A Caçadora - A Supremacia escrita por jduarte


Capítulo 18
Novato - !


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE BONITA, VOLTEI hahahaha
Falei que eu ia postar rápido?!
Me amem. HAHAHAH
Beijooos e espero que gostem desse capítulo narrado pelo Jason!
Ju!



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A casa foi se esvaziando aos poucos, com exceção a alguns dos Caçadores. Jeremiah foi o primeiro a sentar do meu lado, designando alguns deles para certos pontos da cidade.

– Ok, garoto, parece que você vai virar um de nós agora. – ele sussurrou.

Sua voz era quase tão triste quanto a de Helena quando ela falava comigo. Eu não entendia. Eu tinha ido atrás de um metamorfo para conseguir respostas, precisava acabar com Kaus. Ele merecia depois de toda a dor que tinha feito minha irmã passar.

Era tudo culpa minha.

– Hey, relaxa aí cara. Nem sabemos o que vai acontecer. – fingi dizer com a voz mais despreocupada do mundo, mas na realidade eu sabia o que ia acontecer.

Ou pelo menos sabia o que tinha acontecido com Edward.

Edward me olhou de soslaio, mantendo uma distância suficientemente grande e bufou.

– Você foi burro, Jason. – ele disse e eu ignorei.

– Eu sei, não precisa ficar jogando na minha cara, okay? – rebati um tanto quanto irritado.

– Está começando. – ouvi Sullivan dizer.

Nate veio até mim, pegou uma parte da blusa que eu estava usando, e abriu a manga até chegar a meu ombro. Uma queimação desconfortável estava começando a surgir naquela região.

– Chamem Helena! – ouvi Nate dizer.

Era a primeira vez que eu o ouvia se referir à minha irmã, uma vez que eles praticamente não se bicavam. Rob saiu correndo pela casa e desapareceu.

Eu sentia meus músculos retesarem cada vez mais, e meus ossos parecerem quebrar.

– Levem-no lá para fora. Aqui é muito pequeno para ele mudar de forma.

Senti meu corpo ser levantado do sofá, carregado por vários braços e então o ar gelado de fora me atingiu, causando uma sensação de alívio repentina. Suspirei e tentei ficar de pé, mas mais uma dor subiu por meu tornozelo e se instalou em minha panturrilha, e então se espalhou por minhas costas, coluna, costelas e pescoço. Desceu pelos meus braços e subiu por minha cabeça.

Dei um grito de dor.

Eu estava queimando por dentro!

Era possível sentir todos os meus ossos craquelando em fragmentos pequenos, moldando-se e girando dentro de mim.

Meu corpo se dobrou inteiro e eu tive vontade de chorar ainda mais. Minhas costas arquearam com a dor, e eu gritei alto. A sensação de queimar se juntou com uma sensação de formigamento e coceira que se iniciou. Eu sentia a necessidade de vomitar. Meu estômago ricocheteava em mim. Minha pele estava grudenta, tanto de sangue dos ferimentos que agora se estiravam, quanto de suor.

Merda, merda!, ouvi uma voz em minha cabeça.

Olhei para os Caçadores que tinham afastado uns passos e então se transmutaram. Era noite e ninguém passava na rua. Eu pensava em quanto tempo havia passado desacordado antes de chegar à casa da Ordem.

Jeremiah, o lobo cinza claro, se aproximou de mim, e rosnou impaciente.

Mais uma dor lacerante e ele pareceu satisfeito.

Senti minha pele se estirando e então a agonia se transformou em adrenalina. Fechei meus olhos e afundei minhas mãos no chão fofo de neve. Antes onde eram minhas mãos, agora haviam surgido grandes patas castanhas, com longas garras.

E eu ressurgi como um metamorfo.

Minha visão tinha melhorado quase 100% e eu tinha certeza que conseguia ver até mesmo coisas que passavam despercebidas por mim.

Um floco de neve pousou gentilmente em meu nariz e eu sacudi a cabeça para tirá-lo. O senti derreter por conta da temperatura de minha nova pele e sorri o máximo que meu novo corpo me permitia.

Finalmente, ouvi a voz de Edward em minha cabeça.

Isso é perturbador, respondi e todos os lobos pareceram rir.

Vamos correr, será melhor pra liberar todo esse estresse, Jeremiah disse.

Dei uma olhada para trás quando começamos a correr, onde somente havia peças de roupas rasgadas em milhões de pedaços.

Eu seria a melhor versão de mim mesmo, desta vez, concluí enquanto corria na maior velocidade que conseguia, sorrindo internamente.

Paramos quando ouvimos um uivo alto e claro. Eu era um lobo e da mesma maneira que todos os outros pararam para ouvir com atenção aquele uivo, eu procurei fazer a mesma coisa. Do meio das árvores surgiu um lobo grande, muito maior do que o meu, completamente preto. Ele se aproximou de nós, e conforme chegava mais perto, pude sentir a força e o poder que emanavam dele.

Os outros lobos fizeram uma reverência e eu me senti tentado a fazer também. O lobo preto ficou na minha frente e vi Edward levantar e se posicionar atrás dele, assim como Jeremiah.

Edward já tinha me falado sobre aquele lobo completamente preto. Ele era um Guiador. E um dos fortes.

O Guiador estufou o peito e eu me senti coagido de repente.

Fiz uma reverência mostrando respeito e o lobo pareceu rir.

Bem vindo à matilha, Jason.

E eu tive um ataque.

Fitch? Minha voz quase histérica o fez rir em minha mente, assim como os outros lobos.

Se eu estivesse em minha forma humana com certeza teria corado até às orelhas.

Você parece surpreso, ele disse.

Assenti.

Não mais surpreso do que ter acordado no meio da noite e ter visto um lobo dormindo ao lado de minha irmã, respondi num tom de brincadeira.

Fitch revirou os olhos.

Ela estava com frio.

Ignorei-o e joguei meu corpo levemente contra o seu, deixando de lado os problemas que tive com ele no passado.

Não se preocupe, amigo... Será nosso segredo.

Ele pareceu de certo modo aliviado.

Eu sempre torci pra você, de qualquer maneira... Fiz questão de declarar, e encolhi meu corpo com medo de que minha frase pudesse ser entendida de uma maneira errada.

Uma risada estrondosa ecoou do peito de Fitch e eu recuei, assustado.

Eu sei, Jason.

Fitch olhou para o céu e transformou-se em humano.

– Ainda temos tempo de tomar um café antes de você voltar para Helena. Precisamos conversar. – disse ele, pegando uma muda de roupa que tinha enganchada na perna, vestindo-se rapidamente.

De repente eu não queria mais voltar a ser humano.

Não trouxe roupa, disse em sua mente.

Fitch veio até mim e afagou meu pelo em gesto de calmaria.

– Sua irmã não está em casa. Ainda dá tempo de correr para pegar uma troca de roupa.

Não estávamos muito longe da casa da Ordem, mas o cheiro de tudo agora me parecia muito diferente.

Eu conseguia sentir o cheiro do café a quilômetros de distância e isso fazia minha boca salivar.

Saí em disparada, apostando uma corrida mental com Edward, que já tinha se posicionado ao meu lado, e antes mesmo de dar a partida já estava em movimento.

Filho da mãe!, gritei em sua mente.

Ele riu e revidou: Novato!


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Notas finais do capítulo

Continua?



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