Aquilo era loucura. É, com certeza aquilo não estava certo. Levi apertou os olhos, ranzinza, enquanto observava de uma distância razoável, Hanji praticamente debruçada em cima da mesa de Erwin, enquanto explicava algumas de suas teorias para ele.

E Erwin... Parecia interessado demais.

Levi conseguia perceber com facilidade, como os dedos do comandante tamborilavam pela mesa e deslizavam na direção da mão de Hanji parecendo que ia entrelaçar os dedos nos dela, mas depois voltavam para a posição original, como aquele sorriso estúpido que ele direcionava a ela, parecia mais um flerte do que qualquer outra coisa.

Nada inocente.

Se não estivesse ficando louco, apostaria que Erwin estava fazendo de propósito apenas para provocá-lo.

Hum. Como se ele se importasse com isso, mas... Por que diabos ele estava sentindo uma coisa esquisita no peito? E repentinamente com vontade de dar um soco no meio da cara de uma das pessoas que mais respeitava? Soltou um palavrão em voz baixa e cruzou os braços sobre o peito.

Ouviu Hanji dar uma risada sobre algo que Erwin tinha dito e depois olhar para ele, o sorriso ainda dançando em seus lábios rosados. Mas que raios...?

Levi levantou do sofá, a carranca pior que o normal. Ele não era obrigado a ficar vendo os dois flertando. Pelo amor de Deus! Quando ia atravessar a porta, ele ouviu a voz de Hanji chamando-o.

— Levi! Espera por mim, eu vou com você! — Ele a ignorou e continuou andando, demorou apenas alguns segundos para que ela o alcançasse, um pouco ofegante. — Hey, eu pedi pra você me esperar! — reclamou.

— Tsc, maldita quatro-olhos. Você estava tão ocupada com Erwin, achei que não se importaria — retrucou de mau humor.

— Eeeeeeh. — Hanji entendeu imediatamente do que se tratava. — Levi... Você está com ciúmes? Pffffff — zombou, escondendo uma risada com a mão.

— Cale a boca.

— Não seja assim!

— Eu não estou falando com você.