The Hunger Games escrita por Matheus Hipolito


Capítulo 5
Capítulo 5 - Os Tributos




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CAPÍTULO 5 - OS TRIBUTOS

Eu estava na minha casa, sentado na sala assistindo mais um Jogos Vorazes, e nesse momento os 2 últimos tributos se enfrentam, um com uma faca, outro com uma espada. Quem visse essa cena, com certeza falaria que o de espada tinha mais chance, mas na verdade foi ao contrário. O de faca sabia correr, se defender, se esquivar, o de espada só sabia atacar, então em uma desses ataques com a espada, o com a faca segurou ela e com um golpe, fincou a faca na garganta do outro. Ele ganhou os jogos, ele era o vitorioso, e é isso que eu preciso ser.
Acordo assustado e me vejo no reflexo do espelho. Eu sonhei mais uma vez com isso, eu sabia que iria ter que matar alguém, em algum momento eu teria que matar, e eu não queria, mas precisava. A noite foi tensa, depois de ouvir Lupus falar de Kathleen, eu não consegui dormir sossegado. Eram tantas coisas na minha cabeça, eu não sabia o que fazer, ia enlouquecer. Ainda tinha o problema com o Snow, por enquanto isso não era um problema, mas iria virar, e aquele trauma com os Avox, aquilo é a pior coisa que se pode fazer com um humano. Percebi que já era de manhã, levantei e me troquei, estava pronto para o dia e fui em direção a sala.
Kathleen, Heevy e Lupus estavam na sala conversando, acho que Lupus estava dando dicas para ela, mas quando eu me aproximei a conversa parou. Eu fiquei curioso e perguntei do que estavam falando, Heevy me interrompeu e disse que não havia tempo pra isso, porque precisávamos comer e ir fazer todos nossos deveres. Lupus seguiu Heevy para a sala de estar e Kathleen me olhou fundo nos olhos, me desejou bom dia e foi em direção a eles.
Demorei um pouco para ir a mesa, mas quando cheguei, eles estavam quietos e não tinham um assunto secreto. Heevy me mandou sentar, e um Avox veio e me serviu. Estava melhor do que ontem, não tinha mais ânsia e já poderia sorrir, porém sem motivos. Lupus interrompeu nosso café da manhã para avisar que antes de irmos pro Centro de Treinamento, ele queria apresentar a nós os tributos dos outros distritos. Eu e Kathleen concordamos, sem falar, apenas balançando a cabeça. Mogna e Gaspar haviam sido levados ao Centro de Transformação, pois precisavam buscar algumas roupas e outros acessórios.
O café já tinha terminado, e mais uma vez estávamos na sala, onde Lupus iria nos mostrar os tributos da maioria dos distritos. Uma enorme TV surgiu em nossa frente, como se ela tivesse uma corda imaginária e Lupus a tivesse puxado. Então ele foi mudando pelo controle até chegar em determinados distritos e começou a falar: "Eu vou mostrar a vocês, os mais perigosos tributos desse ano, os outros que não mostrarei, não oferecem um grande risco a vocês. Vamos começar."
"Esse é o Distrito 1, e esse ano, 2 Carreiristas vão participar dos jogos, esse é Fauna, um menino loiro e muito ágil. E essa é Flora, sua prima, que tem muita força nos braços." Eles tinham 18 anos, pareciam fortes e assustadores, mas tentei não demonstrar medo. E Lupus continuou: "o Distrito 2 também oferece um enorme risco, essa é Jeline, ela é muito flexível, desvia de alvos fáceis, e esse é Sonic, é o mestre da corrida. Agora do distrito 4, temos a Anote e o Jimmy, são muito rápidos na água e muito ágeis também. Esses são do distrito 5, Tayson e Patilian, não cansam rápido, então é melhor matar de longe. Esses são do distrito 7, Prown e Clamm, são muito bons com armas de luta corpo a corpo, e são fortes também. E do distrito 10, Esmerald e Lambert, que são muito fortes e inteligentes. Esses caras são os mais perigosos. Ah, e tome cuidado com a menina do 3, Aura, ela é muito inteligente, pode te perseguir sem você saber e é ótima com armadilhas.
Ouvi cada palavra que Lupus me disse, anotei mentalmente, teria que bolar um plano para pegar todos esses. Carreiristas não são melhores, bom eles podem ser melhores em lutas, mas não são sorteados na Colheita, eles não sentem o medo. Então, isso pra eles parece muito fácil, só que vão saber que fizeram a escolha errada.
Heevy levantou em menos de 1 segundo, e pediu para irmos rapidamente nos preparar, pois devíamos estar no Centro de Treinamento. Voltamos para nossos quartos, e quando eu estava quase saindo para voltar a sala e ir trenar, Kathleen surge e me assusta, não tanto, pois ela é linda, e começa a dizer: "Você vai dar conta deles, Trev, eu sei, todos sabem. Você é o campeão dos jogos, e nós outros ,somos só o enfeite, você que vai brilhar." Ela tinha me chamado de Trev, isso mesmo, ela me chamou de Trev, meu coração estava acelerado, disparado. Eu queria sorrir, mas devia ser sério. E sem pensar, ia começar a falar alguma coisa, mas antes que eu pudesse falar, ela colocou o dedo na minha boca, como se tivesse mandado eu ficar quieto e logo em seguida, me deu um beijo. Não foi beijo, beijão, foi um beijo, que foi ótimo por sinal. E depois que ela me beijou, saiu pelo quarto sem olhar para trás. E eu sorri, e agora sim eu sabia, ela era a pessoa que eu queria ficar. Ia ter que dar um jeito, mas eu queria ela.
Depois de alguns minutos resolvi sair do quarto. E fui em direção a sala, onde estava Kathleen sentada no sofá sem ninguém, e ela olhava sem piscar para a porta, um olhar de preocupação. Fui para perto dela e perguntei o que havia acontecido. Ela respondeu: "ele está ali Trevor, o Presidente Snow, e pelo que sei, ele quer falar com você." Meu coração ia pular pra fora. O que Snow queria comigo bem de manhã? Só podia ser coisa da nossa roupa do desfile, se for isso, Mogna está ferrada, e com certeza, eu vou me sentir culpado.
Me dirigi a porta, não havia ninguém, porém ela estava totalmente aberta. Segui pelo corredor com medo de alguém me pegar, mas conseguia ouvir passos e conversas, e esses passos e conversas foram aumentando, aumentando e até que na minha frente surge Heevy, Lupus, Mogna e Gaspar, com os rostos de medo e espanto. Lupus me puxou pelo braço até chegarmos a nosso apartamento, onde ele fecha a porta com toda força possível. Heevy e Mogna sentam ao lado de Kathleen, elas duas parecem desesperadas. Gaspar está na cozinha, então Lupus começa a dizer: "Trevor, os pacificadores vieram agora pouco nos avisar de que você tem um encontro marcado com Snow as 11 h, e que se atrasar, ele poderá descontar em nós." "Mas o que Snow quer comigo?" perguntei assustado, e Lupus balançou a cabeça, que como resposta, seria um "não sei."
Heevy olhava sem piscar para Lupus, que desviava o olhar, Mogna já estava calma, então Lupus continuou: "Trevor, a verdade é que nós sabemos o porque Snow quer falar com você." E deu uma pausa para respirar. "Depois de todo mundo ver sua história e saber que seu pai Ambar foi morto tentando te proteger, sua mãe Eilya, sofria muito com isso, as pessoas jogavam pedras na sua casa, xingavam ela, não deixavam ela dormir, e da ultima noite pra hoje, o corpo dela foi encontrado enforcado na cozinha de sua casa, com marcas de corte nos dois braços e a faca em cima da mesa, toda ensanguentada. E do lado da faca, uma carta escrita assim: "Trevor, meu filho, use a arma que eu te dei, nunca perca essa arma, ela é nossa esperança." Eu não podia acreditar naquilo, eu já estava cheio de problemas, e ainda mais aquilo? Eu cai de joelhos no chão e cai no choro. Kathleen me olhava com os olhos cheios de lágrimas, como Mogna e Heevy também. Minha mãe estava morta, mesmo ela sendo fria comigo, eu tinha sido gerado por ela, e ninguém poderia falar que não. Mas, tive uma luz, me levantei, enxuguei meus olhos e depois falei: "Quero falar com Snow, agora."
Fui levado de carro preto, até uma enorme casa, rodeada por jardins cheios de rosas de todas as cores. O portão era lindo, e a casa perfeita. Desci do carro, somente eu ali. Dois pacificadores ficavam na minha cola, me levaram até a casa de Snow, e abriram a porta para mim. A casa dele era igual aquelas de filmes, cheia de escadas, lustres, vasos, era magnífico, o que me fez esquecer todos os problemas por um tempo. Um pacificador mandou eu seguir pelo corredor e entrar na última porta a direita. Eu fiz exatamente o que ele mandou, e quando entrei naquela sala, havia uma enorme lareira, com enormes chamas, no chão um tapete branco, que pelo que sei, era de um urso. No teto um ventilador dourado, cortinas, vasos, quadros, tudo parecia refinado, e no canto uma mesa linda, com quadros e atrás dela uma cadeira, que quando virou de frente para mim eu pude ver, era Snow, que disse a frase que eu mais temia: "Precisamos conversar, Sr. Lewis."


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