Tudo pelo Povo escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 38
E assim se tornam pais...


Notas iniciais do capítulo

hey sweetie!

Ahhh, as saudades que eu tinha de escrever e receber comentários vossos.
A adrenalina da notificação xD
Espero que gostem e que comentem
kiss kiss



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POV DOMINIQUE

— Willy! – Chamei, desesperada. – William!

Onde andava aquele rapaz? Eu disse-lhe para esperar por mim no banco de pedra, mas ele ouviu-me?! Não! Ignorou-me completamente…. e agora, onde será que andava?

— William? – chamei de novo, tentando ver o pequeno correr nos jardins.

Sem sinal.

Começava a desesperar. Corri para dentro do castelo, ele tinha de estar nalgum lado. Procurei nas cozinhas, corredores, no hall…sem sinal.

— Alguém viu o Will? – Perguntei quando passei por Rose e Alexia, sendo que a primeira me olhou confusa.

— Não o vejo desde ontem, - afirmou a loira.

Segui a minha procura, ouvindo Rose perguntar quem era o William, a Lexi.

Quando cheguei à praceta onde ele costumava brincar com os outros meninos, encontrei James.

— Jay – chamei, corri até ele, quando sem folego. – O will..

— Calma, Domi, - pediu. – Respira, - pediu, enquanto respirava longamente comigo. Inspira, expira. – Agora, diz-me, o que se passa? Onde está o William?

— Eu não sei, - admiti. – Eu pedi-lhe para esperar por mim no banco de pedra, enquanto ia buscar o lanche, mas quando voltei ele tinha desaparecido, - choraminguei.

James abraçou-me.

— Calma, vamos encontrá-lo, - tranquilizou-me. – Ele não pode ter ido longe! Algumas crianças estão á beira do lado a nadar, - informou. – Talvez ele esteja lá também, vamos ver.

E começou a andar em direção ao lago, dando-me a mão para o acompanhar. Para qualquer pessoa que olhasse agora, iriamos parecer dois namorados a passear. Não era comum um casal andar de mãos dadas se não fossem comprometidos, mas sinceramente, pouco me importava agora. James tinha acrescido para se tornar algo importante para mim e, neste momento, a minha preocupação com Will era mais importante que as fofocas do Castelo.

Quando chegamos ao lago, não pude acreditar. O meu pequeno William no meio do lago, por cima de alguns troncos. Ele poderia cair! Ele sabe nadar? ~

O pânico tomou conta de mim.

— William! – Gritei.

O pequeno olhou na minha direção, assustando-se e caindo no lago.

— Domi! – Chamou. -Ajuda…

Vi-o a lutar tentando-se manter na superfície. Agarrei o braço de James com força, decerto as minhas unhas ficariam marcadas.

— James, - implorei, mas não foi preciso. Jay já estava a correr em direção à agua.

POV JAMES

Senti o frio da água contra a minha pele, mas não dei importância. William luta para se manter a superfície enquanto eu nadava até ele.

— Calma, rapaz, - disse, agarrando-o. – Já estou aqui contigo.

O pequenino agarrou-se a mim, com unhas e dentes, tornando o percurso até à margem mais complicado. Assim que chegamos, Dominique correu na nossa direçao com lagrimas nos olhos.

William tremia de frio.

— Oh querido, - abraçou-o Domi. – Oh Will, - disse enquanto enchia a criança de beijos. – Tu não tens juízo nenhum – acusou.

Will sorriu.

— Não tive culpa, Domi, - assegurou. – O tronco virou, eu tinha tudo controlado.

Aquele rapaz ia-me dar um ataque de coração um dia.

— É melhor irmos para o castelo antes que o William apanhe uma constipação, - interrompi a conversa dos dois.

— Pois, era o mínimo que merecia, - ouvi uma voz dizer atrás de mim e virei-me.

Não havia reparado no espetáculo que tínhamos dado, mas vários aldeãos encontravam-se na margem do lago a ver a situação.

— Onde já se viu, colocar-se nesta situação, - criticou uma velhota que ali estava. –

Se fosse meu filho, a esta hora estaria carregado de porrada. A deixar as pessoas preocupadas assim…

— Mas não é! – Cortou Dominique, surpreendendo-me. Olhei para a loira. Esta protegia o pequeno com o seu corpo, mantendo-se séria e, chego a dizer, ameaçadora contra a audiência. – Ele não é seu filho, não é sua responsabilidade.

A velha sorriu.

— E é sua, querida? – Perguntou com escárnio. – Pelo que sei, é órfão de mãe, e o pai abandonou-o quando ainda era pequeno.

Olhei para Will e vi as lágrimas começarem a crescer nos seus olhos.

— Não fale assim dele, - pedi, mas fui cortado pela mão de Domi no meu braço.

— É, sim – afirmou a loira. – É minha responsabilidade, - informou em voz alta. – E, se as nossas altezas me deixarem, apartir de hoje é meu filho também.

Dito isto, pegou na mão do pequenino e saiu em direção ao Castelo.

Segui-os, parando na cozinha, onde me ofereceram uma manta, enquanto Will já tinha a sua e um caldo quente nas mãos.

— Estás a falar a sério Domi? - Procurei saber, - Queres adotá-lo?

A loira olhou-me e depois para o pequeno, e de novo para mim.

— Sim, quero, - assegurou. – Eu… James, eu aprendi a amá-lo como se fosse meu e alguém precisa de cuidar dele.

Olhei-a durante alguns segundos. Vi o ar de determinação naqueles olhos azuis que eu amava mais do que me permitia admitir.

Sorri.

— Ok, está certo – disse. – Mas fazemos isto juntos!

— James – arfou a loira. – Nós não podemos…

— Dominique, ninguém vai permitir que adotes uma criança sozinha, - afirmei. – Tu precisas de mim, - disse. – Além disso, olha para ele, - Domi olhou para a criança sentado a comer o caldo, alheia à nossa conversa, - achas que eu também não o amo como se fosse meu?! Estes últimos meses com ele, contigo… foram os melhores de sempre, - admiti.

A loira sorriu-me.

— Então…- começou.

— Então, se tu me aceitares, eu aceito entrar nesta aventura contigo – disse. – Mesmo que só me vejas como um amigo, Domi. Eu serei o teu melhor amigo.

— James, - vi os olhos lagrimejar, - tu nunca serás só um amigo – afirmou.

E foi a minha vez de sorrir.

Não eramos só amigos, mas também não eramos muito mais. Com o tempo, eu sabia que sim… mas para já, precisávamos de ser apenas nós e tomar conta de Will, o pequeno rebelde que nos tinha juntado e enchido os nossos corações.

— Hey, pirralho, - chamei a atenção de William. – O que achas de irmos pedir a Draco e Astória que nos deixem ser teus pais? – Perguntei com um sorriso.

E vi o sorriso de William crescer, enquanto ele largava a manta no banco e vinha a correr na nossa direção.


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