Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Hey amores! Devo dizer que os reviews dos novos leitores me deixam ultra mega master super feliz. Mas disso você já sabem.
Bom, os próximos caps se passarão na Toca, já que eles estão de férias e vai ter o casamento da Vicky e do Teddy e tudo o mais.
Taí esse cap, que todos esperavam, acho. Vocês verão por quê.
Bora ler?



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–Vamos lá, ruiva. –ele suspirou novamente.

–Não, não e não!-grunhi irritada.

Estamos na frente da impotente Mansão Malfoy, e Scorpius tenta me arrastar pra dentro dela, mas eu não arredo o pé. Não consigo acreditar até agora que concordei com isso. Morro por dentro só de pensar em conhecer os pais dele. Não, não e não.

–Não vai amarelar agora, vai?-ele disse com um sorriso.

–Fácil pra você dizer, você não é uma garota que está sendo moral e fisicamente obrigada a conhecer pessoalmente os pais do namorado! –bufei.

–Mas eu já conheci os seus!-ele levantou as mãos para o alto. –E não vai ser tão ruim, eu vou estar com você!

–Grande consolo. –eu disse entredentes.

Ele fez um biquinho. Ah, não.

–Por favor, ruiva. –ele fez cara de cachorrinho pidão e me senti amolecendo por dentro. Maldito seja. Descobriu minha maior fraqueza e a maior arma dele contra mim: a carinha fofa.

–Er, não!-desviei o olhar da cara linda e irritante dele.

–Ruiva... –ele foi chegando cada vez mais perto. Ai, ferrou.

Ele puxou minha cintura até ele e encostou os lábios nos meus. Mas sem me beijar. Eu odeio quando ele me provoca assim. E é claro que ele sabe.

–Vamos. Eles estão nos esperando. –ele distanciou o rosto para me fitar melhor. É desnecessário dizer que as mãos dele em minha cintura me davam choques internos. É assim sempre que ele me toca. Mas é bom.

–Como é que você me convenceu a vir pra cá mesmo?-fiz cara de choro e ele riu.

–Bom, você falou que se eu passasse uma semana na Toca você passava uma tarde aqui em casa.

Grunhi outra vez.

–Pensa bem, que é que pegou a pior parte: você que passa só algumas horas aqui, na companhia dos meus pais que não vão te matar ou eu que vou passar sete dias junto da sua família e do seu pai que provavelmente vai tentar me assassinar algumas vezes por dia?-ele falou com um sorrisinho.

–Eu. –falei sem pestanejar e ele revirou os olhos.

–Tá, tá!-ele levantou os braços de novo em um gesto de “Desisto, você ganhou” e eu sorri. –Agora vamos entrar que eles estão mesmo nos esperando. –ele disse e meu sorriso murchou.

Ele passou um braço na minha cintura e foi me puxando (me arrastando!) até a porta. Nós já havíamos passado daquele portão enorme e meio sinistro de ferro. A porta de madeira gigantesca fez um barulho quando passamos e eu ia me boquiabrindo a medida em que entrávamos naquele casarão assombrado.

No hall de entrada já dava pra ver a grande escada que levava para os cômodos mais elevados, e no teto repousava um lustre de cristal imenso. Na sala do nosso lado havia sofás vermelhos e pretos, e algumas poltronas. Não tinha TVs, só mesinhas baixas, quadros de pessoas nas paredes e, em cima da lareira, o brasão da Sonserina.

A iluminação não era muito forte, o que só contribuía para o ar misterioso e assombrado da casa. Olhei para Scorpius que ainda me observava e me perguntei como é que devia ter sido crescer aqui. Eu acho que para mim seria muito assustador. Aqui parecia cenário de terror e castelo medieval ao mesmo tempo. Claro que era tudo muito fascinante, mas horripilante mesmo assim.

E isso sem mencionar que pessoas já morreram aqui pela mão do Voldemort, e minha mãe quase foi morta por Bellatrix Lestrange em algum lugar dessa casa. Me arrepiei com o pensamento, e Scorpius apertou minha mão em um gesto de conforto. Ele devia ter entendido o que eu estava sentindo.

–Scorpius?-uma voz feminina e melodiosa chegou até nós, e eu e o loiro nos viramos instantaneamente.

No hall de entrada, à nossa frente, parecendo ter acabado de descer da escada, estava Astória Malfoy. Com um sobressalto, percebi que a mulher na minha frente parecia jovem demais para ser mãe de alguém de dezesseis anos. Ela parecia ter uns vinte e poucos anos, não trinta e cinco, que é a idade que o loiro disse que ela tem. Tinha cabelos tão negros que lembravam carvão, e em um perfeito contraste, olhos tão verdes que talvez até podiam brilhar no escuro. Ela era tão linda que me senti constrangida com a minha aparência hoje, mesmo que não estivesse tão ruim. Ela vestia um vestido leve e azul claro, de um tom quase tão bonito quando os dos olhos do Scorpius, enquanto eu vestia um short jeans e uma camiseta de um ombro só. Meus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo e os dela repousavam como uma cascata negra nos ombros delicados.

Ela sorriu, e só aí pude ver a semelhança dela com Scorpius. Porque no resto eles eram tão diferentes que não dava para acreditar que ela era mãe dele.

Scorpius se adiantou para abraçá-la, e me senti mais constrangida ainda ao estar presente nessa cena de mãe e filho. Mas o contentamento nos olhos dela era tão grande que não havia dúvidas quanto ao parentesco dos dois.

–Quase morri de saudades!-ela segurou os dois braços dele com uma careta de repreensão. –Você nem nos escrevia mais, eu estava quase indo lá só pra te ver, quando você finalmente nos mandou aquela carta.

–Desculpe, mãe. –Scorpius também fez uma careta, mas sorriu. Ele se virou pra mim sorridente e me estendeu a mão, e eu a peguei com acanhamento. -Essa é minha namorada, Rose. –ele se voltou para ela, que me observava atentamente, aquele mesmo olhar que Scorpius estava sempre me lançando. Os dois são mais parecidos que eu imagino. Depois ele se voltou para mim. –Rose, essa é a minha mãe, Astória.

Estendi a mão para cumprimentá-la, mas ela praticamente correu para me abraçar.

–É um prazer, Rose. –ela disse quando me soltou. –Bem vinda à família Malfoy.

–Eles têm que se casar primeiro para isso, Asty. –uma voz desconhecida falou e todos nos viramos em direção a ela.

Já ouvi muitas coisas sobre Draco Malfoy, mas nenhuma delas parecia se relacionar a ele. Ele era um homem alto, de cabelos tão platinados que chegavam quase a serem brancos, e de olhos azuis meio acinzentados, mas que, assim com os de Astória, não lembravam os de Scorpius. Os dele são uma mistura das cores dos pais, e os cabelos são bem mais claros que os da mãe e mais escuros que os do pai.

Mas o Sr.Malfoy não me lembrava, de jeito nenhum, uma pessoa má. Ou que já foi má. Ele não sorria pra mim, mas sua expressão não conseguia me dizer absolutamente nada. O contrário de Scorpius, novamente, já que ele sempre consegue demonstrar o que sente e não consegue esconder.

–Mas é claro que isso não vai demorar muito!-Astória riu e qualquer tensão, se é que tinha alguma, se dissipou no ar.

***

–Então, Rose, sua mãe convidou o Scorp para passar uns dias na Toca, não foi?-Astória perguntou, sorrindo. Ela faz muito isso. Até me lembra alguém.

Eu, Asty (ela me pediu pra chamá-la assim, e não sou eu que vou contrariar, eu quero a aprovação da sogrinha!), Scorp e o Sr.M (Alvo e Zabini chamam o cara assim, e meio que pegou) estamos agora sentados nos sofás da sala. Eu e Scorp estamos em um, e os outros dois em outro, de frente para nós. Estamos batendo “um papinho”, como Asty disse que sempre quis fazer com a família e com a namorada do filho dela.

–Sim, convidou. –eu dei um sorrisinho. Eu já estava me sentindo mais confortável por aqui, até mesmo perto do Sr.M. Ainda bem.

–E você vai?-Draco Malfoy franziu as sobrancelhas para Scorpius.

–Vou. –ele deu de ombros.

–Boa sorte, você vai precisar!-o Sr.Malfoy riu, pela primeira vez no dia, zombeteiro. –E tente não ser assassinado pelo Ruço, eu gosto de ter um filho vivo. -“Ruço”? É assim que ele chama o meu pai? Bom, poderia ser pior, considerando as circunstâncias.

–Por Merlin, Draco! O Sr.Weasley não vai matar ninguém! –Asty fez uma careta, mas juro que a vi dar um sorrisinho. –Hermione vai mantê-lo sobre controle.

–Nunca se sabe. –o Sr.Malfoy deu de ombros. –Todo cuidado é pouco, e duvido que algum dia ele jogue Quadribol por aí com Scorpius como se fossem velhos amigos.

–Ah, mas ele vai sim. –os três me encararam, e o Sr.Malfoy franziu o cenho para mim. –Quer dizer, isso é passageiro, e um dia ele vai ter que aceitar que eu gosto do Scorpius, e só dele.

O loiro olhou para mim com um sorriso brilhante que quase me cegou, e Astória suspirou baixinho, entrelaçando as mãos com as do Sr.M, que me olhava com curiosidade.

–Acho que me enganei com relação a você. –Draco se dirigiu a mim. –Talvez seja melhor assim. Só não prometo que vou envelhecer do lado do Weasley como se nos amássemos.

–Ninguém esperava isso mesmo. –Scorpius sorriu para o pai.

–Scorpius, porque você não mostra o nosso jardim para a Rose? Tenho certeza que ela vai gostar. –Asty sorriu para nós dois e o loiro assentiu com a cabeça levemente.

Ele me puxou e foi me conduzindo pela casa dele. Lancei um último olhar para os pais dele, que já não nos viam, apenas olhavam um para o outro.

Com isso, não tive dúvida nenhuma do amor que sentiam um pelo outro. Isso é fofo. Nunca pensei que poderia algum dia averiguar o sentimento entre os dois, mas aqui estou eu. E acredito plenamente em tudo o que minha mãe já falou sobre os dois. Só não consigo acreditar no meu pai, que insiste que o Sr.M é uma pessoa tão horrível. Bom, talvez ele já foi, mas o passado é passado por um motivo: porque passa.

E todos que são capazes de amar merecem perdão, então acho que nunca conseguirei julgar Draco Malfoy por alguma coisa.

***

–E então? Assustador demais para você?-Scorpius falou para mim quando chegamos ao jardim.

–Não, é lindo. –meus olhos olharam em volta. Era tudo verde brilhante com árvores ao redor, e com flores de todas as cores espalhadas por aí.

–Eu estava falando do seu encontro com meus pais. –ele sorriu largamente.

–Añ, tá. –revirei os olhos. –Não, não me arrepiou tanto assim. Eles não se encaixam na imagem que eu tinha deles.

–Que imagem você tinha deles?

–Ah, você sabe. Vampiros bebedores de sangue loiros, pálidos e assustadores. –revirei os olhos de novo.

–Você se enganou. A minha mãe não é loira. –ele riu.

Engraçadinho, ele, né? Mas voltei minha atenção ao esplêndido jardim. Milhares de rosas vermelhas e brancas, cravos e orquídeas, tulipas e nem mais o quê povoavam o lugar, dando a ele um cheiro maravilhosamente doce.

–É tão... Maravilhoso. –me curvei para cheirar uma rosa vermelha.

–É. –ouvi a voz dele atrás de mim. –Mas só tem uma coisinha que eu acho.

–O quê?-me virei pra ele, que tinha os olhos fixos em mim.

–Você ainda consegue ser a rosa mais bela desse jardim.

–Essa é velha. –eu ri, mas gostei dele ter falado aquilo. Ele fez uma cara de ofendido cômica.

–Não fique assim, querido. –me inclinei para beijar a bochecha dele e ele desfez a careta ofendida e me pegou pela cintura, me levantando no alto como se eu fosse uma criança.

No instante seguinte já rolávamos na grama macia, rindo como se fossemos mesmo crianças. Ele parou em cima de mim e parei de rir, absorta nas íris azuis dele que não se desgrudavam de mim. Ele se aproximou de mim lentamente, até eu não agüentar mais todo aquele suspense e sumir com a distância entre nós. Pois é, eu devo admitir que isso é irônico, já que, sempre que o loiro perguntava que eu queria que existisse algo entre nós, antes de eu virar namorada dele, eu costumava dizer que queria sim, que tivesse UMA PAREDE entre nós. Ou distância, que agora já é um pesadelo para mim quando fica entre mim e o loiro.

Selamos nossos lábios em um beijo apaixonado.


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Notas finais do capítulo

E então? Os Malfoy são ou não são super?