A história da bandana escrita por saoren


Capítulo 1
A bandana


Notas iniciais do capítulo

Bom, mais uma fic chrisse da vida, né.O casal é lindo, a estória é engraçada e vocês são leitores lindos.Sem mais delongas, boa leitura!



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Era uma tarde comum, claramente, depois de matar alguns monstros. Clarisse La Rue, filha de Ares, a esquentadinha do Acampamento, começava a seguir alguns conselhos de sua amiga, Silena Beauregard, filha de Afrodite.

De alguma maneira, Silena conseguiu conquistar a amizade da outra sem muitos esforços. Clarisse era uma garota muito legal, apesar de sua ira constante e vontade de enfiar a cabeça de quaquer um dentro de uma privada.

"Não precisa fazer algo tão radical agora, Clarisse, mas dê o primeiro passo, ok?", essas foram as palavras que ecoaram na mente da semideusa. Bem, teria muito tempo para pensar em algo, já que sua cota de caçar monstro hoje já estava no limite. Passearia pelas ruas de Nova York sem problemas para interromperem seu sossego.

Clarisse também se pegou pensando que nunca havia gostado de ninguém, tirando o Flint, um garoto rechonchudo, cheio de sardas nas bochechas, com um cabelo ruivo quase loiro, e que comia melecas, mas isso foi quando ela era pequena.

Houve uma vez que ele foi falar com ela uma vez, na hora do recreio, pedindo liçensa para passar entre a cadeia que ela estava sentada e a de uma outra menina, pois não havia espaço suficiente para passar com toda aquela banha. Clarisse ficou tão nervosa e sem saber qual atitude tomar primeiro que se levantou e deu um soco bem em seu nariz. O coitado saiu correndo com sangue e (adivinhem só) meleca escorrendo do nariz.

Depois disso ela nem se atreveu a pensar nele. De qualquer maneira, enquanto ela caminhava, um rapaz bem apresentável vinha em sua direção. Ela fazia de tudo para tentar desviar o olhar, mas havia algo naquele rapaz... Ok, ele era um desconhecido, podia ser um monstro disfarçado, ou seu pai querendo fazer uma pegadinha para depois zombar da cara dela, dizendo o quanto ela era fraca, por ser filha da Guerra, mas se deixar levar por algo tão banal como beleza.

O rapaz vestia uma camisa cinza simples, com uma jaqueta de couro preta e calças pretas também. O que mais chamou a atenção de Clarisse foi o que ele calçava. Coturnos. Ela adorava coturnos, e até conversava sobre os lançamentos de marcas com Silena, que achava isso tão ruim quanto um vestido Prada com defeito na costura ou um perfume da Gucci com cheiro enjoento, mas só revirava os olhos e tentava mudar de assunto.

"Ok, ok. Ele está próximo. Ai isso é tão ridículo, mas ele está tão perto! Ah, isso não pode estar acontecendo. Ok, desvie o olhar, desvie a porca do olhar! Mas para onde, não tem nada interessante aqui!"

E nesse drama interno todo, finalmente, faltando poucos milésimos de segundos, o carinha fez o favor de virar o rosto para uma vitrine. A mesma que ela olhou.

Eles pararam, contemplando aquela cor maravilhosa, o acabamento da costura nas bordas internas expostas, o tamanho nem sem se fala: o diâmetro certo para amarrar na cabeça. Não era uma bandana qualquer. Era A bandana. O mundo parecia girar em slow motion.

– Ela é tão... bonita!... - falou o rapaz vidrado no objeto.

– É, eu acho que estou... feliz... - essa foi Clarisse, com um ar sonhador, o rostinho brilhando de admiração, as mãos no vidro em tempo de quebrá-lo e roubar a tal da bandana.

De repente eles se deram conta de que havia uma plaquinha no canto com uma descrição.

Por conta da dislexia ela não conseguia entender direito.

– O que diz aí? - ela se arrependeu de falar aquilo.

– Também não consigo entender direito. Meu TDAH piora a cada dia - ele confessou, fazendo-a se sentir mais aliviada.

Um dos vendedores da loja que varria a calçada logo se apresentou e explicou.Aquela era a útima no estoque e havia sido posta ali há vários dias. Droga! Por que ela não passou por ali antes?! O rapaz ficou um pouco sem graça. Aquela bandana era realmente muito maneira, com aquela caveira em cruz. Magnífica!

Clarisse também ficou chateada. Queria aquela bandana, foi amor à primeira vista. Mas ela não queria mostrar sua identidade para um cara desconhecido, gato, que estava falando com ela e que tinha algo em comum. Ela estava se segurando para não bater nele ali e dizer que a bandana era dela e que ele nem ousasse encostar naquele lindo tecido.

Ela abaixou a cabeça fechando os olhos, não para fazer cena, mas apenas para respirar lenta e profundamente.

Clarisse escutou o tilintar agudo do sino quando ele entrou na loja. Seria algo rápido. Ele entraria ali, pagaria e sairia com a sacolinha da loja na mão, enquanto ela ficaria lamentando ali. Por que Hades ela não foi atrás daquilo? Melhor ainda: Por que Hades ela se importava tanto com uma... bandana. Ela conseguia enteder o significado concreto daquilo.

De novo ela ouviu o tilintar. Ele estava saindo da loja. Quando levantou a cabeça, Clarisse percebeu que ele estava ali, esperando ela olhar para frente.

– Aqui está - o rapaz fez gesto de entregar o pacote a ela, enquanto colocava uma mão no bolso.

– O-o que? - ok, isso era confuso.

– A bandana. Tome. Pode ficar.

– Mas porquê? É só um pano... - ela falou, mas seus olhos expressavam gratidão.

– É mesmo? Não foi isso que eu percebi - ele falou sorrindo, para logo imitá-la - "É, eu acho que estou... feliz..."

Aquilo a deixou com raiva. Ninguém debochava assim de Clarisse La Rue e saía impune, mas esse cara...

– Ah, propósito... Sou Chris Rodriguez - ele ofereceu a mão num ato gentil e educado.

– La Rue. Clarisse La Rue - 'filha de Ares', ela quis dizer.

– Hmm, escuta, La Rue, Clarisse La Rue, desculpe por perguntar isso, e não se ofenda, ou leve para um mau caminho, mas... aceita caminhar comigo?

Wow, isso pegou a garota desurpresa. Ninguém nunca havia sido tão gentil assim com ela.

– Ah... - "Sério? É isso mesmo qu você vai responder?!", ela se repreendeu mentalmete - Claro... Por que não?

– E que tal a gente parar na Royal Flavour para tomar um sorvete? Ah, o de baunilha parece néctar dos deuses! - ele falou beijando os dedos como aqueles chefs de cozinha da França.

– Bauniha?! Néctar?! - ela arregalou os olhos pensando em como Ares e Afrodite estariam reagindo àquilo no Olimpo. O povinho para não ter nada para fazer, viu - Realmente deve ser perfeito mesmo!

E assim, Chris Rodriguez e Clarisse La Rue seguiram o caminho juntos, conversando sobre gostos em comum. Ela falando sobre as performances dos lutadores de MMA que ela mais gostava, enquanto ele tentava criar argumentos paradoxais para fazer charme para ela.

É, a vida nunca foi tão divertida e doce como "baunilha com sabor de néctar dos deuses".


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Notas finais do capítulo

Duas coisas: (1) Aquela primeira conversa deles foi inspirado em uma das conversas da Dori com o Marlin, de Procurando Nemo. (2) Geralmente eu escrevo a gramática britânica, então esse 'Flavour' aí é o mesmo que 'Flavor'. Só para avisar
E então? Ai, essa fic é fofa. Ok.
Deixem meu miocárdio feliz, beijos :3



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