Olá meu nome é Luna, eu tenho 15 anos, meus cabelos são castanhos e meus olhos são vermelhos. Mas deixando isso de lado, vou contar um pouco da minha história. Eu vivo com meus pais, que brigam constantemente, normalmente essas brigas envolvem agressões. Oque eu não suporto, quando tento interferir eles gritam comigo, como se eu fosse o motivo daquilo tudo. Depois deles brigarem meu pai normalmente sai de casa por alguns dias e volta completamente bêbado. Minha mãe me usa como escrava, eu tenho que fazer tudo, e quando minhas notas abaixam já sabe né. Eu tenho um trabalho em uma lojinha, que a dona é uma Senhora que me trata como filha.

No caminho para casa...

Que dia cansativo, passei a manhã estudando, depois fui para lojinha da Dona Rozi, ela teve que sair ai chegou tarde, eu tive que cuidar da loja enquanto isso... Já está escuro é melhor eu ir logo para casa. No caminho de casa um grupo de garotos mais velhos me param.

– Ei isso não é hora de garotinhas estarem na rua.- O mais alto diz

– Ei galera ela é bem bonitinha né? - Ele passava a mão no meu cabelo.

–Que tal nós 'brincarmos' com ela hoje? - Ele dizia chegando mais perto.

– Que tal vocês irem se ferrar? - Dizia dando dedo do meio

– Oque você disse?- o mais alto segurou o meu braço.

–Foi isso mesmo que você ouviu! Vá se ferrar! -Eles tentaram me segurar, um me segurou e os outros rasgaram minha blusa.

– Que corpinho bonito!- um deles dizia passando a mão no meu corpo. Ele tentou arrancar meu sutiã, sem sucesso.

Eu logo entrei em ação dei um chute no saco do que estava me segurando , que logo me soltou, então dei um soco na barriga do outro, e soquei a cara do outro. Eles caíram no chão e eu fui correndo para casa.

– Já não basta ter um dia ruim, ainda tenho que sofrer assédio....Estou cansada disso tudo!

Continuei correndo com os trapos da blusa que me restou. Quando vejo algo brilhando no beco, vou lá dar uma olhada, quando me aproximo vejo um anel estranho pego ele coloco no bolso e vou para casa.

Chegando lá...

– Estou em casa! -Vejo meu pai jogado no sofá bêbado.

–Só faltava essa! -Meu pai se aproximou de mim e disse.

–Você é uma vadia assim como a sua mãe!

Eu virei um soco na cara dele, ele caiu e bateu a cabeça numa garrafa de cerveja que ali estava.

– Nunca mais me chame de vadia!- ele se levantou e me puxou pelo cabelo, e socou minha barriga. E assim ele continuou a me bater. E eu revidando até que eu peguei uma garrafa de vidro e bati ela na cabeça dele. Ele caiu no chão inconsciente.

Vou correndo para o meu quarto, me olho no espelho, estou cheia de marcas roxas. Foi assim desde que eu era pequena eu levava uma surra daquelas mesmo sem ter feito nada. Eu pego minha mochila coloco minhas roupas lá dentro, pego algumas coisas minhas e coloco um casaco. Saio do meu quarto e encontro minha mãe entrando em casa, ela logo vê meu pai jogado no chão inconsciente.

– Oque aconteceu aqui?

–Ele me chamou de vadia! - Dou as costas pra ela e saio de casa sem remorso algum.

–Onde você vai Luna? - Ela diz segurando meu braço.

– Eu vou pra onde eu quiser!

– Você não vai não!

– Quem é você pra mandar em mim? Você nunca me amou, nunca cuidou de mim! Minha infância toda eu apanhava por nada! E era obrigada a fazer trabalhos pesados! Em vez de você se preocupar comigo você ficava bebendo! Agora não tente me impedir!

Eu dou as costas e vou embora. Eu acho que vou na casa da Dona Rozi... a única pessoa que me entende.

Estou caminhando quando o bolso do meu short começa a brilhar... Oque? Aquele anel estranho está brilhando! Eu tiro ele do bolso e ele começa a flutuar no ar criando uma espécie de portal.

Eu tentando entender coloco minha mão dentro desse portal e ele me suga. Eu não consigo ver mais nada tudo fica escuro e eu acabo desmaiando.