O Violão Azul. escrita por Princess of the night


Capítulo 3
Capítulo II - O violão azul parte 2




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Assim que Sam atendeu o casal, voltou para o balcão mas no meio do trajeto a garota do violão a chamou novamente, ela caminhou até a garota e viu que o muffin estava pela metade ainda.

–Desculpe, mas qual o seu nome? –ela perguntou a Sam.

–Samantha, mas pode me chamar de Sam.

–Prazer Sam, sou Mary. –ela disse sorrindo, Mary, aquele nome tinha grande significado para Sam. –Quanto deu tudo? –ela perguntou em seguida e Sam lhe disse o valor.

A garota pegou dentro da bolsa uma pequena carteira vermelha e tirou o dinheiro entregando a Sam que pegou e levou até o balcão entregando a Clary. Alguns minutos depois Sam olhou para mesa da garota e a mesma não se encontrava mais lá, ela pegou uma bandeja foi até a mesa retirar o prato, assim que chegou a mesa viu o violão da garota e entre duas cordas dele um envelope escrito grande no mesmo “Para Sam”. Sam olhou para Clary e a chamou, Clary se aproximou e olhou para o violão.

–Ela esqueceu? –perguntou Clary.

–Não ela deixou ai, e olha. –Sam apontou para o envelope.

–Você deve ser uma ótima garçonete.

–Normalmente as pessoas deixam gorjetas e não violão.

–Larga de ser besta, o violão é lindo e o seu está um lixo, pega logo. –disse Clary animada.

–Não sei se devo.

–Claro que deve! Agora vamos ler o que tem aqui. –ela disse pegando o envelope e Sam pegou da mão dela.

–Depois eu leio.

–Mas eu quero ler. –Clary disse fazendo biquinho.

–Depois que eu ler.

–Tá bom. –Clary disse revirando os olhos, Sam terminou de colocar as coisas na bandeja e entregou a Clary, guardou o envelope no bolso do avental e pegou o violão o guardando perto de sua bolsa no lado de dentro do balcão.

–Os garotos estão te chamando. –Clary disse apontando com a cabeça para a mesa cheia de garotos, Sam revirou os olhos e caminhou até a mesa.

–Sim? –perguntou Sam.

–Qual o seu nome? –Um dos garotos perguntou.

–Samantha, Porque?

–Nada Samantha, você é muito bonita. –ele disse a encarando.

–Obrigada. –Sam respondeu sem ânimo.

–Azul combina com você. –Outro garoto disse e Sam respirou fundo.

–Vão ficar enrolando ou vão dizer o que querem?

–Não precisa se estressar, só queremos a conta. –o garoto disse e Sam colocou o papel com a conta deles em cima da mesa se retirando em seguida.

Em alguns minutos os meninos se retiraram da mesa e um deles foi até o balcão, ele se aproximou do balcão e disse perto de Sam.

–Agora sei seu nome. –Sam levou um pequeno susto e olhou para o lado vendo o garoto que a viu cantar.

–Infelizmente. –ela respondeu sem encara-lo.

–Porque?

–Porque eu prefiro ficar no anonimato.

–Difícil ficar no anonimato quando se é bonita como você.

–Acho que não, passei todos esses anos no anonimato. –ela disse ainda sem encara-lo e passando para o lado de dentro do balcão.

–Aqui está. –ele disse entregando o dinheiro a Clary e voltou a olhar para Sam. –O que acha de sairmos?

–Acho que na...

–Ela vai adorar. –Clary falou cortando Sam e tampando sua boca. –Pega ela amanhã na casa dela as 20:20 sem atraso, ah depois te passo o endereço, agora vai embora porque se ela se soltar vai dizer que não. –O garoto riu olhando para Sam que tentava se soltar.

–Te pego as 20:20 Samantha. –ele disse saindo do local e Clary soltou Sam em seguida.

–Ficou maluca? Eu não sei quem é ele, o que ele faz da vida nem ao menos o nome dele eu sei. –Sam gritou e Clary ria.

–Relaxa morena, você pode saber isso tudo amanhã.

–Eu não vou!

–Você vai! Ou faço a Lívia te demitir por todos os seus atrasos que ela não sabe.

–Qual é? Você não faria isso... Faria?

–Você ainda duvida?

–Te odeio.

–Você ainda irá me agradecer por isso. Agora ao trabalho. –Clary disse indo para a cozinha.

[...]

Ao fim do expediente Sam se sentou em uma das mesas que ficava do lado de fora do café e pegou o envelope no seu avental, ela o encarou por longos segundos e o abriu pegando o papel e começou a ler a carta.

Olá Sam,
pelo o que vi hoje você se tornou uma garota responsável, como já era de se prever. Também percebi que você não me reconheceu, pois é, acho que mudei muito desde que era pequena, se você não me reconheceu talvez o apelido que te dei te lembre, né Lírio? Acho que sou a única pessoa que te chama de Lírio, não é mesmo?
Eu sei que fui embora na pior hora, logo no ano que sua família descobriu a doença de sua irmã e no ano que você mais precisou de um ombro amigo, me desculpe, se pudesse tinha ficado, mas não dependia de mim e sim dos meus pais e segundo eles uma escola na Inglaterra seria o melhor para mim.
Lembra da minha mãe? Ela faleceu a três anos em um acidente de carro, foi tão difícil Lírio, meu pai não concordava em voltar para cá, ele ficou tão obcecado no trabalho e por dinheiro... o que as vezes me assusta, passei três anos sofrendo sozinha com a morte da minha mãe, não consegui manter o contato com você, o que foi pior ainda.
Lírio, eu quero que fique com o violão, eu o comprei especialmente para você, sei que azul é sua cor favorita sem contar como combina contigo, definitivamente, azul é a sua cor, não disse quem eu era pois tive medo, não sabia se guardava alguma magoa minha por ter ido embora e tive medo de não lembrar de mim, na verdade ainda estou com este medo.
Eu e meu pai voltamos para a cidade e conseguimos comprar nossa antiga casa, se poder passe lá, quero matar a saudade.

Com carinho, Mary.”


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando, comentem por favor!
Beijinhos



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