War of Thrones - The Last Scion escrita por Lyne Konig


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Esse é o prólogo da história, e se passa quando ambos os personagens têm oito anos. Depois começa a mudar o tempo.



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— Nossa Casa está à ruir, esta pode ser nossa última chance. — Insistia o homem alto e musculoso, cujo nome era Jeremy Martin, Senhor do Norte. — Justin se casar com a princesa Lyanna Stark, seria então, a salvação do nosso reino.
— Meu amor, Justin têm apenas oito anos, não pode ser prometido à nenhum casamento. E é a princesa que tem de ser prometida. — Argumentou Patrícia, Senhora do Norte. Magra e com sua presença afetuosa poderia conseguir o que quisesse, mas sabia que seu reino dependia de um rei sábio e honesto.
— Minha senhora, se me permite interromper, príncipe Justin não se casará agora, e mudar um pouco as regras é quase tradição da Casa Martin. — Interveio Lorde Arryn, um homem esguio, de cabelos e olhos castanhos, Protetor do Príncipe e Sacerdote da Casa.
A Senhora do Norte não estava contente com essa sugestão, então com um acenar de mão disse que pensaria na questão à noite e daria a resposta ao rei pela manhã.
A tarde passou rápido e logo já chegara o jantar. Mas Patrícia não desceu para o jantar. Ficou em seu aposento refletindo como seria a reação de ambos os reinos — Norte e Sul — à respeito de uma união. Será que aceitariam? Em anos os dois reinos foram rivais, e agora o herdeiro do Trono de Gelo provavelmente se casaria com uma filha do Trono de Fogo. Como ficariam se uma rebelião se acentuasse nos reinos?
— Senhora, não desceste ao jantar. Fiquei preocupado. — Disse Jeremy, interrompendo o devaneio da esposa.
— Não vi você entrar, meu amor. Estava perdida em pensamentos, por isso não desci para comer.
— Perdida em pensamentos, minha senhora?
— Oh. Estava pensando como seria a reação de nosso reino, caso houvesse um casamento com a filha do Trono de Fogo.
— Nosso povo sabe que esse reino está em decadência, que a qualquer momento um Crowfolder pode roubar meu trono. O Trono de Gelo só decaíra com um Crowfolder no trono. Não acredito que iriam se preocupar se um filho do Sul viesse proclamar a voz do fogo e do gelo contra os Crowfolder.
— Eu sei, estive pensando nisso também, meu senhor. Mas e o Sul? Seria tão compreensível quanto o Norte?
O Senhor do Norte levantou-se, pensativo, e encaminhou-se ao banheiro. Após tomar um banho quente e relaxante, saiu do banheiro e levou-se à janela do quarto, onde conseguia ver grande parte do reino. O reino de seu pai e o reino que seria de seu filho. Não podia deixar um inimigo machucar seu reino. Seu povo entenderia isso. As Casas vassalas o viram crescer, saberiam que se um casamento, uma união, entre o Norte e o Sul acontecesse, era para o bem do reino.
Olhou mais além. Mais ao sul. E a ideia lhe surgiu de repente.
— Minha senhora, e se viajássemos ao Sul? Levaríamos nossos filhos e Lorde Arryn. Mais alguns soldados para a proteção do príncipe e das princesas do Norte. Mandaríamos uma carta informando-os de nossa chegada. Diríamos que estamos indo em paz. Apenas...
— Jeremy, acalme-se. Mandaremos uma carta à Robert Stark amanhã. Mas antes precisamos descansar. Deite-se, meu amor.


***


A noite se passou mais rápido que a tarde, e tão logo já era de manhã. A Casa Martin já estava reunindo-se para o café da manhã, quando Jeremy anunciou a viagem da família ao Sul. As crianças estremeceram. Conheceriam o verão, uma vez que no Norte o inverno já se fazia havia anos. Lorde Arryn encarregou-se de falar com o Chefe da Guarda. Tudo estava preparado para a viagem. Ou melhor, quase tudo.
— Mamãe, por que temos que ir para o Sul? — Perguntou Justin, o filho mais velho dos Senhores do Norte.
— Para conhecermos a filha de Robert Stark. Vamos levá-lo para conhecê-la.
— Por que ele tem que conhecer a princesa do Sul? —Perguntou Myrella, irmã gêmea de Justin.
— Porque um homem deve conhecer a mulher com a qual irá se casar. — Respondeu Lorde Arryn, com o tom em que ele usa em seus sermões para com rei.
— Mas Justin não tem idade para casar, têm? — Novamente, a pequena Myrella surpreendeu o pai com o quão mais sábia era em relação ao irmão.
— Não, minha querida. Apenas vamos ver se conseguimos arranjá-lo à um casamento. — Respondeu Jeremy à pequena princesa.
— Eu também quero me casar! Quero me casar com um príncipe do Sul também! — Falou a pequena Jasmyn. Tão pequena e inocente...
— Oh, querida Jass, não podemos prometê-la à nenhum casamento. Como ficaríamos sem nossa pequena sapeca pulando pela casa? — Respondeu Patrícia diante desse comentário.
— E eu? Quer dizer que de mim os senhores não sentiriam falta? — Justin perguntou em estado choroso.
— Ê menino sem inteligência. Não prestou atenção no que a senhorita Cross falou semana passada? É a menina que vai morar com o noivo. Não é papai? — Zombou Myrella do irmão.
— É sim. A noiva que vai morar com o noivo. Sua mãe, por exemplo. Ela morava no Extremo Leste. Uma linda princesa do Leste. Meu pai conheceu a mãe de Patrícia aqui no reino. Eram amigos, e quando Marie se casou com o Senhor do Leste, promete-o que sua primeira filha se casaria com o primeiro filho de meu pai.
— E o senhor a ama? Quer dizer, o senhor nem pôde ir contra isso. — Especulou Justin.
— É claro que eu amo Patrícia. A amei desde que conheci. Sua mãe era a garota mais bela do reino. Conhecemo-nos nos estábulos de seu castelo. Era o dia do noivado, estava preparando meu cavalo. Sua mãe era uma amazona, sabiam disso crianças? Corria todo o campo em seu alazão branco. Linda e rápida como a estrela cadente. E espero que assim seja com você meu filho. Que ame muito sua futura esposa.
O pai já tinha contado essa história um milhão de vezes. As crianças já a sabiam de cor. Mas nada disso importava. As crianças adoravam ver o pai falar da mãe. Ficava tão apaixonado que se parecia anos mais jovem. E a mãe ficava sorrindo como uma criança quando vê um doce. Era lindo. Ninguém reclamava. Tinham os pais mais apaixonados do reino.


***


O Sul era a coisa mais linda que as crianças já viram. Bem, exceto o Norte quando estava coberto de neve. Justin corria à frente em seu cavalo negro como a noite sem estrela. Era um cavaleiro nato. Quando estava no lombo de um cavalo, o mundo se dissolvia a apenas ele e o vento em seu rosto. Myrella? Era bem diferente do irmão. Estar em um cavalo à deixava enjoada. Tudo o que ela queria era que quando descesse do cavalo, não precisasse ir correndo ao banheiro. A pequena Jasmyn? Era a única que não sentia nada. Dormiu no colo da mãe a viagem inteira.
— Falta quanto, Lorde Arryn? Não aguento mais esse cavalo. — Reclamou mais uma vez Myrella.
— Não muito, princesa. — Falou. ­­— Justin, não corra muito na frente. Você não sabe onde é.
— Deixe-o, Lorde Arryn. Ele sabe que essa estrada o levará ao rei. Não irá se perder. — Tranquilizou-o Jeremy.
Justin corria sem se preocupar. Afinal, era só ele e o vento. Nada mais importava. Até que a viu. Sim, sim. Ele tem oito anos, mas nem por isso deixou de notar a beleza da menina galopando à direita. Um verde pasto se erguia através do horizonte. Era lindo, porém, a menina estava roubando todo seu brilho. Seu cavalo não era um pônei, como deveria ser para uma criança. Era um cavalo grande, negro como o de Justin. Pareciam gêmeos. Sua irmã tinha um pônei, porém, para a viagem era necessário um cavalo. Justin veio em seu próprio cavalo, pois era o melhor da sua idade, galopando. Mas ela? A menina? Era como se o tamanho do cavalo não importasse. Ela galopava como se fossem um só. Justin tinha que se aproximar. Tinha de descobrir quem a menina era. Alguém que galopava tão bem assim, merecia respeito. Aproximou-se do pasto correndo. Não viu a cerca que delimitava a propriedade. Não precisava. Seu cavalo sabia o que tinha de fazer. Era como se estava tão fascinado pela égua quanto Justin pela menina.
Justin parou e observou. A menina era mais linda de perto. Seu cabelo era comprido e castanho. Não era nem liso nem cacheado. Como sua mãe chamava? Ondas? Isso, era ondulado, como se tivesse vendo um rio se movimentando. Seu rosto era radiante. Branco como a neve, mas estava corado, o que dava a noção de quanto tempo ela já estava ali. Seus olhos eram de um brilhoso castanho dourado que dava para ver de onde Justin estava. Sua boca desenhada com os mais belos traços.
— Olá. — Falou assim que a menina o notou e veio para sua direção.
— Oi. Quem é você? Não se parece com ninguém no reino. — Observou a menina. Sua vós era doce como mel. Parecia acariciar os ouvidos de Justin.
— Sou Justin, Príncipe do Norte. E você? — Apresentou-se o príncipe.
— Sou Lyanna, Princesa do Sul. Seus pais estão vindo à respeito da união de nossos reinos, não é?
— Sim. É, bem... Não pude deixar de notar como sabe cavalgar. Sua égua é linda.
— Obrigada. Persephone é um amor. Parece saber tudo o que eu estou pensando. — Respondeu a princesa. — E você, gosta de cavalgar? Seu cavalo é lindo também.
— Eu amo cavalgar. Ventus é meu cavalo desde que aprendi a montar. É quase como se fôssemos um só. Eu o guio e ele responde tão rápido quanto o vento.
— Então, o que está fazendo aqui? Não devia estar na estrada com seus pais?
Justin enrubesceu. Podia sentir que estava corando.
— É. Co-como eu disse. Vi você cavalgando e vim ver. Não conheço outra amazona além de minha mãe. — Gaguejou o príncipe.
— Vem, então. Vamos encontrar seus pais.
Galopou em direção à delimitação da área. Justin foi atrás. Passaram pela cerca e deram de cara com seu pai e Lorde Arryn.
— Onde estava, Justin? Quer matar sua mãe do coração. — Repreendeu o pai. — Oh. Olá, mocinha. — Falou o rei como se recém a tivesse notado.
— Desculpe, pai. A vi galopando no pasto e não resisti. __ Corou mais ainda. — Ah, pai, essa é Lyanna. A filha do rei Robert.
— Princesa! — Exclamou o pai. — Vejo que conheceu meu filho. É muito bonita. Bem, já que está aqui por que não nos acompanha até seu castelo, princesa?
— Adoraria. E chame-me apenas de Lyanna. — Sorriu.
Foram juntos, Justin e Lyanna, na frente. Conversaram sobre tudo: hobby preferido, comida preferida, parente menos privilegiado... Iriam conversar mais se não tivessem chegado ao castelo. Justin observou-o com atenção. Era diferente do castelo onde morava. Esse era de pedra laranja, janelas de madeira e um jardim de rosas vermelhas na frente da segunda torre. Seu castelo já era de pedras pretas, janelas de madeira e o jardim que tinha era só de flores do inverno. Estava cansado e suado. Não sabia que fazia tanto calor no Sul.
— Papai, como vou me apresentar ao rei Robert todo suado? — Perguntou ao pai, olhando sua camiseta encharcada.
— Devia ter lhe avisado para colocar uma camisa com mangas curtas. — Respondeu-lhe o pai, refletindo sobre o erro.
— Não se preocupe rei Jeremy. Papai não se importa com o suor. Aqui no sul é normal. Mas posso mostrar ao Justin um lugar para trocar a camisa se ele quiser. — Opinou Lyanna.
— Se não se importa, eu lhe agradeço. Vá rápido Justin.
Lyanna saiu correndo em direção da terceira torre e Justin a seguiu. Já estava com uma bolsa de viagem. Chegaram à uma porta que os levou até uma fonte com uma gárgula jorrando água da boca. Era bonito, mas como sempre Lyanna roubava qualquer beleza.
— Aqui. Você pode trocar de camisa. Não se preocupe, ninguém o verá.
— Sim. Ok.
Depois de trocar de camisa, Justin voltou para onde estava o pai e mais algumas pessoas, que Justin achava ser os senhores da casa. Seu pai estava tendo uma conversa calorosa com o homem de meia idade, musculoso igual à Jeremy, de olhos castanhos dourados como da filha e rosto igualmente branco. Para falar a verdade, era como uma versão masculina de como Lyanna seria quando crescesse. Sua mãe não estava diferente. Conversava com a Senhora do Sul como se fossem amigas de longa data, o que, para Justin não seria novidade, já que sua parecia conhecer todo mundo de todos os reinos. A rainha era corpulenta, cheia de curvas. A perdição de qualquer homem. Tinha uma pele bronzeada natural e olhos azuis cinzentos. seu cabelos iam até a cintura mais ou menos e eram prendidos em uma trança elaborada traçada com... Eram fios de ouro?
— Lorde Stark, quero que conheça meu filho mais velho. Melhor cavaleiro do Norte e futuro herdeiro do Trono de Gelo. Justin Martin. — Apresentou o filho, orgulhoso.
__ Que adorável. Minha filha é a melhor amazona do Sul. Parece que ela terá competição nesse tempo que os senhores ficarem por aqui.
— Oh, sim. E seus outros filhos? Soube que tem mais duas meninas mais nova que princesa Lyanna e um menino de idade de guerreiro.
— Sim, as meninas foram à cidade com a sacerdotisa comprarem algumas coisa para o banquete da noite. E Cambriel está à nossa espera no castelo. Venha, vamos entrar.

***

O banquete naquela noite foi inesquecível. Jasmyn amou as pequeninas princesas do Sul e Justin não desgrudava de Lyanna. Era como se conhecessem desde nascidos. Myrella fez amizade logo de cara com príncipe Cambriel. Jeremy até esperava não ter que arranjar dois casamentos na mesma viagem.
Os dias se passaram, e conforme o tempo, Justin e Lyanna mais amigos ficavam. O casamento foi arranjado. Justin iria visitar a noiva dali a quatro anos, com doze anos e depois com dezesseis. E aos dezoito se casariam. O casamento seria no Norte, mas o noivado no Sul. E conforme o tempo se passaria, muitas coisas aconteceriam para impedir esse casamento. Assassinatos. Guerra. Intrigas. Paixões. Traições.


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Notas finais do capítulo

Hei... Meu nome é Karolyne, mas quero que me chamem de Lyne. Essa é a primeira vez que posto aqui, e espero que gostem de mim e da minha fic.É isso. Até outro post :)



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