Realmente Eric sentia cada vez mais que estava mexendo em um vespeiro, isso foi concluído quando Harry o confrontou sobre a vassoura que ele ganhara:

– Ei me poupe, você ganhou uma de Minerva ano passado, para jogar quando nem poderia sonhar com isso no primeiro ano, então me deixe em paz. – disse ele se afastando.

Para dizer que Harry estava irritado era brincadeira de criança. Eric olhou para as vestes de Quadribol da Sonserina duas semanas depois, foi oferecido a posição de apanhador e de artilheiro, ele decidiu ficar com a de artilheiro e deixar Draco e Harry brigarem pelo pomo, então se vestiu para o treino, a dias não falava com Hermione, isso o estava deixando muito chateado, ele olhou para o diário e guardou, quando estava longe dele se sentia muito melhor, saiu então e viu Draco, com todo o time, pelo visto ele conseguiu entrar no meio deles, então saíram rápido, por permissão de Severo, eles teriam o campo para hoje o dia todo:

– Potter comigo na artilharia e Malfoy como apanhador e nós ganhamos tranquilamente. – disse o capitão sorrindo maldoso.

– Potter é pequeno para artilheiro. – disse o batedor.

– Sim, mas ele compensa com mais velocidade não apenas pela vassoura, como também pelo tamanho, fica difícil emparelhar com ele, apenas se ele diminuir o ritmo. – explicou o capitão. – o que pareceu muito difícil.

– Leões a vista. – disse o outro batedor.

Os times rivais estavam frente a frente, Harry olhava ainda mais irritado para Eric, mas ele não se abalou com isso, estava fazendo tudo pelo bem de seu irmão, mesmo que começasse a ser odiado pelo mesmo:

– Eu reservei o campo para hoje. – disse Oliver.

– Sim, mas temos permissão. – respondeu o capitão da Sonserina dando o pergaminho. – temos que treinar o novo apanhador e o novo artilheiro.

– Novos jogadores. – respondeu Oliver olhando para Eric com certo temor.

Oliver tinha visto nas aulas de voo de Madame Hooch a capacidade de Eric Potter, então era sensato colocar o garoto como apanhador esse ano, seria uma boa briga:

– Sim, Potter é nosso novo artilheiro e Malfoy o apanhador.

– Potter artilheiro? – Oliver achou estranho, mas não menos perigoso, teria agora que treinar seus artilheiros para segurarem um rápido Eric Potter.

– E não é a única novidade esse ano. – disse Draco tomando a frente e mostrando a vassoura como um prêmio.

Eric desdenhou da pose de Draco, realmente não era muito inteligente esbanjar nada, ele viu Hermione e Ron chegando e seu coração apertou, aquele não poderia ser o momento, não aquele:

– Pelo menos o time da Grifinória tem talento. – disse ela olhando rápido para Eric.

Draco abriu a boca para falar, quando Eric o empurrou de seu caminho e tomou uma atitude ameaçadora:

– Ninguém pediu sua opinião, sua sangue-ruim. – disse ele.

O time da Grifinória ficou completamente parado, Harry estava pasmo tentando compreender o que Eric falou, já Ron apontou a varinha para Eric, mas acabou cuspindo lesmas, Harry o ajudou com Hermione se afastando enquanto Colin tentava tirar fotos. Eric voltou a andar para o campo de Quadribol e o resto do time ainda seguia rindo, o capitão bateu em seu ombro sorrindo e então eles foram para o ar.

O diário de Tom Riddle.

Eric não se sentia nada bem com o que ouve e olhou para o diário, suspirou e o pegou, estava em branco, resolveu que escrever nele não faria mal algum:

Diário hoje fiz algo que foi necessário, chamei Hermione de sangue-ruim...

Fez o certo...

Eric parou o diário o respondeu isso não era nada bom, respirou fundo e resolveu que não poderia guardar o que sentia no diário então resolveu conversar com ele que pelo jeito era tão ruim quanto Draco:

Você realmente acha isso? Quem é você?

Eu sou Tom Riddle e quem é você?

Eu sou Eric Potter.

Potter, você fez o certo, é o único meio certo, sangues-ruins não deveriam frequentar Hogwarts, eles deveriam ser expurgados do castelo.

Você vive no diário ou é alguém em algum lugar falando comigo?

Eu vivo no diário, guardei meus dezesseis anos aqui Eric, eu sou o herdeiro de Salazar Sonserina, provavelmente você está na Sonserina não é mesmo?

Sim estou, eu tenho um irmão gêmeo Harry, ele é famoso e eu não.

E pelo o que ele é famoso? Fiquei curioso agora.

Ele é famoso por derrotar Lorde Voldemort, quando nós éramos bebês, Voldemort queria mata-lo... Às vezes acho que ele deveria ter conseguido.

Acha isso mesmo? Queria algo assim Eric? Por que?

Porque ele é fraco! Eu sou mais forte, eu sou melhor que ele, mas sempre vão me ver como a sombra dele, eu não desejo ser a sombra dele eu quero ser mais, eu quero poder.

Se me ajudar posso dar poder a você, quero ser seu amigo Eric Potter, pois temos agora interesses em comum.

Vou ajudar, mas preciso ir tenho aula agora, falamos mais tarde.

Então até mais tarde.

Eric correu para o mais longe possível do diário, aquilo era ruim, afinal porque raios foi escrever no diário que Lúcio Malfoy dera? E agora o que o diário queria? Ele correu para diretoria, era o único modo que ele achava viável agora. Alvo ficou surpreso com a invasão de Eric no seu escritório, isso não era comum, ele parecia afobado:

– Meu garoto o que foi?

– Alvo, eu esqueci completamente, mas agora estou com um sério problema. – explicou ele. – no Beco o pai do Draco deu um diário para mim, ele pertenceu a alguém, hoje eu escrevi nele e um garoto me respondeu e eu enganei ele...

– Assim como faz todos acreditarem que você é um Sonserina como qualquer outro? – perguntou Alvo.

– Sim, mas eu acho que esse garoto é mau muito mau. – respondeu ele. – eu fiz ele pensar que quero ser poderoso e ele disse que me ajuda a alcançar o poder se eu o ajudar.

– E quem é esse garoto no diário? – perguntou Alvo.

– Tom Riddle. – respondeu Eric.

Alvo se levantou completamente lívido, por essa ele não esperava:

– Eric quero que me dê o diário.

– Se eu der acho que ele vai saber. – retrucou Eric.

– Eric, Tom Riddle é Lorde Voldemort.

Mesmo com a revelação de Alvo, ele notou que o menino não parecia abalado em tudo:

– Por que acha que eu vim aqui? – disse o garoto cruzando os braços. – eu desconfiei disso na hora.

– Quer permanecer com o diário? Eric se fizer isso pode ser controlado, não sabemos que tipo de magia o diário possui. – explicou Alvo contornando a mesa e segurando o garoto pelos ombros. – pode ser algo mortal.

– Alvo, eu estou dizendo a você justamente por isso, se notar que isso pode me matar, caso eu não consiga dizer pessoalmente então você já sabe onde está o erro. – respondeu Eric. – eu sei o que devo fazer, Draco me ofereceu o mesmo diário na Mansão e eu não peguei, agora sabemos que é Voldemort e que Lúcio queria se livrar dele de todas as formas, então vamos descobrir porque Voldemort quer estar na escola, afinal de contas parece que não estamos lidando com um Voldemort adulto, no diário ele me pareceu jovem.

– Tem certeza? – perguntou Alvo.

– Sim, então isso foi feito a tempos, ele disse também que é o herdeiro de Salazar Sonserina e que os... – Eric fez uma pausa.

– Fale abertamente. – instruiu Alvo.

– E que os sangues-ruins deveriam ser expurgados da escola, disse que preservou seus dezesseis anos no diário, disse que quer ser meu amigo, que se eu o ajudar me ajudará a alcançar o poder, pois temos interesses em comum.

– Você deu a desculpa do Harry, não foi? – perguntou Alvo calmamente.

– Sim.

– Eric, eu sei o que Voldemort planeja. – Alvo se abaixou e olhou o menino nos olhos. – a cinquenta anos, alguns alunos no castelo começaram a aparecerem petrificados, eu ainda era professor na época e Voldemort então ainda Tom Riddle era um aluno, em meio a esses ataques, todos contra os nascidos trouxas, uma menina foi morta, ela foi achada no banheiro feminino, se Tom no diário quer ajuda, ele vai querer abrir a câmara secreta novamente.

– Câmara Secreta? – Eric realmente não gostou nada de tudo o que ouviu até ali, agora parecia estar piorando.

– Salazar Sonserina. – começou Alvo ficando em pé. – como o resto dos fundadores ajudou na construção deste castelo, como ele tinha os mesmos preceitos de Tom, ele decidiu antes de sair da escola, construir uma câmara secreta no castelo, que apenas um herdeiro seu poderia achar, a lenda diz que a câmara é lar de um monstro e que apenas o herdeiro de Sonserina pode controlar.

– Sonserina deixou o monstro, Voldemort abriu a câmara séculos depois e provavelmente se quer minha ajuda para abrir agora, o monstro tem uma vida útil bem grande, portanto é uma criatura mágica. – ele estava forçando seu pensamento. – temos que descobrir onde ela está, como chegar lá, assim podemos destruí-la, além disso, acho que o diário não pode ser destruído tão fácil.

– Claro que não meu menino. – Alvo olhou para Eric, cada dia que passava ele se admirava mais e mais com a inteligência da criança. – nós temos dois enormes problemas e infelizmente parece que você é o único viável a solução.

– Vou fazer o que Tom me pedir, sem matar ninguém. – explicou Eric. – e Alvo não pode deixar Minerva saber disso.

– Então o que faremos exatamente? – perguntou Alvo.

– Para todos os defeitos, eu fui controlado pelo diário desde o primeiro momento, tinha momentos de lucidez e não vou me lembrar de nenhum incidente.

– Bela escapada. – Alvo sorriu um pouco. – mas se eu notar que saiu de mão, vou interferir.

– Estou reclamando? – Eric abraçou Alvo rápido. – a partir de hoje serei Eric malvado.

– Tudo bem, tome cuidado... E as aulas de oclumencia com Severo?

– Continuam. – respondeu ele saindo.

Alvo deixou o menino ir, mesmo escutando reclamações dos retratos, ele sabia que era loucura deixar Eric fazer isso, mas sabia também que algo muito ruim poderia acontecer se não deixasse, além disso, precisava estudar as ramificações de como Tom Riddle estava vivo nas páginas de um diário.