Mystic Falls, 10th.

ELIZABETH POV.

– Elizabeth, filha. Vá procurar seu irmão, já está tarde. Mais tarde a lua cheia irá aparecer. – Minha mãe, Margareth me pediu. Ela se referia ás lendas que as pessoas contavam, que em toda lua cheia homens se transformavam em lobos. Eu não acreditava muito nisso mas, para tranqüilizá-la resolvi procurar meu irmão.

Estava anoitecendo, e ficando frio. Andava pelo meio das árvores olhando atentamente tudo em minha volta.

– NATHANIEL?! NATHANIEL?! – Gritava tentando achar meu irmão que como sempre não aparecia. De repente senti a presença de alguém, rapidamente olhei para trás mais não havia ninguém. Rapidamente vi um vulto passar entre as árvores. – Nathaniel? Pode parar com isso, não tem graça! – Não obtendo resposta continuei a olhar, e novamente vi um vulto passar. – Mamãe está preocupada, e você está sendo tolo. Isso não me assusta, eu sei que é você. – Sentiu uma presença perto de si e voltou a olhar para trás mais não havia ninguém. Já estava noite, e a lua cheia brilhava no céu.

“Nathaniel já deve ter voltado, e eu aqui procurando por ele. Acho melhor voltar”. – Pensei, e então comecei a caminhar em direção ao vilarejo onde morava. Quanto mais me aproximava um cheiro forte invadia minhas narinas, e parecia .. sangue? Retirei esses pensamentos de minha mente e voltei a caminhar. Já estava chegando e uma luz forte vinha em direção ao vilarejo. Sorri ao ver que estava perto e mais alguns passos estaria em casa, junto com meus pais e poderia descansar. Porém quanto mais me aproximava um silêncio se estabelecia. Estranho, calmo demais. Fui andando um pouco mais depressa e então me deparei com uma cena terrível ao chegar. Tudo destruído, pessoas mortas. Lágrimas desciam dos meus olhos. Olhava tudo aquilo atônita, tentava andar, gritar pelos meus pais que não via, porém parecia que minhas pernas e minha voz já não tinham forças. Como se fosse um pesadelo daqueles que queremos acordar mais não conseguimos. Fechei meus olhos com a esperança de que aquilo ainda fosse um sonho, mais não era e pude constatar assim que abri os olhos. Então vi um rosto familiar em meio aos corpos. Não pode ser.

– Mãe, mamãe. Não! Não, não, não. Isso só pode ser mentira. Abra os olhos, por favor – Voltei a observar tudo ao meu redor e avistei meu pai. Ele ainda respirava. Corri até ele. –Papai, papai. Fale comigo. O que houve?

Olhei para ele, seus olhos estavam calmos apesar de tudo e transmitiam confiança e proteção como sempre. Sorriu fraco ao me ver. Então peguei em sua mão. Ele olhou atentamente meu rosto, então com dificuldade tentava falar. –Eliza..beth. Minha. Fi..lha. – Toquei em seu rosto delicadamente, lágrimas caiam de meus olhos. –Não se preocupe. Tudo ficará. Bem. – Falou com uma voz um pouco mais firme. – Deve procurar sua tia Josephine – começava a chorar desesperadamente. –Tudo bem, querida. Sempre irei proteger você. Você é.. absolutamente.. tudo.. o que... eu e sua mãe... queríamos que .. foss.. – então fechou os olhos, rapidamente chequei seu pulso mais nada. Ele estava morto, tinha me deixado. Ás lágrimas não paravam de cair de meus olhos, sentia como se um pedaço de mim tivesse sido arrancado. Quem teria feito aquilo? Porque com meus pais? Porque minha família? Eram perguntas agora sem respostas então olhei para uma árvore. E tinha um sinal nela, um sinal diferente. Minha visão já estava embaçada pelas lágrimas que desciam do meu rosto. Fiquei ali, abraçada aos meus pais, chorando uma noite toda.