Liars Memories escrita por Shianny


Capítulo 1
Prólogo




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Memórias.

O que são memórias?

"Memória é a faculdade de conservar e reproduzir as ideias, imagens ou conhecimentos anteriormente adquiridos. É a lembrança de qualquer coisa ou alguém. Reminiscência. Recordação. Ou até mesmo a parte do computador que armazena as informações.”

Palavras da própria Wikipédia. Creio que de um dicionário também, eu não tenho certeza. Afinal, já faz um bom tempo desde que folheei um destes preciosos livros. ...Mas, para ser sincero, não é só de livros que sinto falta de obter contato.

Ah, memórias.

Não é incrível como esta pequena palavra de gigantesco significado pode levar-te da ruína e submergir-te à glória?

...O oposto também é verídico.

Infelizmente, não apenas de verdade são feitas as lembranças. Sabe... Elas começam a aumentar, de boca em boca. De letra em letra. Pessoa em pessoa. Algo que inicialmente pôde ter começado como “Ele morreu”, em menos de um mês pode metamorfosear-se para um mórbido “Era um assassino. Se foi planejado ou não, nunca se soube. Destruiu a vida de muitas pessoas, muitas famílias e, por fim, suicidou-se.”. A Internet ajuda muito nisso.

Por que você veio aqui, minha pequena criança?

Imagino que esperava encontrar uma nova história para saciar seus instintos mais sádicos, porém, os mais ocultos. Eu creio que pensou ser um fato qualquer, narrado de modo qualquer, feito de modo qualquer, triturado de modo qualquer, embolado de modo qualquer e embrulhado de modo qualquer. Apenas para ser entregue a você.

E sim, eu sei muito bem do meu exagero em tantos “modo qualquer”, ou apenas “qualquer”, como preferir. Entenda, eu não sou obrigado a seguir as malditas normas de português que nossa querida sociedade impõe. Mesmo assim, tentarei ao máximo esforçar-me para traçar um sorriso em tua face, sejas crítico, escritor, empresário, vagabundo, cozinheiro ou outra coisa aleatória. Eu não me importo.

Eu quero que tenhas um sorriso tão grande, ou pelo menos tão quanto possível, quanto o meu.

Infelizmente, não consigo tirá-lo da face, estando infeliz ou raivoso. Essa curva em meus lábios é eterna, e já não mais tento costurar estes rasgos nos cantos de minha boca. É algo inútil e doloroso, e hospitais jamais me acolherão.

Tudo por causa de... Mentiras.

...Não, não. Estaria sendo injusto.

O correto seria Enganadoras Memórias.

De todo modo, como sempre querem algo que pareça mais apropriado à ortografia, darei o nome de Memórias Mentirosas. Ou Mentirosas Memórias. O título é meu, não venham querer corrigir-me. Enfim, estas partes já compreenderam, não? Passemos à próxima.

Não venho só falar de mim e meu sofrimento. Venho falar de vocês. Eu venho pedir também que parem de disseminar o que não possuem concreta certeza. Calem-se! Tapem os ouvidos e olhos para coisas que não estão estampadas como a mais pura certeza, como um tapa que marcou os cinco dedos avermelhados em sua face. Não julguem sem provas, pelo amor de Deus! Ou seja lá o que comanda a porra desse mundo, só... Parem!

Respira. Pronto, desculpem o nome exagerado. Mas não tenham dúvidas de que possam encontrar mais desses ao longo desta história, afinal, por muitas vezes apelarei para tais nomes chulos em minha narrativa. É necessário para que compreendam cada sentimento que transborda de meu peito, que transborda de minha alma para a tela dos computadorezinhos que anseiam por medo, rancor, mágoa, amor, ilusão, ou qualquer outra coisa assim.

Como diria a Morte...

“Venham comigo.

“Vou-lhes contar uma história.”.

E vou mesmo. Após tanto tempo, irei pronunciar-me para revelar toda a realidade por trás de uma lenda urbana em que vocês com tanta firmeza creem, sem que sequer possuam provas disto. Já que ninguém conta direito, estou aqui, humilde e arriscadamente, para contar tudo que sei, lembro e passo.

Afinal, esta história não será apenas do passado.

Eu não posso confiar no que dizem os artigos policiais sobre mim, ou tampouco essas... Creepypastas. Inicialmente tentei, tolamente imaginando que retratariam toda a sinceridade de minha imagem. Isso não aconteceu. Os arquivos são falsos.

Confiem apenas em mim. Mesmo que isso pareça perigoso.

...E você não precisa saber meu nome completo.

Pode chamar-me Jeffrey. Ou Jeff, como bem preferir.

Eu definitivamente não sou louco.

E nem um assassino.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Vale a pena continuar? >



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