Cidade de Nova York, minha casa. Olhando de um modo geral, eu tinha uma boa vida. Era jovem, acabara de completar 18 anos, meus pais de proporcionaram uma condição financeira confortável, não sou rica, mas também não me falta nada, estou estudando algo que eu amo, fisioterapia, quando me formar, penso em ajudar as pessoas, quero dedicar um tempo do meu trabalho a ajudar pessoas humildes, de uma classe mais baixa, que não podem pagar por atendimento particular. Essa vontade de ajudar os outros eu herdei de minha mãe Janine, ela sempre semeou em meu coração que eu deveria ser uma boa pessoa, ajuda os necessitados, ajudar o meu próximo para tentar criar um mundo mais justo e igual para todos. Hoje compreendo que o que quer que faça, é apenas uma gota d'água em um imenso oceano, mas isso nunca me desmotivou, nunca me fez desistir.

Sempre tentei ser uma boa pessoa, como meus pais me ensinaram, Abe sempre me dizia para dar o meu melhor sempre, nunca mentir, nem trapacear, nem enganar ninguém. Eles eram meu porto seguro, meu mundo, meu tudo. Nunca fui uma pessoa religiosa, tenho minhas crenças, mas nunca segui uma religião pois nenhuma nunca conseguiu me tocar completamente, mas se eu fosse religiosa, estaria furiosa com Deus, afinal meus pais estão mortos.

Quando o acidente que os vitimou aconteceu, fiquei furiosa, inconformada, eu tinha apenas 16 anos e estava sozinha no mundo, me sentindo perdida e abandonada. Então eu o conheci. Seus olhos verdes como duas perdas preciosas me encaravam com pesar e ao mesmo tempo carinho. Ele foi meu amigo, meu consolo, foi em seu ombro que chorei todas as lágrimas possíveis, ele me compreendeu, me aconselhou, me consolou e quando foi necessário, apenas me ouviu.

Adrian fez com que a morte de meus pais não me devastasse completamente, fomos amigos inseparáveis e confidentes por algum tempo, até que nos tornamos mais que isso, era impossível negar que eu o amava. Suas doces palavras, seu carinho e sua atenção me mantinham viva.

Quando decidi voltar a estudar e tocar minha vida, ele me apoiou, ele sempre disse que por mais que a dor tentasse me dominar, eu deveria lutar e manter o controle de minha vida.

Ele foi meu anjo, minha luz na escuridão, quando eu me sentia perdida num mar de sobras e tristeza. Cada momento feliz destes últimos dois anos eu devo a ele. Nosso relacionamento é tranquilo, nunca brigamos nestes dois anos juntos. Ele sempre foi um perfeito cavalheiro comigo, e mesmo quando ele me pedia para darmos mais um passo em nosso relacionamento, minha insegurança o fazia respeitar minha vontade.

Sim, eu ainda sou virgem, por mais que eu o ame com todas as minhas forças, nunca consegui dar esse passo em nosso relacionamento. Acho que devo isso a minha mãe, que sempre me disse que eu deveria me valorizar, e esperar a pessoa certa, o momento certo. Que eu não deveria agir com promiscuidade e me entregar a qualquer um.

Bom, sempre soube que Adrian não é qualquer um, mas sempre me senti insegura, não por ele, mas por mim mesma, minhas neuras nunca deixaram que eu chegasse as vias de fato, mas hoje isso vai mudar! No dia de hoje, a exatos dois anos, eu conheci Adrian e ele mudou minha vida. Ele foi o sol da minha vida, o ar que eu respiro , meu apoio, minha força, meu companheiro fiel, e meu presente para ele vai ser uma linda noite de amor.

Estou decidida a sair da faculdade na hora do almoço e sair para procurar uma roupa especial para a ocasião. Quero que a noite de hoje seja perfeita. Eu o fiz esperar e respeitar minha vontade por tanto tempo que acho que o mínimo que posso fazer para compensar é pensar em algo inesquecível. Um jantar a luz de velas, um vestido sexy, e para finalizar uma lingerie especial para fechar a noite com chave de ouro. Está decidido!