The rose in solitude escrita por Mione St


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Postando mais um pouco...
Yakushi Takeshi
Esse cap. é para você também! Obrigada pelos coment's,ok?

Luna, para você também!



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Luna acordou sobressaltada quando o telefone tocou. Quem diabos a incomodava as quatro horas da manhã, quando conseguira conciliar o sono? Bufando, atendeu o telefone, tentando não falar com a voz enrolada.
Luna: Alô?
Enfermeira: Alô? Luna?
Luna: É ela. Quem fala?
June: Aqui é June, enfermeira do hospital onde você trabalha... lembra de mim?
Luna: Sim. O que houve?
June: O paciente Saga Gemini teve uma recaída... está muito mau e vai ser operado de novo. Precisamos de você aqui.
Luna: Não posso. Saori ameaçou me demitir se eu voltasse antes das dez hora da manhã. Cadê o residente da noite?
June: Não sei. Passou mal ao ver o estado de Gemini e sumiu. Quanto a Saori, não se preoucpe. Liguei para ela antes de ligar para você. Ela levou em conta que é uma emergência e prometeu não causar problemas para você.
Luna: Sendo assim, estou indo. Me dê meia hora.
June: Obrigada Luna. Estamos aguardando você.
June desligou e Luna foi lavar o rosto. Inferno, como havia gente incompetente no mundo. Certas pessoas não nasceram para serem médicas, aquilo era fato. Ela se vestiu rapidamente e ligou para o táxi. Não tinha carro e estava tarde demais para pegar um ônibus. Ao mesmo tempo, ficou feliz em rever Saga. Poderia descobrir da onde o conhecia e por que ele a afetava tanto.

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Quando o beijo terminou, ele a apertou contra si, afim de não deixá-la pensar, nem raciocinar. Não queria que Anna o afastasse dela, não queria que ela repetisse que fora um erro deixar ele se aproximar... seria aquilo o famoso amor que ele tanto ouvira falar, tanto buscara e nunca conseguira encontrar. Ela recostou a cabeça no ombro dele e ele sentiu que ela tremia. Afastou-a por um momento e a encarou.
Shaka: Anna?
Anna: Não Shaka. Me perdoe por tê-lo envolvido nisso... mas não quero que se machuque mais por minha culpa. Eu... não posso te oferecer nada, exceto angústia e dor. Por favor, vá embora... esqueça que eu apareci na sua vida, esqueça que me conheceu... é o melhor.
Ele lhe lançou um olhar desesperado.
Shaka: Você ainda não entendeu que é pena ou compaixão?
Anna: Entendi. E isso me apavora. Se fosse pena ou compaixão, tudo bem, você não iria sofrer... mas sendo um sentimento como o que você está sentindo nesse momento... você apenas terá dor Shaka, e eu não quero isso.
Ele recuou um passo dela e ela enxugou uma lágrima que caiu.
Anna: Me perdoe... nunca devia tê-lo conhecido e feito se envolver... me perdoe, por favor.
Shaka: A perdôo por isso. Mas não a perdoo por me afastar de você sem compaixão. Você não entende que eu não ligo se sofrer ou não?
Anna: Você diz isso agora. Mas quando a verdadeira angústia começar... quando eu for internada, os cem dias do coma, as dores de cabeça, meus momentos de depressão... você me odiará por não ter feito isso. E eu me odiarei por isso. É o melhor Shaka... você pode sair disso tudo sem se machucar. Mal nos conhecemos... você vai se esquecer de mim, embora eu ache que nunca esquecerei você.
Shaka: Você está enganada. Você que acredita em outras vidas deveria entender que... eu sinto como se a conhecesse desde sempre. E sofro mais com você me afastando do que me mantendo ao seu lado, sabendo o que me aguarda. Mas respeitarei sua vontade. Se você quer fingir que nada aconteceu... então também fingirei. Adeus Anna.
Ele saiu porta afora. Ela suspirou.
Anna: Adeus Shaka .

Shaka havia saído e Anna havia ficado completamente sozinha. Os pais não estavam lá, Luna aparentemente não estava em plantão... sentiu um vazio que só ela mesma compreendia.
Shaka... a vontade de aceitar o que ele lhe oferecia fora imensa. Ter um amigo, um companheiro... mas não. Ela se importava demais com ele para permitir que ele sacrificasse sua vida e seus sentimentos com ela.
Ela suspirou e deixou as lágrimas caírem. As vezes amaldiçoava a sua vida. Se pudesse viver em paz... mas olhou para os símbolos que usava e um consolo renasceu em seu peito. Ela vivia o que tinha de viver e passava pelo que tinha de passar.
Ela observou pela porta a movimentação no hospital. Aparentemente alguém também estava com os problemas. Foi quando viu Luna, passar correndo pela porta. Parecia cansada e abatida.
Anna: (da sala) Luna?
Luna: Anna. Querida, você está bem? Uma das dores de cabeça? E por que está chorando?
Luna era assim. Um turbilhão. Nunca parava quieta.
Anna: Estou bem, e sim foi uma dor de cabeça. Estou chorando por outros motivos. Mas o que está acontecendo?
Luna: Emergência. Um paciente teve uma terrível recaída. Preciso cuidar dele. Mas depois venho aqui e você me contará tudo o que lhe aconteceu.
Anna: Não fale nesse tom. Não tenho nenhuma obrigação com você. Ou pensa que me esqueci que não me conta nada?
Luna: Querida, nossa amizade pode ser unilateral, mas eu a ajudo, coisa que você não pode fazer por mim. Por isso pare e se conforme com a nossa estranha amizade.
Ela deu um beijo no rosto de Anna. Anna apenas sorriu e deixou sua mente se perder por aí.

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Luna chegou no quarto de Saga quase correndo. Ela colocou a mascara e se aproximou dele, devagar. Se assustou ao observar a mudança nele. A mesmo tempo que a barba havia desaparecido, revelando um rosto jovem e bonito, a palidez em sua pele refletia que ele não estava bem. Ela se aproximou e viu que ele dormia. Mas gemia um pouco em sua angústia.
Luna passou suavemente a mão pelo rosto de Saga, limpando o suor. Ele abriu os olhos e ela se deparou com os olhos dele. Onde, onde meu Deus ela havia sido encarada daquela maneira antes? Quando? Ela não conseguia se lembrar.
Saga: Lu... Luna?
Luna: Sim, sou eu. Você precisa dormir... vamos ter que te operar de novo.
Saga: O que houve comigo?
Luna: Você está tendo uma recaída... mas vamos cuidar de você.
Saga: Você me disse isso da primeira vez.
Luna: Eu sei. Lamento fazê-lo passar por isso de novo.
Saga: Eu confio em você... se diz que eu tenho que passar por isso de novo, eu entendo.
Luna o observou enquanto o colocava na maca e o levava para a cirurgia. Ele ainda olhava para ela. Quando ele foi colocado na cama cirúrgica, ele sorriu para ela.
Saga: Tive um sonho estranho com você essa noite... sonhei que já a tinha visto antes... em um banco de uma praça, perto de uma castanheira... há muitos anos... não sei se foi um sonho ou uma lembrança.
Ele foi anestesiado naquele momento e não pôde ver o rosto surpreso de Luna. Castanheira? Praça? Não, aquilo não poderia ser verdade. Não era possível.
Ela tinha a impressão de que acabara de descobrir da onde conhecia Saga Gemini .


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Notas finais do capítulo

Prontos para começar a descobrir sobre Luna e Saga?



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