A Consultora escrita por The Awesomest Girl on Earth


Capítulo 3
Capítulo III — O Primeiro dia de aula


Notas iniciais do capítulo

Eu ia postar ontem, mas tive um imprevisto... Bem, tem oito pessoas acompanhando, e a fic só teve 3 comentários, de 2 perfis. Sério, comentem. Eu ia esperar ter o contador de leitura para garantir que vocês não iria fazer isso, mas preferi postar logo.
Eu até perdi a vontade de escrever, ainda estou nos primeiros parágrafoso 5º capítulo, enquanto devia estar terminando o 6º. Eu tento fazer capítulos grandes, (porque, acreditem, daria para eu estar no capítulo 7 ou 8.) e vocês não valorizam.
Isso realmente machuca, sabia? Sinto como se tivessem vergonha de ler a minha fic...

Bem, até as Notas Finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/441196/chapter/3

Acordou com um pulo, com a sensação alarmante de que estava atrasada. Correu os olhos, ainda tendo a visão levemente borrada pelo sono, buscando desesperadamente o relógio em sua parede. Ao ver as horas, demorou alguns segundos até que sua mente afetada pelo pânico e sono percebesse que ela acordara no meio de um pesadelo, faltava quase duas horas para o horário que o despertador tocaria.

— Ugh... Pesadelos malditos. — pressionou as têmporas com os indicadores, demonstrando a dor intensa em sua cabeça. — Logo estarei vivendo a base de poções, e nem ao menos ensinei um dia sequer. — falou consigo mesma, enquanto mexia em uma pequena bolsa com vários e pequenos frascos rotulados. Parou ao achar um chamado “Enxaqueca + Insônia”, pegando-o e o ingerindo, seu rosto formando uma careta ao sentir o sabor amargo.

E, lentamente, foi entregue de volta aos braços de Morpheus.

–x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

(“) O temporal já se esgotara quando o dia seguinte amanheceu sem chuva, embora o teto no Salão Principal continuasse ameaçador; pesadas nuvens cinza-chumbo se espiralavam no alto, enquanto (”)¹ a Senhorita A. Black observava cada uma das mesas do Salão.

Percebia como agiam cada um dos alunos e alunas, criando uma imagem mental básica de como agiam os alunos de cada Casa. Lera, ainda quanto estava em seu tempo como estudante, o livro “Hogwarts, uma História”, sabendo, então as características básicas para que um bruxo ou bruxa fosse de uma das quatro Casas, facilitando sua interpretação dos mesmos.

Olhou — novamente — um pergaminho, onde estavam anotados os anos e Casas que ensinaria neste dia. Grifinória e Lufa-Lufa, 4º ano. Sonserina e Corvinal, 7º ano. Corvinal e Grifinória, 2º ano. E assim seguia...

“Respira fundo. Calma. Você já lecionou antes. Respire fundo, Black, respire...” moveu a cabeça, como se tentasse tirar o nervosismo de seus pensamentos.

Percebeu uma menina grifinória encarando-a, parecendo especialmente curiosa com sua expressão provavelmente tensa. Essa jovem tinha cabelos volumosos e castanhos, estando parcialmente presos por uma trança. Malu sorriu-lhe, acenando. Teve como resposta uma expressão surpresa, seguida de um sussurro a um jovem próximo e um aceno, da jovem e do rapaz. Um menino de cabelos negros e brilhantes olhos claros, levemente escondidos por um par de óculos redondos.

“Acho que são quartanistas.” Pensou, voltando a comer.

–x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

Logo já estava em sua estufa, vendo, lentamente, o local encher-se de alunos. Logo iniciou sua aula, ignorando os poucos atrasados à aula. Apresentou-se e iniciou a aula, não dando brechas a nenhum tipo de pergunta que não envolvesse a aula.

Logo após sua apresentação (cuja deixou bem claro que preferia ser chamada de Malu, mas aceitava a denominação de Senhorita Adortion), pôde reconhecer a jovem de cabelos volumosos e o menino de cabelos negros, que — agora pôde perceber — tinha seus cabelos desarrumados e incrível beleza em seus olhos, verdes e intensos como os dela. Isso lhe causou um sorriso, e não pôde evitar um aceno ao casal de alunos.

— Alguém poderia me dizer que plantas estão a nossa frente? — perguntou, prendendo os cabelos em um rabo de cavalo baixo e desordenado. “Malu, é sua primeira aula. Vai fazê-la com os cabelos tão ridiculamente presos?” perguntou a si mesma, porém o calor na estufa era surpreendentemente maior do que o esperado.

Pessoalmente, considerava o que estudaríamos nesse dia como uma das plantas mais feias que vira, mesmo com tantos anos de estudo especializado em Herbologia. Elas pareciam enormes lesmas, gordas e pretas, que brotavam do solo. Cada uma delas se contorcia ligeiramente e tinha vários inchaços brilhantes no corpo que pareciam cheios de líquido.

— Bubotúberas. — disse a aluna de cabelos volumosos. Malu pôde perceber que tinha olhos castanhos e um nariz pequeno, além de seus dois dentes da frente serem levemente maiores que o normal.

— Muito bem, senhorita. Qual o seu nome?

— Hermione Granger, professora. — a jovem respondeu, com sua cabeça baixa; talvez por vergonha de estar tendo a atenção de tal professora.

— Durante essa aula, preciso que as espremam. Recolham o pus...

— O quê? — exclamou Simas Finnigan, expressando sua repugnância.

— Pus, senhor...

— Finnigan.

(")— Bem, esse pus é extremamente precioso, por isso não o desperdice. Recolhe-se o pus, como eu ia dizendo, nessas garrafas. Usem as luvas de couro de dragão, podem acontecer reações engraçadas na pele quando o pus das bubotúberas não está diluído.

Espremer as bubotúberas era nojento, mas dava um estranho prazer. A medida que estouravam cada tumor, saía dele uma grande quantidade de líquido verde-amarelado, que cheirava fortemente a gasolina. Os alunos o recolheram em garrafas, conforme a professora orientara e, no fim da aula, haviam obtido vários litros. (”)¹

Durante a aula, Malu percebeu que, apesar de a maioria dos alunos parecerem tentar esconder, estavam extremamente curiosos quanto a professora. Imaginava o que se passava pela mente de todos os jovens, se perguntava o que pensaria se fosse ela uma aluna. Também percebera alguns olhares direcionados ao seu corpo e, por um momento, se arrependeu de sua decisão de abrir alguns botões de sua blusa², não importava o calor que fizesse no interior daquela estufa.

Após checar que ainda teria mais cinco minutos de aula, decidiu acabar com toda a curiosidade que estampava os olhos de seus alunos.

— Certo, ainda temos alguns minutos. Visto que já estou ficando incomodada com seus olhares curiosos, vou deixar que perguntem sobre mim e sobre a consultoria que prestarei. Alguém?

Sua fala tão direta pareceu chocar a maior parte dos alunos presentes, alguns corando. Porém, após alguns instantes, uma menina da Lufa-Lufa levantou o braço, mostrando-se mais corajosa do que todos aqueles grifinórios reunidos.

— Por que você quis ser professora de Herbologia?

Ela sorriu, e contou — resumidamente, é claro — sobre como era uma de suas matérias prediletas, que tinha o apoio de seu pai e acabou também dizendo-lhes um pouco sobre seu pai e, começando a falar sobre sua mãe, sua voz falhou, acabando por não contar-lhes mais do que a primeira sílaba do nome de sua genitora, murmurada e impossível de ser compreendida.

— Mais alguma perg... —interrompeu-se ao ver o relógio da parede, mostrando que o tempo de aula já acabara. — Sinto informar-lhes, mas nossa aula já acabou. Podem ir.

Ouviu murmúrios infelizes, visto que acabaram por descontraírem-se um pouco ao conhecerem mais a professora. Fizera, constantemente, brincadeiras e comentários engraçados, lentamente conquistando a simpatia da maioria dos grifinórios e, visivelmente, todos os lufanos presentes.

Já estava recolhendo suas anotações da aula, quando ouviu passos se aproximando. Sorriu levemente, sentindo-se satisfeita em ter conquistado o interesse real de, ao menos, um aluno ou aluna. E qual foi sua surpresa em ver que, na verdade, havia um grupo de quatro alunas (três lufanas e uma grifinória) e, com elas, vários bilhetes de outros alunos. “Quem diria que seri tão rápido?!”.

–x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

Suas aulas do dia seguiram bem, tendo conhecido muitos alunos e alunas interessados no conhecimento da professora. Já havia lotado seus horários de visitas de alunos e alunas por dois dias seguidos, e sua consultoria só começaria em uma semana!

Enquanto ia em direção a seus aposentos, para tomar um banho gelado antes do jantar — após um dia inteiro dentro de uma estufa abafada no início de Setembro, estava completamente suada. Não almoçara, passara esse tempo conversando com uma sextanista que vinha tendo problemas com o namorado desde o semestre anterior³.—, encontrou a jovem Granger em frente a porta de seus aposentos, sempre olhando em volta, parecendo com medo de ser vista lá.

— Senhorita Granger? O que deseja?

— E-eu... — ela ruborizou, e parecia estar eu um conflito interno.

— Quer entrar? — perguntou-lhe, sorrindo com o canto dos lábios. Sorrira bastante durante o dia, e seu rosto estava dolorido. — Venha, está tudo bem. —ela segurou sua mão, guiando-a até o interior de sua saleta. Apontou-lhe uma das cadeiras, cuja Hermione se sentou, ainda um pouco desconfortável. Corria os olhos pelo local, e Malu se perguntou se a aluna já estivera, algum dia, lá.

— Bem, o que deseja? Tirar alguma dúvida sobre a matéria? Soube que você é uma estudante bastante aplicada. — Na verdade, ouvira o murmúrio de um jovem grifinório, alto, de cabelos ruivos e olhos azuis, com o menino de cabelos negros, sobre como “Mione” já devia ter decorado o livro de Herbologia do ano.

— E-eu q-queria-a... — ela parecia estar lutando contra si mesma ao falar. Até que, com um movimento leve de cabeça, como se espantasse um inseto imaginário, respondeu, mais confiante: — A senhora disse que lê bastante, e vim pedir uma recomendação de leitura.

Hermione mordia levemente seu lábio inferior, encarando a professora a sua frente. A aluna podia até mesmo imaginar Malu como uma aluna, já que seu rosto e animação lembravam uma jovem de 16 anos. Enquanto isso, a professora encarava-a, com as mãos em sua cintura, sobrancelhas levantadas e um olhar inquisidor, um gesto cotidiano desde pequena, que expressava sua indignação ou confusão. Pensou se seria prudente — visto como a aluna corara tão intensamente apenas com os próprios pensamentos — dizer-lhe que estava óbvio que esse não era o motivo real de sua visita.

— Hum, ok. Gostaria de algum livro didático, uma biografia, um livro ficcional... — entrara em seus aposentos, indo em direção a seu baú. Após alguns segundos sem resposta, bufou e virou-se para Hermione. — Vou te emprestar um livro que acabei de ler. Acha que pode ler um livro de 450 páginas até quarta-feira, em 2 semanas?

— Sim, mas... Senhorita Bla- — interrompeu-se, nervosa pelo olhar um tanto desgostoso lançado pela professora. — Adortion, não tenho aula de Herbologia na quarta-feira.

— Eu sei. Por isso, teremos 50 minutos na minha sala, logo depois de sua última aula do dia. Estará escrito em um aviso, no seu Salão Comunal, em qual sala você deve ir. — aproveitando o estado de choque da aluna, virou-se e pegou o livro que estava em cima de sua cama. O entregou e, antes que Hermione pudesse contestar, segurou seu pulso e guiou-a até o corredor, dizendo: — Bem, vá jantar. Vejo-lhe na próxima aula!

E fechou a porta, deixando uma confusa Hermione do lado de fora.

%MCEPASTEBIN%


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

¹ - Trechos retirados do livro “Cálice de Fogo”, levemente alterados.

² - Cabelo: http://i.imm.io/1l2rc.png
Roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=105305147&.locale=pt-br Ela abriu alguns dos botões da blusa, e os peitos levantados pelo sutiã fizeram o resto do trabalho. Ela não quer seduzir crianças, meu povo, kkk.

³ - Como eu disse no segundo capítulo, ela não é apenas uma consultora sexual. É também uma conselheira, podendo ajudar os alunos de toda forma. Basicamente uma amiga, que sabe mais das coisas que vc :P

Espero que tenham gostado, e espero mais ainda que comentem.