Apaixonada pelo Malfoy | Dramione | One-shot escrita por Lily Einstein


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Essa fic foi escrita por mim no ano de 2013, como voltei a ter acesso ao site do Nyah! esse ano, decidi por manter essas fics, apesar de não ser mais o tipo de narrativa que eu aprecio, acho justa essas histórias permanecerem aqui, como forma de nostalgia. Espero que gostem!!!



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A cena diante dos meus olhos tanto me repugnava profundamente quanto me causava extrema inveja. Enquanto eu, a sabe-tudo Hermione Granger, virava ferozmente as páginas de tantos e tantos livros escorada em uma árvore em frente ao lago para ajudar Harry na segunda competição do torneio tribruxo, alguns metros mais para frente Draco Malfoy beijava uma outra sonserina e vários amigos riam e aplaudiam, era normalmente o que eles faziam, o que eu devia esperar de um cafajeste como Draco? O garoto popular que ficava com todas as sonserinas? Draco separou-se da menina, que saiu rindo esganiçadamente até suas amigas, e depois o loiro olhou brevemente para mim com um olhar meio triste, que preferi tomar como um deboche de mau gosto que o garoto me lançara sem motivo algum. O pior de tudo era saber que não havia sentimento algum em tudo isso, tanto ele quanto as garotas que ele beijava não sentiam sentimento algum um pelo outro, faziam o ato por apenas prazer e diversão, enquanto eu era secretamente porém sem dúvidas alguma, apaixonada por aquele loiro, sem ao menos conhece-lo bem, sem ao menos ter certeza de que no fundo ele talvez fosse uma pessoa bondosa. Lágrimas escorriam descontroladamente de meus olhos e eu já não conseguia mais fixar minha atenção nos livros, cujo suas letras não passavam de borrões, Gregory Goyle, que havia acabado de dar uma batidinha de parabéns no ombro de Draco por ter beijado a sonserina mais linda de todas, virou-se em minha direção, sorriu perversamente e andou até mim.

—Chorando porque? Sangue-ruim? —Perguntou o grandalhão, ficando de cócoras à minha frente, para que ficássemos cara a cara

—Não é da sua conta, Goyle, saia daqui—Falei, respirando profundamente e tentando parecer educada.

—Quer dizer então que a Grangerzinha está triste por gostar do Draco? Awn ti dózinho...

—Cala a boca! —Berrei, e percebi que chamei atenção então de todos os amigos de Draco, inclusive dele. —Quer dizer... Eu não gosto do Malfoy, de onde você tirou isso? —Apressei-me em completar.

—Oras Granger, você está ai, se debulhando em lágrimas feito uma idiota enquanto o Draco beijava a Astoria... quer que eu pense o que? —Antes mesmo que eu formulasse uma resposta decente na cabeça, fui interrompida.

—O que está havendo aqui? —Perguntou uma voz que me provocou grande quantidade de borboletas no estômago. Draco havia chegado. O loiro abaixou-se levemente para dar um tapa na cabeça da Goyle.

—Nada não—Goyle falou, Draco então olhou para mim rapidamente e voltou a olhar para o amigo.

—Então vamos logo—Apressou-se Draco a dizer.

—Só uns segundinhos—Pediu Goyle, Draco olhou-o como quem adverte e depois saiu, andando até seus amigos, Goyle se virou novamente para mim.

—O que você quer em troca de se calar? —Perguntei.

—E quem disse que vou me calar?

—Mas então...

—Só estou esperando para falar com Draco sem você para me interromper... Acho que vou fazer isso agora falando nisso, boa sorte Granger—Disse Goyle se levantando, o grandalhão andou até os amigos e cochichou algo ao pé do ouvido de Draco, a cada segundo cochichando, um sorriso mais cafajeste formava-se no rosto do loiro, Draco falou algo diretamente para Goyle e o grandalhão voltou, uma enorme tensão fez com que eu mal conseguisse me mexer.

—Ele quer falar com você. —Anunciou, com um sorriso debochado.

—E por que eu deveria ir? —Retruquei.

—...Então além de gostar dele, ela tem vergonha? —Berrou Crabble, ao lado de Draco à uns cinquenta metros, todos riram, menos Draco, ele parecia extremamente concentrado em algo no além.

—Ora vamos lá Granger... tanto você quanto ele vão se divertir um pouquinho—Goyle falou e eu entendi. Draco ia ficar comigo. Meu coração saltou freneticamente, como eu beijaria Draco se eu nunca havia beijado ninguém?

—Mas eu não... Eu não—Eu não conseguia pensar em algo que justificasse minhas mãos tremerem e eu estar suando frio e vermelha como um pimentão.

—Venha logo, sangue-ruim—Ameaçou Goyle, me erguendo agressivamente. Meus olhos encheram-se de lágrimas novamente, porém pela dor do brutamontes me puxando até seus amigos, parei ao lado de todos e fiquei em silêncio, esperando alguém falar algo para o problema se resolver (ou um meteoro cair em cima de mim, o que viesse primeiro).

—Quer dizer então, Granger... —Disse Draco, saindo de seu transe e mordendo os lábios enquanto falava—Que você gosta de mim? —vários amigos riram e debocharam, porém o loiro me encarou com seus olhos azuis impenetráveis, ele estava sério e parecia estar tão concentrado em mim que esqueceu seus amigos que riam como gralhas.

—Eu não...Eu acho que... Talvez eu deva... —Novamente não consegui falar nada com nexo.

—Você então não gosta de mim certo? —Interrompeu ele, tentei responder, porém nada me veio à cabeça e quando tentei falar o que saiu de minha boca foi um jorro de palavras sem nexo. Um desespero enorme tomou conta do meu ser, minha respiração falhou uma vez e então eu caio novamente em lágrimas, como uma criancinha quando se perde da mãe, eu estava perdida. Minha cabeça latejava muito forte e seus amigos idiotas caiam na risada, fechei meus olhos, tentando me concentrar em algo para responder e sair logo dali, sair logo daquela humilhação, porém os risos eram tão altos e debochados que pareciam fazer eco dentro de minha própria mente. Abri os olhos e vi apenas Draco me fitando, ele não acompanhava as risadas altas dos amigos, ele parecia não querer debochar de mim, assim como os outros.

—Me ajude a sair daqui, Por favor—Pedi, tentando olhar nos olhos dele.

—Ei garotos, vou ali conversar em um lugar reservado com a Granger e depois eu volto aqui—Ele disse e todos se calaram tão depressa que tive impressão de que riam de mentira, apenas para me provocar. O loiro saiu andando ao meu lado até o saguão do colégio, que estava praticamente vazio.

—Obrigada—Falei, enquanto andávamos por vários corredores, sem rumo algum, como se esperássemos que alguém falasse algo, o único som que se era ouvido foram meus soluços.

—Acho que estou ficando louco—Disse o loiro, como se não tivesse me ouvido. O Sonserino andava, com as mãos nos bolsos, olhando para o além.

—Somos dois.

—Você não gosta de mim não é mesmo? Tipo... De verdade. Era apenas uma invenção do Goyle, não era? —Perguntou ele, parando em um corredor quase que deserto, sem sequer quadros.

—Nem você de mim, não faz diferença nenhuma—Menti, dando de ombros.

—Quem disse? —Perguntou ele, de um jeito que milhares de borboletas invadiram sem pedir meu estômago, o loiro olhou pra mim, depois passou a mão pelo cabelo e abaixou a cabeça.

—C...Como assim?

—Não está na cara, Granger? Poxa... Não importa com quantas garotas eu fique, não importa quantas garotas eu olhe e pense “nossa, como essa garota é bonita” sempre vou gostar de você, não consigo parar de pensar nisso sequer um segundo, não sei se isso é amor, mas se não for, também não sei como se chama. Se eu fico com tantas garotas consideradas bonitas é apenas porque eu quero esquecer você, mas não consigo, chego a ter raiva de você por isso, e então Goyle chega do nada e fala que você estava chorando por mim... Você pensa que eu me senti como sabendo que fiz você chorar? E então ele falou para eu ficar com você, mas não sei direito... Você não gosta de mim, já falou isso, mas não posso fazer nada... —O loiro parou de falar e continuou andando de um lado para o outro lado do corredor, com a mão no queixo.

—Eu acho que te amo Draco—Tomei coragem para dizer, e assim que o fiz, foi como se um peso de toneladas deixasse meu ser. O loiro parou de andar e me encarou.

—Haha, muito engraçado Granger, por favor, não brinque comigo assim, sei que já errei muito com você, mas não se brinca com essas coisas.

—Não estou brincando Draco. —Falei séria.

—Isso é verdade? —Perguntou ele, deixando a mão que pousava sobre o queixo cair.

—Eu acho... Acho que sim. —Falei e voltei a chorar imaginando que ele teria inventado tudo isso para me zoar. O loiro andou devagar até mim e tirou uma lágrima que escapava de meus olhos com o dedo, nunca estivemos tão próximos, aspirei o ar, sentindo seu maravilhoso cheiro de canela, exatamente como eu imaginava.

—Eu também acho que te amo, Granger—Disse o loiro, logo depois passando a mão pelo meu pescoço e puxando-me para mais perto, apenas fui, sentindo seus macios lábios encostarem-se aos meus. Não pensei muito na hora, porém, como se soubesse de meu segredo, ele me guiou no beijo, primeiro pediu passagem com a sua língua, e eu deixei. Logo depois nossas línguas dançavam em perfeita sintonia em um ritmo urgente e constante, apenas me separei dele quando a necessidade de ar tornou-se forte, não teve risadas histéricas e de gozação, não teve amigos gozando dele, não teve nada disso, e só então percebi que invejar aquelas garotas foi um fardo, pois eu agora o tinha somente para mim, sem todas aquelas idiotices. Ele me olhou e sorriu, depois olhou para baixo, passou novamente a mão pelo seu cabelo e corou ao falar:

—De todos os beijos, encontrei o que eu procurava em você. —Corei ao ouvir isso. Aproximei-me e o abracei, nossa diferença de tamanho era meio grande, pois eu conseguia sentir seu coração bater em seu peito enquanto o loiro pousou seu queixo sobre minha cabeça e fechou seus braços sobre minha cintura, ficamos muito tempo assim, apenas ouvindo a respiração do outro.

—Acho que não quero mais ser amigo daqueles grandes idiotas. —Disse ele, baixinho.

—Talvez fosse legal se você se juntasse a ganguezinha do Potter—Falei, brincando.

—Acho que podemos resolver isso depois.

—Podemos.

—Me desculpa por tudo aquilo que já falei pra você?

—Desculpo.

—Acho que estamos juntos nisso agora né? Quer dizer... —Começou ele, desvencilhando-se do abraço e segurando minha mão, inseguro.

—Acho que podemos começar. —Falei.

—Então...?

—Quero te conhecer de verdade enquanto isso... Podemos estar juntos e nos conhecer, ao mesmo tempo... Eu acho.

—É, podemos. —Ele disse e saímos de mãos dadas pelo corredor, à espera de encontrar Harry e Rony para contar a novidade, uma certeza eu tinha: Aquilo estava longe de terminar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Novamente peço perdão por algum erro na escrita, peço que comentem, afinal quero saber a opinião de vocês, beijos



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