One Night escrita por Darkness Girl


Capítulo 8
Capítulo 7 - Visita Inesperada




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Na manhã seguinte, acordei de bom humor. Tive uma ótima noite de sono, o que contribuiu para minha tranquilidade. Ainda estava sonolenta terminando de preparar o meu café da manhã quando alguém bate em minha porta. Achei um pouco estranho a pessoa não tocar a campainha mas depois me lembrei que quando o porteiro subia para entregar as correspondências ele sempre batia na porta.

Sem esperar nenhum tipo de surpresa abri a porta sem antes ver quem estava lá fora e quase tive um enfarte quando vi de quem se tratava. Não era o porteiro com minha correspondência como eu imaginava. Era Adrian. Ele estava péssimo, com olheiras enormes, deixando claro que ele não havia pregado os olhos naquela noite nem por um minuto. Seu cabelo estava totalmente desajeitado, mas do que o de costume, suas roupas estavam amassadas como se ele estivesse com elas há vários dias e ainda houvesse dormido com elas nesse período. O cheio de álcool e cigarros era insuportável. E apesar de ainda ser dez da manhã, ele ainda parecia bêbado.

Após alguns segundos de choque por vê-lo em minha porta, tentei fechar a porta com ele para o lado de fora, mas apesar dele estar cambaleante, ainda conseguiu ser mais rápido que eu me empurrando e entrando em meu apartamento. Tive que me apoiar na parede para não cair com seu empurrão. Ele vendo que eu não ia fechar a porta, deu um chute na mesma a fechando com um barulho alto.

– O que você está fazendo aqui? Quem deixou você entrar?

– O porteiro… - ele responde com um sorriso.

– Eu dei ordens para ele não deixar mais você entrar aqui… - disse irritada com a falta de consideração do porteiro. Adrian com tom irônico respondeu.

– É ele me disse. Mas ele não conseguiu me impedir de subir, depois de eu ter batido nele e o deixado desacordado…

– Meu Deus! Você bateu nele! Ele pode estar ferido, precisamos ligar para uma ambulância… - eu disse indo em direção a porta para ver como estava o porteiro.

– Nem pense nisso Rose, daqui você não sai! Você é minha, vai me perdoar e vamos ficar numa boa de novo, antes disso acontecer, você não poderá passar por aquela porta.

Eu o olho chocada. Não conhecia esse lado agressivo de Adrian, então sinceramente não acreditei muito no que ele disse. Mesmo após seu aviso, tentei ir em direção a porta. Ele então segurou meu braço com força, comecei a me debater e tentar empurrar ele para me soltar, mas mesmo alcoolizado ele era bem mais forte do que eu.

Vendo que eu não parava de me debater e o empurrar, ele levantou a mão livre e me deu um tapa no rosto. Fiquei em choque com sua atitude e parei de me mexer. Apesar de tudo o que aconteceu, Adrian era um homem doce e gentil, nunca foi violento, nós nunca nem brigamos antes de sua traição. Talvez fosse efeito da bebida, mas a verdade é que eu estava começando a ficar assustada.

Vendo que agora eu não me debato mais, ele começa a andar e me puxar em direção ao meu quarto. Faço força para me manter parada, mas o máximo que consigo é dificultar um pouco a locomoção dele. Depois de alguns minutos de esforço, ele consegue me arrastar até o quarto e então me abraça e começa a tentar me beijar.

– O que você está fazendo? Está louco?

– Já te disse Rose, você é minha. Acho que nesses anos fui compreensivo demais com você. Deveria tê-la submetido a minha vontade e não feito a sua vontade. Agora você será minha antes que outro apareça e você se entregue.

– O que você está dizendo?

– Estou dizendo que você sempre disse não quando eu tentava lhe possuir por inteiro, mas hoje você não vai ter o direito de dizer não. Eu vou fazer o que eu quiser! E eu quero você.

Ele então me abraça forte e novamente tenta me beijar a força e começa a puxar minhas roupas. Até hoje eu pensava que ter sido traída por Adrian era a pior coisa que havia acontecido em minha vida após a morte de meus pais, mas agora eu via que coisas ruins sempre acontecem com todo mundo todo o tempo. Ele queria me violentar e eu não ia conseguir impedir.

Minha impotência no momento fez com que lágrimas brotassem de meus olhos mesmo sem minha permissão. Assim ele me veria vulnerável, submissa a sua vontade. Mas eu não iria desistir. Eu iria lutar até o fim para impedí-lo de me tomar a força. Ele estava quase conseguindo tirar minha blusa. Então ele acaba me soltando do abraço para usar as duas mãos para tirar a blusa de uma vez e deixar meu corpo exposto.

Aproveitando sua pequena distância momentânea eu o empurro para um pouco mais longe e ele acaba cambaleando para trás me dando a chance de dar alguns passos para longe, mas antes que eu pudesse aumentar a distância entre nós, ele segura rápido em meu braço e tenta me puxar para perto novamente. Vendo que ele está conseguindo se aproximar novamente, numa atitude desesperada, eu chuto sua genitália e no mesmo minuto ele se dobra de dor. Saio correndo, mas sei que antes de chegar até a porta do prédio, ele pode me alcançar então prefiro entrar no banheiro e trancar a porta.

Por sorte meu celular estava no bolso de minha calça e então penso em ligar para a polícia, mas para minha total surpresa só percebo que liguei para outra pessoa quando ouço um “alô" familiar.

– Dimitri! - minha voz soa desesperada.

– Rose, aconteceu alguma coisa? - agora sua voz estava urgente.

– Dimitri… o Adrian, ele invadiu minha casa, bateu no porteiro e está aqui! - comei a chorar.

– Rose, calma! O que está acontecendo?

– Ele quer me violentar! - disse em desespero entra soluços. - Estou escondida no banheiro, mas ele está descontrolado, Dimitri, me ajuda, por favor!

– Rose, calma! Estarei ai em dois minutos, aguente firme. - ele disse nitidamente em desespero. - Se puder ligue para a polícia, eu estou indo!

Adrian já havia se recuperado e agora esmurrava a porta do banheiro, entre gritos de raiva e palavrões. A porta não ia aguentar muito tempo. Dava para perceber que ele usava algum objeto para bater na porta.

Ligo para a polícia como Dimitri pediu, mas com o barulho que Adrian fazia para tentar quebrar a porta, era impossível ouvir alguma coisa no telefone. Mesmo assim quando percebo que alguém atendeu do outro lado, faço uma tentativa desesperada e digo:

– Socorro! Preciso de ajuda!

Mas é só isso que consigo dizer, a porta estava sedendo e não resistiria por mais tempo, então solto o celular e começo a procurar algum objeto para me defender de Adrian. Torço para que a pessoa que atendeu o telefone tenha ouvido o barulho dos golpes na porta e que a polícia já tenha algum dispositivo moderno que possa rastrear minha ligação rápido.

Após longos minutos a porta se rende, como eu já previa, Adrian entra no banheiro furioso, vejo um ódio descontrolado em seus olhos, suas pupilas estão dilatadas e eu nem reconheço a pessoa com a qual convivi por dois anos. Tento me defender jogando shampoo em seus olhos, mas ele consegue desviar a tempo e meu único plano de fuga foi por água abaixo. Me esquivo para tentar passar por ele sem ser pega, mas seu ódio o torna mais eficiente e posso dizer até que perigoso de verdade.

Ele me segura pelos dois braços e furioso começa a me sacudir, até que acabo batendo a cabeça na parede do banheiro. Me sinto tonta e sem forças para reagir, ouso ao longe batidas desesperadas na porta de entrada, mas estou totalmente desorientada para tentar algo. O ódio que domina Adrian parece impedi-lo de ouvir as batidas na porta pois ele nem deu atenção para o fato.

Adrian agora me pega no colo e começa a me levar de volta ao quarto. Ouço um barulho alto e percebo que quem quer que estivesse batendo na porta conseguiu entrar. O que acontece a seguir foi como um borrão. Ainda tonta, sinto que alguém me tira dos braços de Adrian e me coloca no chão apoiada na parede e essa mesma pessoa ataca Adrian dando dois socos consecutivos em seu rosto.

Me esforço para que meus olhos criem foco, então vejo Dimitri, segurando Adrian pelo colarinho da camisa e este tentando atacar Dimitri. Mas Dimitri é ágil e com certeza tem grandes conhecimentos de luta pois Adrian não tem a mínima chance e em uma disputa com Dimitri, vejo que Adrian não consegue acertar um golpe sequer enquanto que Dimitri não erra um único golpe.

Ouço outras vozes e logo vejo dois policiais juntamente com o porteiro do prédio com um galo enorme na testa. Adrian certamente o acertou com um objeto bem pesado… os policiais separam a briga entre Adrian e Dimitri, algemando Adrian em seguida. Vejo Dimitri ao meu lado me amparando e perguntando se estou bem. Mas eu não consigo responder nada. Eu apenas abraço seu pescoço com força e começo a chorar.


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Notas finais do capítulo

Meninasssssssss!!!!!!!!
Desculpem pela demora! Não consegui terminar esse capítulo antes do Natal como prometi. Acabei indo viajar e meu computador ficou em casa, então deu um certo trabalho descolar um computador emprestado para poder escrever algo, mas ai está!
Espero que gostem!
Espero tb que vcs tenham tido um lindo natal e que o Ano de 2014 seja incrível para todas vcs!
Grande beijo!



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