eu lembro é que eu não sou a única.

– Como assim você não é a... – O loiro não termina a pergunta, um alarme absurdamente alto invade a Clareira. Mas não era um alarme qualquer e sim o alarme da chegada de um novo fedelho. – Mas o que está acontecendo?

– Newt! Venha, logo! Está acontecendo algo muito estranho – Jeff chega no quarto.

– Eu estou percebendo, Minho fique aqui com a fedelha, ou não mais fedelha...

Minho não responde, apenas olha para Bruna, que sorri fechadamente.

A porta fecha. Nenhuma palavra é dita.

– Por que você me abraçou? – A garota quebra o silêncio.

– Eu não sei, eu só senti que deveria, ou não deveria? – Minho olha arqueando as sobrancelhas.

– Eu não sei... Mas pode me abraçar de novo? Eu me sinto perdida.

Os jovens se abraçam novamente, enquanto Newt e Jeff se apressam em direção à Caixa.

– Newt, o que está acontecendo, primeiro vem uma garota, no dia seguinte vem mais um fedelho?

– Nós veremos o que realmente está acontecendo, Jeff.

Chegando no local, os clareanos formavam um círculo em torno do elevador, lá estavam não um, mas quatro novatos, três garotas e um garoto, todos de pé encarando os demais.

– Hora de sair desse lugar! – Uma das garotas vozeia.


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Notas finais do capítulo

E ai, quem chegou?



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