Um garoto e uma menina estavam na rua, os dois estavam com suas respirações alteradas, cada um segurando a sua arma. O garoto estava com a sua katana na mão, e a menina com a sua guarda-chuva (que virava arma).

– Fico contente que você tenha tanta energia, mas queria que usasse isso na hora que estivermos na cama. Hoje não vim para lutar com você.

– Cala a boca seu sadista maníaco! Como você pode falar uma coisas daquelas no meio de tanta gente!?

Alguns minutos antes (Flash Back)

Kagura estava andando pela Kabuki-cho como sempre mas sem o Sadaharu. De repente, um carro da polícia para ao seu lado e dentro dele estava o Okita Sougo e o Yamazaki. O capitão da primeira divisão abre a janela do carro e pega o mega fone.

– Você ai, que está com a roupa chinesa. Está presa por ter roubado o coração de um policial. Rendasse e namora comigo, isso é uma ordem e não um pedido.

(Fim Flash Back)

– Eu entendo que você ficou com vergonha mas deveria responder de uma maneira mais amigável as declarações de amor das outras pessoas.

– QUE MERDA DE DECLARAÇÃO DE AMOR O QUE! Desde quando uma pessoa dá ordem para namorar!? – Kagura colocou a sua mão na cintura numa pose bem autoritária – Hunf, sabia que você era todo caidinho por mim, até mesmo o rei dos sádicos não resiste a minha beleza e...

– Por isso que estou pedindo em namoro.

Kagura foi interrompida e ficou estática com o que o Sougo acabara de dizer. Quer dizer que realmente ele a ama? Sentiu o seu rosto começar a ferver. Não, não era possível. Ele, o maior sádico desse planeta, o capitão da primeira divisão da Shinsengumi apaixonado? Só podia ser uma pegadinha.

– N-não minta! Sei que quer fazer coisas que as outras pessoas não gostam mas mesmo sendo uma brincadeira isso é nojento!

– Eu só estou sendo sincero comigo mesmo. Por que você também não seja sincera?

– Cala a boca! Não tenho tempo para ficar aturando brincadeiras de mau gosto. Vai embora!

Sougo ficou olhando para a menina que estava com braços cruzados e com a cara virada. Deu um suspiro, guardou a sua katana e foi se aproximando dela. Faria ela ser sincera de qualquer jeito. Não daria o braço a torcer. Kagura percebeu do movimento do capitão e apontou a sua guarda-chuva na direção do pescoço dele.

– O que pensa que vai fazer!? Se chegar mais perto que isso vou atirar em você!

– Atire, esmague. Faz o que você quiser. É uma chance para você matar o cara que você tanto odeia.

Sougo foi se aproximando mais ainda até que a pontinha do guarda-chuva relou bem na garganta do garoto.

– N-não estou brincando. E-eu vou...

O garoto abraçou a Kagura que com o abraço foi abaixando a sua guarda-chuva. Seu coração batia a mil quilômetros por hora. Sentiu o seu rosto queimar mais que a da primeira vez. Sougo encostou o seu queixo no cabeça da menina timidamente. Como ela era baixinha. Tão pequena, mas tão forte e tão fofa.

– M-me solta. Você está fedido de suor. – Disse saindo dos braços do capitão.

– Você também. – Disse pegando na mão da menina para que não fugisse. – Então, qual é a resposta?

Sougo colocou as duas mãos no rosto da Kagura e puxou para que ela olhasse para ele e começou a puxar as bochechas da mesma. A menina estava tão corada. Algo que ninguém havia visto. Queria que fosse só ele que estivesse vendo aquilo. Mas lembrou que estava no meio da multidão e tinha uma bela plateia. Pensou em matar todas elas, ou pelo menos apagar a memória de cada um. Kagura soltou a mão do Sougo de seu rosto disse sem olhar para ele.

– D-dependendo de como você pedir mais uma vez eu posso pensar sobre o assunto.

Sougo deu um sorriso carinhoso e depois de ter beijado a testa da menina sussurrou no ouvido da mesma.

– Eu te amo minha chinesa. Namore comigo.

Sougo´s pov

Foi um dia complicado. Mas no fim deu tudo certo. Apesar da luta que fiz contra a Kagura antes dela falar o que sente por mim. Como é? Por que eu não me declarei de uma forma mais carinhosa antes de começarmos a lutar? Não tem como. Não tem como porque isso é o meu jeito de pedir um namoro e também o meu jeito de falar te amo.

Fim