A Hard Love escrita por Raiane C Soares, Isa Lopes


Capítulo 32
Get It Right


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey!! Estou muito feliz com esse cap e espero que vocês também fiquem.
Ah! É POV Rachel.



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– Quando eu era criança, me perguntaram o que eu queria ser quando crescesse. Obviamente, eu queria ser adulta, queria ser como minha mãe. - uma garota disse em seu discurso, a escolhida como oradora da turma. - Agora me perguntam o que quero fazer, já que sou adulta. O que quero? Ser livre. Todos temos nossos sonhos, nossos desejos, nossas realizações, e seguiremos uma longa jornada daqui para frente. Mas esta noite, meu amigos, não é uma noite para se pensar no futuro. Essa é uma noite para aproveitar nossas últimas horas como colegiais, sermos quem somos, ou quem gostaríamos de ser. - alguns aplaudiram, me fazendo sorrir. - Vamos aproveitar, pessoal!

Nós gritamos, alguns aplaudiram mais, virei meu rosto e vi Santana pular de alegria, para logo se virar para mim e me abraçar com força, me levantando do chão. De repente, todos correram para um dos lados, Santana segurou minha mão e me puxou, cada uma pegou uma lata de spray e corremos até a porta do ginásio. Cada um pichou seu nome, Santana pichou o seu em cima do meu, eu sorri e fiz um coração no meio, fazendo ela rir.

– Lindo, Rachel!

Me aproximei dela e a beijei, ela tirou o meu chapéu e o jogou longe, me puxando mais para perto.

– Rachel!

Me afastei de Santana rapidamente, ao ouvir meu nome, olhei em volta e vi Andrea se aproximar, passando a mão em sua nuca, seus cabelos, antes soltos, estavam presos em um coque mal feito.

– Andrea! - gritei, pulando um pouco, fazendo ela rir. - Olhe! Meu nome e o de Santana!

– Estão lindos. - ela sorriu, cruzando seus braços em seguida. - Hum... Rachel. Eu preciso conversar com você.

– Eu vou falar com os meus pais. - Santana disse, me abraçando por trás. - Se precisar de mim, sabe onde estarei.

Ela beijou minha testa, depois de me soltar, Andrea suspirou e apontou para dentro do ginásio, assim entramos ali. Andrea estava séria demais, o que me fez estranhar. Ela era animada, brincava à todo momento, e sempre me fazia rir. Nos sentamos na arquibancada, Andrea brincou com a manga da sua beca e respirou fundo, evitando olhar para mim.

– Eu te amo, Rachel. - arregalei meus olhos rapidamente, me levantando. - Eu te amo, mas... Como Quinn te ama, como Brittany te ama, como Shelby te ama...

– M-mas... - me sentei novamente, sentindo meu coração pular para fora. - Mamãe me ama como mãe.

– E eu te amo como irmã. - ela abaixou sua cabeça e molhou seus lábios. - E-eu sou... sua irmã.

– O que? - franzi minha testa. - Minha mãe não é sua mãe... é?

– Não. - ela sorriu, olhando para mim. - Mas... seu pai é o meu pai, entende?

– Na verdade, não.

Andrea mordeu seu lábio inferior, segurou minhas mãos e suspirou pesado, parecendo ter medo do que dizer.

– Meu pai... seu pai... - ela revirou seus olhos. - Nosso pai era casado com minha mãe. Quando minha mãe estava grávida de mim, nosso pai viajou para cá e passou uma noite com sua mãe, então ela engravidou de você. - novamente arregalei meus olhos, já vendo Andrea chorar, mesmo que silenciosamente. - Eu sei que isso é assustador, eu também fiquei assustada, quando descobri que tinha uma irmã, mas...

– Você mentiu para mim. - murmurei, puxando minhas mãos das dela.

– Não, eu não menti. Eu apenas escondi a verdade de você, porque... eu estava com medo de dizer, eu não sabia como dizer, pensei bastante sobre isso e... É assustador ter uma irmã autista! Eu nunca soube como agir perto de você, como falar com você, como conviver com você. Eu aprendi durante esse tempo em que passamos juntas, como amigas, mas agora eu quero aprender mais, mas como irmã.

– Você não se parece comigo. - senti algumas lágrimas descerem dos meus olhos, ela sorriu. - Tenho uma prima que tem uma irmã, e elas se parecem.

– Você se parece com sua mãe e eu me pareço com a minha. Não temos nada em comum com nosso pai, e eu acho isso ótimo! Você é linda, encantadora, inteligente...

– E sexy. - completei, fazendo ela rir alto. - Santana disse isso.

– Eu também sou tudo isso, mas somos diferentes. Sempre me perguntava se, quando eu tivesse uma irmã, ela seria parecida comigo, se ela gostasse de mim, se ela quisesse seguir meus passos e...

– Eu gosto de você. - respondi, secando uma de suas lágrimas, fazendo ela sorrir mais. - Eu não gostava quando você ria com Santana, ou quando vocês brincavam, mas... você é legal, você também brinca comigo, me faz rir e... por mais que isso pareça assustador, eu acho que gosto de ter uma irmã.

– Então... tudo bem para você?

– Acho que sim. - dei de ombros e sorri. - Quinn e Brittany vão ficar felizes quando souberem que eu tenho uma irmã! Oh! Santana vai amar! Ela gosta de você e mamãe...

– Shelby? - ela me cortou, franzindo a testa. - Ela não pode saber, Rachel.

– Por quê? Ela é minha mãe e...

– Minha mãe me fez prometer que eu não falaria com você, que eu não diria a verdade para você. Ela vai ficar triste comigo, se Shelby saber disso. Sua mãe não deixará eu me aproximar mais de você...

– Eu não sei se consigo guardar um segredo, Andrea.

– Faça isso por mim, por favor. - ela estendeu seu dedo mindinho. - Promessa de irmã?

– Eu prometo. - entrelacei meu mindinho no seu, suspirando. - Promessa de irmã.

***

Andrea estacionou seu carro, a mesma saiu primeiro, junto com Quinn e Brittany, Santana permaneceu parada, olhando para o nada. De repente, ela saiu do carro, me assustando, pegou sua mala no porta malas do carro e depois abriu a porta ao meu lado, me fazendo abaixar a cabeça e suspirar. Sua mão livre estava estendida para mim, ela esperava que eu a segurasse, mas meu corpo não obedecia.

– Rachel... - ela sussurrou.

Lentamente, segurei sua mão e saí do carro, Santana fechou a porta com o pé e nós seguimos as meninas. Assim que nos aproximamos, Andrea entregou a passagem de trem à Santana.

– O próximo sairá em cinco minutos. - ela disse, sorrindo tristemente.

– Obrigada, meninas. - Santana disse, indo abraçar cada uma.

Percebi que Santana ainda segurava minha mão, enquanto se despedia das meninas. Ao terminar de se despedir, e de cada uma dizer algo encorajador, as três se afastaram e Santana se virou para mim, segurando minhas duas mãos.

– Você vai ficar bem. - me perguntei se aquilo era uma pergunta ou uma afirmação. - Tudo ficará melhor a partir de agora, você será mais feliz. - abaixei minha cabeça, sentindo uma enorme necessidade de gritar. - Olhe para mim, querida. Você tem Quinn, Brittany, e agora Andrea, para lhe abraçar sempre que você precisar.

Suas mãos subiram para o meu rosto, nossos lábios se tocaram lentamente, mas eu me afastei logo, assustando ela.

– Eu te amo, Rachel. Me desculpe por fazer o que estou fazendo, mas será melhor para nós duas.

O anuncio de que o trem partiria soou, Santana olhou em volta, e depois olhou para mim novamente, suspirando.

– Nunca se esqueça de mim, porque você estará em minha mente para sempre. Eu te amo demais, Rachel! Eu te amo como nunca amei ninguém.

Novamente ela me beijou, as lágrimas já desciam dos meus olhos, me fazendo soluçar. Quando ela se afastou, senti meu corpo gelar, mesmo que fosse um dia quente.

Deixe ela ir, Rachel. Deixe ela ser feliz com outra. Santana não precisa de você. Ela não precisa de uma namorada doente.”

Fechei meus olhos com força, fechei minhas mãos e cruzei meus braços, logo abri meus olhos e vi Santana entrando no trem.

– Eu te amo. - eu murmurei, não conseguindo focar meus olhos nela, por causa das lágrimas. - Eu te amo!

Santana parou rapidamente, ainda de costas para mim, me fazendo soluçar mais.

– Eu te amo mesmo sem saber te amar. O que eu sinto por você é algo sem nome para mim, algo que eu sinto apenas por você. Talvez esse seja o meu amor por você, talvez esse seja o meu jeito de amar, talvez eu ame do pior jeito possível, mas eu te amo, e agora sei disso porque você me ensinou a descobrir, você me ensinou a amar.

Ela se virou para mim, já chorando, seu sorrindo era largo e lindo, me fazendo sorrir também. Santana soltou sua mala e correu até mim, me abraçando em seguida, escondi meu rosto em seu pescoço, enquanto suas mãos apertavam meu vestido.

– Obrigada. - ela sussurrou. - Obrigada por tentar. Eu vou fazer dar certo, eu prometo.

Apertei meus braços nela, Santana beijou meu pescoço e me soltou, me fazendo chorar mais. No momento seguinte, senti outros braços me segurarem, enquanto Santana se afastava mais e entrava no trem, que já começava a partir. Meus joelhos fraquejaram, eu caí sentada no chão quente da plataforma e gritei, com todo o fôlego que ainda me sobrava, fazendo com que algumas pessoas olhassem para mim. Eu amava Santana, mesmo sem saber amar, mas amava, e eu não aguentaria perdê-la.


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Notas finais do capítulo

Eeeeeeentão... esse é o último cap, o que vocês sabem, em breve(não sei quando) começarei a segunda temporada, com mais romances, mais comédias, mais Pezberry e muito mais drama.. kkkk Obrigada pelos comentários, pelos favoritismos e pela recomendação. Espero ver vocês na próxima temporada! =^-^=
xoxo