Santana pov’s

Senti o meu corpo todo descoordenado, eu conseguia ouvir algumas vozes.

– Doutora Callie, a paciente está a acordar- ouvi uma voz grossa que me fazia lembrar a do Alex e estremeci. Será que eu tinha morrido. Era impossível. Senti um par de mãos a fazerem força contra o meu peito fazendo com que eu respirasse mais apressadamente sempre que essa pressão parava.

–COMO É QUE ELA ESTÁ!?- eu conhecia aquela voz de algum lado, era mais grossa que o normal mas eu podia jurar que era Caroline.

Tentei a todo custo abrir os meus olhos mas não conseguia. Tentei mexer a minha mão e consegui que ela se elevasse um pouco. O meu cérbero só pedia uma pessoa, a minha loira.

– Britt- consegui sussurrar mas ninguém me ligou pois pelo que percebi a conversa e a massagem continuaram. Coloquei toda a minha força e concertação nas minhas mãos e consegui segurar dois pulsos que pararam logo de fazer a tal massagem.

– BRIIITTTT- ouvi alguém a gritar por ela e senti algo no estomago, eu tinha acusado de coisas que ela não fez, será que ela me queria ver outra vez.

– San- ouvi um sussurro ao meu lado. Era Rachel- Abre os olhos sua vaca, eu sei que consegues.- Não sei como senti a minha face a formar um sorriso.- ELA SORRIU‼- Rachel gritou.

–Deixa-me tentar- ouvir aquela voz foi como se o meu corpo tivesse sido esmagado.- Santana, daqui é a Brittany, por favor abre os olhos, eu preciso da minha amiga de volta- AMIGA‼ QUE CONVERSA ERA AQUELA. Tentei abrir os olhos e consegui abri-los um pouco.- Isso Santana tu consegues.- Consertei-me muito, mas ao fim de algum tempo consegui abri-los e assim que o fiz dei-me com uma cena um pouco diferente daquilo que esperava. A Britt estava afastada com a Caroline ao seu lado, pareciam envergonhadas por estar ali, ao seu lado estava um rapaz alto muito parecido com o Alex, recuei na cama com medo.

– O QUE É QUE ELE FAZ AQUI‼- Apontei para ele, ele devia estar morto.

– Ele é um amigo da irmã da Brittany- disse a minha mãe enquanto me apertava a mão.

–Mas… Mas…- eu comecei a chorar e vi os dois, o rapaz e a Caroline, a irem embora.

– Calma Santana, tu ficas-te dois anos em coma, tens que ir com calma- Disse uma mulher de bata branca.

–O QUE?? – gritei- MAS EU.. EU..- Respirei fundo – Isso quer dizer que eu estive a sonhar este tempo todo…- Eu baixei a cabeça, tudo o que eu passei com a Britt não passou de um sonho.

– É normal isso acontecer, principalmente quando as pessoas que a vêm visitar te contam como correu o dia-a-dia, o teu cérbero pode ter associado essa informação a vida real.- falou a medica virada para a Britt, será que ela esteve aqui muitas vezes.

– Não olhes assim para mim Callie!- disse a Britt com um sorriso divertido e que agora parecia mais bonito, talvez por agora ser real.

– Eu não vou dizer nada!- disse a minha mãe.

– Mas porque é que vocês estão a dizer isso- perguntei.

– Ah, é só que a Britt passou aqui literalmente dois anos a olhar para ti feita idiota- disse Rachel e eu vi que a Britt ficou vermelha e eu sorri.

– Mas então se assim é o meu cérbero destorceu um pouco as coisas, pois no meu “sonho”- fiz aspas no ar- nós não nos dávamos com aquele rapaz porque a tua irmã- apontei para a Britt- Engravidou e ele não queria o bebé. E nós tínhamos os um caso e a Rachel estava apaixonada pela…

– NEM TE ATREVAS- Gritou Rachel e eu olhei para ela e ela deu-me um olhar mortal.

– Pela tua irmã- continuei e ela ficou envergonhada- E a tua irmã por ela, mas o relacionamento delas era esquisito. E a Q era minha meia-irmã?- A minha mãe assentiu, mas reparei que as outras ficaram estranhas- E ela estava com a Marley.- Elas ficaram ainda mais esquisitas talvez por não saberem quem era a Marley e pode ver que a Rach estava quase a chorar.- O que se passa?- perguntei insegura e a Rach desatou a chorar o que me fez chorar também.

– A Q morreu de overdose San- disse a Britt enquanto se aproximava de mim e me dava a mão, eu estava petrificada mas o seu toque acalmou-me, não o bastante para parar de chorar mas era sempre bom senti-la perto de mim.

– Não pode ser!- Eu apertei a mão da Britt, não com muita força pois ainda estava fraca e eu sabia disso. - E a Dani?

– San, hoje não?-pediu-me a minha mãe

– Hoje não a porra‼

– Ela não morreu San, ela ficou presa a uma cadeira de rodas e ela também veio desculpa antes de ser presa.

– PRESA‼- gritei- AÍ- a minha cabeça começou a doer

– San estás bem?- perguntou-me a Britt enquanto massaja as minhas costas e deu um beijo na minha têmpora.

– Podem-me deixar a sós com a Britt por favor.- pedi depois da dor passar.

– Tens a certeza Santana?- perguntou a médica, eu assenti e a Britt falou:

– Eu trato bem dela Callie‼

– Disso eu não duvido- A médica sorriu. A minha mãe levou a Rach que ainda chorava para lá para fora.

Fiquei por alguns segundos a olhar para ela e pedi-lhe, silenciosamente, que se sentasse na cama.

– Oi- disse ainda com lágrimas nos olhos, ela levantou uma das mãos e levou-a ao meu rosto acariciando-o e limpando as minhas lagrimas e eu fechei os olhos para poder apreciar mais o contacto.

– Oi- ela disse e eu abri os olhos- Pensei que nunca mais fosse ver esses olhos.- Ela disse com um pequeno sorriso envergonhado

– Britt, eu pensei que aquilo era real e se calhar nem vai acontecer agora que eu acordei, e eu queria tanto que acontece-se porque mesmo eu tendo acordado continuo a sentir o que senti-a quando estava em coma.- disse timidamente.

– E isso é?-ela perguntou e eu puxei pelo pescoço fazendo-nos ficar com os lábios muito próximos. Fica-mos assim por minutos até eu a largar devagar.

– Mas ó menos isto, mas ela os nossos lábios tocavam-se e muitas vezes.- disse ainda mais vermelha do que o que estava antes.

– Hummm- Ela sorriu e eu sorri- Nós podemos tratar disso- Ela aproximou-se e deu-me um beijo na bochecha- Mas vamos devagar San, eu também gosto muito de ti, mas vamos devagar.

Eu sorri

–Mas a tua irmã como é que se chama afinal?- perguntei, ela riu-se

– Que nome lhe davas?- ela perguntou

– Caroline…- disse sem ter muita certeza de ter adivinhado

– És boa ouvinte San…- Ela disse e eu dei de ombros

– Eu sei‼- Nós rimo-nos - Mas e o tal amigo é quem?

– É o Carlos, o pai do bebé dela, eles são amigos desde sempre e ele é que seu o sémen para o bebé da minha irmã e da “ex” dela.

– Como é que se chama o bebé!

– É uma rapariga, tem dois anos e chama-se …- Ela não acabou.- Estas pronta?

– Para quê tanto mistério?- perguntei sorridente

– Bem o nome dela é Quinn, em homenagem a tua ex-mulher e irmã!- fiquei impressionada.

– Mas porquê?- perguntei

– Bem, a minha irmã é jornalista lá na nova revista do teu pai biológico e ela sempre adorou o trabalho da Q, e como nós já a conhecia-mos, assim ficou…

– Se a tua irmã for como eu penso que é, ela é a rapariga perfeita para a Rach…

Nós sorrimos uma para a outra

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5 anos depois…

Mansão Pierce…

– E agora, pelo poder que me foi dado pela internet- todos se riram- declaro-vos mulher e mulher.

As duas ficaram a olhar uma para a outra…

– BEIJA LOGO A RAPARIGA RACH‼- gritou Santana e todos se deram a rir. Rachel olhou para Caroline e beijou-a. As pessoas começaram a bater palmas e os pais de Rachel começaram a chorar emocionados.- São mesmo pais da Rach- Disse Santana enquanto acariciava a mão da sua esposa.

– San, não digas nada porque o teu pai chorou mais do que eles e nós ainda nem tínhamos entrado para o “altar”- respondeu Brittany com um sorriso brincalhão e Santana deu-lhe um beijo que Britttany aprofundou.

– HEY CASALINHO SENSAÇÃO‼ O CASAMENTO É MEU‼-Gritou Rachel, fazendo todos se rirem.

– Esta vai para o instagram- sussurrou Katy atras delas. Santana tinha conseguido um emprego como secretária dela mas assim que a cantora viu as qualidades vocais de Santana meteu-a logo no mundo da música. Alguns meses depois ela era uma espécie de prodígio e na sua primeira digressão uma das suas bailarinas aleijou-se e Brittany substituiu a rapariga e passadas duas semanas recebeu uma carta de uma academia famosa para ser professora de Dança e ela aceitou e rapidamente se tornou famosa e foi chamada a fazer uma digressão com a Katy.

– Filmas-te?- Perguntou Brittany e Katy assentiu e elas deram um Hi5.

– Mamy‼- Santana e Brittany viraram-se para traz e viram Daniele, o filho delas que tinha 3 anos e andava com a ajuda de Quinn que agora tinha 7 anos.

– O que foi campeão?- perguntou Santana pegando no filho e colocando-o no colo dela e Brittany fez o mesmo com a sobrinha.

– Eu já lhe disse que ele não podia, mas continua a dizer que sim- Adiantou-se Quinn enquanto mostrava a sua falha nos dentes da frente.

– Mas o que foi afinal?- perguntou Brittany

– Eu peguntei a Q se podia namuaa com ela,ma ela diz que não- disse Daniele enquanto abanava a cabecinha negativamente.

O casal Brittana riu-se

– E porque não?- perguntou Katy a Quinn

– Porque a Marls disse que quando fosse-mos grandes nós íamos ficar juntas como a tia Britt e a Tia San- respondeu Quinn dando de ombros e saindo do colo da tia- Anda Dany!- o pequeno tentou sair do colo de Santana mas ela prendeu-o

– O meu beijinho- o pequeno sorriu e pôs-se de pé no colo da mãe.

– Eu amo tu mamy- ele deu um beijinho a Santana que se babou toda com as palavras do filho e deixou o ir com a prima.

– É… o vosso filho sai a Pierce- disse Russel sentando-se a beira de Katy.

– Porque diz isso Pai?- perguntou Santana.

– Só mesmo um Pierce para te deixar toda babada…

Todos se começaram a rir deixando Santana emborrada.

Não sei se elas foram felizes para sempre, pois para sempre é pouco tempo quando se ama…

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20 anos depois

Marley, Quinn e Daniele esperavam ansiosos por um e-mail.

– Se calhar nem vão aceitar‼- disse Marley já perdendo as esperanças

– Não amor, nós não passamos 10 anos da nossa vida a pesquisar, a escrever e reescrever para nada- disse Quinn.

– Vocês acabaram mesmo por ficar juntas né?- Disse Daniele divertido

– Ya!- elas responderam ao mesmo tempo e um som vindo do computador foi ouvido pelos três que correram para o mesmo. Daniele abriu o e-mail e um vídeo começa a ser reproduzido

*Após muitas decisões e discussões, nós decidi-mos levar para a frente a história do casal mais cobiçado do país, e o titulo fica o mesmo, “Next to me”, “Uma História Brittana”, vocês têm futuro. Acho que este livro vai vender milhões.

O vídeo acaba e os três abraçam-se.

Por vezes pensamos que uma história fictícia não passa disso, mas por vezes, e se olharmos para o passado, uma história fictícia não passa da vida de nós todos interpretada de maneiras diferentes e por pessoas diferentes.

FIM.