The rose in solitude escrita por Mione St


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Então...

Momentinho Luna e Saga...



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Um mês depois

Era o dia de folga de Luna. Ela resolveu aproveitar o dia para ler um bom livro em uma área tranquila e discreta. Calma, folheou as páginas do romance com tranquilidade. Achava a heroína tola por lutar tanto pelo amor, quando na verdade, era óbvio que ela ia perdê-lo. E não deu outra. No fim do livro, o casal terminou separados, ela chorando e ele partindo. Um fim tão triste para uns e tão óbvio para ela.
Ela fechou o livro enquanto sentia o vento balançar suavemente os cabelos. Fechou os olhos, tentando captar o frescor do vento em sua pele. Ouviu o ruído de crianças brincando e sorriu. Era bom as vezes sair do hospital, ela tinha que admitir.
Levantou os olhos e se deparou com um dia bonito e o céu cheio de nuvens. Estava estranha naquele dia. Nunca fora uma pessoa que apreciasse sair ao ar livre, ouvir crianças brincando e contemplar o céu. O que estaria acontecendo?
Suas divagações foram interrompida por uma voz conhecida. Ela sabia que o encontro com ele era inevitável, mas não imaginou que seria tão abrupto.
Saga: É um lindo dia... céu claro, nuvens grandes... costumava olhar para as nuvens e ver seus formatos... você fazia isso?
Luna: Há muito tempo. Mas não o faço mais.
Ela o fitou com atenção. Não o via fazia muito tempo. Depois que ele acordara do coma, ela não se aproximara mais dele. Ele havia recebido alta e havia partido. Mas ela sabia que ele não sairia da sua vida.
Ele estava mudado. Parecia que deixara de ser andarilho. Usava um jeans e uma camisa social, estava barbeado e limpo. Era óbvio que alguma coisa mudara em sua vida.
E aparentemente, alguma coisa mudaria na vida dela.

Saga: Está reparando na minha mudança de visual? Bem, como o mais novo contratado da "Security Softwares", tive que abdicar do meu traje rasgado e fedorento, bem como da barba longa e emaranhada.
Luna: Confesso que você está bem melhor assim. E como é o novo emprego?
Saga: Bem, eu aprovo sistemas de seguranças. Não os crio, mas ao menos julgo o que é bom e ruim. Ainda que tenha passado por uma má fase, as pessoas ainda confiam em mim.
Luna: Isso é bom. Então você voltou a ser Saga Gemini?
Saga: Voltei. GRaças a você.
Luna: Eu não fiz absolutamente nada.
Saga: Você fez. Me disse umas verdades. Se não fosse pelas suas palavras, ainda estaria sendo um fracassado feliz com a minha condução.
Luna: Bem, então de nada. Que bom que se recuperou e o acidente não lhe deixou sequelas.
Saga: Fui bem atendido. (ele sorriu)
Luna: Foi bom revê-lo. Mas preciso ir.
Ela se levantou do banco rapidamente e não ficou surpresa quando Saga segurou seu braço.
Saga: Tão cedo?
Luna: Sou uma moça ocupada. Pode me soltar?
Saga: Acredito que não. Você me ajudou então devo fazer o mesmo por você, ainda que contra a sua vontade. Por que foge tanto Luna? Do que tem medo? Tem medo de gostar de mim?
Luna: Não tenho medo do que nunca vai acontecer.
Saga: Não? Então por que foge cada vez que eu me aproximo? Por que precisa ler romances com finais infelizes para ter certeza que o amor é uma tragédia?
Luna: Gosto de coisas trágicas.
Saga: Não. Você tem medo de se envolver. Tem medo de gostar de alguém. E eu estou causando algum efeito em você. É isso, não é?
Luna: Você é convencido demais. Jamais iria me envolver com um cara como você.
Saga: Ah é? Pois então prove.
Luna: Provar como?
Saga: Passe a tarde comigo. Se ainda no final você conseguir repetir tudo isso, eu sumo da sua vida e nunca mais a procuro.

Luna: Proposta tentadora. Então, se no fim da tarde você tiver certeza que eu não aguento você, me deixará em paz?
Saga: Tem a minha palavra. Mas acho que você se dará conta de que me quer por perto.
Luna: Acho que você tem sérios problemas de audição.
Saga: Mas então? Aceita a aposta?
Luna: É isso o que é? Uma aposta?
Saga: Eu chamaria de constatação do que todos sabem, mas tem jeito de aposta.
Luna: Desafio aceito Saga Gemini. Passo uma tarde com você e se no fim eu puder repetir o que eu já sei, você some da minha vida.
Saga deu um sorriso maroto.
Saga: Você não vai conseguir repetir. Agora venha acá. (a puxando pelo braço)
Luna: Ei...
Saga: A tarde é minha, eu faço o que desejo. (ele se deitou na grama e a fez se deitar também) Está um dia tão lindo... a quanto tempo você simplesmente não se deita na grama e esquece do mundo, como agora?
Luna: Já fazem alguns anos...
Saga: Foi o que eu imaginei. Acho que está na hora de reaprender.
Ela não disse nada, apenas ficou olhando para o céu, distraída. Quando se deu conta, viu que a sua mão estava entrelaçada na mão de Saga. Ele a segurava e olhava para cima, não para ela, como ela pensou que faria.
Luna: Ainda não entendo o que quer comigo. Fazem tantos anos...
Saga: Dizem que amamos uma única pessoa na vida... e eu tenho a impressão de que amei você. O tempo passou mas aquilo que aconteceu eu nunca me esqueci. Mesmo quando segui em frente, eu sonhava com você, ainda que sem me lembrar do seu rosto...
Ele apertou a mão dela e sorriu.
Saga: Eu acredito em destino Luna. Acredito que perdi tudo para reencontrá-la. E acredito que estávamos destinados desde sempre a ficarmos juntos, mesmo sem nunca nos conhecermos direito. Você não acredita nisso?
Luna: Não acredito em muitas coisas. Apenas acredito que com perserverança tudo se alcança.
Saga: Sim, eu também acredito nisso... por que acha que eu não desisti ainda?


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